02/07/2020

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HOJE  NO 

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AHRESP
38% dos restaurantes e 18% 
do alojamento turístico podem
 avançar para insolvência

Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) fala em “crise sem precedentes” nestes dois sectores.



A insolvência pode ser a única solução para algumas empresas com 38% das empresas do setor da restauração e bebidas e 18% dos estabelecimentos de alojamento turístico a ponderar fazê-lo caso não consiga suportar os encargos.
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Estas são algumas das conclusões do último inquérito mensal da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que considera os dados “preocupantes”. Para a AHRESP, esta é uma “crise sem precedentes na restauração e no alojamento”.

A AHRESP diz ainda que os resultados deste inquérito – que contou com 1418 respostas válidas – revelam “um futuro devastador para milhares de empresas e dezenas de milhares de postos de trabalho”.

A associação revela ainda que, para as empresas inquiridas, a faturação do mês de junho “foi dramática” no setor da restauração e bebidas: mais de 24% das empresas registaram perdas superiores a 40%, 22% com quebras homólogas superiores a 60%, e 12% com uma quebra acima dos 90%.

Os dados revelam ainda que mais de 87% das empresas recorreram ao layoff, tendo 93% prorrogado para maio, 76% para junho, e cerca de 69% tenciona prorrogar para julho.

Mais de 54% das empresas revelam ainda que, sem apoio ao layoff em julho, não terão condições para pagar salários no final do mês.

E, sem conseguir pagar salários, 22% das empresas garantem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Do lado das empresas do alojamento turístico, o cenário não é muito diferente: até ao final de junho 24% das empresas continuavam encerradas e durante todo o mês, mais de 47% das empresas não registaram qualquer ocupação e 41% indicou uma ocupação até 25%.

A AHRESP revela que estes dados significam uma quebra homóloga superior a 90% na taxa de ocupação, referida por mais de 54% das empresas.

Para os meses de julho a setembro, a época alta, os empresários não têm muitas expetativas: 46% das empresas não esperam uma taxa de ocupação acima dos 25%, e cerca de 17% das empresas perspetivam uma ocupação entre 25% e 50%.

Neste sector, cerca de 42% das empresas recorreram ao layoff simplificado, 76% prorrogou para maio, 70% para junho, e cerca de 60% tenciona prorrogar para julho.

Sem o layoff, 42% das empresas inquiridas dizem que não vão ter condições para pagar salários no final do mês, sendo que mais de 27% das empresas não conseguiu efetuar o pagamento dos salários em junho e 12% só o fez parcialmente.

Assim, mais de 12% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.


* UMA DESGRAÇA!


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