28/07/2021

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MANUEL ALEGRE

Queria luto nacional por Otelo

Socialista argumenta que “basta” o que Otelo fez no 25 de Abril para “ter um lugar na História” - e que se Soares fosse vivo e tivesse poder a homenagem ao militar seria mesmo feita.

O histórico socialista Manuel Alegre defende que o Governo deveria declarar luto nacional pela morte de Otelo Saraiva de Carvalho. “Se Mário Soares fosse vivo e tivesse poder, decretaria luto nacional pela morte de Otelo. Acho que a morte dele merece luto nacional”, argumentou o poeta e antigo candidato à Presidência da República ao Diário de Notícias.

A decisão sobre a declaração de luto nacional, assim como a sua duração e âmbito, compete ao Governo e tem que ser promulgada pelo Presidente da República. Mas ambos, além das declarações de lamento sobre o desaparecimento de Otelo, neste domingo, aos 84 anos, não se pronunciaram sobre luto nacional.

Ao jornal, Manuel Alegre disse que domingo foi um “dia de luto para todos os portugueses que se reconhecem na liberdade e no 25 de Abril” e, apesar de toda a controvérsia em torno de Otelo, acusado de liderar as Forças Populares 25 de Abril (FP-25), o socialista defende que “basta o que o Otelo fez naquele dia, 25 de Abril, para ter um lugar na História”. E insiste: “Otelo é o homem do 25 de Abril”, rematando com um “Estou-te grato, pá!”, num trejeito que era um cunho vincado do militar.

Depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter salientado que “ainda é cedo para a história o apreciar com a devida distância”, Manuel Alegre contrapôs que para reconhecer o papel que Otelo desempenhou na libertação do país “não é preciso distanciamento nenhum. Quem se identifica com o 25 de Abril, quem gosta da liberdade sabe que o Otelo rima com esse dia, com o dia 25 de Abril, e rima com liberdade”, declarou o poeta à Agência Lusa

O país deve-lhe a liberdade. Esse é o bem mais precioso. O país deve-lhe, a ele e a todos os que participaram no 25 de Abril, mas a ele como coordenador operacional do movimento do 25 de Abril, e como símbolo que ele foi nesse dia do próprio 25 de Abril, deve-lhe a liberdade e deve-lhe aquilo que se seguiu que foi a democracia e a paz”, acrescentou o histórico socialista.

IN "PÚBLICO" - 26/07/21


A DEMOCRACIA TEM "PORRAS"

MARCELO REBELO DE SOUSA E ANTÓNIO COSTA

PRÓXIMOS DE CAVACO SILVA?

A questão não é iluminada, não se trata de qualquer "anunciação" angelical nem de anátema filosófico, é pergunta e é simples.

O sr. Presidente que em Fevereiro deste ano esteve presente numa homenagem ao militar Marcelino da Mata, descarta a homenagem a Otelo Saraiva de Carvalho por não ter havido homenagem a Salgueiro Maia, Melo Antunes e outros capitães de Abril, então porque homenageou o tenente-coronel Mata.

Nós compreendemos porque o anterior PR e PM fugia em marcha forçada da cultura e patriotismo, a confirmar basta recordar os benefícios concedidos a torturadores da ex-PIDE/DGS e o ataque  feroz a José Saramago ao qual na 26ª edição da Feira do Livro de Bogotá, Colômbia, após citar Camões se esqueceu de mencionar o único Prémio Nobel da literatura portuguesa. Também condecorou Sousa Lara essa espécie de amiba política que fez parte do seu governo. Nhurro hem!

Agora o actual PR justificar a ausência de homenagem a OTELO, porque SALGUEIRO MAIA também não o foi, cretinice justifica repetição?

Já agora e também o sr. Primeiro-ministro fica mal na fotografia ao dizer que há várias formas de homenagear, não, não há, quem libertou Portugal da ditadura salazarenta foram as forças militares lideradas por OTELO, ele foi o líder da libertação, a homenagem deve ser nacional.

Por  isso dizemos que os senhores Aníbal, Marcelo e António estão muito próximos politicamente em procedimentos e  justificações prosaicas.

Muito longe, mesmo muito longe deles está o cidadão ANTÓNIO RAMALHO EANES!

A REDACÇÃO

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