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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
07/04/2020
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
SPEA desafia açorianos e madeirenses
a contar aves a partir de casa
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) desafiou os residentes nos Açores e na Madeira a contar milhafres e mantas, respetivamente, a partir de casa, para manter viva a recolha de dados sobre estas espécies.
As duas aves de rapina assumem especial importância no controlo de pragas de ratos nos dois arquipélagos.
O
milhafre é uma ave que pode ser vista na maioria das ilhas do
arquipélago dos Açores e apenas nas Flores e no Corvo não tem presença
regular.
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Anualmente, a SPEA organiza um
censo de milhafres para recolher dados daquela espécie nos Açores,
enquanto na Madeira promove a contagem de mantas.
"Pela
primeira vez, este ano não poderá ser realizado nos moldes habituais",
explica a SPEA numa nota divulgada hoje, em que convida os residentes
nos arquipélagos dos Açores e Madeira a contar milhafres ou mantas "a
partir de casa, durante o mês de abril", para manter vivo o censo que
"vinha sendo desenvolvido há 14 anos".
O
XV Censo de Mantas (Buteo buteo harterti) na Madeira e de Milhafres
(Buteo buteo rothschildi) nos Açores estava previsto para o fim de
semana passado, mas foi cancelado, devido ao plano de contingência para
evitar a propagação do covid-19.
Por este
motivo, a SPEA convida a todos os colaboradores deste censo e novos
interessados a contar durante o mês de abril estas aves "desde a sua
janela, varanda ou jardim".
A proposta é
dedicar algum tempo, preferencialmente entre as 10:00 e as 14:00, a
observar o céu e a contar os milhafres ou mantas que podem ser vistos a
partir das residências.
Esta informação
poderá ser enviada para a SPEA até 30 de abril, através da aplicação
PortugalAves/eBird, por e-mail ou diretamente no evento da rede social
Facebook criado para o efeito.
"Embora
esta iniciativa não permita avaliar a tendência populacional da espécie
este ano, uma vez que não será possível repetir a metodologia de anos
anteriores, os dados recolhidos contribuirão para um melhor conhecimento
da distribuição da espécie", explica a entidade.
De
acordo com a SPEA, "as mantas ou os milhafres são espécies emblemáticas
dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, sendo os autênticos
protagonistas do céu diurno no mês de abril e tendo um papel importante
no controlo de pragas, como por exemplo os roedores".
No caso dos Açores, o milhafre ou queimado é a única espécie de ave de rapina diurna que reside no arquipélago.
Na Madeira, além da manta, existem outras três espécies de rapina: o fura-bardos, o francelho e a coruja-das-torres.
* Belíssima iniciativa, estamos ávidos de boas notícias.
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ONTEM NO
"SOL"
“André Ventura
anda a brincar às casinhas”
Francisco Louçã acusa deputado do Chega de apostar em "jogos políticos" enquanto mo país está a enfrentar uma pandemia
Francisco Louçã acusa André Ventura de ter enganado os eleitores e de
andar “a brincar às casinhas” enquanto o país está a enfrentar a
pandemia.
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Num texto sobre a demissão de Ventura, nas redes sociais, o
ex-coordenador do Bloco de Esquerda considera que o deputado do Chega
“enganou os eleitores, prometendo-lhes ‘dar o exemplo’ sendo deputado em
exclusividade, mas está a acumular com um cargo num escritório de
advogados especialista em ajudar clientes ricos nas suas manobras
fiscais”.
Francisco Louçã resume a demissão de André Ventura a “jogos
políticos” e lamenta que o deputado do Chega esteja preocupado em
reforçar o seu poder internamente numa altura em que o país está
concentrado em prevenir a propagação da Covid-19.
“Temos portanto uma emergência e o dr. Ventura entretém-se
com jogos políticos para reforçar o seu poder no seu partido. Quer
proteger a sua carreira, a começar pela sua candidatura presidencial,
que parece que não entusiasmou aquela gente que é 'o pior que a vida
política tem'. Quando um dia lhe perguntarem onde esteve durante o
Covid, o dr. Ventura tem uma resposta: esteve a brincar às casinhas”,
escreve o ex-deputado.
* Preciso e contundente.
