UMA SOMBRA AMIGA
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
06/07/2011
23 - EXPRESSÕES POPULARES SEU SIGNIFICADO
Que massada !
Significado: Exclamação usada para referir uma tragédia ou contra-tempo.
Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permaneceram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.
Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permaneceram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.
"O caderno português é um objecto de culto"
(LÍDIA JORGE)
Lídia Jorge acredita que os artesanais cadernos Emílio Braga alcançaram recentemente "uma dimensão cultural" para além da comercial que lhes estava associada desde que são fabricados (1918). "Transformaram-se num objecto de culto", afirma.
Disponíveis em vários tamanhos, espessuras, cores e, actualmente, em países estrangeiros (Estados Unidos, Itália, Angola), por cá podemos encontrar os "galocha" na mentora Papelaria Emílio Braga e na loja A Vida Portuguesa, ambas em Lisboa.
Disponíveis em vários tamanhos, espessuras, cores e, actualmente, em países estrangeiros (Estados Unidos, Itália, Angola), por cá podemos encontrar os "galocha" na mentora Papelaria Emílio Braga e na loja A Vida Portuguesa, ambas em Lisboa.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
06/07/11Papelarias Emílio Braga
Rua Oliveira Martins 41 C -- Alvalade
Fundada em 1918 por Emílio da Silva Braga, a Papelaria Emílio Braga, na Rua Nova do Almada, era à época considerada uma das melhores papelarias de Lisboa. Hoje, quase um século depois, a Emílio Braga vai na quarta geração de proprietários e continua a fabricar livros e cadernos, sendo que o mais emblemático é o famoso "Galocha", um caderno de bolso característico com uma lombada e cantos reforçados com tecido de diversas cores. A produção destes cadernos é ainda totalmente artesanal.
A oficina onde estes cadernos são produzidos situa-se numa cave. Ainda que o processo seja artesanal, estamos perante uma autência linha de montagem, na qual as senhoras que lá trabalham realizam tarefas distintas, em sequência, com gestos certeiros e ritmados, fruto do hábito e do correr dos dias a realizar as mesmas tarefas. Estes cadernos, com alma portuguesa, nascem de folhas brancas que, depois de juntas, alinhadas, cosidas, coladas, cortadas e encadernadas, se transformam em objectos para guardar memórias. E levam já consigo as memórias das mãos que os fizeram.
Rua Oliveira Martins 41 C -- Alvalade
Fundada em 1918 por Emílio da Silva Braga, a Papelaria Emílio Braga, na Rua Nova do Almada, era à época considerada uma das melhores papelarias de Lisboa. Hoje, quase um século depois, a Emílio Braga vai na quarta geração de proprietários e continua a fabricar livros e cadernos, sendo que o mais emblemático é o famoso "Galocha", um caderno de bolso característico com uma lombada e cantos reforçados com tecido de diversas cores. A produção destes cadernos é ainda totalmente artesanal.
A oficina onde estes cadernos são produzidos situa-se numa cave. Ainda que o processo seja artesanal, estamos perante uma autência linha de montagem, na qual as senhoras que lá trabalham realizam tarefas distintas, em sequência, com gestos certeiros e ritmados, fruto do hábito e do correr dos dias a realizar as mesmas tarefas. Estes cadernos, com alma portuguesa, nascem de folhas brancas que, depois de juntas, alinhadas, cosidas, coladas, cortadas e encadernadas, se transformam em objectos para guardar memórias. E levam já consigo as memórias das mãos que os fizeram.
MIGUEL COUTINHO
Para que a história
de um fado nacional
não se repita
“Os dados oficiais ontem divulgados são claros: a economia portuguesa saiu e voltou a entrar em recessão.
Os indicadores de confiança permanecem desfavoráveis; o pessimismo marcou de forma decisiva os últimos anos da vida dos portugueses. Também o desemprego continuou uma prolongada trajectória de subida e tanto o desemprego de longa duração como o desemprego juvenil têm crescido de forma muito intensa. Por outro lado, apesar de não ser conhecida em toda a sua extensão a situação das contas públicas, o mínimo que se pode dizer é que não foram dados passos seguros e eficazes na consolidação orçamental.??Mas o tempo é de virar a página. A hora é de mobilizar vontades e energias em torno do que mais importa. E o que mais importa é o futuro e não os ajustes de contas com o passado que tanto mal trouxeram à confiança e à mobilização dos portugueses. Começa hoje o tempo de olhar para o futuro e de centrarmos os nossos esforços nos desafios que aí estão. É assim que será este Governo. Um Governo com os olhos postos no futuro."
