O DESAFORO NÃO É DE AGORA, VEM DE TRÁS


Filha de embaixador colocada em Londres


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, nomeou a sua assessora de Imprensa Maria Monteiro, filha do embaixador em Paris e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, para a Embaixada de Portugal em Londres como adida de Imprensa.

Para tal, José Sócrates e o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, descongelaram a título excepcional, segundo um despacho publicado ontem em Diário da República, uma contratação de pessoal especializado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
Com 28 anos de idade, a assessora de Freitas do Amaral vai ganhar um salário mensal da ordem dos nove mil euros, um valor muito superior aos 1200 euros auferidos. Ex-assessora de Imprensa de Durão Barroso e ex-adjunta da antiga ministra da Cultura, Maria João Bustorff, Maria Monteiro encontra-se no MNE há oito meses como adjunta do porta-voz Carneiro Jacinto.
Quando foi contratada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, colocou-se de imediato a hipótese de assumir o cargo de adida de Imprensa na embaixada em Londres, uma vaga deixada por David Damião, actual assessor de José Sócrates. Contactada pelo CM, Maria Monteiro confirmou a contratação e adiantou que tem 60 dias para se apresentar em Londres.
Apesar de Freitas do Amaral já ter anunciado a redução de 50 por cento dos conselheiros e adidos das embaixadas portuguesas, Carneiro Jacinto explicou ao CM que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes desta medida. “Após a discussão do Orçamento de Estado para 2006 é que foi tomada essa decisão [de demitir 55 conselheiros e adidos]. Maria Monteiro já estava à espera do despacho há seis meses”, afirmou.
Carneiro Jacinto considerou ainda que a filha do ex-MNE é a pessoa indicada para o cargo, devido aos seus bons conhecimentos da língua inglesa e da sua experiência enquanto assessora de Imprensa.
MINISTRO QUER REDUZIR SALÁRIOS
Freitas do Amaral quer reduzir os salários aos conselheiros e adidos das embaixadas portuguesas já em 2006. “Há uma disparidade total, e por isso até ao final do ano serão afixados valores mais baixos”, afirmou ontem ao CM o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. No entanto, segundo adiantou, a redução dos salários destes profissionais, cujo valor oscila entre os 9300 e 12 900 euros, será “negociada”. Esta medida surge para fazer frente ao Orçamento de Estado para 2006, depois de ter sido já anunciada a redução para metade dos 110 conselheiros e adidos das embaixadas.
Segundo Carneiro Jacinto, até ao final deste mês os profissionais demitidos serão notificados, e até Fevereiro deverão estar concluídos os processos de despedimento. Com esta iniciativa, Freitas do Amaral espera poupar 8,5 milhões de euros por ano. Em conjunto com o diploma com os novos salários, o Ministério dos Negócios Estrangeiros apresentará uma proposta para criar concursos públicos para a contratação de conselheiros e adidos.

OUTROS CASOS
MARIA RUI
Este ano José Sócrates abriu ainda uma excepção para colocar a sua ex-assessora Maria Rui na REPER - Representação Permanente de Portugal em Bruxelas.
MIGUEL GUEDES
O ex-assessor de Imprensa de Paulo Portas, Miguel Guedes, foi colocado na Embaixada em Paris, enquanto a ex-jornalista do ‘DN’, Maria de Lurdes Vale está em Madrid.
MARIA ELISA
Maria Elisa, ex-jornalista da RTP e ex-deputada do PSD, foi colocada como adida cultural na embaixada em Londres, com um salário de cerca de 10 mil euros.

IN "CORREIO DA MANHÃ"
06/12/2005

FILIPE LUÍS

O ar impuro da República 

Esta República criou novos condes, duques, marqueses e barões. Tornou-se uma monarquia 