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O Presidente da República revelou ter feito
um dos novos testes sorológicos, com o objetivo de perceber se está
imunizado devido à presença de anticorpos para a covid-19 e o resultado
foi negativo. Isto mostra que Marcelo Rebelo de Sousa não esteve em
contacto com ninguém infetado com o novo coronavírus, o que o Presidente
apelida de "uma ironia", e que pode vir a ser infetado. .
"Posso dizer-lhe que não estou imunizado porque não tive nenhum
contacto com nenhum portador de covid-19, o que é uma ironia, porque se
havia pessoa que contactava de próximo com os portugueses nas semanas
anteriores era eu. Pois não tive nenhum contacto com ninguém
com covid-19", afirma, em declarações à Antena 1.
Questionado sobre quais as medidas que irão ser tomadas caso este seja infetado com covid-19, o vírus responsável pela morte de mais de 300 portugueses, o chefe de Estado afirma que irá ficar isolado no Palácio de Belém. Da última vez que ficou em quarentena, o Presidente ficou em casa, no entanto, este diz que foi "inoperacional" continuar a fazer o seu trabalho enquanto chefe de Estado a partir da sua residência. "É, de facto, muito limitativo, como se viu pelas minhas comunicações por Skype para o exterior, é dramático", sublunhou.
Marcelo Rebelo de Sousa avançou que também já foi decidido que caso o primeiro-ministro, António Costa, seja infetado, ficará isolado em São Bento.
* Marcelo Rebelo de Sousa é um idoso com 70 anos, com úlcera duodenal crónica e problemas cardiovasculares o que o torna um cidadão de risco, é dos portugueses mais indisciplinados no que respeita ao Estado de Emergência decretado pelo sr. Presidente da República.
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HOJE NO
"i"
Marcelo Rebelo de Sousa fez teste sorológico e não está imunizado
"Não tive nenhum contacto com nenhum portador
de covid-19, o que é uma ironia, porque se havia pessoa que contactava
de próximo com os portugueses nas semanas anteriores era eu", afirma o
Presidente.
NUMA VISITA AOS TOMATES |
Questionado sobre quais as medidas que irão ser tomadas caso este seja infetado com covid-19, o vírus responsável pela morte de mais de 300 portugueses, o chefe de Estado afirma que irá ficar isolado no Palácio de Belém. Da última vez que ficou em quarentena, o Presidente ficou em casa, no entanto, este diz que foi "inoperacional" continuar a fazer o seu trabalho enquanto chefe de Estado a partir da sua residência. "É, de facto, muito limitativo, como se viu pelas minhas comunicações por Skype para o exterior, é dramático", sublunhou.
Marcelo Rebelo de Sousa avançou que também já foi decidido que caso o primeiro-ministro, António Costa, seja infetado, ficará isolado em São Bento.
* Marcelo Rebelo de Sousa é um idoso com 70 anos, com úlcera duodenal crónica e problemas cardiovasculares o que o torna um cidadão de risco, é dos portugueses mais indisciplinados no que respeita ao Estado de Emergência decretado pelo sr. Presidente da República.
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MANUEL SÉRGIO
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IN "A BOLA"
04/04/20
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Estamos em guerra…
Pouco
sabemos ainda sobre o inimigo que nos ataca e fragiliza e mata.
Torna-se assim difícil conceber uma estratégia. A estratégia a que me
refiro poderá definir-se como a ciência e a arte de organizar os
recursos que temos, em prol de um objetivo inadiável: derrotar e, se
possível, eliminar totalmente o covid-19. No entanto, lucila uma palavra
de esperança, advinda de competente especialista: o Prof. Nuno
Monteiro, da Universidade de Yale: “É certo que ainda não sabemos tudo
sobre o inimigo – quais as taxas reais de infeção e letalidade do vírus,
qual o seu período de incubação, quais as taxas de imunidade natural,
etc. Mas sabemos o suficiente, para delinear uma estratégia. É essa a
questão essencial dos nossos dias, que deveria tomar toda a energia dos
nossos líderes”(Expresso, 2020/3/28). Um ponto a reter,
antes do mais: a vitória sobre o covid-19 só chegará, quando todos
tivermos acesso a tratamentos ou vacinas eficazes. Não sabemos quando
isto irá acontecer, mas sabemos que demorará muitos meses, mais do que
aquilo que é exequível, mantendo as fronteiras fechadas e o país em
isolamento social. O próprio primeiro-ministro, com admirável nitidez,
admite que não tem nas mãos algumas das soluções inadiáveis. Os
economistas, assentes noutro paradigma, chegam a iguais conclusões: é
difícil antecipar o mundo nascituro, pois que as incertezas são muitas e
o Estado pode pouco, já que não tem moeda própria e o Banco Central
Europeu encontra-se impedido de financiar diretamente os Governos.
