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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
11/01/2022
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II-λ βλΤλLHλ DO CHILΣ
8-O Gσlρε dε Σѕтαdσ
* SINOPSE: Considerado um dos melhores e mais completos documentários latino-americanos, A Batalha do Chile é o resultado de seis anos de trabalho do cineasta Patrício Guzmán. Dividido em três partes (A insurreição da burguesia, O golpe militar e O poder popular), o filme cobre um dos períodos mais turbulentos da história do Chile, a partir dos esforços do presidente Salvador Allende em implantar um regime socialista (valendo-se da estrutura democrática) até as brutais conseqüências do golpe de estado que, em 1974, instaurou a ditadura do general Augusto Pinochet. Essa edição especial se completa com outros dois documentários: Patrício Guzmán: um história chilena, sobre a trajetória única do autor de A Batalha do Chile e A resistência final de Salvador Allende, uma reconstituição dos últimos momentos de Allende antes do golpe. "Salvador Allende põe em marcha um programa de profundas transformações sociais e políticas. Desde o primeiro dia a direita organiza contra ele uma série de greves enquanto a Casa Branca o asfixia economicamente. Apesar do boicote, em março de 1973 os partidos que apóiam Allende obtêm mais de 40% dos votos. A direita compreende que os mecanismos legais já não servem. De agora em diante sua estratégia será o golpe de estado. A batalha do Chile é um documento que mostra, passo a passo, esses acontecimentos que comoveram o mundo". Patricio Guzmán
** Este documentário foi retirado do site da Juventude Comunista Brasileira, a lista dos prémios que são atribuídos ao filme é de excelência, fica claro que o trabalho é datado mas sem memória não há história como diz o saudoso JOSÉ AUGUSTO FRANÇA.
PAULO BALDAIA
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Bipolarização
num país bipolar
A bipolarização que serve ao PS e ao PSD para disputar a vitória pode servir também ao país se acreditarmos que a estabilidade é um fim em si mesmo. Se a virmos como um instrumento para tomar as decisões de que o país precisa, então é possível que seja necessário primeiro garantir a pluralidade. O voto só é útil se servir para mudar a sociedade, permitindo que se acrescente justiça a todas as políticas, caso contrário, só é útil para quem o recebe.
António Costa e Rui Rio caminham para o frente a frente apostando forte nesta bipolarização, porque beneficiam da perceção de que a maioria absoluta não é expectável para nenhum dos dois partidos. Não traçaram nenhuma linha reta para chegarem onde querem chegar, quando se encontrarem frente a frente na quinta-feira. Foram condescendentes com uns, divorciaram-se de outros, pediram o celibato absoluto, mas podem acabar nos braços um do outro, mesmo que só um deles o queira, para já, admitir. Como Costa joga no tudo ou nada e Rio admite uma panóplia de soluções para que seja possível governar com o mínimo de estabilidade, este é um campo que favorece o PSD porque oferece mais estabilidade.
Costa já decidiu que tem como única meta a maioria absoluta que lhe dará a estabilidade necessária para aprovar o orçamento que viu chumbado mas, sobretudo, para poder aplicar os milhares de milhões de euros do PRR e do Portugal 2030, com que julga poder fazer um país diferente, seguindo a linha política dos últimos seis anos.
Rio quer ser o político frontal que diz o que pensa e não esconde as suas próprias fragilidades, procurando que o eleitorado confie que o país só muda se a política passar a ser feita de forma diferente. O debate de quinta-feira terá Costa a dizer ao país que a escolha é entre os dois e Rio a aceitar o desafio, Costa a colar o PSD à extrema-direita e Rio a colar o PS à extrema-esquerda, Costa a falar de políticas sociais e Rio a falar de crescimento económico.
E este país onde a bipolarização está sempre pronta a afirmar-se, beneficiando os partidos do Bloco Central, é ou não bipolar? Se olharmos para o comportamento da maioria das pessoas e para a característica principal desta doença psiquiátrica, que é a mudança acentuada de humor, ficaremos tentados a pensar que sim, o país é bipolar. Só isso explica este comportamento coletivo em que, mesmo depois da mais grave crise, aos primeiros raios de sol, se ponha toda a gente a endividar-se como se não houvesse amanhã. Chegaremos à próxima crise com muitas das famílias, que passaram mal com a troika, a terem de passar mal outra vez. Esta bipolaridade, e a forma como se olha tão rapidamente com acinte ou com deslumbre, ora para o PS ora para o PSD, é também uma característica desta alternância. O arco do poder pode mudar e acabarem todos por lá entrar, mas ainda é entre o socialismo e a social-democracia que o povo tem de escolher.
* Jornalista
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" - 10/01/22 .
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FOI FEITA JUSTIÇA?
Processo dos Comandos
Três arguidos condenados com pena suspensa
Procuradora Isabel Lima pedia a condenação de cinco dos 19 arguidos a penas de prisão entre dois e 10 anos, mas ninguém vai preso pela morte dos recrutas.
O instrutor dos Comandos Ricardo Rodrigues foi condenado a três anos de prisão com pena suspensa, segundo o acórdão lido esta segunda-feira no Tribunal Criminal de Lisboa relativo à morte dos recrutas Dylan da Silva e Hugo Abreu, em 2016.
PAI DE DYLAN DA SILVA |
O tribunal condenou ainda Pedro Fernandes a dois anos e três meses de prisão e Lenate Inácio a dois anos, ambos com pena suspensa.
Nas alegações finais do julgamento, em 07 de maio de 2021, a procuradora Isabel Lima pediu a condenação de cinco dos 19 arguidos a penas de prisão entre dois e 10 anos.
Um dos cinco arguidos visados era, precisamente, Ricardo Rodrigues, por considerar que cometeu abuso de autoridade com ofensa à integridade física, com perigo de vida, pedindo ao tribunal que este militar fosse punido com pena de prisão até 10 anos.
Quanto ao diretor da "prova zero", o tenente-coronel Mário Maia foi absolvido, depois de o Ministério Público (MP) ter pedido a sua condenação a uma pena de dois anos de prisão (suspensa por igual período).
O mesmo sucedeu com o médico Miguel Domingues, acusado de abuso de autoridade com ofensa à integridade física, que foi absolvido quando a procuradora tinha pedido uma condenação a cinco anos de prisão, passível de ser suspensa na execução.
Já os restantes 14 arguidos do processo foram todos absolvidos. No final da leitura do acórdão, o MP pediu a prorrogação do prazo para recurso de 30 para 60 dias, invocando a excecional complexidade do processo.
Dylan da Silva e Hugo Abreu, à data dos factos com 20 anos, morreram e outros instruendos sofreram lesões graves e tiveram de ser internados no decurso da "prova zero".
Oito oficiais, oito sargentos e três praças, todos dos Comandos, a maioria instrutores, foram acusados de abuso de autoridade por ofensa à integridade física. Segundo a acusação, os arguidos atuaram com "manifesto desprezo pelas consequências gravosas que provocaram nos ofendidos".
IN "TSF" - hoje.
118-CINEMA