Cem anos depois do golpe republicano de 5 de outubro, será esta uma república com bom ambiente? O ar é suficientemente respirável? O ruído respeita os limites razoáveis? O lixo é bem separado e tratado? Falo, não de decibéis, de níveis de dióxido de carbono ou de resíduos sólidos, mas de valores, atitudes e comportamentos. A República Portuguesa respira ar puro ou os seus pulmões estão enegrecidos pelo nepotismo, pela favorecimento ilegítimo, pelo tráfico de influências, pelos privilégios e pela corrupção? A efeméride que acabámos de comemorar teria sido uma excelente oportunidade para um check up ao ar da República e ao estado geral da sua saúde. A lista de hábitos enraizados, protocolos, tiques e formas do nosso regime, que já vai na sua terceira versão, depois da I República e do Estado Novo, não resiste a um escrutínio, ainda que superficial, dos valores republicanos. Olhando para as práticas, para os titulares de cargos políticos ou para outros membros de órgãos de soberania, para o setor do Estado e para as empresas públicas, verifica-se que o País conservou, quando não recuperou, os piores vícios da monarquia, fazendo da efígie republicana uma mera fachada. É paradoxal: os reis constitucionais cultivavam, na rua, a dessacralização do poder. A República, porém, fecha-se nos seus palácios. Nos anos 70 e 80 do século XIX, o rei D. Luiz, pai de D. Carlos, ia todas as tardes ao Rossio, beber a sua ginjinha com os amigos. Sozinho e sem segurança. Qualquer súbdito poderia trocar dois dedos de conversa com o rei, que se apresentava no seu grosseiro jaquetão burguês, e trocar com ele umas palmadas nas costas. Hoje, qualquer mísero secretário de Estado passa em carros topo de gama de vidros fumados, alheio à plebe. O ar da República está irrespirável. Expliquemo-nos: os valores republicanos exaltam a probidade na gestão da coisa pública, a transparência na condução dos negócios do Estado, a frugalidade dos representantes do povo, a proximidade entre eleitos e eleitores. Segundo os valores republicanos, não há súbditos, mas cidadãos, tratados em pé de igualdade perante a justiça e a lei. Os juízes, os ministros, o Presidente, são também cidadãos que, nalguns casos, apenas cumprem uma missão definida no tempo, esperando-se deles que voltem depois à sua atividade normal, dando lugar a outros eleitos. E o que vemos? A Justiça condena os mais pobres e favorece os mais ricos. Os titulares de cargos públicos são inacessíveis e distantes. Os que vivem do dinheiro do Estado, gestores públicos de empresas deficitárias, deputados, autarcas, administradores, pessoal político de institutos, fundações e autarquias têm direito a prebendas, mordomias, carros, motoristas (coches e cocheiros...). Quando chegam a um cargo político, raramente voltam à base anterior, porque, à sua espera, logo aparece um lugar, público ou privado, que fará render a sua agenda de conhecimentos e interesses. A República replicou os antigos privilégios e fundou as suas próprias castas. O que esta República criou foram novos "condes, duques, marqueses e barões" que, oriundos dos partidos ou de grandes famílias, funcionam em circuito fechado como a antiga nobreza. Esta República tornou-se uma monarquia.

IN "VISÃO"
14/10/10

4 - ENGENHÊROS


enviado por D.A.M.

ALMORRÓIDA CONSTERNADÍSSIMA

PSD dividido. "Terrível Ângelo" 
rompe com Pedro Passos Coelho

Não é todos os dias que um pai político destrói a solução do afilhado. A estratégia de Passos é, "infelizmente, uma inutilidade", diz Ângelo ao i

A divisão no PSD por causa da votação do Orçamento do Estado (OE) atingiu o núcleo duro de Pedro Passos Coelho. Ângelo Correia - que sempre defendeu que o partido deveria viabilizar o Orçamento para 2011 - cortou com o seu afilhado político. Neste momento, a estratégia de Passos de abrir negociações com o governo com vista a uma abstenção é, segundo Ângelo, "infelizmente uma inutilidade" e o PSD não vai ganhar "nada", disse o histórico do PSD ao i.

E, embora Ângelo Correia acredite que "Teixeira dos Santos e Francisco Assis" queiram mesmo negociar com o PSD, Sócrates e Pedro Silva Pereira "nunca" o farão. Para Ângelo, o PSD deveria anunciar a abstenção sem impor condições - a mesma posição que já defenderam ex--líderes como Manuela Ferreira Leite ou Marcelo Rebelo de Sousa.

Na opinião de Ângelo Correia, o PSD não deveria nunca chumbar o Orçamento "por duas razões": para além do PSD "não dever fazer aquilo que o PS quer", "um voto contra, atendendo à nossa dependência externa, criaria uma crise financeira aguda", afirmou ao i aquele que, apesar da ruptura política, permanece íntimo amigo do líder do PSD.

Uma abstenção dos sociais-democratas face ao Orçamento do governo permitiria, segundo o "pai político" do líder do PSD, "dar aos portugueses a possibilidade de o PS ser confrontado consigo próprio", sendo que o PSD já sabe que "o PS não é capaz" de governar nesta situação.

