10/11/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA



 
REACIONÁRIA
 
 EM CUBA
A professora mostra um retrato de Bush aos alunos e pergunta-lhes: 
- De quem é este retrato? 
Silêncio absoluto. 
- Vou ajudar um bocadinho. É por culpa deste senhor que estamos a passar fome... 
Aí o menino Joãozinho responde:
- Desculpe professora! Mas sem a farda e a barba não o reconhecemos...
 
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A TROIKA ESTÁ CÁ:
 - VEM VER COMO PARAM AS MODAS
 - ELABORAR UNS RELATÓRIOZINHOS
 - COMER E BEBER À PORTUGUESA
-  OUVIR  UNS FADUNCHOS

E NÓS PAGAMOS 300 MILHÕES DE EUROS  DE DESLOCAÇÃO   POR TEREM VINDO IMPÔR MAIS SACRIFÍCIOS!!!

SOMOS OU NÃO SOMOS  UNS TONTOS PATARECOS????
Sabia que as três coisas mais difíceis de dizer são: Amo-te,
desculpa e ajuda-me?

As pessoas que dizem isto realmente sentem necessidade disto ou sentem-no, e são aqueles que realmente precisa de valorizar, porque o disseram.

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Súbita queda  de neve









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CRIANÇA VÊ
CRIANÇA FAZ





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 HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Otelo Saraiva de Carvalho 
e golpe de 1974
'Mais fácil agora',

Otelo Saraiva de Carvalho é contra manifestações de militares, mas defende que, se forem ultrapassados os limites, com perda de mais direitos, a resposta pode ser um golpe militar, mais fácil do que em 1974. 'Para mim, a manifestação dos militares deve ser, ultrapassados os limites, fazer uma operação militar e derrubar o Governo', defendeu num comentário à 'manifestação da família militar', no sábado, em Lisboa. 'Não gosto de militares fardados a manifestarem-se na rua. Os militares têm um poder e uma força e não é em manifestações coletivas que devem pedir e exigir coisas', acrescentou. Mas diz compreender as suas razões e considera que as mesmas podem conduzir a 'um novo 25 de abril', O coronel acredita que há condições para os militares tomarem o poder e vai mais longe: 'Bastam 800 homens', Em comparação com o golpe de 1974 – do qual afirma ser um 'orgulhoso protagonista', –, Otelo considera que um próximo seria até mais fácil, pois 'há menos quartéis, logo menos hipóteses de existirem inimigos', da revolução. Questionado sobre a real possibilidade dos militares tomarem o poder, como há 37 anos, Otelo responde de forma clara: 'Não tenho dúvida nenhuma que sim',


* Isto não é ficção, os lunáticos existem e são perigosos. Em Portugal há um que gostaria de ter sido o Fidel de Castro da Europa.


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O TEMOR DA RECESSÃO





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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Pobres são mais simpáticos 
e honestos que os ricos
Aos olhos de uma criança, os pobres parecem 
mais simpáticos, mais poupados e mais honestos 
do que os ricos, segundo os resultados preliminares 
de um estudo nacional sobre consumo e 
poupança que inquiriu 245 alunos do 1º ciclo.

Entre Fevereiro e Julho deste ano, uma equipa de investigadores coordenada por uma especialista do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) entrevistou meninos entre os oito e os 12 anos de duas escolas do 1º ciclo com contextos socioeconómicos "muito diferentes": a escola pública na Penha de França e os Salesianos do Estoril.

"Às crianças de ambas as escolas, uma pessoa pobre parece ser mais simpática, mais poupada e mais honesta do que uma pessoa rica. As crianças dos Salesianos têm uma visão mais idealista da pessoa pobre do que as crianças da Penha de França, para quem o dinheiro é mais importante para a felicidade e a conquista de amizades, mas não para a sua própria amizade", lê-se no sumário da investigação sociológica sobre consumo e poupança das crianças do 3º e 4º ano.

O estudo coordenado pela investigadora do ISCSP Raquel Barbosa Ribeiro conclui que oito em cada dez meninos, independentemente da sua escola, não acredita que conseguisse viver sem dinheiro.

Mas a principal utilidade do dinheiro varia consoante o meio social: os alunos da Penha de França entendem que a principal utilidade é pagar contas de água e electricidade, porque é "uma preocupação que ouvem muito aos pais", enquanto os meninos dos Salesianos consideram que a principal utilidade do dinheiro é a poupança.

