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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Parlamento aprova na generalidade despenalização da eutanásia
A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira na generalidade os cinco projetos para despenalização da morte medicamente assistida.
O projeto do PS foi o mais votado, com 127
votos, 10 abstenções e 86 votos contra, sendo o do BE o segundo mais
votado, com 124 deputados a favor, 14 abstenções e 85 contra.
O diploma do PAN foi aprovado com 121 votos, 16 abstenções e 86 votos contra.
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O projeto do PEV recolheu 114 votos, 23 abstenções e 86 votos contra,
enquanto o diploma da Iniciativa Liberal recolheu 114 votos favoráveis,
23 abstenções e 85 contra.
A vantagem dos
votos "sim" sobre o "não" foi maior no projeto do PS (41), seguido do
do BE (39), do PAN (35), Iniciativa Liberal (29) e PEV (28).
A votação nominal dos deputados, chamados um a um, começou às 18:09, e
demorou cerca de 30 minutos, a exemplo do que aconteceu na votação de
2018.
Ao contrário do que aconteceu em
maio de 2018, em que as bancadas da direita, PSD e CDS, aplaudiram
quando foi anunciado o "chumbo" dos projetos de lei para a
despenalização da morte medicamente assistida hoje o resultado foi
recebido em silêncio, sem quaisquer manifestações.
Eram 18:38 quando o presidente da Assembleia da República, Ferro
Rodrigues, anunciou o resultado das votações: "Todos os cinco projetos
foram aprovados e passam para a comissão respetiva".
Nesta votação, estiveram presentes 222 dos 230 deputados.
Após o anúncio do resultado, deputados do PS e do PSD, que votaram
desalinhados da maioria das suas bancadas, anunciaram a apresentação de
declarações de voto.
Com a aprovação dos
projetos na generalidade, os cinco projetos descem à comissão
parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e
Garantias para o debate na especialidade e os partidos com propostas
pretendem fazer um texto comum.
O PS foi o
único a antecipar, antes ainda do debate, que pretendia que a votação
final global acontecesse até ao final da sessão legislativa, em julho.
* Estamos longe e perto
- Longe da desumanidade do corporativismo religioso que faz do conceito vida o receptáculo para os crimes que diariamente comete.
- Longe da ética que permite a existência de escravos nepaleses e outros nas estufas de esclavagistas sitas em vários pontos do país.
- Longe dos que defendem a vida sob as mais variadas perspectivas, proíbindo a liberdade da "boa morte" a quem está irremediavelmente perdido e desesperado.
- Perto da esperança dum país mais justo com a aprovação desta lei.
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