Apesar das incríveis semelhanças, este discurso não foi escrito em 2011 e não pertence a Pedro Passos Coelho. Remonta a Março de 2005 e foi proferido por José Sócrates na tomada de posse do XVII Governo Constitucional. Serve, entre muitas outras coisas, para provar que a divulgação de dados oficiais na véspera das tomadas de posse tem um interessante padrão de repetição. Mas, relembrar este discurso diz também muito sobre a política e, sobretudo, sobre o poder das palavras. Elas, as palavras, apenas são pistolas carregadas, como dizia Jean Paul Sartre, quando saltam do recato do papel para o domínio da acção. Talvez haja um caminho sinuoso a percorrer entre o discurso de um político e a tomada de decisão, feito de inúmeras sombras, obstáculos e influências, umas previsíveis, outras inesperadas. E talvez seja esse invisível labirinto que conduz a uma tão aflitiva e deprimente repetição da nossa História recente. Eis o único desafio verdadeiramente importante de Pedro Passos Coelho: saltar esse labirinto, agindo, decidindo, cumprindo a sua palavra. Para que o discurso de quem lhe suceder seja diferente do seu e acrescente valor ao valor que ele criou. Para que, finalmente, seja contrariada uma ideia tão fatalista quanto portuguesa: a de que a trágica história de um fado nacional se repete incessantemente.
IN" DIÁRIO ECONÓMICO"
04/07/11
Biquíni nasceu há 65 anos
muito tapadas |
Com vários modelos, cores e texturas, o biquíni completa 65 anos desde a sua primeira aparição, criado por um engenheiro mecânico francês.
O modelo composto por duas peças foi criado em 1946 por Louis Réard, engenheiro mecânico francês.
ainda tapadas |
A apresentação da peça aconteceu cinco dias depois da detonação da primeira bomba atómica dos Estados Unidos da América (EUA) no Atol de Bikini, no dia 5 de Julho, o que deu origem à designação adoptada para a peça irreverente então criada.
O pedaço de pano foi, durante muitos anos, considerado escandaloso e a sua utilização foi proibida pelo Papa Pio XII no final da Segunda Guerra Mundial por atentar contra os padrões seguidos pela igreja.
menos que tapadas |
Nos anos 50, a actriz Brigitte Bardot vestiu a peça e o impacto mediático foi grande.
O traje tornou-se mais popular nos anos 60 quando a actriz Ursula Andress o usou no primeiro filme de James Bond, "Dr. No". Na mesma década, algumas piscinas exibiam cartazes onde se lia: "Não utilizar os chamados biquínis".
No Brasil surgiu a tanga, nos anos 70, reduzindo bastante as duas peças que compõem o biquíni.
Nos anos 80, foi a asa delta que revolucionou o biquíni, onde a parte de cima era designada de "cortininha". Este modelo evolui depois para o fio dental.
naomi campbel |
O processo inverteu-se nos anos 90, quando se assistiu quase a um retorno às origens do biquíni. Nesta altura os modelos deixaram de ser peças minimalistas e os estilistas passaram a incluir mais pano nas suas criações.
pippa midleton |
Actualmente existem vários modelos de biquíni, uns com mais e outros com menos tecido. Independentemente disso, a peça que este ano completa 65 anos de idade, tornou-se fundamental para o Verão e um símbolo de moda em todo o mundo.
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in "JORNAL DE NOTÍCIAS"
06/07/11
ALMORRÓIDA CIENTISTA
Cientista portuguesa descobre mecanismo
que pode ajudar a perceber doença de Alzheimer
Uma cientista portuguesa a trabalhar em França descobriu um novo mecanismo de regulação do tráfego de proteínas dentro das células do corpo humano que poderá ajudar no tratamento do cancro ou da doença de Alzheimer.
O estudo de Cláudia Almeida, 35 anos, investigadora no Instituto Curie, em Paris, foi publicado na revista Nature Cell Biology.
O que está em causa é perceber as razões por que algumas proteínas deixam de chegar aos seus destinos dentro das células, originando as doenças, de modo a conseguir depois agir de modo a tratar e corrigir essas alterações.
O que Cláudia Almeida agora descobriu foi que há uma proteína que contribui para deformar as paredes do Golgi, a estrutura onde se formam as novas moléculas e que as encaminha para os seus destinos.
Em declarações à Lusa, Cláudia Almeida salientou a importância destas investigações, que vão permitir perceber as alterações nos mecanismos celulares que vão originar as doenças.