Seis em cada dez crianças acredita que os ricos são mais felizes (61%) e mais de metade (51%) acha que quem trabalha muito é recompensado.

Mais de 90 por cento das crianças recebe dinheiro, seja de forma regular ou esporadicamente. As crianças dos Salesianos recebem mais que as da Penha de França, mas os valores são aproximados: 18 euros na Penha de França e 22 euros nos Salesianos.

Nas duas escolas, mais de 70 por cento acredita que a melhor forma de ter dinheiro é tendo um trabalho.

Poupar é uma palavra que pertence ao vocabulário e atos de 73% dos alunos da Penha de França e 90% dos Salesianos. Se bem que os meninos da Penha de Franca acabam mais vezes por entregar aos pais as suas poupanças enquanto os dos Salesianos têm mais o hábito de os guardar no mealheiro.

Os meninos da Penha de França (42%) usam o dinheiro para ajudar a família, enquanto 37 por cento dos Salesianos guardam o dinheiro, "sem o gastar nem doar".

Entre a maioria das crianças (60 por cento) existe a ideia de que é preciso portar-se bem ou ter boas notas para ser premiado financeiramente, sendo mais comum entre os Salesianos a ideia de que não precisam fazer nada.

Além das crianças, os investigadores inquiriam também os seus encarregados de educação e os pais garantiram não haver "tanta exigência como a que é declarada pelos filhos, especialmente quanto a ter que ajudar nas limpezas ou nas compras" para receber dinheiro.


* A verdade é que os pobres não têm dinheiro para ser corruptos.


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VAMOS DANÇAR
 QUICKSTEP





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HOJE NO
"RECORD"

FC Porto e Benfica a cair nas assistências

FC Porto e Benfica, campeão e vice-campeão, lideram a Liga Zon Sagres após a 10.ª jornada, mas em relação a 2010/11 perderam mais de 56 mil espectadores nos primeiros cinco jogos disputados nos seus estádios.

Ainda assim, segundo os dados da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), venderam-se mais quase 13 mil bilhetes do que em igual período da época passada, muito por causa da "retoma" do Sporting, cuja média de espetadores nos cinco jogos disputados em casa cresceu de 23.570 para 31.758.

No total, compareceram 856.504 espectadores nos 80 jogos já realizados para a principal competição profissional, face aos 843.757 que tinham adquirido ingressos para o primeiro terço da edição anterior da prova. Em média, cada encontro da presente temporada teve 10.706 espectadores face aos 10.547 registados em 2010/11.

Até ver, o cenário de recessão económica e os constantes anúncios de "aperto do cinto" por parte dos governos liderados por José Sócrates e Passos Coelho não têm afastado público dos estádios, mesmo com o austero pacote de ajuda externa negociado com a "troika" do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu.

Porém, os efeitos das políticas propostas no Orçamento do Estado para 2012, nomeadamente os cortes nos subsídios de férias e de Natal ou o aumento do IVA nos bilhetes para os jogos, de seis para 23 por cento, só se farão sentir nas carteiras dos adeptos na segunda volta da prova.

Em "baixa" estão já "dragões" e "águias", com assistências caseiras de menos 4.360 por jogo e de menos 6.975 por partida, respetivamente, nos cinco primeiros jogos como anfitriões, tendo o FC Porto já sido visitado pelo Benfica em ambas as épocas.

O Benfica, atualmente no primeiro lugar da Liga com os mesmos 24 pontos do rival, até estava bem pior há um ano quando seguia no terceiro posto, a 10 pontos do futuro campeão.

Mas nessa altura o Benfica já tinha recebido Sporting e Sp. Braga no Estádio da Luz, enquanto a visita de maior cartel até à 10.ª jornada da época em curso foi a do Vitória de Guimarães, um clube a fazer uma época desportiva "cinzenta".

Num campeonato que continua a cativar tanto ou mais público em termos globais do que no ano anterior, os jogos com maior assistência foram a receção do FC Porto ao Benfica (49.511 espectadores), na sexta ronda, a visita o Gil Vicente ao Estádio do Dragão (43.912), na segunda, e a receção do Benfica aos vimaranenses (38.917), na quarta.

Pelo contrário, os jogos que menos interesse despertaram foram três em que o recém promovido Feirense foi anfitrião, no emprestado Estádio Municipal de Aveiro: na primeira, terceira e sétima jornadas, respetivamente diante de Nacional (731 espectadores), Paços de Ferreira (881) e Marítimo (717).


* Os portugueses são perdulários. Os jogos de futebol são, regra geral, maus espectáculos.


