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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Governo confirma que proposta do
Estado para ajudar a TAP foi chumbada
O ministro das Infraestruturas confirmou no Parlamento que a proposta de ajuda à TAP não conseguiu os oito votos a favor no conselho de administração para ser aprovada. Pedro Nuno Santos admite fazer "uma intervenção mais assertiva se o privado continuar a não aceitar as condições do Estado".
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, adiantou esta
terça-feira no Parlamento que a proposta apresentada pelo Estado à TAP
foi chumbada ontem na reunião do conselho de administração, já que
teriam de ter sido conseguidos oito votos a favor.
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"Precisamos
de oito votos a favor para passar. Foi chumbada. Agora há um conjunto
diverso de notícias", disse o responsável, não confirmando a notícia
avançada pelo Expresso de que a companhia irá ser nacionalizada devido à
falta de entendimento com o acionista privado.
Pedro Nuno
Santos disse que o Estado ainda "vai submeter a proposta ao nosso sócio
privado, espero que seja aceite", apelando a uma "saída acordada que
garanta paz à TAP e evite litígio futuro".
Ainda assim,
disse, "estamos preparados para tudo". "Não vamos ceder nas nossas
condições e estamos preparados para intervencionar e salvar empresa".
"Faremos uma intervenção mais assertiva se o privado continuar a não aceitar as condições do Estado", garantiu.
O ministro recusou que em causa esteja um braço de ferro com o
acionista privado, mas sim "a atitude intransigente que o Estado tem
adotado na defesa do interesse público".
"Fizemos uma
proposta com condições que defendem o país e o povo português. Estamos
disponíveis a salvar a empresa mas assegurando condições mínimas e
razoáveis", afirmou, dando como exemplos a conversão de créditos e o
controlo sobre as decisões relativamente à utilização do montante
injetado.
"Estas são as nossas condições para meter 1.200
milhões de euros. Aceitam, vamos trabalhar em conjunto, não aceitam,
acabou", disse.
Pedro Nuno Santos considerou ainda "um desplante"
as declarações do presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, na
semana passada no Parlamento.
"No mínimo é só ridículo,
alguém, quando está a pedir 1.500 milhões de euros - que foi o pedido -
vir dizer que até temos disponibilidade para o Estado, se quiser, ter
alguém na comissão executiva. Nós damo-nos ao respeito, e que não passe
pela cabeça humilhar o Estado português", frisou.
"O
Estado não tinha que pedir um lugar a ninguém. Está a ser preparada uma
intervenção de 1.200 milhões de euros. E não há um cêntimo do privado
que elegeu quem cá esteve na semana passada. Quem mete é o Estado",
apontou.
* David Neeleman é um trafulha da aviação comercial internacional a quem Passos Coelho e Paulo Portas abriram os braços como era natural. Procurem o histórico do "aviador" que tem 4 nacionalidades ou mais. À direita do PSD parece que os partidos são benevolentes com a chulice.
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