É com estas nuvens de cisão, que chegam já ao reduto íntimo do líder, que se realizou o Conselho Nacional de ontem à noite, de onde era esperado que saísse um mandato para o líder começar negociar com o governo, apresentando as suas exigências. À entrada para a reunião, o ex-presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, reafirmou que o partido se deveria abster na generalidade e apenas discutir ponto por ponto o Orçamento durante a especialidade.

À tarde, a comissão política tinha aprovado aquilo a que na São Caetano chamam "os pressupostos do PSD para a viabilização do Orçamento do Estado", a que o i teve acesso, e que foram debatidos em Conselho Nacional.

A limitação do aumento do IVA a 22% - em vez dos 23% inscritos na proposta de Orçamento - e a "suspensão para reavaliação" de todas as parcerias público--privadas e das obras públicas não iniciadas (como o TGV) são algumas das exigências que o PSD vai agora apresentar ao governo.

IN "i"
20/10/10

1 - COMENTÁRIO DO DIA



"O leitinho com chocolate passa de 6% para 23% de IVA.

O vinho mantém-se a 13%.

Os meus netos vão passar a levar Porta da Ravessa para a escola..."

TENHA UM BOM DIA............

...e sorria mesmo sem motivo, faz-lhe bem

compre jornais

Clube fecha assembleias gerais aos jornalistas
O V. Guimarães, atual 2.º classificado da Liga Zon Sagres, anunciou, em comunicado oficial, a decisão de vedar as assembleias gerais aos orgãos de comunicação social, reservando-as apenas para os sócios, de modo preservar a privacidade dos assuntos da família vitoriana
A decisão, válida por tempo indeterminado, terá efeitos já a partir da proxima assembleia geral do clube, que e realizará 29 de outubro.
Segundo este comunicado a decisão tem o objetivo de "preservar a privacidade dos assuntos do foro interno do clube", e também "permitir a discussão de todos e quaisquer assuntos que apenas à Família Vitoriana, e apenas a esta, dizem respeito".
Os jornalistas "estão apenas autorizados a permanecer na Assembleia Geral até à abertura da ordem de trabalhos".
"RECORD"

 A SAÚDE É MESMO BOM NEGÓCIO
Farmacêuticas facturaram 5300 milhões 
em três anos mas só pagaram nove de IRC
O sector da indústria farmacêutica declarou um volume de negócios que ultrapassou os 5300 milhões de euros entre 2005 e 2007, mas o que pagou, para efeitos de IRC, ficou "aquém dos nove milhões de euros", de acordo com um relatório de auditoria da Inspecção-Geral de Finanças (IGF), a que o PÚBLICO teve acesso.
Feitas as contas, os 195 laboratórios farmacêuticos que operavam em Portugal no final de 2007 pagaram, em três anos, apenas 0,16 por cento do que facturaram neste período. Os valores do IRC de 2007 revelam que o peso médio do imposto liquidado sobre o volume de negócios ronda 1 por cento. Ou seja, cinco vezes mais do que o verificado na indústria farmacêutica.
Este indicador não é habitualmente usado para medir a taxa efectiva de tributação dos diversos sectores. Mas, apesar disso, a relação entre o volume de negócios e o imposto dá uma ideia do hiato entre os recursos conseguidos com a sua actividade e a sua contribuição para a sociedade.
O PÚBLICO confrontou o director executivo da Apifarma, Rui Ivo, com o teor desta auditoria, mas o responsável da associação que representa a maioria dos laboratórios não quis tecer nenhum comentário, alegando desconhecer o relatório da IGF.
O contributo fiscal do sector fica igualmente aquém do contributo dos seus trabalhadores e dos consumidores dos seus produtos. Nos exercícios em análise, a receita fiscal gerada pela indústria farmacêutica "resulta, fundamentalmente, de retenções de imposto sobre rendimentos que atinge cerca de 145 milhões de euros, na sua quase totalidade (94 por cento), correspondentes a IRS devido por remunerações de trabalho dependente".
"PÚBLICO"