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INÊS PEDROSA



Austeridade e violência

Portugal, país de barbas longas e verdes, é um monumento de mortos. Se cada um dos nossos mortos for um degrau de uma escada até ao céu, o sótão de Portugal fica na estratosfera, ou no Paraíso, consoante as crenças.

Não sei se é o peso da estratosfera que perturba a cabeça dos nossos políticos – que não acreditam no Paraíso, isso é nítido nos seus discursos. Pensarão, isso sim, que podem criá-lo – e pensam que antes deles nunca se criou nada.

Portugal não aguenta a desmemória; o ar é denso de mortos e fantasmas, que são os mortos que não deixamos morrer, ou seja, com os quais não aprendemos a viver.

José Sócrates decretou o seu desaparecimento político e cumpriu-o: saiu do país, foi para Paris – mas esta semana alguém o quis ressuscitar à força, imputando-lhe pressões sobre os deputados do seu partido para que não aprovassem o Orçamento do Estado.

Temo que estas insinuações, prontamente desmentidas, tenham origem no seu próprio partido, que tem tido muita dificuldade em mostrar-se capaz de cumprir o papel de líder da Oposição. Se os deputados do Partido Socialista não tiverem a coragem de votar contra este Orçamento, essas dúvidas crescerão. Responsabilidade não é dizer que sim a tudo – pelo contrário.

As medidas ditas de austeridade excedem em muito o que ficara negociado no acordo com a troika – e esse excesso, como múltiplas e insuspeitas vozes vão sublinhando, põe em risco a independência do próprio país.

Na fúria de mostrar serviço, esta nova geração de políticos, no PSD, no CDS (contrariadamente, ao que se percebe) e no PS (acriticamente, ao que se percebe), arrisca-se a deitar fora o bebé com a água do banho.

Ora o bebé é um velho de barbas verdes – um país que já viveu muito e passou por muitas crises, mas nunca até hoje havia sido violentado naquilo que de mais essencial e sublime possui, que é a esperança.

Até Cavaco Silva já o disse, por outras palavras – e Cavaco pode ser acusado de muitas coisas, mas nunca de não entender que o país necessita de austeridade.

Austeridade não é violência – é urgente que se compreenda a diferença entre estes dois modos de agir.

A notícia de que as pessoas serão multadas de cada vez que não pedirem uma factura configuraria um acto de violência se não fosse simplesmente ridícula.

Como vai o governo saber quantas vezes um cidadão vai ao barbeiro, ou almoça fora, ou chama um canalizador para consertar qualquer coisa na sua casa?

Vão pôr um espião atrás de cada português? Isso nem o doutor Salazar conseguiu – e teve pelo menos a esperteza de nem sequer tentar. Porque a tentativa, por ridícula que seja, cria raiva – e a raiva não é um suplemento alimentar adequado a um povo em processo de extirpação do básico.

Convocou-se o papão Sócrates na mesma semana em que o ministro dos Negócios Estrangeiros foi à Venezuela vender mais computadores Magalhães e estreitar as relações comerciais com o regime de Chávez, o que não deixa de ser poético. É necessário devolver a esperança a um país que através dela ampliou o mundo. O sucesso da política reside na negociação – não na vassalagem pura e dura aos défices.

No dia dos mortos, o Centro Cultural de Belém juntou mais de duzentas pessoas, uma tarde inteira, para ouvir ler textos de um escritor italiano que se fez também português por amor. Disse Antonio Tabucchi: «a adopção de uma língua não se faz por acordo ortográfico, mas por acordo espiritual». A política deve ser o espírito de um país – neste momento, a política não existe, e as barbas de Portugal tornam-se cinzentas, pobres como nunca foram.


IN "SOL"
08/11/11

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Em 2013, Portugal será o 20º país 
mais pobre 
em 27 na União Europeia

O PIB "per capita" português vai continuar a divergir da média europeia e, em 2013, será ultrapassado pelo da Eslováquia, tornando-se no 20º. da União, prevê a Comissão Europeia.

De acordo com as previsões de Outono da Comissão Europeia, divulgadas esta quinta-feira em Bruxelas, o PIB "per capita" em paridade de poder de compra de Portugal vai cair este ano para 71,3% da média da UE15 (os países da União Europeia antes do alargamento a Leste de 2004).

Em 2012, esse valor volta a cair, para 69,1%, nível que se manterá em 2013. Nesse ano, Portugal será ultrapassado pela Eslováquia - cujo PIB 'per capita' em paridade de poder de compra se encontra actualmente nos 67,2% da média da UE15, mas irá subir até aos 70,1% em 2013.