Concluindo: o Governo de Portugal, para fazer o ideal, é bem possível
que tenha de contrair dívida. É verdade que o Prof. Mário Centeno
afirma, sem reticências, que “nunca o país esteve tão bem preparado”,
com margem francamente confortável. Mas, num país de parcos recursos,
como o nosso, o que se vivia como crença deverá passar a viver-se como
esperança…
Nos discursos de António Costa e de Pedro Siza
Vieira há um pensamento que emerge: o Governo está a fazer o que pode,
100% dedicado, sem olhar a sacrifícios, à erradicação dos malefícios da
pandemia. Um caloroso aplauso aos Senhores Presidente da República,
Presidente da Assembleia da República e Primeiro Ministro, os quais, num
tempo em que alguns valores culturais vão sendo trucidados, ainda
manifestam, no seu comportamento, aquele “suplemento de alma”, que
Bergson reclamava, no início da Segunda Revolução Industrial. Há uma
crise viral que, esperemos, não se transforme em grave crise económica e
social. Depois da luta contra as “causas das causas” das alterações
climáticas, a luta que se aproxima é a da sobrevivência, incluindo,
nela, aqueles valores impostergáveis, que nos definem como europeus e
portugueses. Tenho para mim (e julgo que o aprendi, em Pascal) que o ser
humano é tão naturalmente louco que não ser louco já é uma forma de
loucura. E, no que aos europeus diz respeito, a nossa desrazão não é por
falta de razão. A modernidade, na Europa, foi o tempo, por excelência,
da razão e portanto da ciência. A física, no século XVII; a química, no
século XVIII; e a biologia e a biomedicina, no século XIX – eram
elaboradas e demarcadas por critérios de verificação racionais, na forma
de instrumentos de medida. E foi óbvia a conclusão: pensar é
geometrizar, discernir é quantificar, conhecer é medir. Descartes
acompanha toda a modernidade, ao conceber uma “matemática universal”,
aplicável a toda a ordem de conhecimentos e capaz de revelar os mais
inextrincáveis segredos da natureza. Até na Filosofia: desde a “ética
geométrica” de Espinoza e o “pan-matematismo” de Leibniz. E o que era a
educação física dos egrégios mestres Ling, Jahn e Amorós senão um
“pitagorismo renovado”?
Num momento em que, com tristeza,
escutamos as declarações, próximas da “palermice” (e estou a ser
indulgente, reconheço), do capitão Jair Bolsonaro que trata a pandemia,
como se de uma “gripezinha” se tratasse e o discurso doutros políticos
responsáveis (doutros países, acentuo) lembra o argumentar da sofística,
merece francos aplausos a liderança, de tão exemplar racionalidade, do
engenheiro António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas.
“Guterres considera que o mundo está a perder a guerra contra o
coronavírus e enviou uma carta aos líderes do G20, onde defende que
seria grave que os países evoluídos eliminassem a doença, deixando que
ela se espalhasse nos países em desenvolvimento”” (Expresso,
2020/3/28). Manuel Castells dá ênfase ao seguinte: “Se a evolução da
desigualdade interna de um determinado país, ao nível da distribuição de
rendimentos, apresenta variações, o que parece ser um fenómeno global é
o avanço da pobreza e principalmente da pobreza extrema. Com efeito, a
aceleração do processo de desenvolvimento desigual e a inclusão e
exclusão simultâneas das pessoas no processo de crescimento, que
considero característico do capitalismo informacional, traduzem-se na
polarização, bem como na propagação da miséria entre um grupo cada vez
maior de pessoas”. E Manuel Castells cita depois um relatório do PNUD
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento): “Entre 1970 e 1985,
o PIB global aumentou cerca de 40%, mas o número de pobres cresceu
aproximadamente 17%. Enquanto 200 milhões de pessoas tiveram uma queda,
nos seus níveis de rendimentos, entre 1965 e 1980, o mesmo aconteceu
para mais de um bilião de pessoas, de 1980 a 1993” (O Fim do Milénio,
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2014, p, 96). E sublinha ainda o
autor a situação africana, “onde a tentativa das instituições
financeiras internacionais de tirarem a África da crise (…) demonstrou
ser um fiasco” (op. cit., p. 138).