CONTINUA O TEATRO
Passos dá dez dias ao Governo para aceitar "recuo"
PSD já aceita aumento do IVA num ponto e limitação das deduções, embora com pedidos em troca. Mas o discurso duro de Passos Coelho no Conselho Nacional permitiu a alguns dirigentes antecipar já um cenário de chumbo. Nos socialistas, a primeira reacção foi dura. Sócrates espera para ouvir o que dirá hoje Passos. Prazo é curto.
Da decisão anunciada há dois meses, na Festa do Pontal, de que o PSD não aceitaria um Orçamento para 2011 que aumentasse impostos, o líder social-democrata deu um passo atrás. Justificou-o em nome do "interesse nacional". Na mesa ficaram novas condições que permitem o aumento do IVA em um ponto percentual e a troca dos reembolsos das deduções fiscais em títulos de dívida pública.
"Este não é o nosso Orçamento, mas devemos mudá-lo para salvar o País", garantia Passos Coelho na reunião do Conselho Nacional, que decorria à hora do fecho desta edição. Mas o Governo tem de "dizer com clareza até dia 29 se aceita as condições". Reconheceu no órgão máximo entre congressos que está consciente de que "o Governo pode não estar interessado nisto". E tentou transferir a pressão a que tem sido sujeito para o Executivo: "O Governo não se sente responsável por colocar o País à beira do abismo?"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

 "ESSENCIAIS" P'ROS AMIGOS
Manuel dos Santos
Despesas em consultoria são 'essenciais '
O secretário de Estado do Orçamento considerou que os 53 milhões de euros que o Estado prevê gastar em 2011 em pareceres, estudos e consultadoria são despesas 'absolutamente essenciais', e estarão cativadas em 40 por cento. 'As verbas com consultadorias desceram muito em relação a 2010', disse Manuel dos Santos, revelando que 'a esse valor ainda vai ser aplicada uma cativação de 40 por cento', Ou seja, segundo o secretário de Estado, só com essa cativação 'os 50 milhões de euros [orçamentados] descem para 30 milhões'.
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

PENSAM QUE ELES DIZEM????
Juízes exigem saber quanto gastam membros do Governo
O conflito entre os magistrados e os investigadores criminais e o Ministério da Justiça subiu ontem, terça-feira, de tom, com os juízes a exigirem ter acesso a documentos de gastos do Governo e a classificarem como "ridícula" uma reunião promovida pelo Ministério.
O requerimento de acesso aos gastos é da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) e justificado pelo processo de negociação em curso entre os magistrados e o Governo e que abrange as reduções de salários e subsídios.
O presidente da ASJP, António Martins, não quis comentar ao JN o conteúdo do documento nem mesmo se a associação tinha sido a autora do requerimento. "Não confirmo nem desminto", disse, recusando prestar qualquer declaração "antes de saber a origem da notícia" divulgada pela edição online do "Público".
Mas o JN soube, junto de várias fontes, que a ASJP enviou mesmo esse requerimento e que versa sobre os valores gastos pelos gabinetes dos vários ministérios, assim como da Presidência do Conselho de Ministros e do adjunto do primeiro-ministro, em particular o uso de cartões de crédito e telemóveis.
Este passo, que parece significar uma subida de tom no conflito, foi seguido de outro, com a associação de juízes a manifestar-se indisponível para estar hoje, quarta-feira, presente na reunião do Conselho Consultivo da Justiça, um órgão presidido pelo ministro da Justiça, Alberto Martins.
O presidente da ASJP confirmou ao JN a tomada de posição, argumentando com "razões de agenda", uma vez que a reunião, sobre o orçamento para a Justiça e o Código Penal, tinha sido convocada inicialmente para a semana passada e depois desmarcada pelo Governo e de novo agendada para hoje, quarta-feira.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

BASTA SER-SE PROFISSIONAL
Ronaldo eleito “Homem do Jogo”; 
Ricardo Carvalho em destaque na imprensa espanhola
Sem surpresa, os utilizadores do site da UEFA elegeram Cristiano Ronaldo como “Homem do Jogo” no Real Madrid-Milan. A imprensa espanhola destacou a exibição de Ricardo Carvalho.
Cristiano Ronaldo confirmou o bom momento de forma, abrindo caminho à vitória “merengue” com um golo de livre directo, e assistindo Ozil para o segundo golo da noite no Santiago Bernabéu.
Ainda assim, CR7 foi superado por Ricardo Carvalho na avaliação da Marca. O diário madrileno atribuiu oito pontos à exibição do avançado e nove à do central, cuja actuação foi assim resumida: «Fez tudo bem. Está cómodo, como se estivesse há muito tempo no Bernabéu. É um jogador seguro».
"A BOLA"