Nesse ano, e ainda segundo os dados da Comissão, só restarão na União Europeia sete outros países cujo PIB 'per capita' é inferior ao português: Bulgária, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia.

O nível dos 69,1% representa também o valor mais baixo para o PIB 'per capita' português em comparação com a UE15 desde 1998, quando este valor estava nos 68,6%.

Enquanto Portugal diverge da UE15, o resto da União vai-se aproximando da média da "velha Europa". A média dos 27 membros da União, que em 2004 estava nos 88,5% da UE15, chegará aos 91,4% em 2013.

A Comissão Europeia prevê que o PIB português caia 3% em 2012, o valor mais negativo da zona euro, e que a taxa de desemprego atinja os 13,6%. Para 2013, a Comissão espera que Portugal registe um crescimento de 1,1%.


* Nem um anão cresce tão pouco...

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2 -Codex Alimentarius




Um assunto bem actual, lembre-se do colonialismo 
agrícola franco/alemão sobre os países europeus periféricos

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Ladrões tecnológicos
Já não basta o estado caótico da economia e os 
milhões de empregos que desapareceram ao longo da Grande Recessão. Com a tecnologia a pôr-se continuamente em bicos de pés e a realizar tarefas outrora apanágio do ser humano, o mundo conta com mais um assalto ao emprego. E os especialistas começam a alertar para o impacto da automatização de tarefas não só rotineiras, mas também das que são consideradas cognitivas e até criativas

Em 1930, o famoso economista John Maynard Keynes, chamava a atenção para uma “nova doença”, a qual denominou como “desemprego tecnológico” e que consistia na incapacidade da economia criar novos empregos de uma forma mais rápida do que aqueles que eram destruídos pela automatização de muitas tarefas.

Em pleno século XXI e com os avanços céleres na tecnologia, a temática volta a dar que falar. Mas e desta feita, o que parece estar no centro da discussão, são os preocupantes níveis de desemprego que, na Europa e nos Estados Unidos, principalmente depois da denominada Grande Recessão, não parecem ter fim à vista.

A ameaça de que, um dia, as máquinas iriam substituir os humanos no mundo laboral, tem vindo a assombrar a sociedade desde a Revolução Industrial. Mas e ao contrário do período em causa, em que realmente as máquinas foram substituindo, gradualmente, o trabalho muscular de homens e animais, a automatização de tarefas na actualidade está a ter um impacto não só nas denominadas tarefas rotineiras, mas também naquelas que são consideradas “cognitivas” e até criativas.

E é esta automatização de tarefas que constitui o tema central de um novo e-book, publicado na passada semana por Erik Brynjolfsson, economista e director do Center for Digital Business do MIT, e por Andrew P. McAfee, director associado e cientista principal do mesmo centro, considerados como dois dos melhores especialistas norte-americanos em tecnologia e produtividade. O que não deixa de ter alguma piada é o facto de ambos os autores terem começado a trabalhar num livro sobre as suas já citadas áreas de especialidade, o qual se iria intitular “The Digital Frontier” e que versava sobre as inúmeras oportunidades originárias das mais recentes inovações. Todavia, e depois de muita pesquisa efectuada, o livro tomaria um caminho significativamente diferente, dando origem ao interessante título “Race Against the Machine”.

Como explicam os próprios autores, “quando se discute postos de trabalho e desemprego, dá-se sempre muita atenção a questões como a fraca procura, ao outsourcing ou à mobilidade laboral, mas muito pouca ao papel da tecnologia”, escrevem. “E nós quisemos corrigir essa falha”.

O livro agora apresentado pretende reconciliar dois factos importantes: 1) a tecnologia continua a progredir rapidamente e a ter efeitos significativos na produtividade(na verdade, na última década foi possível testemunhar o mais rápido crescimento da produtividade desde a década de 60 do século passado) e 2) os salários médios e o emprego apresentam ambos uma preocupante estagnação, deixando milhões de pessoas ainda pior do que anteriormente. Para os autores, tal dá origem ao seguinte paradoxo: se a tecnologia e a produtividade estão a aumentar de forma tão significativa, por que motivo é cada vez maior o número de desempregados?

