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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Só um duplo transplante de pulmões o salvou.
Agora vive para alertar para os riscos
dos cigarros eletrónicos
Agora vive para alertar para os riscos
dos cigarros eletrónicos
O diagnóstico era de "morte iminente" e um duplo transplante de pulmões salvou a vida a Daniel Ament, de 17 anos. Quatro meses depois da cirurgia, o jovem do Michigan, EUA, conta a sua história e apela para que se deixe de usar cigarros eletrónicos. "É tão perigoso, não vale a pena", alerta.
Todos os vossos sonhos e planos podem mudar se continuarem a usar
cigarros eletrónicos". Quem avisa é Daniel Ament, de 17 anos. E sabe bem
do que fala. O jovem de Detroit, no estado norte-americano do Michigan,
esteve às portas da morte depois de ter desenvolvido uma grave doença
pulmonar relacionada com os cigarros eletrónicos e à vaporização a eles
associada. Em outubro, o diagnóstico era de "morte iminente".
Submeteu-se a um duplo transplante de pulmões que lhe salvou a vida.
Agora, quatro meses após a cirurgia, resolveu contar a sua história para
alertar outros jovens sobre os perigos que representa o vaping.
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"É tão perigoso, não vale a pena. Devem parar", avisa Daniel Ament em declarações à BBC News Brasil.
Ainda a recuperar, este jovem norte-americano tem agora como objetivo
alertar outros jovens para os perigos dos cigarros eletrónicos e das
substâncias a eles associadas. Vai às escolas e até criou uma associação
que ajuda quem quer deixar de fumar.
Saudável e um regular praticante de desporto - gostava de nadar, correr e de fazer vela -, a vida deste jovem alterou-se radicalmente quando decidiu fazer como muitos dos seus amigos e fumar cigarros eletrónicos.
Poucos meses depois de começar a fumar, o seu estado de saúde deteriorou-se de tal forma que ficou com danos irreversíveis nos pulmões, atrofia muscular e perdeu 18 quilos.
Ficou dois meses e meio internado no hospital. Os médicos tinham pouca esperança que sobrevivesse, mas um dador compatível mudou a história deste jovem.
Submeteu-se
a um duplo transplante pulmonar, reaprendeu a respirar e a andar. Agora
tem um sistema imunitário debilitado, toma 20 comprimidos por dia para
que o organismo não rejeite os pulmões transplantados e quer que a sua
história sirva para que outros jovens não façam como ele. Ament sonhava um dia fazer parte dos Navy Seals, a força de elite da Marinha dos EUA. Um sonho que teve de abandonar.
Foi
um dos milhares de norte-americanos que desenvolveu uma lesão pulmonar,
associada aos cigarros eletrónicos com líquidos. Uma doença que causou
64 mortos nos EUA e levou quase 3 mil a ficarem hospitalizados, escreve a
BBC.
Em setembro do ano passado, devido ao número crescente de casos de doença respiratória grave reportados nos EUA, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) recomendou
aos médicos que comuniquem às autoridades de saúde casos de doentes com
sintomas respiratórios agudos que suspeitem estar ligados ao consumo do
cigarro eletrónico.
Cigarros eletrónicos, um hábito comum entre os amigos de Daniel
Daniel nunca tinha fumado um cigarro convencional quando decidiu experimentar os cigarros eletrónicos. Tinha 16 anos. "Era
[um hábito] cada vez mais comum entre os meus amigos", conta. Primeiro,
fumava quando os amigos o convidavam, mas depressa o vaping
(vaporização associada ao consumo deste tipo de cigarros) tornou-se um
gesto diário.
* Os otários deixaram de dar dinheiro às tabaqueiras para o oferecer aos vapores do veneno.
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