Ocorre-me o Novalis (uma das vozes mais importantes do romantismo alemão) dos Fragmentos Logológicos;
“Aquele que genuinamente ensina é um anunciador de caminhos. / Se
aquele que aprende gosta mesmo da verdade, / Basta-lhe apenas um aceno /
Para levá-lo a encontrar o que procura”. E… perante uma quase
inevitável (oxalá eu me engane) crise económica e sanitária, de
proporções nacionais e internacionais, de que precisam, sobre o mais, os
portugueses? De um Estado forte (não disse ditatorial – disse forte)
não capaz de soluções radicais, que são as mais fáceis, mas de uma
política, de amplo consenso, que pretenda concretizar-se na órbita da
ética. A Ministra de Estado e da Presidência tranquiliza-nos a todos: “A
situação de que Portugal parte para esta crise, tanto em matéria de
dívida pública, como em matéria de défice, permite ter maior margem”, E,
cautelosa, remata: “Mas não infinita margem”.Com efeito, sem
“coronabonds”, não tenho a mínima dúvida de que a “margem” do Prof.
Mário Centeno pode pulverizar-se. Principalmente se a pandemia não for
atacada, com ciência e consciência, o mais depressa possível. Há lugar
para questionar: “Mas não é isso mesmo o que o Governo tem feito?”. O
Governo tem sido exemplar no combate à crise. O problema, inesperado
problema, é se a crise tem peso maior do que as posses do Governo.
António Saraiva, presidente da CIP, não se coíbe de a sobrevalorizar:
“Esta será a pior crise que já vivemos”. Por fim (“finis coronat opus”)
um abraço fraterno e grato a todos os profissionais da saúde que fazem
tudo (pondo mesmo em risco a sua própria vida) para que a nós
(designadamente aos idosos, como eu) nada de patológico nos aconteça.
Repito: saudemos, com um misto de ternura, de orgulho e de respeito, os
profissionais da saúde portugueses.
* Professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana e Provedor para a Ética no Desporto
IN "A BOLA"
04/04/20
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HOJE NO
"A BOLA"
Trump ao ataque:
«A OMS estragou tudo»
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, carregou fortemente sobre a
Organização Mundial de Saúde (OMS) esta terça-feira, numa publicação no
Twitter oficial.
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«A OMS estragou tudo. Por
alguma razão, financiados largamente pelos Estados Unidos, são muito
centrados na China. Vamos dar uma vista de olhos nisso. Felizmente,
rejeitei o conselho deles de deixar as fronteiras abertas para a China
no começo. Porque é que deram uma recomendação tão defeituosa?»,
escreveu.
Nos Estados Unidos, o novo coronavírus já infetou mais de 360 mil pessoas e matou mais de 10 mil.
* Falou o esperto mais imbecil da história recente dos Estados Unidos e de quem o povo gosta até descobrir que lhe rilha os ossos.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha enviam "carta denúncia"
contra Francisco George
Mais de
uma centena de profissionais do Hospital da Cruz Vermelha acusa o
presidente da instituição, Francisco George, de "estar a pôr em risco a
sobrevivência clínica e económica do hospital".
O
alerta é feito numa "carta denúncia" endereçada ao Presidente da
República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e
ministros das Finanças, Defesa e Saúde, e assinado por médicos,
enfermeiros, técnicos, administrativos e auxiliares de ação médica e
colaboradores.
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No documento, a que a
Lusa teve acesso, os profissionais manifestam a "enorme preocupação" com
a forma como Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa
(CVP) e presidente do Conselho de Administração não-executivo do
Hospital da Cruz Vermelha (HCVP) "está a pôr em risco a sobrevivência
clínica e económica" do hospital.
Francisco
George, ouvido pela Lusa, estranhou a iniciativa, explicando: "estou há
pouco tempo na CVP, estou na administração de manhã à noite, vejo o
diretor clínico todos os dias, e até hoje nada me disse".