Trata-se, contudo, de um processo demorado, já que "há 20 anos que se trabalha intensamente e ainda não se conseguiu qualquer cura" para a doença de Alzheimer, por exemplo, refere a investigadora.
Sem avançar prognósticos, a cientista diz que se trata de um processo demorado de investigação, que não exclui que de um momento para outro sejam feitas descobertas relevantes que abreviem o tratamento.
Cláudia Almeida é licenciada em bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, doutorou-se em neurociências em Nova Iorque e fez o pós-doutoramento em Paris, onde é actualmente bolseira no Instituto Curie.
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
06/07/11
Penalty mais escandaloso do Mundo
O lance ocorreu na partida entre Austrália e Guiné Equatorial. Uma jogadora da selecção da Guiné Equatorial agarrou a bola com ambas as mãos dentro da grande área. Um lance passível de marcação de grande penalidade que a equipa de arbitragem não assinalou.
Texto "A BOLA"
A PROPÓSITO DE... VALORES!
APÓS OS REPETIDOS TREMORES DE TERRA
APÓS OS REPETIDOS TREMORES DE TERRA
E O TSUNAMI DEVASTADOR...
10 LIÇÕES JAPONESAS
10 LIÇÕES JAPONESAS
1. A CALMA
Nem um único sinal de pânico.
A tristeza foi crescendo mas a atitude positiva manteve-se.
2. A DIGNIDADE
Fora feitas longas filas para a água e mantimentos.
Nem uma palavra áspera ou um gesto bruto.
3. A CAPACIDADE
Arquitectura incrível e engenharia irrepreensível.
Os edifícios oscilaram, mas nenhum caiu.
4. O CIVISMO
As pessoas compravam somente o que precisavam para o presente, para que todos pudessem ter acesso aos bens.
Fora feitas longas filas para a água e mantimentos.
Nem uma palavra áspera ou um gesto bruto.
3. A CAPACIDADE
Arquitectura incrível e engenharia irrepreensível.
Os edifícios oscilaram, mas nenhum caiu.
4. O CIVISMO
As pessoas compravam somente o que precisavam para o presente, para que todos pudessem ter acesso aos bens.
5. A ORDEM
Não houve saques nas lojas.
Não houve buzinões nem ultrapassagens nas estradas.
Apenas a compreensão pelo momento por que todos passavam.
Não houve saques nas lojas.
Não houve buzinões nem ultrapassagens nas estradas.
Apenas a compreensão pelo momento por que todos passavam.
6. O SACRIFÍCIO
Cinquenta trabalhadores não foram evacuados das instalações da central
Nuclear para assegurarem que a água do mar fosse bombeada para os reactores.
Nunca serão reembolsados!
Cinquenta trabalhadores não foram evacuados das instalações da central
Nuclear para assegurarem que a água do mar fosse bombeada para os reactores.
Nunca serão reembolsados!
7. A TERNURA
Os restaurantes reduziram os preços.
Uma ATM foi deixada sem segurança.
Os fortes cuidaram dos fracos e a entreajuda estava na rua em todos os
locais.
Os restaurantes reduziram os preços.
Uma ATM foi deixada sem segurança.
Os fortes cuidaram dos fracos e a entreajuda estava na rua em todos os
locais.
8. O TREINO
Os idosos e as crianças sabiam exactamente o que fazer.
E fizeram exactamente o que era pressuposto fazer.
Os idosos e as crianças sabiam exactamente o que fazer.
E fizeram exactamente o que era pressuposto fazer.
9. A COMUNICAÇÃO SOCIAL
Os jornalistas mostraram dignidade e contenção no modo como reportaram as notícias. O sensacionalismo foi rejeitado.
Somente reportagens serenas.
10. A CONSCIÊNCIA
Quando numa loja, a energia eléctrica falhou, as pessoas colocaram as coisas que tinham na mão nas prateleiras e saíram tranquilamente.
Somente reportagens serenas.
10. A CONSCIÊNCIA
Quando numa loja, a energia eléctrica falhou, as pessoas colocaram as coisas que tinham na mão nas prateleiras e saíram tranquilamente.
enviado por M. FRADE
NR: Se acontecesse em Portugal, os que normalmente dizem que não têm nada, teriam dito que tinham perdido tudo
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47 - IPSIS VERBIS
PEDRO PASSOS COELHO
"É o chamado murro no estômago"
Por causa da Moody's
IN "hoje, antes de reunião com CIP"
TENHA UM BOM DIA............
