29/12/2010


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ALMORRÓIDA MALFEITORA



Crime à portuguesa. 
O melhor dos piores crimes de 2010

por Rosa Ramos

O crime tem destas coisas: nem sempre corre bem. Mas, às vezes, os criminosos põem-se a jeito. Na história do crime à portuguesa, 2010 é o ano em que ladrões sem carta de condução arriscam roubar ambulâncias, condutores de burros embriagados são condenados, assaltantes azarados abordam polícias à civil ou roubam farmácias sem dizer uma única palavra

1. Proença-a-Velha. 
A estranha história de Jaime do Ó
Jaime do Ó não era uma figura popular na aldeia de Proença- a-Velha. Os vizinhos acusavam-no, por exemplo, de roubar animais, que depois violava. Na noite de 19 de Setembro foi encontrado moribundo, em roupa interior e com sandálias de mulher, à porta de casa, depois de ter sido atingido com dois golpes de um objecto redondo e metálico no peito e no ânus. Morreu a caminho do hospital.
Em tempos, Jaime violou uma idosa com 90 anos e foi parar à prisão. Quando saiu, arranjou trabalho em Lisboa como coveiro. Mas regressou à terra natal e, com o tempo, ganhou a alcunha de "Jaime Ovelha" - por causa da fama de violar animais.
Aos 68 anos, vivia sozinho, sem electricidade e os vizinhos chegaram a apresentar queixa às autoridades por alegados furtos. As violações de animais seriam recorrentes desde a infância e os comportamentos de Jaime - que chegou a ser apanhado dentro de um galinheiro de um vizinho - foram várias vezes debatidos na assembleia de freguesia. Alguns vizinhos terão até optado por acabar com a criação de galinhas, devido aos furtos constantes dos animais. Chegou a suspeitar- -se de uma rixa popular, mas afinal foi o dono de um burro violado - um reformado de 50 anos - quem matou Jaime do Ó.

2. Rei Ghob. 
O profeta suspeito de triplo homicídio
Os corpos nunca apareceram, mas Francisco Leitão, 41 anos, está em prisão preventiva e é suspeito de ter assassinado três jovens na Lourinhã. O Chico do Avião, como era conhecido na zona, intitulava-se, nas dezenas de vídeos que publicava na internet, Rei Ghob, filho de Satanás, com poderes sobrenaturais e governante de uma nova era que está para chegar.
Num dos vídeos, anuncia o fim do mundo para 21 de Dezembro de 2012, acompanhado por dois dos seus discípulos. O Rei Ghob, sucateiro de profissão, transformou a casa onde morava, no lugar de Carqueja, numa espécie de castelo, com câmaras de vigilância instaladas por toda a parte, santos, estátuas, gnomos, ecrãs gigantes, cabeças de animais, montes de entulho e um espaço para a criação de porcos.
Para a PJ, é suspeito de ter morto Tânia Ramos, Ivo Delgado e Joana Correia, todos com cerca de 20 anos. Com Ivo terá mantido uma relação. Já as raparigas terão sido suas rivais. Detido em Julho, não confessa os crimes, diz-se inocente, tem-se mantido em silêncio e a primeira coisa que fez quando chegou à cadeia foi pedir uma televisão. Sabe-se que acompanha, com grande interesse, todas as notícias publicadas a seu respeito.

3. Ladrão Mudo. 
Assaltou seis farmácias sempre sem fala
Sem dizer uma única palavra e sem recorrer a qualquer arma, conseguiu assaltar, com sucesso, seis farmácias – todas na zona do Grande Porto. O homem, de 37 anos, entrava nos estabelecimentos, apresentava-se ao funcionário e entregava-lhe um papel com uma mensagem ameaçadora em que dizia que tinha uma arma e exigia dinheiro – daí a alcunha de Ladrão Mudo.
Apesar de nunca estar armado, o homem mantinha a mão direita atrás das costas, para que os funcionários acreditassem que estava na posse de uma arma de fogo. Mas à sétima vez, na farmácia de Gemunde, na Maia, o funcionário não acreditou. E, com calma, disse-lhe apenas que ia chamar a GNR. Foi quanto bastou para que o Ladrão Mudo desatasse a fugir. À porta, esperava-o, como sempre, uma mulher – fotógrafa de 39 anos – que o ajudava nas fugas, ao volante de um Renault Clio.
O ladrão, toxicodependente, actuou sempre entre as 14 e as 18 horas e nunca prescindiu de usar óculos escuros. Só foi traído pelas imagens capturadas pelas câmaras de vigilância da sétima farmácia. Foi detido, em Agosto, em Leça do Balio (Matosinhos), perto de casa, juntamente com a cúmplice – que, afinal, era a namorada. A PJ já os tinha identificado há algum tempo, mas manteve-os sob vigilância.

4. Roubo de ambulância. 
Ladrão não tinha carta
Um arrumador de carros de Braga entrou, há um mês, no quartel dos bombeiros sapadores da cidade, por volta das 20h30, e roubou uma das ambulâncias estacionadas – que normalmente têm as portas destrancadas e as chaves na ignição para facilitar a saída, caso seja
necessário responder a alguma emergência.
Os bombeiros que estavam de serviço só se aperceberam do roubo quando a ambulância embateu contra o portão do quartel. A seguir, sentado ao volante da viatura, o arrumador tomou o sentido do centro de Braga e entrou em contramão na rua do Carmo, onde acabou por bater contra dois carros estacionados. Ainda tentou fugir a pé, mas foi apanhado, poucos minutos depois de ter saído do quartel. Apesar de curto, o incidente causou algum alarido na corporação e levou a uma verdadeira perseguição à ambulância, por parte dos bombeiros de serviço.
"Estava transtornado, parecia que não sabia o que fazia nem o que dizia, mas mesmo assim conseguiu roubar a ambulância", contou ao "Jornal de Notícias" uma testemunha que não se quis identificar. A história não teve um final feliz para a ambulância e para os dois carros estacionados na rua – que acabaram amolgados. O homem, toxicodependente, não tem carta de condução.