"Não estou a par dos pormenores da carta e
não vou comentar mais nada, espero reunião com os trabalhadores, estou
disponível para falar com eles mas até agora não me pediram", disse
Francisco George à Lusa.
Os
subscritores da iniciativa começam por afirmar, no documento: "O
Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCVP) entrou num processo de ruína
económica e financeira desde que os administradores nomeados pela Cruz
Vermelha para a Sociedade Gestora do hospital iniciaram a sua atividade
em maio 2018. Manter no cargo o Dr. Francisco George é o caminho mais
direto para a falência do Hospital a curto prazo".
Os profissionais recordam que foi decidido manter o HCVP como livre de
covid-19, ou seja, que não trataria doentes infetados com o novo
coronavírus, uma decisão que Francisco George alterou em 48 horas,
dizendo aos trabalhadores que era decisão do Ministério da Saúde, o que
"não corresponde à verdade".
Os subscritores do documento alertam ainda
para o que consideram serem irresponsabilidades de Francisco George em
questões internas do HCVP e "desrespeito" para com doentes ao impedir a
continuidade dos cuidados médicos.
Os
profissionais referem que há "um risco real" de perda de todo o corpo
clínico do HCVP, e dizem que os equipamentos de proteção individual para
o hospital foram desviados para uma tenda de triagem de doentes
covid-19.
"Estamos a tentar
preparar-nos para ser Hospital não Covid. Depois de várias semanas de
inatividade e desorientação. Extremamente preocupados com esta situação.
Como Corpo Clínico, mantemos a nossa confiança total no diretor
clínico", pode ler-se na carta.
Nela se diz ainda que os 600 profissionais acreditam que há um "risco iminente de falência e encerramento do hospital".
Francisco
George reiterou que está disponível para falar os profissionais, "a
qualquer hora, em qualquer dia", e disse que está sempre "de porta
aberta".
* Uma notícia muito estranha, até esclarecimento não deixaremos de admirar Francisco George, o currículo avaliza.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Ajudas para pagar a renda:
Quais são e a quem se aplicam
A renda de abril, que deverá ser paga até à próxima-quarta-feira, dia 8, poderá já beneficiar da ajuda que o Governo preparou para inquilinos que sofram quebra acentuada de rendimentos e respetivos senhorios. Veja aqui se pode aceder e com o que pode contar.
O Parlamento aprovou um regime excecional e temporário para o
pagamento de rendas, destinado a ajudar famílias e empresas que, durante
o período da pandemia e do estado de emergência, se vejam em
dificuldades para pagar a renda mensal. As ajudas, no entanto, não
chegarão indiscriminadamente a todos e vão exigir que seja feita prova
dos rendimentos e de cada situação concreta.
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Com a publicação da lei em Diário da República,
esta segunda-feira, 6 de abril, o Governo vai ainda regular, por
portaria, os mecanismos processuais do regime. No entanto, sabe-se quem
são os destinatários e em que circunstâncias poderão aceder.
Em que consiste a ajuda?
Em traços largos, a lei
agora aprovada vem permitir a flexibilização no pagamento de rendas
durante o período em que vigore o estado de emergência e depois também o
primeiro mês subsequente. Por outro lado, serão disponibilizados
empréstimos, pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, que
deverão ser depois devolvidos no prazo de um ano, mas sem que sejam
exigidos juros.
Quais são os destinatários?
Estão
abrangidos, desde logo, os contratos de arrendamento para habitação em
que as famílias tenham sofrido comprovadamente, uma quebra de
rendimentos como consequência direta das limitações decretadas no âmbito
do estado de emergência, e portanto não consigam suportar a renda,
entrando numa situação de mora, ou atraso no pagamento. Os estudantes
deslocados, que estejam a mais de 50 quilómetros da sua residência
beneficiam também do regime e o mesmo se aplica aos seus fiadores.
Em que casos há quebra de rendimentos?
No
caso dos arrendatários, a lei entende que tiverem uma acentuada quebra
de rendimentos se a mesma for superior a 20% face aos rendimentos do mês
anterior ou do período homólogo do ano anterior. Estamos a falar do
somatório dos rendimentos de todo o agregado. Além disso, há outro
requisito, que e cumulativo: só haverá ajuda se, apesar dos tais 20% de
quebra de rendimentos, o agregado tiver de gastar mais do que 35% dos
réus rendimentos pata pagar a renda (a chamada taxa de esforço).
