05/05/2020

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HOJE  NO 
"A BOLA"
Quaresma visa André Ventura

Ricardo Quaresma saiu a terreiro contra a discriminação, apontando o dedo ao deputado André Ventura, que defendeu recentemente plano de confinamento específico para a comunidade cigana perante a pandemia de Covid-19.
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«Triste de quem tenta ser alguém na vida atirando os homens uns contra os outros. Quando um homem se ajoelha na frente de Deus devia olhar para Deus com o mesmo amor com que Deus olha para nós, sem distinção de raça ou cor. Triste de quem se ajoelha só para ficar bem na fotografia, para enganar os outros e parecer um homem de bem aos olhos do povo. A Seleção Nacional de futebol é de todas as cores, pretos, brancos e até ciganos. Em todos bate no coração a vontade de dar a glória ao país e no momento de levantar os braços e celebrar um golo acredito que nenhum português celebre menos porque o jogador é preto, branco ou cigano. 

Eu sou cigano. Cigano como todos os outros ciganos e sou português como todos os outros portugueses e não sou nem mais nem menos por isso. Como homem, cigano e jogador de futebol já participei em várias campanhas de apelo contra o racismo, não porque parece bem mas porque acredito que somos todos iguais e todos merecemos na vida as mesmas oportunidades independentemente do berço em que nascemos. O populismo racista do André Ventura apenas serve para virar homens contra homens em nome de uma ambição pelo poder que a história já provou ser um caminho de perdição para a humanidade», escreveu o internacional português, que terminou:

«Olhos abertos amigos, o populismo diz sempre que é simples marcar golo mas na verdade marcar um golo exige muita tática e técnica.

Olhos abertos amigos, o racismo apenas serve para criar guerras entre os homens em que apenas quem as provoca é que ganha algo com isso.

Olhos abertos amigos, a nossa vida é demasiado preciosa para ouvirmos vozes de burros...isto se queremos chegar ao céu.»

* GRANDE QUARESMA!
Mas atenção, quanto menos importância se der àquela "amiba humanóide" melhor para o país. A melhor atitude é ignorá-la, não lhe dar palco, não fazer dela notícia.

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