13/01/2020

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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Militar da GNR de Loulé diz que encenação
.da recuperação do material de Tancos 
.teve a conivência de superiores hierárquicos

Bruno Ataíde foi ouvido esta segunda-feira.
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Bruno Ataíde, militar da GNR de Loulé acusado de contribuir para encenação da recuperação do material de guerra,  foi ouvido esta segunda-feira no âmbito do processo Tancos. O militar que é amigo de infância de João Paulino, apontado já como "principal suspeito do furto", afirmou que a encenação teve a conivência dos superiores hierárquicos, nomeadamente da GNR, e que "apenas cumpriu ordens".

O arguido continuará a ser ouvido esta tarde na fase da instrução do processo sobre o furto e a recuperação de armamento dos Paióis de Tancos.

Após a investigação do caso de Tancos, o Ministério Público acusou 23 pessoas, entre as quais o ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes.

Os arguidos são acusados de terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

O caso abalou as forças armadas, levou à demissão de Azeredo Lopes em 2018 e a polémica em torno do furto, tornado público pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, subiu de tom depois da, aparente, recuperação do material na região da Chamusca, no distrito de Santarém, a 18 de outubro de 2017, numa operação da PJM.

Nove dos 23 arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles o ex-ministro, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

* Um nojo!

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