28/05/2020

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 HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Nazaré preocupada com baixa capacidade de ocupação da praia definida pela APA

Na região Tejo/Oeste a praia da Nazaré é aquela que admite maior lotação. Walter Chicharro reconhece que se "vivem tempos excecionais", mas, ainda assim, discorda da capacidade de ocupação definida.

A Câmara da Nazaré considerou esta quinta-feira o potencial de ocupação da praia definido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), de 17.100 banhistas, demasiado baixo para os índices de ocupação habituais.
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Citado num comunicado emitido esta quinta-feira, o presidente da câmara, Walter Chicharro (PS), manifestou “preocupação” com “a carga admitida pela APA para esta época balnear na praia da Nazaré”, considerando os valores “baixos face ao que é habitual” para aquela praia.
A quantidade de pessoas que se desloca para usufruir da praia está bem acima desses valores”, afirmou o autarca, que recebeu com “surpresa e estupefação” o documento em que a APA define a capacidade potencial de ocupação da praia da Nazaré em 17.100 utentes.
No comunicado enviado à agência Lusa, Walter Chicharro reconhece que se “vivem tempos excecionais, que requerem medidas excecionais”, mas, ainda assim, discorda da capacidade de ocupação definida.

A APA publicou na quarta-feira as capacidades das praias das regiões do Algarve e Tejo/Oeste, “tendo em conta que o dia 6 de junho marca o início da época balnear”, afirmando que as restantes serão publicadas em breve, “considerando as respetivas datas de abertura”.
Estas capacidades são um importante auxiliar para a gestão e utilização segura das praias, pois é a partir destes valores que pode ser dada informação – ao cidadão e às autoridades – de modo a direcionar os devidos comportamentos, de uma forma responsável”, adiantou a APA, em comunicado.
Na região Tejo/Oeste a praia da Nazaré é aquela que admite maior lotação, seguindo-se a praia da Fonte da Telha (I, II e III), no concelho de Almada, com uma capacidade de 14.500 utentes, e a praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, com 12.100.

Em resposta à agência Lusa, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela a APA, explicou esta quinta-feira que a divulgação feita da capacidade das praias em contexto da pandemia da Covid-19 integra “uma consulta informal, logo vai sofrer alterações com base nos contributos recebidos”, reforçando que se trata de “um documento em mutação”.

No âmbito da pandemia da Covid-19, o Governo determinou que a época balnear só começa, este ano, em 6 de junho, cabendo à APA o apuramento da capacidade das praias.

Na Nazaré, a época balnear terá início em 6 de junho e terminará em 15 de setembro na praia da Nazaré, estando prevista entre 27 de junho e 31 de agosto na praia do Salgado, na freguesia de Famalicão.

Durante este período, os utentes das praias deverão assegurar um distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos e o afastamento de três metros entre chapéus de sol, toldos ou colmos, e cumprir as medidas de etiqueta respiratória, proceder à limpeza frequente das mãos e evitar o acesso a zonas identificadas com ocupação elevada ou plena, informou a autarquia.

No início de maio, a câmara defendeu junto do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, o reforço dos postos de vigia nas praias do concelho e a colaboração da autoridade marítima e dos fuzileiros para garantir o cumprimento das normas para contenção da pandemia.

* Em democracia uma das normas mais importantes é saber obedecer e respeitar já que as regras foram emanadas de centros de decisão eleitos em escrutínio universal. Quem contesta sem respeitar  é inimigo público, praias com número de utentes em demasia fecham-se, mais nada, que o país está em estado de calamidade.

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