5. Cavalo por vaca. 
Matadouro fazia rituais quando matava animais
O matadouro ilegal funcionava num terreno da Santa Casa da Misericórdia de Loures e foi desmantelado em Setembro. Quando a ASAE chegou, por volta das 9h30 do dia 25, vários clientes já faziam fila para comprar carne.
Só que este não era um matadouro qualquer. As carcaças dos animais eram atiradas para um terreno perto da A8, em frente ao Loures Shopping, ou para uma ribeira. Outras eram enterradas. Mas segundo o "Correio da Manhã", o matadouro tinha outra particularidade bem mais estranha. Além de vender carne, permitia que os clientes, no momento do abate dos animais, pagassem para ver realizados rituais de sacrifício, "em que não faltavam as rezas".
E há mais: quem só se dirigia ao local para se abastecer de carne era geralmente enganado. É que em vez de carne de vaca, por exemplo, os clientes levavam, sem saberem, carne de cavalo. As autoridades encontraram nas instalações dez cavalos, 20 cabras e 40 porcos, patos, galinhas e leitões, que retiraram do local. O proprietário do espaço pôs-se em fuga, mas foi constituído arguido, juntamente com um empregado. Os animais eram inanimados com marretadas na cabeça e só depois mortos à facada, sem condições de higiene e segurança, considerou a ASAE.

6. Ladrão azarado. 
Assaltou polícias à civil no dia de Natal
Estava a gozar uma saída precária da prisão, mas voltou a ser preso, no dia de Natal, em Matosinhos, depois de ter tentado roubar um carro. Só que o assaltante, um homem de 28 anos, teve azar. A tentativa de roubo aconteceu na Rua de Goa, num parque de estacionamento onde costumam ficar carros apreendidos pela PSP e algumas viaturas de agentes que trabalham numa esquadra próxima.
Por volta das 6h30, dois polícias terminaram os turnos, combinaram seguir no mesmo carro para casa, despiram as fardas e, já à civil, dirigiram-se para o parque de estacionamento. Assim que um dos agentes entrou para o carro, apareceu o ladrão – com uma mão no bolso, dizendo que trazia uma arma e ameaçando-o com um tiro, caso não lhe entregasse o veículo. Mas o outro agente da PSP – que estava prestes a entrar para o lugar do pendura – surpreendeu o ladrão pelas costas com a arma de serviço. E identificou-se como polícia.
Entretanto, chegaram outros agentes, vindos da esquadra, que fica a poucos metros de distância. No meio do alvoroço, o assaltante caiu e ficou ferido. Foi hospitalizado, mas nem assim se livrou de ser presente ao juiz, pouco tempo depois, no tribunal de Matosinhos. Regressou à cadeia onde cumpria pena e de onde só tinha saído para passar o Natal com a família.

7. Gangue do multibanco. 
Retroescavadora destrói casas
O método é fácil de explicar. Primeiro, é preciso roubar uma retroescavadora, com que se extrai a caixa multibanco da parede. A seguir, preferencialmente com a pá da máquina, deposita-se o ATM numa carrinha roubada. Depois, é só fugir. Em Janeiro, o gangue roubou uma retroescavadora no centro de jardinagem Jardimpina, perto de Lagoa, e assaltou uma caixa multibanco a alguns metros de distância, numa agência do banco Barclays.
Não foi o primeiro assalto do género, nem seria o último. Em Fevereiro, o mesmo grupo atacou um multibanco instalado na parede do supermercado Alisuper na Galé. Em Maio, outro assalto, desta vez numa bomba de gasolina em Albufeira.
Em Outubro, o gangue da retroescavadora voltou a atacar na vila de Santiago, em Odemira, por volta das quatro da manhã. Os vizinhos ouviram o barulho, mas pensaram que era o camião do lixo. Em Novembro, novo assalto, desta vez numa área de serviço da A22, no sentido Albufeira-Portimão. No mesmo mês, o gangue tentou roubar um ATM num prédio em Loulé, mas falhou o alvo e só atingiu a fachada, destruindo-a. Já este mês, o grupo destruiu uma casa inteira para levar a máquina instalada na fachada da Associação de Caçadores e Pescadores de Oriola, em Portel.

8. Sem-abrigo. 
Espancados por terem sexo na rua
Um casal de sem-abrigo decidiu fazer sexo na Rua de Santa Catarina, uma das mais movimentadas do Porto, por volta das três da tarde, e acabou espancado por um grupo de pessoas indignadas com o comportamento dos jovens.
A cena de pancadaria foi filmada e o vídeo foi parar à internet. Além de ficar disponível no YouTube, chegou a circular pelas redes sociais. Segundo contou o "Correio da Manhã" em Novembro, o casal já estava seminu quando foi chamado à atenção por uma mulher que estava na rua com um filho menor. Em vez de se vestir, o casal terá tentado enfrentar a mulher, que terá sido defendida por várias pessoas que passavam pelo local.
A confusão só terminou quando os jovens resolveram fugir, depois de a PSP ter sido chamada. "Chamámos a polícia, mas eles já tinham fugido. Tiveram medo de levar mais porrada. Foi uma vergonha fazerem sexo numa rua como esta, onde passam centenas de famílias com crianças", explicou ao "Correio da Manhã" Fernanda Silva, vendedora ambulante. "Estava a trabalhar na pastelaria quando me apercebi da confusão. Estavam bêbedos no chão e pegaram num pau como se fossem bater em alguém. Foi quando começou a pancadaria", acrescentou Ana Martins, funcionária da pastelaria Império.