E para o senhorio?
Nesse caso aplica-se a mesma
percentagem de 20% de quebra nos rendimentos do agregado familiar do
senhorio face aos rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do
ano anterior, mas será preciso demonstrar que a dita quebra foi
provocada pelo não pagamento de rendas pelos arrendatários que, por sua
vez, tenham sido atingidos pela presente situação.
Como se comprova a quebra de rendimentos?
O Governo vai ainda emitir uma portaria em que esse processo será regulamentado.
Em que consiste a moratória?
As
rendas que se vencerem durante os meses em que vigore o estado de
emergência e no primeiro mês subsequente deverão ser pagas nos 12 meses
seguintes, em prestações mensais de pelo menos um duodécimo do montante
total em falta, pagas juntamente com a renda de cada mês. Se o inquilino
não pagar neste prazo, aí sim, o senhorio poderá avançar com a
resolução do contrato por falta de pagamento. Antes disso, tal não será
possível. Atenção que, se durante este período o arrendatário quiser
terminar o contrato, tem o dever de efetuar o pagamento imediato das
rendas não pagas.
O atraso nas rendas dá lugar a indemnização?
Em
regra a lei geral prevê que, não sendo pagas as rendas e entrando o
inquilino em mora, o senhorio tem direito a exigir, além das rendas em
atraso, uma indemnização igual a 20% do que for devido. Este regime
especial, contudo, afasta o pagamento desta indemnização, tanto nos
arrendamentos habitacionais, como nos não habitacionais.
Como funcionará o apoio financeiro?
Perante a
comprovada quebra de rendimentos e não podendo pagar a renda, os
inquilinos podem solicitar um apoio financeiro ao Instituto da Habitação
e Reabilitação Urbana (IHRU). Trata-se de um empréstimo, sem juros,
destinado a suportar a diferença o valor mensal da renda e o valor que
resulte da aplicação ao rendimento do agregado da taxa de esforço de 35%
acima referida. Com uma exigência: o rendimento disponível do agregado
não pode ser inferior a 438,81, o equivalente ao indexante dos apoios
sociais (IAS).
Quais são as regras para os senhorios?
Caso
os inquilinos em dificuldade não recorram ao empréstimo do IHRU,
poderão os senhorios fazê-lo, para não se verem privados daquele
rendimento. Terão eles próprios de ter a já referida quebra de
rendimentos e terão ainda de cumprir um outro requisito: o seu
rendimento disponível restante terá de ficar abaixo de um IAS, ou seja,
438,81 euros.
Como se processarão os pedidos de apoio?
No
caso dos senhorios, como no dos inquilinos, o IHRU vai elaborar um
regulamento com as condições de acesso aos apoios financeiros. O que a
lei estipula, desde já, é que os arrendatários que se vejam
impossibilitados de pagar a renda terão de avisar disso o senhorio até
cinco dias antes do vencimento da primeira renda em que pretendem
beneficiar do regime. No caso de rendas que se tenham vencido até à
entrada em vigor da nova lei, os inquilinos terão um prazo de 20 dias
para fazer a dita notificação. Em qualquer dos casos deverão fazê-lo por
escrito.
Este regime aplica-se a rendas apoiadas?
Não.
Nesse caso não há lugar aos empréstimos do IHRU. No entanto, a lei
permite que as entidades públicas – IHRU ou autarquias locais – que
tenham habitação social ou com outro tipo de rendas apoiadas possam,
simplesmente diferir o pagamento das rendas para depois de terminado o
estado de emergência. Podem ainda, se assim o entenderem, reduzir as
rendas dos arrendatários que tenham sofrido uma quebra de rendimentos
superior a 20%, e cuja taxa de esforço se torne superior a 35%, nos
regimes em que a renda não dependa já do rendimento do agregado
habitacional, como acontece no arrendamento apoiado e renda social. É
ainda prevista a possibilidade destas entidades isentarem do pagamento
de renda os seus arrendatários que percam a totalidade dos seus
rendimentos.
Que apoios há para as rendas comerciais?
