16/06/2020

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HOJE  NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Mais de metade dos resíduos produzidos nos Açores em 2019 foram reutilizados

Mais de metade dos resíduos urbanos produzidos nos Açores em 2019 foram reutilizados em vez de irem para aterro sanitário pelo terceiro ano consecutivo, disse a secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo, Marta Guerreiro.

"Não posso deixar de salientar que, em 2019, os Açores valorizaram mais de metade dos resíduos urbanos produzidos, 55,2%, e, consequentemente, a fração eliminada em aterro foi menor do que a valorizada, 44,8%", afirmou a governante, na apresentação do relatório relativo à produção e gestão de resíduos no ano passado, que decorreu na Horta, Faial.
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Marta Guerreiro referiu que este é o terceiro ano consecutivo em que a região valoriza a "maioria dos respetivos resíduos urbanos", destacando que, em 2012, cerca de 87% dos resíduos urbanos produzidos nos Açores "tinham como destino a eliminação em lixeiras e aterros".

A governante destacou o aumento de 10% da valorização orgânica em 2019, comparativamente ao ano anterior, e referiu que a valorização material (reciclagem) foi de 22,6% em 2019, quanto tinha sido de 19,4% em 2016.

Quanto à compostagem (valorização orgânica), representou 15,5% em 2019, enquanto foi de 12,8% em 2016 e de 3,6% em 2012. 

"Esta legislatura constitui-se, assim, como um marco de referência relativamente aos resíduos urbanos por via do incremento da valorização material e orgânica, mas também da valorização energética", destacou.

Marta Guerreiro salientou a existência de seis ilhas nas quais foi possível evitar a ida de resíduos para aterros urbanos. 

"Destaque ainda para o facto de seis ilhas dos Açores, Flores, Corvo, Faial, São Jorge, Graciosa e Santa Maria, terem atingido o ‘aterro zero' com o pleno de valorização, 100% dos respetivos resíduos urbanos", assinalou. 

A secretária regional avançou que, entre 2016 e 2019, foram "retirados do consumo" cerca 1.500 toneladas de plásticos, resultado da distribuição de "menos 225 milhões de sacos de plástico no comércio a retalho". 

Marta Guerreiro referiu ainda que o Governo Regional viu aprovado um projeto que visa desenvolver um sistema de 25 máquinas destinadas à "devolução de embalagens não reutilizáveis de bebidas em plástico, vidro e metal". 

Este sistema será instalado em todas as ilhas açorianas até 2021, está orçado em um milhão de euros e será financiado a 90% por fundos europeus. 

Na apresentação do relatório, o diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge, avançou que, em 2019, foram produzidos nos Açores mais de 145 mil toneladas de resíduos urbanos, um aumento de 2,6% face ao ano anterior. 

Dessas cerca de 145 mil toneladas, 88.741 foram produzidas em São Miguel, 2.458 em Santa Maria, 33.922 na Terceira, 1.877 na Graciosa, 3.577 em São Jorge, 7.176 no Faial, 6.058 no Pico, 1.677 nas Flores e cerca de 236 toneladas foram produzidas no Corvo. 

Em 2019, apenas a ilha Terceira diminuiu a quantidade de resíduos urbanos produzidos comparativamente ao ano anterior (-0,7%).

* A ser verdade tem de ser considerado um sucesso!

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