9. Negócio falhado. 
Nem dinheiro falso, nem dinheiro a sério
O negócio estava acertado. Seis homens e uma mulher, com idades entre os 23 e os 65 anos, encontraram-se para fazer, segundo a Polícia Judiciária (PJ), "uma transacção de uma importante quantia em notas falsas". Só que à hora marcada, nem os vendedores traziam as notas contrafeitas, nem os compradores tinham trazido o dinheiro para as comprar. Quem também fez questão de marcar presença no encontro foram os agentes da PJ, que identificaram o grupo no momento exacto em que a transacção ia começar.
O caso aconteceu no início deste mês na zona de Viseu e acabou com a detenção de um homem de 23 anos e de uma mulher de 30, além da identificação dos restantes cinco elementos presentes no local, mas por posse ilegal de armas – uma vez que não havia dinheiro falso, nem acabaria por ser concretizado qualquer tipo de negócio.
Segundo fonte da Judiciária da Guarda, que se ocupou do caso, a intenção dos vendedores – que levaram para o encontro uma mala cheia de bocados de papel de jornal e de madeira – seria, somente, "apropriarem-se do preço previamente combinado, se necessário com recurso à violência". Igualmente dispostos a partir para a agressão estariam os compradores, que desejavam apropriar-se indevidamente do dinheiro falso.

10. Condutor de burro. 
Condenado por conduzir bêbedo
"Posso deixar de conduzir o burro, mas o vinho não deixo", disse ao "Correio da Manhã" um agricultor de Celorico da Beira, depois de ter sido detido, em Agosto, pela GNR. Jorge Rodrigues, 34 anos, foi apanhado pelos militares a conduzir um burro com uma carroça atrelada enquanto estava bêbedo.
Depois de ter soprado no balão e acusado uma taxa de álcool de 3,26 gramas por litro de sangue, o homem teve de amarrar o burro a uma árvore e acompanhar os militares ao posto da GNR. A seguir, foi posto em liberdade e voltou para casa, para junto da mulher, Conceição, de 54 anos, até ser julgado. Quando foi presente ao juiz, em Setembro, Jorge ainda soltou um desabafo: "Se for para a cadeia, bebo-lhes o vinho todo." Mesmo assim, o tribunal não se compadeceu e obrigou-o a pagar uma multa de 250 euros.
Além disso, o agricultor de Celorico ficou proibido de conduzir veículos a motor durante quatro meses e recebeu duas coimas, por contra-ordenações ao Código da Estrada. Uma por não trazer iluminação na carroça, outra por conduzir fora de mão. Por não ter dinheiro, Jorge Rodrigues vai fazer trabalho a favor da comunidade. No final da leitura da sentença, contou que estava aberto a todo o tipo de trabalho. "Menos no cemitério", avisou.

IN "i"
29/12/10

CATALINA PESTANA




Um suave milagre




A velha senhora conhece-os pelo nome, e eles conhecem o seu. Na maioria são doentes de Alzheimer, bem cuidados.

A velha senhora acorda e adormece nos últimos dias com a mesma imagem sonora, adquirida no tempo em que era menina:

«Entre Enganin e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas as mulheres de Israel».

O som que ouve dentro de si é emitido pela voz da professora de Português, que marca as frases d O Suave Milagre, de Eça de Queiroz, como se de verso se tratasse.

- Escutem o ritmo. - e repetia, batendo levemente na mesa.

O conto é poesia mesmo.

A velha senhora acorda e adormece a pensar naquelas palavras que lhe ficaram guardadas na memória há mais de 50 anos - e agora emergiram com a força de quem parece ter alguma coisa nova para dizer aos outros.

Fez silêncio para poder escutar o que a memória teimava em dizer-lhe e ela ainda não conseguira perceber.

Naquela tarde era dia de festa numa casa de repouso, que devia chamar-se Unidade de Cuidados de Saúde Continuados e devia pertencer ao Serviço Nacional de Saúde.

Os utentes são maioritariamente doentes de Alzheimer, classe média, bem cuidados, a um preço incomportável.

A velha senhora conhece-os pelo nome, e eles conhecem o seu. Não sabe se mais alguma coisa fica naquelas memórias fragilizadas. Todos, ela e eles, se comportam como se ficasse.

A D. Cristina, mais de 70 anos, foi muito bonita, tem ainda uma pele acetinada, e visitas amiudadas vezes. A filha, as irmãs, alguns netos. Sorri serenamente a todos, enquanto dobra e volta a dobrar o guardanapo que cobre o copo de água, que leva à boca muitas vezes durante o dia.

Só dá sinais de conhecer um neto, homem jovem já casado e com filhos, sereno e belo. Não há fim-de-semana que ele não vá lá.

E os olhos de D. Cristina riem, como os da mãe sofrida d O Suave Milagre.

Nem sempre fala. Mas ele e ela comunicam de uma forma muito forte e especial - e quando ele sai fica um vazio que todos os outros apreendem.