O EXEMPLO VEM DE CIMA

Supermercados perdem 340 milhões com furtos
Os supermercados viram desaparecer das suas prateleiras cerca de 340 milhões de euros em produtos, furtados por clientes, funcionários ou mesmo fornecedores. Trata-se de um valor equivalente a 1,24 por cento das vendas totais no retalho, segundo o Barómetro Global do Furto no Retalho.
Portugal apresentou assim, contra as expectativas devido à crise económica, um decréscimo de 1,6 por cento em relação a 2009, explicou ao CM Paulo Borges, responsável da Checkpoint, uma das empresas que apoia o estudo.
Roupa, cosmética e bebidas continuam a ser os artigos que são mais furtados, ainda de acordo com o Barómetro.
A quebra nos roubos deve-se a um reforço dos retalhistas em tecnologia de segurança, nomeadamente em ‘chips’. Os comerciantes gastaram em segurança cerca de 97 milhões de euros.
"CORREIO DA MANHÃ"

 O ALGODÃO NÃO ENGANA...
Preço do algodão com impacto 
"brutal" nos têxteis nacionais
A expressão "sexta-feira negra" já é um lugar comum nas bolsas, mas descreve na perfeição o máximo histórico do preço do algodão atingido no final da semana passada, em Nova Iorque.
O fenómeno teve lugar nos Estados Unidos, mas as ondas de choque chegaram aos têxteis nacionais. O impacto é descrito pelos industriais como "brutal" na tesouraria, e falam de um acréscimo de 40% na factura, só este ano. Porém, é pouco provável que haja um aumento do preço da roupa para o consumidor final, uma vez que o peso da matéria--prima se dilui ao longo da cadeia de produção.
A importância do algodão em Portugal é medida à percentagem: 70% a 80% do que é produzido tem por base essa matéria-prima. "Este é mais um factor negativo que colocará em causa a capacidade competitiva e concorrencial das empresas", denuncia ao Negócios Paulo Vaz, secretário-geral da Associação Têxtil e Vestuário (ATP).
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

SEM CONTAR COM O FACILITISMO
Só um em cada três alunos acaba 
o 12.º ano sem chumbar uma única vez
Comissão Nacional de Educação revela amanhã os dados ao Parlamento, mas os primeiros números foram anunciados na Gulbenkian
Completar o ensino secundário sem chumbar uma única vez é caso raro entre os adolescentes portugueses. "Por cada 109 mil alunos que entram no 1.o ano do ensino básico, só 32 mil chegam ao 12.o ano com um percurso escolar sem retenções." Este é apenas um dos dados do relatório que a Comissão Nacional de Educação apresenta amanhã no parlamento, mas que Joaquim Azevedo, membro desta comissão, revelou ontem na conferência "A Escola Hoje", promovida pelo Fórum para a Liberdade de Educação (FLE) na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Apenas 30% dos alunos atinge os 12 anos de escolaridade sem acidentes de percurso, e é este panorama da educação em Portugal que leva o presidente da Universidade Católica do Porto a questionar os modelos de ensino que os sucessivos governos promoveram nas últimas décadas. Mudar o estado da educação implica reformar as políticas, centrar o ensino na aprendizagem ou dar mais autonomia às escolas para escolherem o seu próprio caminho. É tudo o que nos últimos 30 anos não tem acontecido, censura Joaquim Azevedo: "É preciso acabar com essa ideia de que cabe à escola resolver todos os problemas sociais. Isso é um erro tremendo porque desvia a atenção do que é fundamental e que é ensinar e fazer tudo para não deixar nenhum aluno para trás."
"i"

SÓ NA IRLANDA

- Um médico, em Dublin, queria descansar e ir pescar.
- Então aproximou-se do seu assistente e disse-lhe:
- Murphy, amanhã vou caçar e não queria fechar a clí­nica.
- Acha que consegue cuidar dela e de todos os pacientes?
- Sim, senhor!  respondeu  Murphy.

- O médico foi pescar e voltou no dia seguinte.
- Então, Murphy, como correu o dia?
- Cuidei de três pacientes.
- O primeiro tinha uma dor de cabeça e, entao, eu dei-lhe paracetamol.
- Bravo, meu rapaz .
- E o segundo? - perguntou o medico.
- O segundo teve indigestão e eu dei-lhe Guronsan- informou Murphy.

- Bravo, bravo! Você é  bom nisso.
E o terceiro? - perguntou o médico.
- Bom, doutor, eu estava sentado aqui e, de repente, abriu-se a porta e entrou uma linda mulher.

- Ela tirou a roupa, despiu tudo, incluindo o soutien e as cuequinhas.
- Depois deitou-se sobre a marquesa, abriu as pernas e gritou: AJUDE-ME, pelo amor de Deus!  Ha cinco anos que eu nao vejo homem!''
- Nossa Senhora... Murphy, e o que você fez !!!??? - perguntou o médico.

- Eu pus-lhe gotas de Visadron nos olhos, doutor!!!....

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