Por outro lado, e para além da fraca procura que tem continuado a reinar no período pós Grande Recessão, vários economistas não têm encontrado resposta para um padrão pouco usual nos mercados laborais tanto da Europa como dos Estados Unidos: fortes ganhos empresariais, um investimento robusto na aquisição de equipamentos e taxas de emprego miseráveis. A resposta mais fácil é a de que a economia não está simplesmente a crescer o suficiente para empregar todas as pessoas que perderam os seus empregos ao longo dos três últimos anos e de que a procura por parte dos consumidores continua tão fraca que não é possível às empresas voltarem a contratar. E a tecnologia?

Uma nova vilã?
Para os autores, a resposta pode, sim, estar na nova vilã chamada tecnologia. E, como afirma James Crabtree, numa recensão do livro publicada no Financial Times, apesar de este ensaio ser parte de uma tendência crescente da produção rápida de e-books sobre assuntos económicos urgentes, dá a mão à palmatória afirmando que o mesmo contém mais conteúdo em 60 páginas do que muitos livros três vezes maiores. Especialmente no que respeita a explicar duas leis económicas que começam a desmoronar-se: a primeira é a de que o crescimento cria sempre empregos e a segunda reza que, ao aumento da produtividade segue-se, invariavelmente, um aumento nos salários. Para os autores, a queda de estas duas leis tem origem na erosão de um terceiro padrão: o de que a tecnologia cria, pelo menos, tantos empregos quantos os que destrói.

Vejamos, em primeiro lugar, as boas notícias comentadas pelos autores. As máquinas estão a desempenhar, cada vez mais e mais, tarefas que, outrora, só os humanos conseguiriam fazer. E o ponto positivo é que esta realidade aumentou radicalmente a capacidade produtiva da economia – ou seja, a produtividade atingiu níveis recordistas e está a aumentar a um ritmo acelerado. A primeira década do presente século testemunhou um ritmo de crescimento na produtividade mais rápido ainda do que nos abundantes anos de 1990. Contudo, o progresso tecnológico, como referem os autores, não beneficia automaticamente toda a sociedade e, em particular, os rendimentos tornaram-se cada vez mais desiguais, bem como as oportunidades de emprego, sendo que estas começam a ser apanágio de grupos com competências mais elevadas, as chamadas “super-estrelas” em várias áreas.

E se a estagnação nos rendimentos médios e nos níveis de emprego não se deve à falta de progresso tecnológico nesses grupos, para os autores o problema é que “as nossas competências e as nossas instituições não acompanharam o ritmo acelerado das alterações tecnológicas”, escreve Brynjolfsson. “No passado, e à medida que cada onda sucessiva de automação eliminava postos de trabalho em alguns sectores, os empreendedores identificavam novas oportunidades nas quais o trabalho poderia ser reafectado e os trabalhadores aprendiam novas competências para virem a ser bem-sucedidos. E se nos séculos XIX e XX, milhões de pessoas deixaram a agricultura, um número ainda maior encontrou trabalho nas fábricas e nos serviços”, acrescenta.

Todavia e no século XXI, a mudança tecnológica é muito mais rápida e profunda. E, segundo os autores, são muitos os trabalhadores que estão a perder “a corrida contra as máquinas”. E não são apenas Brynjolfsson e McAfee que o afirmam. Por exemplo, na mais recente edição do McKinsey Quarterly, e num artigo publicado por W, Brian Arthur, um professor no Santa Fe Institute, surge igualmente o alerta de que a tecnologia está a apoderar-se, rapidamente, de postos de trabalho na área dos serviços, seguindo os padrões do que aconteceu outrora com a automatização agrícola e com as fábricas. E, nos anos já idos de 1995, Jeremy Rifkin, autor de bestsellers sobre o impacto das alterações científicas e tecnológicas na economia e presidente da Foundation on Economic Trends, alertava para o facto em “The End of Work”.

Apesar de não ter sido o primeiro a fazê-lo, Rifkin argumentava, profeticamente, que a sociedade estava a entrar numa nova fase – aquela em que seriam necessárias cada vez menos pessoas para produzir todos os bens e serviços para o consumo. Há mais de 15 anos, Rifkin escrevia que “nos próximos anos, tecnologias cada vez mais sofisticadas irão conduzir a civilização para um mundo muito próximo do ‘sem trabalhadores’”.