Quem estiver atento dá-se conta de que a presença dele lhe traz as melhores memórias da sua vida, apesar da doença avançada.

Os grupos de animação começaram a cantar folclore português, antigo, autêntico, cobrindo várias regiões do país.

Passado pouco tempo, algumas bocas precocemente envelhecidas trauteavam memórias distantes de festas vividas.

Alguns dos presentes não sabem quem são. Mas há momentos como aquele, de suave milagre, em que a velha senhora deixou de ouvir a primeira estrofe do conto da infância e lhe pareceu ouvir alguém balbuciar: «Regressa e lembra-te».

Parece-me, pelo que escuto e olho, que a par de muitas hipocrisias natalícias andam por aí anjos vestidos de gente a desafiar-nos para ensaiarmos pequenos milagres.

Pequenos milagres como aquele que o presidente da Junta de Freguesia da Cruz Quebrada-Dafundo está a ensaiar para a noite da consoada.

Primeiro mobilizou a capacidade de partilha de todos os que querem partilhar. Depois desafiou todos os fregueses para se inscreverem numa ceia de Natal colectiva, onde não se sabe quem dá e quem recebe.

Cada um tem apenas de levar para a troca uma prenda simbólica. Não é hábito. Se calhar ainda não estamos suficientemente maduros para trocar o conforto da nossa casa pelo calor colectivo duma ceia partilhada.

O desafio está feito. Saibamos nós aceitá-lo.

IN "SOL"
27/12/10

ASSUMA ESTA CAUSA

Petição pela DEFESA EFECTIVA DO POVO PORTUGUÊS, mediante a introdução de medidas de REDUÇÃO ADMINISTRATIVA do PREÇO DE PRODUTOS E SERVIÇOS ESSENCIAIS e devolução do dinheiro gasto a mais pelos governantes

Para:Povo português e: Presidente da Assembleia da República, Deputados à Assembleia da República e respectivos grupos parlamentares, Membros do Governo, Juízes-Conselheiros do Tribunal de Contas, Procurador-Geral da República, Provedor de Justiça, Conselheiros de Estado, candidatos à Presidência da República, actuais e putativos, Tribunais Judiciais portugueses, Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Deputados portugueses ao Parlamento Europeu, Presidente da Comissão Europeia, Comissário da União Europeia para as Minorias Étnicas, Amnistia Internacional e Alto-Comissário da ONU para os Refugiados

Caros Concidadãos Portugueses e Patriotas:

Exmos. Senhores: Presidente da Assembleia da República, Deputados à Assembleia da República e respectivos grupos parlamentares, Membros do Governo, Juízes-Conselheiros do Tribunal de Contas, Procurador-Geral da República, Provedor de Justiça, Conselheiros de Estado, candidatos à Presidência da República portuguesa, actuais e putativos, Tribunais Judiciais portugueses, Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Deputados portugueses ao Parlamento Europeu, Presidente da Comissão Europeia, Comissário da União Europeia para as Minorias Étnicas (e éticas), Amnistia Internacional e Alto-Comissário da ONU para os Refugiados:


Considerando:


a) Que os governos portugueses de 2000 a 2009 gastaram 89,938 mil milhões de euros a mais do que estava inicialmente orçamentado;


b) Considerando que, assim e conforme quadro em anexo, se “desmonta” argumentação da “crise internacional” para os sacrifícios abusivamente impostos por este Governo da República aos portugueses;


c) Que os governantes portugueses em geral não defendem minimamente o seu Povo, em especial os mais desfavorecidos e a “classe” dos comuns dos trabalhadores [a qual, segundo consta, ganha cerca de metade do que se ganha na zona euro e apenas para esta se fala de produtividade, mas não se fala da produtividade dos respectivos gestores (porque será?...)];


d) Que, em vez de “cortarem” significativamente na despesa administrativa do Estado e na despesa dos gabinetes dos membros do Governo, tais governantes “preferem” onerar famílias e empresas com aumentos de impostos directos, cortes de ordenados, redução de prestações sociais e, em geral, no agravamento generalizado das condições económicas de Portugal, mantendo, todavia, os “boys nos jobs”;


e) Que a situação descrita na alínea anterior, além de injusta e cobarde, constitui o mais grave ATENTADO AOS DIREITOS HUMANOS DOS PORTUGUESES desde o 25 de Abril;


f) Que, em vez de se realizarem investimentos estratégicos nas indústrias, na agricultura e nas pescas que fomentem as exportações ou o consumo interno (diminuindo, assim, a dependência do exterior), é preferido, pela governação, investir (esbanjar) o dinheiro dos contribuintes (o nosso dinheiro) em TGV’s e Aeroportos que fomentam as importações, desequilibrando ainda mais a nossa balança comercial;


g) Que se o Governo considera que tem legitimidade para cortar salários, aumentar impostos e até para nacionalizar Bancos (aqui o “mercado” não funciona livremente?...), então (se é bom para uns é bom para todos…) também terá legitimidade para impor “tectos”, ou reduções, aos preços de venda de produtos, bens e serviços essenciais, atendendo à manifesta redução do poder de compra da maioria dos portugueses e ao facto de, segundo o noticiado, haver, neste momento, 2 milhões de pobres em Portugal (cerca de 20% da população portuguesa);


