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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
24/08/2023
BRUNO CONTREIRAS MATEUS
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Não foi assim há tanto tempo que em Lisboa se arrendava um T1 central por 550 euros. Era possível até 2015, quando o valor do salário médio bruto em Portugal rondava o dobro, precisamente. Só que o cenário mudou de forma tão dramática que hoje nos damos conta de que a capital portuguesa foi a mais cara da Europa para arrendar casa no segundo trimestre deste ano, a avaliar pelo índice internacional Housing Anywhere. O mesmo T1 já custava em média 2500 euros mensais nos novos contratos, num mercado tão caro e com imensa procura e muito pouca oferta. E mais, já é proibitivo arrendar apenas um quarto. Custa 506 euros em média, com base nos anúncios publicados no portal imobiliário Idealista. O salário médio, esse, só cresceu 300 euros nestes últimos oito anos.
Não chegarão a este nível, com certeza, os rendimentos da maioria dos que procuram quarto para arrendar, atendendo ao salário mínimo nacional. Num mercado em que a oferta cresceu 146% no último ano em Lisboa - e que se impõe saber até onde a fiscalização está a atuar -, competem por partilhar casa com estranhos, solteiros, divorciados e jovens deslocados em início de carreira. Muitos destes, com ordenados baixos, em estágios ou precários. E em setembro volta o drama das famílias dos estudantes universitários, os novos e os que prosseguem estudos: todos os anos se repete a procura por um quarto, à parte do custo da alimentação, de muitas despesas da casa, do material escolar e dos imponderáveis. Tudo isto somado já custa um salário só para ter um filho a estudar longe da casa dos pais. Muitos desistem antes mesmo de concluírem o curso, outros, no limite, percorrem largas dezenas de quilómetros diariamente só porque sai mais barato.
No caso de quem procura trabalho, muitos recusam propostas por não conseguirem suportar o custo de vida. Não é por opção, são obrigados. Em Lisboa arrendar quarto está 23% mais caro do que em julho de 2019. Mas há exemplos de subidas maiores. Aveiro foi onde os preços mais aumentaram (50%) e no Porto o acréscimo é de 30%.
Não há salários que acompanhem variações destas no custo da habitação, por um quarto apenas, por casa arrendada ou comprada. Não se governa de costas voltadas para os problemas, sem compromisso por uma resolução célere, consensual e efetiva. António Costa não foi surpreendido agora pelo flagelo na habitação, desde que em 2015 assumiu funções a evolução tem sido galopante. E o custo social está à vista. Veremos quando será travado.
* Jornalista, sub-director do "DN"
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" - 23/08/23.
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umɑ ɓɛlɑ ɦɩsʈɔ́ɽɩɑ
* Bem haja JVS por esta história tão bonita que nos atrevemos a completar.
1958 ɩʈɑlƴ:
ɗɔmɛɲɩƈɔ mɔɗuɠɲɔ
ɲɛl ɓlu ɗɩƥɩɲʈɔ ɗɩ ɓlu
"Nel blu, dipinto di blu" (pronúncia italiana: [nel ˈblu diˈpinto di ˈblu]; "No [céu] azul [como eu era] pintado de azul" ou "No [céu] azul pintado de azul"), popularmente conhecida como "Volare" (pronuncia-se [voˈlaːre]; "To fly"), é uma canção gravada pelo cantor e compositor italiano Domenico Modugno. Escrito por Franco Migliacci e Domenico Modugno, foi lançado como single em 1º de fevereiro de 1958.
Vencendo o oitavo Festival de Música de Sanremo, a canção foi escolhida como a canção italiana no Festival Eurovisão da Canção em 1958, onde conquistou o terceiro lugar entre dez canções no total.
As vendas combinadas de todas as versões da canção ultrapassam os 22 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-a uma das canções mais populares da Eurovisão de todos os tempos e a canção de maior sucesso do Festival de Música de Sanremo de sempre.
Passou cinco semanas não consecutivas no topo da Billboard Hot 100 em agosto e setembro de 1958 e foi o single número um da Billboard naquele ano. A gravação de Modugno posteriormente se tornou a primeira vencedora do Grammy de Gravação do Ano e Canção do Ano no primeiro Grammy Awards em 1958. A música foi posteriormente traduzida para vários idiomas e gravada por uma ampla gama de intérpretes.
No final da votação, recebeu 13 pontos, ficando em 3º lugar em um campo de 10. Apesar disso, tornou-se uma das canções de maior sucesso já tocadas na história do Festival Eurovisão da Canção. Foi sucedida como inscrição italiana no concurso de 1959 por "Piove (Ciao, ciao bambina)", também interpretada por Modugno.
A popularidade da canção perdura e, em 2004, segundo a Sociedade Italiana de Autores e Editores, foi a canção italiana mais tocada, tanto na Itália como em todo o mundo, e é a única canção concorrente no Festival Eurovisão da Canção a receber um prêmio Grammy.
Em 2001, sete anos após a sua morte, Modugno foi galardoado com o Prémio Especial do Festival de Música de Sanremo, "concedido a quem, [...] em 1958, com "Nel blu dipinto di blu", transformou o Festival de Música de Sanremo em um palco de relevância mundial”.