Em 2009, e como também refere o Economist, o empreendedor de Silicon Valley, Martin Ford, escrevia em “The Lights in The Tunnel” que as novas ocupações criadas pela tecnologia – os programadores da web, os vendedores via telemóvel, os técnicos das turbinas eólicas e outros – representavam uma fracção mínima do emprego. E se é verdade que a tecnologia cria empregos, a história demonstra que também os consegue fazer evaporar em pouco tempo. “Os trabalhos na área das TI que estão agora a ser descentralizados e automatizados eram novidades na área laboral nos anos do boom tecnológico que caracterizou a década de 90 do século XX”, afirma. E uma outra implicação é o facto de a tecnologia já não estar a criar novos empregos a um ritmo que substitua os antigos que, entretanto, se tornaram obsoletos. No seu livro, Ford identifica mais de 50 milhões de trabalhos na América – quase 40% de todo o desemprego norte-americano – os quais, em maior ou menos escala, poderão ser executados por uma peça de software a correr num computador. “E, daqui a uma década, muitos mais irão desaparecer”, afiança o empreendedor.

Quem deve ter medo da tecnologia?


* Deve ter medo da tecnologia quem a utilizar em benefício próprio  e prejuízo da humanidade!

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BONO

I Still Haven't Found 

What I'm Looking For




For Live Desmond Tutu's Birthday 2011


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HOJE NO
"DESTAK"

Autarquias vão manter autonomia 
para contratar novos funcionários

O Governo vai eliminar da proposta do Orçamento do Estado para 2012 a norma que proibia as contratações de novos funcionários para as autarquias, noticia hoje o Jornal de Negócios.

De acordo com o Jornal de negócios, a Associação Nacional de Municípios (ANMP) enviou um documento a todos os autarcas a informar que a decisão sobre novas contratações nas câmaras municipais continua a pertencer às autarquias.

“Em situações excecionais, devidamente fundamentadas, e mediante autorização dos órgãos municipais, pode determinar-se a abertura de procedimentos concursais havendo uma informação ao Governo”, refere o documento citado pelo jornal.

O Governo terá de ser informado, mas não haverá qualquer intervenção do ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

O mesmo texto indica que não haverá redução de pessoal nas autarquias a não ser através de aposentações.

Em declarações ao jornal, o secretário-geral da ANMP, Artur Trindade, esclarece que “não vai haver despedimentos nas autarquias”.

Na proposta do OE2012, o Governo diminuía a autonomia dos municípios, nomeadamente com a impossibilidade de contratarem funcionários sem uma autorização do ministério das Finanças.


* Vamos lá a ver se não inventam umas fundaçõezitas e uns institutozitos para afilhados e compadres.


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5 - CANDEEIROS A PETRÓLEO
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HOJE NO
"i"

Ranking mundial de empresas
Alvarás, crédito e impostos esmagam Portugal
Iniciar um negócio é muito fácil em Portugal. Ocupamos os primeiros lugares. Mas outras variáveis atiram país para o fundo da lista do ranking mundial

As reformas introduzidas nos últimos anos no que respeita à melhoria do ambiente de negócios produziram efeitos positivos na criação de empresas. Mas ultrapassada a fase inicial, de registo, surgem outras variáveis, na fase de instalação, que atiram o país para o fim da lista dos países desenvolvidos.

Portugal ocupa a 30.a posição do ranking "Doing Business 2012", realizado pelo International Finance Corporation e pelo Banco Mundial. O índice avalia o grau de dificuldade para um empresário abrir um negócio de média dimensão em 183 economias mundiais.

Portugal está classificado no 30.o lugar do ranking, abaixo da média dos países da OCDE.

O índice mede dez áreas do ciclo de vida de um negócio: abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, pedido de electricidade, registo de propriedade, obtenção de crédito, protecção de investidores, pagamento de impostos, comércio externo, execução de contratos e resolução de insolvências.

Apesar de Portugal obter um bom desempenho na análise a indicadores como o lançamento de uma nova actividade empresarial, comércio entre fronteiras, registo de propriedade e resolução de insolvência, a verdade é que nos restantes indicadores obtém nota negativa. Estão neste caso, nomeadamente, os alvarás e licenças de construção, o tempo médio gasto a pagar impostos, as restrições e demora para obter crédito e o tempo necessário para instalar electricidade.

Portugal conseguiu tornar mais fácil iniciar uma empresa ao permitir que os sócios fundadores escolham um capital social mínimo a realizar num período de um ano e ao eliminar taxas para a constituição de sociedades.

Neste item ocupamos o 1.o lugar mundial. Mas, por exemplo, no que respeita ao tempo médio gasto e às dificuldades em conseguir uma licença de construção descemos consideravelmente. Ocupamos o 97.o lugar, sendo necessários 14 procedimentos e um tempo médio gasto de 255 dias. Tudo isto com um custo aproximado de 10 270 euros.

