22/01/2020

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Zineb El Rhazoui:
 "O islão é uma ideologia 
que ensina a odiar o outro"

Destruir o Fascismo Islâmico é o título do livro de Zineb El Rhazoui agora publicado em Portugal. A jornalista nascida em Marrocos escapou ao atentado do Charlie Hebdo há cinco anos e desde então é protegida 24 horas por dia.

Zineb El Rhazoui nasceu em Casablanca em 1982 e vive em França. Foi neste país que escapou à morte no dia 7 de janeiro de 2015 na redação do jornal humorístico Charlie Hebdo. Zineb poderia ter sido a décima terceira jornalista a morrer ou a sexta ferida gravemente, mas o facto de estar ausente no momento do atentado evitou que integrasse a lista trágica.
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Para quem não a conhece, a editora Guerra & Paz acaba de publicar o seu livro Destruir o Fascismo Islâmico. São menos de cem páginas em que a crítica ao discurso do "bom islão" é constante. Leia-se os títulos dos capítulos: Islamofobia, um embuste intelectual; A quimera do 'verdadeiro' islão; O islamismo, um fascismo como os outros; Os colaboracionistas franceses e A islamofobia: a blasfémia ocidental.

Basta ler partes do segundo capítulo para situar a opinião da autora: "Embora a maioria dos muçulmanos desconheça estes textos e da religião apenas retenha a prática ritual da oração, do jejum e da peregrinação, aqueles de entre eles que os conhecem só podem alegar que o islão é uma religião de paz e amor à custa de uma mentira grotesca."

Para Zineb El Rhazoui é incompreensível que no Ocidente não se perceba que o que se chama islamismo mais não é do que "uma aplicação rigorosa do islão", que é apenas uma "ideologia que ensina a odiar o outro". Acrescenta: "Que consagra a inferioridade das mulheres e dos não muçulmanos" e que tem como pretensão "elevar a sua crença ao mais alto patamar da escala de valores, o que faz dela, atualmente, um dos totalitarismos mais temíveis que existem". Uma religião que, explica Zineb, "seria comparável às outras religiões bíblicas se fosse apenas pelo arcaísmo dos seus textos".

Segundo a autora, "o islão é um livro aberto para quem o quiser ler" e conta, além do "Alcorão e da Suna, com centenas de livros de Fiqh [exegese] para relatar a "extraordinária história do homem comum que foi Maomé". Esses feitos e ações "foram escrupulosamente registados pelos cronistas da época" e é, escreve Zineb, um "tesouro precioso para quem pretenda ser conduzido por este chefe supremo do mais nobre estado que já existiu, e que os loucos de Alá querem replicar de forma idêntica na Síria, no Iraque e por toda a parte onde vejam uma oportunidade". Remata: "É o exemplo de Maomé que estes loucos seguem à risca."

Quem é Zineb El Rhazoui?
Em 2009, deu nas vistas ao lançar um movimento que defendia a organização de um piquenique em Marrocos em pleno Ramadão para contestar a perseguição a quem não quer fazer jejum.

Em 2011, fez parte do movimento que contestava o referendo sobre a reforma constitucional que consagrava o carácter confessional do Estado marroquino.

Em 2013, começa a colaborar com o Charlie Hebdo enquanto frequenta um mestrado sobre Sociologia das Religiões.

Desde 8 de janeiro de 2015, após o atentado ao jornal satírico, Zineb passa a estar sob ameaça de morte e sob proteção policial constante. Desde então nunca aparece em público sem uma escolta policial, definindo o seu modo de vida como estando "numa prisão ambulante". A jornalista sentiu essa situação logo no dia seguinte ao atentado, quando pôs os pés em solo francês após regressar de Marrocos, onde estava de férias e assistiu a tudo o que aconteceu no Charlie Hebdo através da televisão e a "contar os mortos".

Este livro não evita dar nomes a todos os que colaboram com o "fascismo islâmico". Daí que Zineb El Rhazoui afirme que "os islamistas jamais teriam conseguido impor-se" sem a "cumplicidade de elementos da sociedade francesa" no "colaboracionismo com o fascismo islâmico". Entre esses estão "uma parte da classe política, sem distinções entre esquerda e direita por cálculos eleitoralistas", as posições da extrema-esquerda e as das feministas que apenas se preocupam em dar trabalhos menores e que agradam aos maridos das muçulmanas.

A publicação de Destruir o Fascismo Islâmico em português vem comprovar que a ameaça de várias fatwas de morte não assustam Zineb El Rhazoui, a autora que se define como ateísta de cultura muçulmana e ativista dos direitos humanos e das liberdades individuais.

* É um acto de coragem mas falta mencionar um tópico, todas as religiões são Fascistas, todas ensinam a odiar a roubar e a violar!

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