h) Que um Estado social de Direito, ainda constitucionalmente consagrado (para lamento de muitos “federalistas”), não pode, nem deve, permitir que haja fome ou miséria em Portugal, ou que o seu Povo corra o risco de ser considerado “refugiado” no seu próprio País, estando, potencial e novamente, à mercê de alguém que o terá "ajudado" a conduzir para o caminho de um pântano (“mais do mesmo”, não obrigado);


i) Que se vive um momento grave e excepcional em que o (“sacrossanto”) mercado não está a funcionar normalmente, pelo menos face ao “ataque fiscal e económico” dirigido aos portugueses que compõem a “procura” [na dita definição de oferta e procura para a formação dos preços dos produtos e serviços] realizado, de forma inqualificável e desumana, pelo actual Ministro das Finanças (pelos visto “eleito”, ou "ilumineito", pelos mercados e não pelo Povo que sustenta o seu “vencimento régio”), com o cognome de "Ministro dos PEC's" (Planos para Enganar Cidadãos);


j) Que, se o "mercado" não funciona livremente (do lado da procura), o Estado deve, a título excepcional, fundado e coerente, intervir sobretudo quando está em causa o bem-estar do seu Povo, aquele que sustenta os seus “vícios”, clientelas e desperdícios, e, até, no seguimento daquilo que este mesmo Estado faz sempre que o sistema financeiro está em causa, ou seja: quando são lucros é o mercado a funcionar, mas quando os Bancos dão prejuízo é o contribuinte a pagar… (justo não é?);


k) Que, perante a iminência de mais situações de incumprimento das prestações bancárias derivadas de créditos de habitação às pessoas que têm os seus rendimentos mensais “contados” (ou sem margens para “folga”), se justifica (face à ausência de "peso negocial" específico individualmente considerado de cada uma dessas famílias) a intervenção do Estado que, de uma vez por todas, termine, também, com o abuso de preçários de comissões bancárias e de despesas de manutenção de contas à ordem sem fundamento ético ou jurídico e perante a inércia fiscalizadora do “Banco (que é de alguns menos) de Portugal”;


l) Que, face ao “descalabro” da gestão das contas públicas do Estado devem, os governantes, subscrever, em nome e por conta própria, um seguro de responsabilidade civil e patrimonial, do mesmo modo que os Administradores de Sociedades Anónimas os subscrevem nos termos da respectiva lei das sociedades comerciais, ou, em alternativa, que respondam, com o respectivo vencimento mensal, pelos desvios apurados em relação ao inicialmente orçamentado nos termos das respectivas lei do Orçamento de Estado;


m) Que tal “descalabro” financeiro (a que deram o "pomposo" nome de "crise internacional", se calhar com "ordenados de Zapatero") deve ser rigorosa e judicialmente averiguado (por entidades idóneas, não partidárias e não ligadas a quaisquer ordens secretas em relação às quais os seus membros tenham jurado obediência) no sentido de ser apurado, caso a caso e governante a governante, ou responsável a responsável, se houve “gestão danosa” ou pura incompetência na gestão de dinheiros públicos susceptível de mera responsabilidade civil patrimonial;


n) Que o contributo do Orçamento de Estado para a União Europeia (1,777 mil milhões de euros, de acordo com a Conta Geral do Estado de 2009, cfr. rubrica dos "recursos próprios comunitários") deve ser imediatamente suspenso até à completa normalização da vida social e económica do Povo Português (se é que o Princípio da Coesão serve para alguma coisa...), ou, não sendo tal possível, que haja uma "CESSÃO DOS CRÉDITOS" que o Povo português detém sobre a sua classe política dirigente (entre 2000 a 2009) para cumprimento dessas mesmas obrigações perante a União, obtendo-se assim uma redução significativa da despesa pública;


o) Que devem ser dadas "NOVAS OPORTUNIDADES" à classe política portuguesa (sem brindes) para que esta se possa redimir dos danos patrimoniais objectivamente causados aos portugueses, nomeadamente, devolvendo ao Povo Português o dinheiro gasto a mais em relação ao inicialmente orçamentado por essa mesma classe política dirigente e a ter formação profissional em contexto de trabalho para se aperceberem da realidade empresarial e dos constrangimentos causados à Economia, terminando com o status (quo) segundo o qual a Economia serve para "sustentar" os "vícios" do Estado:


Requer a V. Exas., no âmbito das competências de cada um de vós e imediatamente:


1. A redução, no mínimo, em 10%, por via administrativa, do preço de venda de todos os produtos, bens e serviços essenciais;

1.1 – Alimentação e Bebidas não alcoólicas;
1.2 – Fornecimentos de Gás, Água e Electricidade;
1.3 Transportes colectivos de passageiros;
1.4 Taxas moderadoras e custas com funções essenciais do Estado, tais como a Saúde e a Justiça;
1.5 Outros, a sugerir por cada cidadão aderente à presente petição, em comentário a considerar após a validação/confirmação da respectiva assinatura.

2. Assegurar a alimentação gratuita de todas as crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino público e que passam fome [como podem aprender? Será com os “Magalhães”? Haja vergonha!];


3. A redução dos “spreads” bancários aplicados aos créditos de habitação permanente, proporcionalmente à redução do rendimento líquido de cada agregado familiar (por via do PEC 1, PEC 2, PEC 3 e outros que possam suceder), assim como a extinção dos preçários por operações bancárias, nomeadamente as que aplicam despesas de manutenção de contas à ordem.


4. Que os membros do Governo e demais Instituições gerais do Estado desde 2000 até 2009 (última Conta Geral do Estado apurada) devolvam ao erário público, com juros de mora, os € 89.938.979.841,00 gastos a mais em relação ao inicialmente orçamentado, assim se resolvendo o problema dos PEC’s e a “crise internacional” com esta receita fiscal extraordinária, ora peticionada.