Globalmente, Portugal ocupa o número 126 no ranking de 183 economias em termos de facilidade de obtenção de crédito, o que representa uma descida face ao lugar 116 ocupado o ano passado. A média dos países da OCDE ocupa a 41.a posição.

A carga fiscal é outro dos pontos desfavoráveis ao incremento da actividade empresarial. Em média, as empresas fazem oito pagamentos de impostos por ano, gastam 275 horas por ano com o tratamento e o pagamento de impostos, que, segundo o mesmo estudo, ascendem a 15,1% do lucro.

Para obter electricidade são precisos cinco procedimentos, o equivalente a 64 dias, o que posiciona Portugal em 34.o lugar do ranking. Receber inspecção interna e obter um certificado custa, segundo o "Doing Business 2012", cerca de 51 euros, mas se um empresário recorrer à eléctrica para proceder a obras de ligação externa o custo dispara para mais de 8 mil euros. Por outro lado, o custo de importação de um contentor é de 663 euros, enquanto o de exportação é de 505 euros.

No que respeita a licenças de construção, o relatório sublinha que quando a regulação é excessivamente demorada e dispendiosa os empresários optam por desistir, construir ilegalmente, ou pelo pagamento de subornos aos fiscais. As autarquias demoram, em média, 95 dias a aprovar um projecto. O conselho dado é a simplificação de procedimentos.


* Notamos a falta de referência à morosidade da justiça que leva a prescrever muitos processo e a desencorajar investidores.

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O MENSAGEIRO DA MORTE
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HOJE NO
"PÚBLICO"

Evolução da Europa a duas velocidades 
regressou ao debate europeu
O agravamento súbito da crise da dívida 
europeia, alimentado pelas crises políticas 
em Itália e na Grécia, está a relançar o debate 
sobre a necessidade de um aprofundamento 
rápido da integração entre os países da zona 
euro deixando para trás os restantes 
membros da União Europeia (UE).

Este tipo de cenário de Europa a duas velocidades está longe de ser novo e é cada vez mais defendido pela França e Alemanha, no quadro dos esforços de reforço das regras de governação económica entre os países da zona euro.

Os próprios tratados europeus permitem níveis diferenciados de integração para impedir que os países relutantes impeçam os outros de avançar para níveis mais acentuados de integração.

Segundo a Reuters, no entanto, as reflexões “ao nível intelectual” em curso entre a França e a Alemanha vão mais longe e incluem igualmente a possibilidade de recomposição da zona euro em torno de um grupo mais pequeno e coeso de países em termos económicos e geográficos.

A mesma agência diz que “funcionários franceses e alemães têm discutido planos para uma alteração radical da União Europeia que poderá envolver a criação de uma zona euro mais integrada e potencialmente mais pequena”. Um porta-voz do ministério francês das finanças negou terminantemente a existência de quaisquer planos para a redução da dimensão da zona euro.

A possibilidade uma zona euro com menos países do que os seus actuais 17 membros ganhou terreno a partir da semana passada quando a Grécia foi claramente avisada por Paris e Berlim de que teria de sair do euro se pusesse em causa o seu plano de resgate.

Diferentes diplomatas europeus reconheceram que a Alemanha nunca escondeu que preferiria uma zona euro limitada aos países vizinhos, com uma cultura de estabilidade mais próxima da sua, e sem os “perturbadores” países periféricos. Só que, referiu um diplomata europeu, “a zona euro sem a economia italiana não tem qualquer sentido nem mesmo para a Alemanha”.

A França tem assumido exactamente esta linha, quanto mais não seja por saber que só teria a perder numa zona euro limitada aos países “amigos” de Berlim.

Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, defendeu ontem que a zona euro deverá permanecer intacta. “O objectivo é manter a zona euro junta, com todos os 17 participantes a bordo”, afirmou durante uma visita à Suiça.

Já no que se refere à possibilidade de uma integração mais acentuada entre os países do euro, este é um cenário que é claramente defendido desde há muito pela França. Nicolas Sarkozy, presidente francês, voltou a repeti-lo ontem num discurso perante um grupo de estudantes, defendendo que é o único caminho possível para o futuro.