...estamos a caminho da lixeira
COMPRE JORNAIS
o risco é um estado de alma
Estado arrisca juros elevados na emissão de dívida
Um dia depois de a Moody"s ter reduzido a dívida nacional a "lixo", o Estado português volta ao mercado, com uma emissão de 750 milhões a mil milhões de euros de Bilhetes do Tesouro (BT) a três meses.
A emissão deve registar uma procura confortável, em linha com os últimos leilões, mas os juros exigidos continuarão muito elevados, não sendo de excluir a possibilidade de um novo máximo.
Filipe Silva, gestor de dívida do Banco Carregosa, adiantou ao PÚBLICO esperar uma taxa compreendida entre os 4,5 e os 5,0 por cento, dada a forte variação das taxas de curtíssimo prazo no mercado secundário, nos últimos dias. Mas a notícia que se soube ontem ao início da noite - o corte do rating português - pode perturbar ainda mais a emissão.
No último leilão comparável, realizado a 15 de Junho, já depois da ajuda externa, o Estado português pagou uma taxa média de 4,863 por cento, uma descida muito ligeira face ao leilão anterior. Neste momento, os juros das obrigações portuguesas têm registado alguma correcção, mas continuam em níveis muito elevados e "colados" à evolução da crise grega.
"PÚBLICO"
no país do futebol
Mário Saldanha:
«Federação próxima de rutura financeira»
A Federação Portuguesa de Basquetebol está numa situação "próxima da rutura financeira" e precisa de "arranjar formas de sobreviver", que passam pelas novas taxas de inscrição dos clubes nos campeonatos, defende Mário Saldanha, presidente da instituição.
"Também os clubes terão de comparticipar no seu campeonato, pelo que vamos avançar com uma taxa de inscrição", disse à Lusa Mário Saldanha, que não confirma as verbas até agora adiantadas na comunicação social e que levaram um grupo de 20 clubes a considerar que tal "inviabiliza a realização dos campeonatos".
Os números avançados eram de 7.500 euros para inscrição no campeonato da Liga e 3.500 na Proliga, o que levou os clubes a considerar que "para a maioria dos clubes é incomportável a participação nos campeonatos, se as taxas se mantiverem na ordem dos valores divulgados".
Mário Saldanha, que ainda não teve acesso ao comunicado do grupo de clubes, considera, no entanto, que "esses números (do valor das taxas) são especulativos" e que ainda serão discutidos na quarta-feira, em reunião de direção, e depois no sábado, numa reunião entre a FPB e as associações.
As novas taxas são equacionadas após o corte de 15 por cento do financiamento estatal, cerca de 400 mil euros em nove meses, o que deixa a FPB em dificuldades. "Sem esse valor, não é possível gerir a modalidade. Vamos ter de arranjar formas de sobreviver", disse Mário Saldanha.
"RECORD"
compras tóxicas
6% são afectados por dependência das compras
Dependentes das compras acabam por descartar rapidamente os objectos
que adquirem, depois de sentirem alívio associado à posse
Marta queria muito uma coisa. Quis muitas vezes uma coisa específica, o que a levou a áreas comerciais tantas e tantas vezes. Não se sentia equilibrada, tinha baixa auto-estima, depressão. Para se equilibrar ia às compras. Muitas e despropositadas. Uma vez chegou ao cúmulo de comprar um enxoval para o filho. Podia ser um gesto de uma imensa generosidade, não estivesse o filho casado há dez anos. Uma dependência sem substância, mórbida, patológica, que configura a consumopatia, ou a dependência de compras.
O psiquiatra Luís Patrício diz ao DN que esta é uma adição crescente, "tal a oferta na sociedade de consumo". Não há estudos em Portugal, mas calcula-se que entre 1% e 6% da população seja afectada, tendo em conta um estudo espanhol.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
aclarar a vidinha
Trabalhadores das empresas de transportes
querem reunir com o Governo
Sindicatos dos transportes querem esclarecimentos sobre cortes salariais e privatizações.
Mais de duas centenas de representantes sindicais e de comissões de trabalhadores de empresas de transporte públicas e privadas estiveram ontem reunidos em plenário. No final acordaram em escrever ao novo secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, solicitando uma reunião para apresentar os problemas do sector. A possibilidade de os trabalhadores do sector dos transportes avançarem com greves é um tema que "está sempre em cima da mesa", mas que não é agora "uma questão em discussão".
"Desde já, todos os sindicatos e comissões de trabalhadores (CT) vão apresentar um pedido de reunião ao novo secretário de Estado", avança o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), Amável Alves. De acordo com o mesmo responsável, o objectivo destas reuniões é apresentar "posições convergentes e comuns". Posições que passam pela contestação às medidas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia (CE), e "agora mantidas e ampliadas pelo programa do Governo".