5. Que os membros do Governo, actuais e futuros, subscrevam, por conta própria, uma apólice de responsabilidade civil e patrimonial pela ineficiente gestão dos dinheiros públicos, de forma análoga aos gestores das sociedades comerciais, aplicando-se os montantes daí eventualmente resultantes como receita fiscal para os orçamentos dos anos subsequentes; ou então, em alternativa, que respondam com o respectivo vencimento mensal pelos desvios apurados em relação ao inicialmente orçamentado, nos termos da respectiva leis do Orçamento de Estado.


6. Que seja apurado (por entidades idóneas, não partidárias e não ligadas a quaisquer ordens secretas em relação às quais os seus membros tenham jurado obediência), caso a caso e governante a governante, ou responsável a responsável, se houve, ou não, “gestão danosa” ou pura incompetência de gestão de dinheiros públicos, susceptível de responsabilidade civil patrimonial, retirando-se daí todas as devidas consequências, incluso criminais.


7. Que os investimentos a realizar de acordo com a rubrica 50 do Mapa II de Despesas do Orçamento de Estado – Investimento do Plano – sejam suspensos e analisados, caso a caso, em termos de contributo inegável para o desenvolvimento efectivo (e não artificial) da indústria, da agricultura e das pescas portuguesas, em suma, das actividades que, em geral, geram emprego e sustentam a soberania económica nacional.


8. Que o contributo do Orçamento de Estado para a União Europeia (v.g., “recursos próprios comunitários”) seja imediatamente suspenso até à normalização da vida social e económica do Povo português, ou, não sendo tal possível, que haja uma cessão dos créditos detidos pelo Povo português sobre a sua classe política dirigente (entre 2000 e 2009), no montante abaixo indicado, para cumprimento dessas mesmas obrigações perante a União.


9. Que todas estas medidas se mantenham enquanto se mantiverem os pressupostos de aplicação dos PEC’s (actuais e futuros) e enquanto todos os membros dos Governos de 2000 a 2009 (assim como outras Instituições Gerais do Estado) não devolverem aos portugueses os cerca de € 89,938 mil milhões de euros gastos a mais do que estava inicialmente orçamentado nas respectivas leis do Orçamento de Estado.


Dado que: OS PEC'S PARA TODOS NÃO PODEM SER JACK-PEC'S PARA ALGUNS!


O Requerente e “co-credor” da classe política dirigente de 2000 a 2009,

Pedro de França Ferreira Marques de Sousa
9000 – 019 Funchal
Cartão de Cidadão n.º 09254449
www.cidadaniaproactiva.blogspot.com

E-mail: cidadaniaproactiva@gmail.com, para quem queira dar-se ao trabalho de consultar o mapa referido no texto da petição


Os signatários

TENHA UM BOM DIA............


... e lembre-se que a classe política de 2011 é exactamente a mesma, nem as moscas mudam !!!


