07/09/2012

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INE: Exportações com o pior registo 
desde finais de 2009 

As exportações portuguesas de bens e serviços registaram, no segundo trimestre deste ano, o pior desempenho desde finais de 2009, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).

As vendas para o exterior cresceram apenas 4,3%  em termos homólogos, valor que reflete uma travagem a fundo face aos trimestres anteriores.
Nos primeiros três meses de 2012, as exportações estavam a subir 7,9%. No mesmo período do ano passado tinham acelerado para 8,8%.
O abrandamento do chamado "motor da economia" condicionou a economia como um todo. O PIB real (descontada já a inflação) recuou 3,3% no segundo trimestre, como ontem tinha sido já avançado pelo Eurostat. É preciso recuar três anos, até 2009, ano de recessão, para encontrar um trimestre pior.
Em termos trimestrais, confirma-se também a contração de 1,2% do PIB em cadeia, o que significa que o país está em recessão técnica há sete trimestres consecutivos, isto é, desde o final de 2010.
O INE torna evidente que a recessão está mais cavada e que a conjuntura se agravou no período agora em análise.

Exportações de serviços iniciam queda

De acordo com o INE, as exportações de serviços começaram a cair, algo que também não acontecia desde final de 2009. As exportações de mercadorias resistiram em terreno positivo, mas com uma travagem de quase 10% de crescimento no primeiro trimestre para 6,1% no segundo trimestre.
Do mesmo modo, também as importações refletiram o encerramento da economia relativamente ao exterior e à rutura nos fluxos comerciais. As compras de bens e serviços a estrangeiros sofreram uma quebra de 8,1%, o que fez com que a procura externa líquida até ajudasse a tornar as coisas menos graves.
Internamente, é o descalabro. O consumo privado caiu 5,9%, o consumo público recuou 3,9% e o investimento afundou 18,7% face ao segundo trimestre de 2011.


* ... e o governo está de consciência "arrelvada"...

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