Amável Alves acredita que estas medidas têm "profundas consequências no direito ao trabalho e também questões que se ligam com as privatizações de importantes empresas que prestam serviço público, assim como empresas como a TAP, que é um instrumento da economia nacional e de desenvolvimento do País".
"DIÁRIO ECONÓMICO"
p'ra debaixo da ponte
Prestações da casa podem subir até 20 euros
Amanhã, BCE pode subir taxa de referência para 1,50. Prestações do crédito à habitação
em Portugal vão agravar-se.
As prestações do crédito à habitação poderão ser agravadas até 20 euros caso o BCE suba a taxa diretora em 25 pontos base, amanhã. De acordo com uma simulação feita pela Deco, no caso de um crédito de 100 mil euros a 30 anos para contratos com taxa Euribor a seis meses (cuja média em junho foi de 1,749 por cento) e um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 0,3 por cento, o aumento será de 12,68 euros. Este empréstimo que atualmente ronda os 372,07 euros mensais sobe para 384,75 euros, caso o Banco Central Europeu (BCE) aumente para 1,50 por cento a sua taxa de referência.
Já no caso de um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, o aumento será de 19,02 euros se a este estiver associado um ‘spread’ de 0,3 por cento e 20,62 euros com um ‘spread’ de 1,4 por cento.
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
não morre da doença, morre da cura
Medicamento para deixar de fumar
aumenta riscos cardiovasculares
O medicamento Champix para deixar de fumar e vendido em quase 90 países, incluindo Portugal, apresenta graves riscos cardiovasculares, conclui um novo estudo. O laboratório contesta e defende os benefícios do fármaco.
A investigação, publicada na revista científica "Canadian Medical Association Journal" e que abrange oito mil pessoas sem problemas cardíacos, refere que a ingestão da substância activa vareniclina, comercializada sob o nome de Champix, "está associada a um risco acrescido de 72% de hospitalização por acidente cardiovascular grave, como um ataque ou arritmia cardíacos".
O laboratório Pfizer, citado pela agência noticiosa AFP, reafirmou, no entanto, a sua confiança no medicamento que produz e criticou a metodologia usada no estudo, nomeadamente a "forma como os acidentes cardiovasculares foram contabilizados e classificados".
Baseando-se num estudo clínico a 700 fumadores, a autoridade norte-americana do medicamento ordenou, em Junho, à Pfizer para que alterasse o folheto informativo do Champix, no sentido de o fármaco ser contra-indicado a doentes que sofrem de problemas cardíacos.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
o fado do fiado
«Sem novo contrato União
não joga em Leiria»
Leiria a ferro e fogo. Nova época, velhos hábitos. Naquele que seria o primeiro dia de trabalho da equipa leiriense, a Leirisport, empresa municipal que gere o Estádio Dr. Magalhães Pessoa, não permitiu a entrada da equipa no recinto para os habituais exames médicos de início de época. A polémica, essa, voltou a instalar-se.
Câmara e empresa municipal Leirisport continuam a reclamar o pagamento de uma dívida de 250 mil euros, respeitante à utilização do estádio pela equipa leiriense na época de 2010/2011.
Sem a liquidação da verba, sublinhou ontem a A BOLA António Martinho, vereador do Desporto da autarquia e presidente da Leirisport, o União não poderá utilizar as instalações.
«Existe um contrato com uma empresa privada, o União SAD, que chegou ao fim. Terminando esse vínculo de utilização sem o mediante pagamento pouco mais haverá a dizer. Renovação do contrato? Não depende apenas de nós», começou por dizer, dando conta de uma reunião na passada segunda-feira que juntou António Martinho, Jorge Alexandre, director da SAD leiriense e Fernando Gomes, presidente da Liga.
"A BOLA"
nem os bancos têm dinheiro
Leilões públicos sem compradores
Dos 41 imóveis que o Estado pôs à venda em leilão público na última semana de Junho só cinco receberam propostas. As restantes hastas públicas ficaram desertas, mostra o resumo da operação publicado no site da Direcção-Geral do Tesouro. O Fisco também não tem tido melhor sorte na alienação dos bens penhorados, e está já a recorrer à negociação particular, aliciando os compradores com preços mínimos de um cêntimo.