COMPRE JORNAIS 

AO MENOS ESTA ALEGRIA
Jéssica Augusto e Eduardo Mbengani 
vencem Volta ao Funchal
Jéssica Augusto e Eduardo Mbengani (Conforlimpa) venceram a 52.ª Volta à Cidade do Funchal, após terem terminado na primeira posição os seis quilómetros da prova.
Tal como tinha acontecido no ano passado, Jéssica Augusto, que este ano correu como individual, embora seja patrocinada pela Nike, venceu a prova de forma clara.
A competição masculina foi mais equilibrada e apenas no último quilómetro o português Eduardo Mbengani, da Conforlimpa, conseguiu a vantagem de 10 segundos para o queniano David Bett.
"A BOLA"
PELINTRICE, COISAS FEITAS NOS JOELHOS....
PSP sem blindados nem equipamentos
A insatisfação cresce na PSP com o amontoar de dúvidas sobre os blindados e o uso que a força de segurança poderá dar às duas viaturas que já recebeu. Na Direcção Nacional da Polícia é igualmente de reprovação o sentimento face à falta de novas viaturas para as Equipas de Intervenção Rápida, bem como de material de protecção para os agentes, que foram prometidos pelo Governo para a Cimeira da NATO, em Novembro, mas que a três dias do final de 2010 ainda não chegaram.
Depois de o Governo Civil de Lisboa (GCL) ter ontem renunciado ao contrato que assinou com a empresa Milícia, assegurando assim não estar mais interessado nos quatro blindados que faltam chegar, a polícia tem, para já, a certeza de que não irá receber mais os Armored SWAT Truck (Pit-Bull FX) que se mantêm no Canadá à espera de condições meteorológicas para chegar a Portugal.
"CORREIO DA MANHÃ"
VAMPIRAGEM DA FAMÍLIA PRESIDENCIAL
Angolanos ameaçam vetar Petrobras na Galp
Os investidores angolanos da Galp "ameaçam vetar" a mudança da estrutura accionista da petrolífera portuguesa, que passa pela saída da Eni e a entrada da Petrobras.
Esta situação poderá acontecer "caso os seus interesses não sejam registados", afirmou ao Negócios fonte ligada à Esperanza, detida por Isabel dos Santos e a Sonangol. Esta "holding" controla 45% da Amorim Energia, que por sua vez detém 33,34% da Galp.
Oficialmente ninguém o assume, mas o antagonismo entre Américo Amorim e os angolanos já ganhou notoriedade pública.
A Esperanza enviou ao empresário português uma série de pareceres jurídicos de escritórios de advogados internacionais - entre os quais se contam a Clifford Chance, um dos maiores do mundo -, onde se sustenta que o acordo parassocial em vigor na Amorim Energia obriga a que exista um acordo prévio entre os dois accionistas para a tomada de decisões em matérias relativas aos accionistas e à "governance" da Galp.
Ou seja, no entender dos angolanos, a entrada da Petrobras só pode ser feita com o seu aval. Esta posição foi comunicada por carta à Eni, Caixa Geral de Depósitos e Petrobras.
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
PAGA E NÃO BUFES
Crédito à habitação: juros das prestações 
atingem máximos de há um ano
A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação em Portugal continuou a subir em novembro para 1,992 por cento, atingindo o máximo desde dezembro de 2009, avançou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor médio da prestação vencida foi de 257 euros, um aumento médio de dois euros na prestação de quem tem de pagar o seu empréstimo, face ao mês anterior.
De acordo com o INE, nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa de juro implícita aumentou para 2,694 por cento, o que correspondeu a um acréscimo mensal de 0,172 pontos percentuais.
Já nos contratos efetuados nos últimos 6 e 12 meses as taxas subiram para 2,432 por cento e 2,276 por cento, respetivamente.
O INE refere ainda que o valor médio do capital em dívida dos contratos de crédito à habitação em vigor ascendeu a 56.841 euros, superior em 64 euros quando comparado com o mês de outubro deste ano.
"i"
UNIVERSIDADES A ESMO
Em seis anos, oito mil advogados 
deixaram a profissão
"Não há clientes para tantos advogados", diz bastonário. 
E os atrasos nos pagamentos do Estado 
estão a deixar muitos sem solução
Quase oito mil advogados suspenderam a sua inscrição na Ordem dos Advogados (OA) nos últimos seis anos. Este ano, até ao passado dia 22, foram registadas 809 suspensões de inscrições na Ordem, o que ainda assim representa uma diminuição significativa face a anos anteriores. Só em 2004, houve 1982 advogados que abandonaram a profissão.
"Não há clientes para tantos advogados", considera o bastonário, António Marinho e Pinto, afirmando que esta situação é "um exemplo típico da massificação da advocacia", fenómeno ao qual declarou "guerra" desde o início do seu mandato. "Não há trabalho para os 27.500 advogados que exercem em Portugal", diz.
Pedro Miguel Branco, advogado no Porto, tem outro entendimento. O atraso no pagamento das defesas oficiosas é um dos problemas que têm levado muita gente a "ponderar deixar a profissão" e a "enviar currículos para novos empregos".
"PÚBLICO"
O GAJO É MESMO BOM
Mourinho iguala equipa de Di Stéfano e Puskas
Muitos dos adeptos do Real Madrid poderão não ter os números presentes mas recordarão, com certeza, a equipa merengue de 1960/61. Nela pontificavam, entre outras glórias da história do clube, craques como Di Stéfano, Puskas e Gento. Numa temporada de sucesso, o emblema da capital, na altura do Natal, somava 13 vitórias em 16 jogos e tinha perdido somente por uma vez, registando ainda 2 empates.
O melhor registo do clube foi igualado este ano pelo inevitável José Mourinho. O português tem uma trajetória muito semelhante ao poderoso conjunto da década de 60 mas ocupa o 2.º posto no campeonato do país vizinho.
E a diferença é só uma: a campanha do rival Barcelona. Se em 60/61, no período do Natal, já quase toda a gente antevia que o título iria parar ao Bernabéu, dada a vantagem de que o clube dispunha, na presente temporada as dúvidas são muitas, até porque os pupilos de Guardiola têm feito constantes demonstrações de classe, elevando o tiki-taka a um patamar a que nem mesmo Mourinho pode ficar indiferente.
"RECORD"
SOCRATIANOS
Portugueses gastaram 
mais 100 milhões neste Natal face a 2009
A rede multibanco registou compras no valor de 782 milhões de euros entre os dias 20 e 26 de Dezembro.
O valor é superior em 14%, ou 100 milhões de euros, ao registado em igual período do ano passado, informou hoje a SIBS.
Os portugueses efectuaram oito milhões de levantamentos no valor de 578 milhões de euros nas caixas automáticas da rede Multibanco, entre os dias 20 e 26 de Dezembro, informou hoje a SIBS.
No mesmo período foram efectuados, nos terminais de pagamento automático, 17 milhões de compras no valor de 782 milhões de euros.
De acordo com a SIBS, que gere a rede Multibanco, o valor médio levantado por dia foi de 74 euros. Já o valor médio de pagamentos em lojas foi de 45 euros.
No período homólogo de 2009, segundo a SIBS, os portugueses realizaram sete milhões de levantamentos no valor de 527 milhões de euros, cujo valor médio levantado por dia foi de 74 euros.
"DIÁRIO ECONÓMICO"
IMIGRAÇÃO
População residente em Portugal aumentou
A população residente em Portugal aumentou em 2009, apesar de o número de nados-vivos ter diminuído, revelam hoje os Indicadores Sociais do INE.
"A população residente em Portugal, em 31 de Dezembro de 2009, foi estimada em 10.637,7 milhões de indivíduos, dos quais cerca de 52 por cento eram mulheres. Comparativamente com as estimativas para o mesmo período de 2008, verificou-se um acréscimo de 10 463 indivíduos", revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, este aumento representou uma taxa de crescimento efectiva de 0,1 por cento, sendo que para este acréscimo populacional contribuíram um saldo migratório positivo e um saldo natural negativo.
Nos nascimentos, os Indicadores Sociais do INE mostram que houve menos 5103 nados-vivos do que em 2008, o que representa um decréscimo de 4,9 por cento no número de nados-vivos de mães residentes em Portugal.
No que respeita à população com mais de 65 anos por cada cem habitantes - índice de envelhecimento - houve um aumento de 115, em 2008, para 118, em 2009.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
CHEIRA A ESTURRO
Empresa do Porto quer comprar blindados
Uma empresa de segurança privada do Porto está interessada em adquirir os quatro blindados que seriam para a PSP e cujo contrato o governo civil de Lisboa já denunciou depois de ter expirado o prazo de entrega.
O presidente da Elite, Manuel Magalhães, confirmou o interesse nas quatro viaturas blindadas cujo destino seria um país africano, que não quis divulgar por agora.
'Estamos em vias de assinar um contrato com um país de África que pressupõe o fornecimento de viaturas blindadas e hoje contactámos a empresa fornecedora para a informar que estamos interessados nas quatro que estavam destinadas à PSP e cujo contrato o governo civil de Lisboa já manifestou a intenção de denunciar por incumprimento', disse.
O Governo Civil de Lisboa anunciou ontem que comunicou à empresa Milícia a resolução do contrato de compra e venda de blindados, 'feita ao abrigo da cláusula 15 do caderno de encargos', salvaguardando assim 'o interesse do Estado e a transparência na contratação pública'.
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