Durante um discurso em Berlim igualmente ontem, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, alertou por seu lado para os riscos económicos que resultariam para a Alemanha de uma divisão da zona euro: a perda de um milhão de empregos e uma forte contracção da economia, calculou. Em sua opinião, “o desafio que se coloca agora é como aprofundar a integração da Zona Euro, sem criar divisões com aqueles que ainda não fazem parte” da moeda europeia. A Comissão Europeia conta apresentar aliás até ao fim do mês um conjunto de propostas precisamente para reforçar as regras de governação económica da zona euro.

Países de Leste como a Polónia ou República Checa resistem igualmente a qualquer cenário de Europa a duas velocidades, temendo um endurecimento das regras de acesso à zona euro que ainda não integraram por não respeitarem as condições de entrada. Os ingleses, que não querem aderir ao euro, também resistem, por temerem que uma maior integração dos 17 países do euro perturbe o funcionamento do mercado interno entre os Vinte e Sete.



* Há muito que denunciamos neste espaço de liberdade o perigo do "Eixo franco-alemão". O que se alterou foi o descaramento dos dirigentes dos dois países.


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4 – PINTORES AFRICANOS
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ONTEM NO
"A BOLA"

 Sara Moreira
«Provei a minha inocência» 

Emocionada e aliviada. Foi assim que Sara Moreira se mostrou depois de o laboratório de bioquímica da Universidade de Colónia ter confirmado a contaminação do suplemento alimentar que levou ao controlo positivo nos Mundias de Daegu, na Coreia do Sul.

«Ver o meu nome liga a um caso de doping, como devem imaginar, é muito, muito difícil. Hoje estou contente porque tenho as pessoas do meu lado e porque sei que provei a minha inocência», disse emocionada a atleta portuguesa em conferência de imprensa.

O processo transita agora para a autoridade anti-dopagem e para os organismos internacionais, que podem, ainda assim, decidir por um castigo a Sara Moreira: «Acho que devia levar apenas uma advertência, mas estou preparada para qualquer decisão.»


* Bravo pela seriedade

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"


Hospital público inova no cancro
O Hospital Nossa Senhora do Rosário, que integra 
o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, utiliza desde Maio
a técnica de tratamento do cancro apenas com 
uma sessão de radioterapia, anunciada como 
inovadora – e que estaria disponível em Portugal 
apenas em 2012 – pela Fundação Champalimaud.

Em declarações ao CM, Paulo Costa, director do Serviço de Radioterapia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, explicou que a novidade da Fundação Champalimaud poderá estar na máquina, não no tratamento. "O tratamento através da técnica de radioterapia estereotáxica corporal extracraniana já foi usado, até ao momento e desde 19 de Maio de 2011, em mais de uma dezena de pacientes", explicou o especialista, acrescentando que os doentes que foram tratados com a sessão única apresentam resultados de evolução positiva. Segundo Paulo Costa, o Hospital do Barreiro está a usar um equipamento de radioterapia (acelerador linear) adquirido em 2010 que permite fazer esse tratamento inovador.

Ao que o CM apurou, o acelerador linear do Hospital do Barreiro terá custado cerca de dois milhões de euros e é do mesmo fabricante americano (Varian Medical) que forneceu o aparelho que a Fundação Champalimaud vai apresentar.

Carlo Greco, director da área do cancro na Fundação, garantiu à agência Lusa que o equipamento em causa é o "mais avançado do Mundo" e "absolutamente único em Portugal", tendo-o testado na Universidade de Pisa (Itália). O equipamento testado é da americana Varian, chama-se TrueBeam STx e faz parte da nova linha de superaceleradores da marca. Spencer Sias, do departamento de comunicação da Varian, explicou ao CM que este acelerador custa cerca de 2,5 milhões de euros e que na Europa apenas está disponível em Itália, Inglaterra e na Suécia.

TÉCNICA INOVADORA CHEGA A MAIS HOSPITAIS DO SNS

O presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos, Jorge Espírito Santo, confirmou ao CM que a técnica apresentada como inovadora pela Fundação Champalimaud não é nova em Portugal.

Actualmente, apenas no Barreiro é que é utilizada, prevendo-se que mais unidades de saúde pública do País adiram a esta técnica. No entanto, o especialista refere que o facto de a Fundação Champalimaud ter um equipamento inovador "não deixa de ser positivo".


* Fundação literalmente a boiar. Verborreia ou desconhecimento, ambos são graves?!?!?!
Ainda ontem, o "JORNAL DE NEGÓCIOS" fazia notícia deste assunto como se fosse inovador, o jornal "PÚBLICO" também afinal o SNS já o tem a funcionar desde Maio, ainda bem!!!

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