Tal como o CM avançou, o preço-base dos imóveis da Direcção--Geral do Tesouro colocava a expectativa de receitas de 9,5 milhões de euros. No entanto, as vendas concretizadas só permitiram o encaixe de 367 mil euros. Aliás, segundo o resumo dos leilões, o valor mais alto arrecadado pelo Tesouro é referente a um apartamento em Faro, cujo preço de licitação era de 138 mil euros e que acabou por ser vendido por 142 mil euros.
Entre os imóveis mais relevantes colocados em hasta pública estava a Pousada de São Miguel, em Sousel. O preço mínimo imposto pelo Estado para a alienação era de 1,5 milhões de euros, número que não convenceu ninguém.
"CORREIO DA MANHÃ"
quem diria....
Fisco não acredita na "idoneidade"
da Sonae como fiadora de 4 milhões
Estado alega comportamento reiterado que visa suspender execuções fiscais.
O Fisco considera que o grupo Sonae não tem idoneidade para ser fiador de uma dívida de quatro milhões de euros. O litígio prende-se com a execução dos bens da Cacetinho, empresa incorporada por fusão na Sonae MC (Modelo Continente), tendo ficado por pagar o IVA dos anos de 2006 e 2007.
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
existem para manipular
Agência das Nações Unidas
quer a extinção das agências de "rating"
O diretor da Agência das Nações Unidas para o Comércio Mundial e o Desenvolvimento (UNCTAD), Heiner Flassbeck, exigiu hoje a extinção das agências de "rating", em declarações à televisão pública alemã ARD.
Na opinião do ex-secretário de estado das finanças alemão: "as agências de rating pelo menos deviam limitar-se a avaliar empresas, e não deviam poder avaliar Estados, que são uma matéria muito complexa, em que elas ignoram frequentemente muitos aspetos positivos".
O papel das agências de "rating" está a ser cada vez mais contestado na Europa, segundo um artigo publicado hoje no matutino Berliner Zeitung.
O jornal lembra que, na terça feira, a chanceler Angela Merkel pôs em causa a importância da maior agência deste género, a Standard & Poor 's, depois de esta ter afirmado que considerava o modelo de participação voluntária de bancos e seguradoras num novo pacote de ajuda à Grécia um “incumprimento parcial” do pagamento da dívida por parte de Atenas.
“É importante que a troika não permita que lhe retirem a sua capacidade de avaliação”, advertiu a chanceler, referindo-se à estratégia definida pelo Banco Central Europeu (BCE), pela Comissão Europeia e pelo FMI para os resgates de países em dificuldades financeiras, caso da Grécia, mas também de Portugal.
Thomas Straubhaar, presidente do Instituto de Economia Mundial, de Hamburgo, exigiu também, em declarações ao jornal Rhein-Neckar-Zeitung, a limitação do poder das agências de “rating” e o regresso a outros critérios de avaliação.
“A política pôs-se nas mãos de um monopólio de uns quantos institutos de avaliação”, afirmou Straubhaar.
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BOCAGE
1765-1805
Cantata à morte de Inês de Castro
Longe do caro Esposo Inês formosa
Na margem do Mondego
As amorosas faces aljofrava
De mavioso pranto.
Os melindrosos, cândidos penhores
Do tálamo furtivo,
Os filhinhos gentis, imagem dela,
No regaço da mãe serenos gozam
O sono da inocência.
Coro subtil de alígeros Favónios
Que os ares embrandece,
Ora enlevado afaga
Com as plumas azuis o par mimoso,
Ora solto, inquieto,
Em leda travessura, em doce brinco,
Pela amante saudosa,
Pelos ternos meninos se reparte,
E com ténue murmúrio vai prender-se
Das áureas tranças nos anéis brilhantes.
Primavera louçã, quadra macia
Da ternura e das flores,
Que à bela Natureza o seio esmaltas,
Que no prazer de Amor ao mundo apuras
O prazer da existência,
Tu de Inês lacrimosa
As mágoas não distrais com teus encantos.
Debalde o rouxinol, cantor de amores,
Nos versos naturais os sons varia;
O límpido Mondego em vão serpeia
Co'um benigno sussurro, entre boninas
De lustroso matiz, almo perfume;
Em vão se doira o Sol de luz mais viva,
Os céus de mais pureza em vão se adornam
Por divertir-te, ó Castro;
Objectos de alegria Amor enjoam,
Se Amor é desgraçado.
A meiga voz dos Zéfiros, do rio,
Não te convida o sono:
Só de já fatigada
Na luta de amargosos pensamentos
Cerras, mísera, os olhos;
Mas não há para ti, para os amantes
Sono plácido e mudo;
Não dorme a fantasia, Amor não dorme:
Ou gratas ilusões, ou negros sonhos
Assomando na ideia, espertam, rompem
O silêncio da Morte.
