20/09/2020

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2398.UNIÃO


EUROPEIA

PORTUGAL
DEPUTADA DO PARTIDO DO GOVERNO




MP arquiva falsificação de deputada 
contra pagamento de mil euros

Procuradora diz que Hortense Martins elaborou e assinou um documento “cujo teor sabia não corresponde à realidade, com a intenção de prevenir consequências desfavoráveis” a si própria no âmbito de um processo que estava em investigação. E concluiu que o grau de culpa da arguida não é “particularmente elevado”.

O Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra (DIAP), do Ministério Público (MP), propôs (e o juiz de instrução aceitou) o arquivamento de um processo de falsificação de documentos em que são arguidos a deputada socialista Hortense Martins e o respectivo pai, na condição de ambos pagarem mil euros ao Estado.

IN "PÚBLICO" - 14/09/20


Deputada do PS conseguiu fundos europeus 
para projectos que já estavam concluídos

Hortense Martins, deputada do Partido Socialista (PS), conseguiu um subsídio de 171 mil euros em 2010 para a construção de um Centro de Lazer e Turismo Gastronómico”, um projeto familiar que já funcionava há dois anos, avança o jornal Público esta segunda-feira.

Em 2013, apenas três anos depois, a deputada, que é líder do PS no distrito de Castelo branco e mulher do presidente da Câmara local, Luís Correia, conseguiu mais 105 mil euros para uma unidade de turismo que também já estava a funcionar na altura em que a respetiva candidatura foi aprovada.

Segundo o Público, a candidatura para obter financiamento foi feita através da Investel, empresa da qual Hortense Martins era gerente e que pertencia à família da deputada.

De acordo com o regulamento, a aprovação deste tipo de apoio determina que as despesas efectuadas só podem ser reembolsadas se o investimento em causa não estiver concluído à data de aprovação do pedido de financiamento, escreve o mesmo jornal.

Na presidência da Adraces, uma associação de desenvolvimento regional, responsável pela aprovação dos subsídios estava na altura Arnaldo Brás, vereador na Câmara de Castelo Branco, António Realinho, director executivo e coordenador da equipa técnica da associação que, desde 1992 até agosto do ano passado, acumulou essas funções com as de vice-presidente e com a gerência de múltiplas empresas. Realinho cumpre desde agosto de 2018 uma pena de quatro anos e meio de prisão por burla e falsificação em negócios relacionados com uma das suas empresas.

Ao Público, Hortense Martins não confirmou as reuniões com António Realinho e refere que "nunca contratou os serviços do mesmo". No entanto, o jornal dá conta de mais de uma dúzia de reuniões que foram registadas entre ambos.


IN "SOL" - 20/05/19
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