29/06/2020

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HOJE NO 
"O JORNAL ECONÓMICO"
Estudo da AEP revela que 60% das PME portuguesas têm créditos incobráveis

Segundo o estudo, 49% destas empresas têm mais de 50% das vendas a crédito a clientes sobre o total do volume de negócios.

De acordo com o relatório de diagnóstico às necessidades de colaboração e fornecimento das pequenas e médias empresas (PME), realizado no âmbito do projeto AEP Link, promovido pela AEP – Associação Empresarial de Portugal, 59% das Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas inquiridas têm créditos incobráveis, sendo que 95% têm origem em operações nacionais.
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“O estudo desenvolvido pela consultora Deloitte, entre abril de 2019 e março de 2020, teve por base um inquérito feito junto de uma amostra constituída por 1.766 PME portuguesas, para avaliar, entre outros aspetos, a sustentabilidade destas empresas”, adianta um comunicado da AEP.

Esta nota acrescenta que, “no que respeita à gestão do risco de crédito, 49% das PME inquiridas recorrem a fontes de informação externa para gerir o risco da sua carteira, sendo a informação bancária (50%) e os relatórios de crédito (30%) os principais instrumentos utilizados”.

“Além do crédito, a análise à sustentabilidade empresarial do estudo considerou ainda como critérios a liquidez e as atividades de prospeção de clientes das PME, concluindo, no que respeita a instrumentos de liquidez, que os bancos são o principal meio utilizado pelas PME (68%), seguindo-se o crédito de fornecedores (31%)”, avança o referido comunicado.

Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, salienta que “no que concerne à prospeção de clientes, este estudo conclui que 73% das PME não utilizam plataformas ‘web’ de análise e procura de novos clientes”, e aponta as feiras e missões empresariais como “as ferramentas de prospeção de clientes mais utilizadas”.

O presidente da AEP refere ainda que relativamente a perspetivas de vendas das empresas inquiridas, “verificámos que 66% pretendem aumentar as vendas no mercado internacional nos próximos três anos, e 81% perspetivam um aumento das vendas no mercado nacional também no próximo triénio”.

“Além dos aspetos relacionados com a sustentabilidade empresarial, o estudo desenvolvido no âmbito do projeto AEP Link considera ainda os três fatores críticos basilares para a competitividade das empresas: economia digital, inovação e investimento. O relatório teve assim como objetivo aferir a maturidade digital das PME; os constrangimentos e necessidades ao nível da inovação; e as necessidades de investimento por parte das PME face aos seus objetivos de expansão e consolidação de negócio, as principais opções de captação de capital; e ainda identificar as áreas corporativas com maior urgência de investimento”, explica o comunicado em questão.

* Muito pior que o Covid19 é o português caloteiro.

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