Ah!, que fausta visão de Inês se apossa!
Que cena, que espectáculo assombroso
A paixão lhe afigura aos olhos d'alma!
Em marmóreo salão de altas colunas,
A sólio majestoso e rutilante
Junto ao régio amador se crê subida;
Graças de neve a púrpura lhe envolve,
Pende augusto dossel do tecto de oiro,
Rico diadema de radioso esmalte
Lhe cobre as tranças, mais formosas que ele;
Nos luzentes degraus do trono excelso
Pomposos cortesãos o orgulho acurvam;
A lisonja sagaz lhe adoça os lábios;
O monstro da política se aterra
E, se Inês perseguia, Inês adora.
Ela escuta os extremos,
Os vivas populares; vê o amante
Nos olhos estudar-lhe as leis que dita;
O prazer a transporta, amor a encanta;
Prémios, dádivas mil ao justo, ao sábio
Magnânima confere;
Rainha esquece o que sofreu vassala:
De sublimes acções orna a grandeza,
Felicita os mortais; do ceptro é digna,
Impera em corações... Mas, Céus! Que estrondo
O sonho encantador lhe desvanece!
Inês sobressaltada
Desperta, e de repente aos olhos turvos
Da vistosa ilusão lhe foge o quadro.
Ministros do Furor, três vis algozes,
De buídos punhais a dextra armada,
Contra a bela infeliz, bramando, avançam.
Ela grita, ela treme, ela descora;
Os frutos da ternura ao seio aperta,
Invocando a piedade, os Céus, o amante;
Mas de mármore aos ais, de bronze ao pranto,
À suave atracção da formosura,
Vós, brutos assassinos,
No peito lhe enterrais os ímpios ferros.
Cai nas sombras da morte
A vítima de Amor lavada em sangue;
As rosas, os jasmins da face amena
Para sempre desbotam;
Dos olhos se lhe some o doce lume;
E no fatal momento
Balbucia, arquejando: «Esposo! Esposo!»
Os tristes inocentes
À triste mãe se abraçam,
E soltam de agonia inútil choro.
Ao suspiro exalado,
Final suspiro da formosa extinta,
Os amores acodem.
Mostra a prole de Inês, e tua, ó Vénus,
Igual consternação e igual beleza:
Uns dos outros os cândidos meninos
Só nas asas diferem
(Que jazem pelo campo em mil pedaços
Carcases de marfim, virotes de oiro).
Súbito voam dois do coro alado:
Este, raivoso, a demandar vingança
No tribunal de Jove;
Aquele a conduzir o infausto anúncio
Ao descuidado amante.
Nas cem tubas da Fama o grão desastre
Irá pelo Universo.
Hão-de chorar-te, Inês, na Hircânia os tigres;
No torrado sertão da Líbia fera,
As serpes, os leões hão-de chorar-te.
Do Mondego, que atónito recua,
Do sentido Mondego as alvas filhas
Em tropel doloroso
Das urnas de cristal eis vêm surgindo;
Eis, atentas no horror do caso infando,
Terríveis maldições dos lábios vibram
Aos monstros infernais, que vão fugindo,
Já c'roam de cipreste a malfadada,
E, arrepelando as nítidas madeixas,
Lhe urdem saudosas, lúgubres endeixas.
Tu, Eco, as decoraste,
E, cortadas dos ais, assim ressoam
Nos côncavos penedos, que magoam:
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
«Mísero esposo,
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
«Sua alma pura
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,
Porque a perdeu.
«Contra a cruenta
Raiva íerina,
Face divina
Não lhe valeu.
«Tem roto o seio
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
«De dor e espanto
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
«Aves sinistras
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.»
Na margem do Mondego
As amorosas faces aljofrava
De mavioso pranto.
Os melindrosos, cândidos penhores
Do tálamo furtivo,
Os filhinhos gentis, imagem dela,
No regaço da mãe serenos gozam
O sono da inocência.
Coro subtil de alígeros Favónios
Que os ares embrandece,
Ora enlevado afaga
Com as plumas azuis o par mimoso,
Ora solto, inquieto,
Em leda travessura, em doce brinco,
Pela amante saudosa,
Pelos ternos meninos se reparte,
E com ténue murmúrio vai prender-se
Das áureas tranças nos anéis brilhantes.
Primavera louçã, quadra macia
Da ternura e das flores,
Que à bela Natureza o seio esmaltas,
Que no prazer de Amor ao mundo apuras
O prazer da existência,
Tu de Inês lacrimosa
As mágoas não distrais com teus encantos.