Os
estabelecimentos abertos ao público que tenham sido forçados a encerrar
por causa das regras do estado de emergência ou que tenham a sua
atividade suspensa (mesmo que continuem a prestar serviços à distância
ou comércio eletrónico) e os estabelecimentos de restauração e similares
(mesmo que continuam, por exemplo, a vender para fora ou para entregas
ao domicílio) não beneficiam dos empréstimos do IHRU, que penas intervém
em matéria de habitação, mas têm direito a um diferimento das rendas
relativas ao período em que vigore o estado de emergência e ao primeiro
mês subsequente.
Em que consiste esse diferimento?
O
pagamento das rendas do período em causa pode ser efetuado nos 12 meses
seguintes, em prestações mensais não inferiores a um duodécimo do
montante total. Deverão ser pagas juntamente com a renda do mês em
causa. Por outro lado, os contratos de arrendamento não poderão ser
cancelados por falta de pagamento de rendas devidas relativas aos meses
em que vigore o estado de emergência e no primeiro mês subsequente. Tal
como vimos no caso dos contratos habitacionais, também aqui não pode ser
exigido o pagamento de uma indemnização ou qualquer outra penalidade
por atraso no pagamento de rendas.
Os contratos podem ser terminados?
Além de a falta de pagamento das rendas durante o estado de emergência e
no primeiro mês seguinte não poder ser invocada como fundamento de
resolução, denúncia ou outra forma de extinção de contratos, também os
contratos em geral que estejam agora a chegar ao fim do prazo poderão
ser terminados. Essa foi outra regra que também agora aprovada pelo
Parlamento e segundo a qual os contratos de arrendamento habitacionais e
não habitacionais, ou as respetivas renovações, não cessam por
caducidade até ao dia 30 de junho de 2020, salvo se o arrendatário a tal
não se opuser. Por outro lado, os senhorios não poderão, no mesmo
período, opor-se às renovações dos contratos habitacionais e não
habitacionais.
* O primeiro ministro disse sobre a Europa que ou a UE é solidária ou acaba, se não houver imensa solidariedade em Portugal o país não acaba mas haverá muitos suicídios.
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95-CINEMA
FORA "D'ORAS"
I- 𝒜 ℬ𝑒𝓁𝒶 ℐ𝓂𝓅𝑒𝓇𝓉𝒾𝓃𝑒𝓃𝓉𝑒
(ℒ𝒶 𝒷𝑒𝓁𝓁𝑒 𝒩𝑜𝒾𝓈𝑒𝓊𝓈𝑒)
𝒮𝐼𝒩𝒪𝒫𝒮𝐸:
É um filme franco-suíço-italiano de 1991 do género drama, dirigido por Jacques Rivette baseado na narrativa curta de Honoré de Balzac (Le Chef-d'œuvre inconnu) e em três contos de Henry James: The Liar, The Figure in the carpet and The Aspern Papers.
Na região rural da Provença
francesa, o célebre pintor de meia-idade Édouard Frenhofer, junto a sua
esposa e musa Elizabeth (Liz) procura levar uma vida bucólica. Em
determinado momento, já em fim de carreira, Frenhofer recebe a visita do
jovem aspirante Nicolas e de sua amante Marianne, que desejam
conferenciar com o artista sobre pintura. Frenhofer se sente inspirado
em Marianne para concluir uma tela inacabada, que almejava ser sua
obra-prima absoluta, como uma redenção artística e espiritual: "La belle noiseuse", usando a mesma Marianne como modelo.
O filme explora minuciosamente o renascimento artístico, o
sentimento de decadência frente a nova geração e a terna obsessão de
Frenhofer por sua jovem modelo, bem como as intrigas e quezílias que
inevitavelmente surgirão entre os dois durante a efetivação do milagre
artístico, jamais evidenciado em sua totalidade.
𝓔𝓛𝓔𝓝𝓒𝓞:
Michel Piccoli - Édouard Frenhofer
Jane Birkin - Liz
Emmanuelle Béart - Marianne
Marianne Denicourt - Julienne
David Bursztein - Nicolas
Gilles Arbona - Porbus
Marie Belluc - Magali
Marie-Claude Roger - Françoise
Leïla Remili - empregada
Daphne Goodfellow - turista
Susan Robertson - turista
Bernard Dufour - a mão do pintor
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