 TECNOLOGIA

O mais detalhado mapa da Terra 
disponível na Net
O novo mapa global da superfície da Terra - o mais detalhado existente até agora - já foi disponibilizado pela Agência Espacial Europeia e pode ser consultado na Internet, através do portal do projecto GlobCover.
O mapa é o resultado da cooperação da Agência Espacial Europeia (ESA) com a Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, que permitiu que se apresentasse o produto final do trabalho no tempo recorde de menos de um ano.
O projecto GlobCover, que tem uma resolução dez vezes maior do que os restantes mapas já apresentados, foi criado a partir de dados obtidos em 2009, pelo satélite Envisat lançado ao espaço em 2002, e utilizou o instrumento MERIS (Medium Resolution Imaging Spectrometer), com uma resolução de 300 metros.
As legendas do novo mapa mantêm-se iguais às do mapa GlobCover lançadas anteriormente em 2005: 23 classes de cobertura terrestre baseadas no FAO's Land Cover Classification System (LCCS), a fim de serem minimamente coerentes e comparáveis.
O mapa mais detalhado do mundo sobre a superfície terrestre vai ser uma ajuda importante no âmbito dos estudos sobre as alterações climáticas e será uma ferramenta útil para travar a perda de biodiversidade no planeta.
Um dos principais objectivos é melhorar a capacidade de a comunidade internacional reagir a uma catástrofe natural ou a alguma crise humanitária de forma antecipada.
O exercício de validação será concluído durante a semana seguinte e o relatório de validação estará, em breve, disponível para download através do portal GlobCove
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

A HISTÓRIA DO CAPUCHINHO VERMELHO NOTICIADA HOJE


Na TV portuguesa:

TELEJORNAL - RTP1
"Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem... mas a actuação de um caçador evitou uma tragédia"

JORNAL DA NOITE - SIC
"Vamos agora dar-lhe conta de uma notícia de última hora. Uma menina foi literalmente engolida por um lobo quando se dirigia para casa da sua avó! Esta é uma história aterradora mas com um final feliz... o Sr. telespectador não vai acreditar mas, esta linda criança foi retirada viva da barriga do lobo! Simplesmente genial!"

JORNAL NACIONAL - TVI
"... onde vamos parar, onde estão as autoridades deste país?! A menina ia sozinha para a casa da avó a pé! Não existe transporte público naquela zona? Onde está a família desta menina? E a Comissão de Protecção de Menores? Tragicamente esta criança foi devorada viva por um lobo. Em épocas de crise, até os lobos, animais em vias de extinção, resolvem aparecer?? Isto é uma lambada na cara da actual governação portuguesa."

Entretanto manifeste a sua opinião e ligue para:
707696901 se acha que a culpa é do lobo
707696902 se acha que a culpa é do capuchinho
707696903 se acha que a culpa é do governo

Na imprensa portuguesa:

CORREIO DA MANHÃ
"Governo envolvido no escândalo do Lobo"

JORNAL DE NOTICIAS
"Como chegar à casa da avozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho"

Revista MARIA
"Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama"

A BOLA
"Lobo será reforço de inverno na Luz"

JOGO
"Mourinho quer Caçador no Manchester"

LUX
"Na cama com o lobo e a avó"


EXPRESSO
Legenda da foto: "Capuchinho, à direita, aperta a mão do seu salvador".
Na reportagem, caixa com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Capuchinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

PÚBLICO
"Lobo que devorou Capuchinho Vermelho seria filiado no PS"

O PRIMEIRO DE JANEIRO
"Sangue e tragédia na casa da avozinha"

CARAS
Ensaio fotográfico com Capuchinho na semana seguinte:
Na banheira de hidromassagem, Capuchinho fala à CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor à vida. Hoje sou outra pessoa."

MAXMEN
Ensaio fotográfico no mês seguinte:
"Veja o que só o lobo viu"

SOL
"Gravações revelam que lobo foi assessor político de grande influência"