Debalde o rouxinol, cantor de amores,
Nos versos naturais os sons varia;
O límpido Mondego em vão serpeia
Co'um benigno sussurro, entre boninas
De lustroso matiz, almo perfume;
Em vão se doira o Sol de luz mais viva,
Os céus de mais pureza em vão se adornam
Por divertir-te, ó Castro;
Objectos de alegria Amor enjoam,
Se Amor é desgraçado.
A meiga voz dos Zéfiros, do rio,
Não te convida o sono:
Só de já fatigada
Na luta de amargosos pensamentos
Cerras, mísera, os olhos;
Mas não há para ti, para os amantes
Sono plácido e mudo;
Não dorme a fantasia, Amor não dorme:
Ou gratas ilusões, ou negros sonhos
Assomando na ideia, espertam, rompem
O silêncio da Morte.
Ah!, que fausta visão de Inês se apossa!
Que cena, que espectáculo assombroso
A paixão lhe afigura aos olhos d'alma!
Em marmóreo salão de altas colunas,
A sólio majestoso e rutilante
Junto ao régio amador se crê subida;
Graças de neve a púrpura lhe envolve,
Pende augusto dossel do tecto de oiro,
Rico diadema de radioso esmalte
Lhe cobre as tranças, mais formosas que ele;
Nos luzentes degraus do trono excelso
Pomposos cortesãos o orgulho acurvam;
A lisonja sagaz lhe adoça os lábios;
O monstro da política se aterra
E, se Inês perseguia, Inês adora.
Ela escuta os extremos,
Os vivas populares; vê o amante
Nos olhos estudar-lhe as leis que dita;
O prazer a transporta, amor a encanta;
Prémios, dádivas mil ao justo, ao sábio
Magnânima confere;
Rainha esquece o que sofreu vassala:
De sublimes acções orna a grandeza,
Felicita os mortais; do ceptro é digna,
Impera em corações... Mas, Céus! Que estrondo
O sonho encantador lhe desvanece!
Inês sobressaltada
Desperta, e de repente aos olhos turvos
Da vistosa ilusão lhe foge o quadro.
Ministros do Furor, três vis algozes,
De buídos punhais a dextra armada,
Contra a bela infeliz, bramando, avançam.
Ela grita, ela treme, ela descora;
Os frutos da ternura ao seio aperta,
Invocando a piedade, os Céus, o amante;
Mas de mármore aos ais, de bronze ao pranto,
À suave atracção da formosura,
Vós, brutos assassinos,
No peito lhe enterrais os ímpios ferros.
Cai nas sombras da morte
A vítima de Amor lavada em sangue;
As rosas, os jasmins da face amena
Para sempre desbotam;
Dos olhos se lhe some o doce lume;
E no fatal momento
Balbucia, arquejando: «Esposo! Esposo!»
Os tristes inocentes
À triste mãe se abraçam,
E soltam de agonia inútil choro.
Ao suspiro exalado,
Final suspiro da formosa extinta,
Os amores acodem.
Mostra a prole de Inês, e tua, ó Vénus,
Igual consternação e igual beleza:
Uns dos outros os cândidos meninos
Só nas asas diferem
(Que jazem pelo campo em mil pedaços
Carcases de marfim, virotes de oiro).
Súbito voam dois do coro alado:
Este, raivoso, a demandar vingança
No tribunal de Jove;
Aquele a conduzir o infausto anúncio
Ao descuidado amante.
Nas cem tubas da Fama o grão desastre
Irá pelo Universo.
Hão-de chorar-te, Inês, na Hircânia os tigres;
No torrado sertão da Líbia fera,
As serpes, os leões hão-de chorar-te.
Do Mondego, que atónito recua,
Do sentido Mondego as alvas filhas
Em tropel doloroso
Das urnas de cristal eis vêm surgindo;
Eis, atentas no horror do caso infando,
Terríveis maldições dos lábios vibram
Aos monstros infernais, que vão fugindo,
Já c'roam de cipreste a malfadada,
E, arrepelando as nítidas madeixas,
Lhe urdem saudosas, lúgubres endeixas.
Tu, Eco, as decoraste,
E, cortadas dos ais, assim ressoam
Nos côncavos penedos, que magoam:
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
«Mísero esposo,
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
«Sua alma pura
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,
Porque a perdeu.
«Contra a cruenta
Raiva íerina,
Face divina
Não lhe valeu.
«Tem roto o seio
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
«De dor e espanto
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
«Aves sinistras
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
«Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.»