09/04/2020

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HOJE  NO 
"A BOLA"
Futuro da Fórmula 1 em risco

O adiamento do GP do Canadá, originalmente planeado para 14 de junho, no Circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, e a extensão do período obrigatório de inatividade, de 21 para 35 dias, deixaram os responsáveis da Fórmula 1 à beira de ataques de nervos…
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Devido à pandemia do Covid-19, não foram organizadas as primeiras nove corridas do campeonato de 2020, que tinha número recorde de 22 no calendário, mas sete Grandes Prémios foram apenas suspensos, podendo, por isso, realizar-se mais à frente no ano.

Chase Carey, diretor do Grupo Fórmula 1, insiste na possibilidade de campeonato com 15 ou 16 corridas, podendo iniciar-se a época até ao verão. Controlando-se o problema global de saúde pública e mantendo-se a programação planeada, arranque do Mundial a 28 de junho, com o Grande Prémio de França, em Paul Ricard.

Mas, financeiramente, o Covid-19 é demolidor tanto para o Grupo Fórmula 1 como para as 10 equipas que aceleram no Mundial.  Em 2019, só ao promotor e não contando com os pagamentos às escuderias, o campeonato custou 381 milhões de dólares! Em 2020, manutenção das despesas fixas e ausência de receitas.

E a sugestão de muitas corridas em poucas semanas preocupa. «Concentrar 18 corridas em seis meses não é o mesmo do que participar em 18 corridas durante 12 meses! Precisamos de mais componentes, mais mecânicos», explica Frédéric Vasseur, diretor da Alfa Romeo, que propõe solução simples: «Dois dias em vez de três por Grande Prémio. Não temos recursos para mais.»

Mais radical, o antigo piloto Jan Lammers, sugeriu dois Grandes Prémios por semana! «O que impede a realização de um GP nas noites de terça e quarta-feira, como acontece no futebol com os jogos da Liga dos Campeões? Não tem de ser sempre ao fim de semana», sugeriu...

Na Fórmula 1, após o adiamento da introdução de monolugares e regulamentos novos de 2021 para 2022, também há acordo para redução do limite orçamental de 175 para 150 milhões de dólares por época, descontando-se os salários dos pilotos, mas Vasseur é adepto de redução mais significativa: «Se não formos razoáveis, as equipas pequenas não sobrevivem.»

* Há coisas bem mais importantes embora tenhamos noção dos milhares de trabalhadores que trabalham no circo da F1.

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