Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/11/2019
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Projecto nacional contra violência no namoro levado à Ponta do Sol
Jimmy P dá voz a alguns temas de ‘Amar-te e Respeitar-te’, hoje apresentado numa sessão no John Dos Passos
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Será
apresentado amanhã na Ponta do Sol o ‘Amar-te e Respeitar-te’, projecto
pedagógico de combate à violência no namoro desenvolvido pela
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima em co-autoria com o músico Jimmy
P. Foi criado com o objectivo de dar ferramentas, ajudar os jovens a
identificarem e prevenirem situações de agressão no namoro, no seu ou
dos outros. A sessão é uma iniciativa da Comissão de Protecção de
Crianças e Jovens Ponta do Sol, decorre no Centro Cultural John Dos
Passos, às 14 horas.
O projecto, para além do livro, inclui ainda
temas originais, musicados por Jimmy P, e uma peça de teatro, que é a
adaptação das histórias do livro ao teatro, para o 3.º ciclo do Ensino
Básico e Ensino Secundário.
* Já que os pais são os grandes protagonistas da violência doméstica, que se preparem os filhos para não serem como eles.
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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Lucros da banca sobem 133% em 29 anos, já o crédito a clientes subiu 862%
Desde 1990, verificou-se um aumento de concentração do sistema bancário português. Ao longo do período para o qual existe informação comparável, Portugal apresenta um nível de concentração superior ao da área do euro, o que poderá ser explicado pelo facto dos países mais pequenos tenderem a ter níveis de concentração mais elevados, explica o BdP.
O resultado líquido atribuído aos detentores maioritários dos bancos
portugueses passou de 490 milhões de euros em 1990 para 1.144 milhões em
abril de 2018 (dado mais recente analisado pelo Banco de Portugal).
Isto significa uma subida de 133,5%.
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Em 2011 começaram a
surgir os prejuízos na banca. Em abril desse ano o resultado é de -1.546
milhões. Em abril de 2014 atinge um pico de prejuízos, -5.535 milhões.
Depois começam a melhorar os resultados, mas em abril de 2016 ainda
somam -1.736 milhões de perdas. A viragem sustentada para lucros dá-se
em janeiro de 2018, altura em que o setor bancário regista 663 milhões
de lucros.
O crédito a clientes
(bruto) em 1990, era 24.807 milhões de euros. Em abril de 2018, esse
crédito era de 238.739 milhões de euros (+862,4%).
O período
considerado na base de dados do Banco de Portugal cobre um período de 29
anos compreendido entre 1990 e 2018. A frequência das séries é, de uma
forma geral, anual. No entanto, para um período mais recente a
periodicidade é trimestral num conjunto alargado de informação.
Desde
1990, verificou-se um aumento de concentração do sistema bancário
português. Esta evolução foi particularmente evidente na década de 90,
tendo sido reforçada em dois períodos em que se verificaram importantes
operações de fusão e aquisição – 1995 e 2000. Ao longo do período para o
qual existe informação comparável, Portugal apresenta um nível de
concentração superior ao da área do euro, o que poderá ser explicado
pelo facto dos países mais pequenos tenderem a ter níveis de
concentração mais elevados, explica o Banco de Portugal.
De uma
forma geral, estes indicadores registaram um aumento durante a década de
90. Os anos de 1995 e 2000 são identificados como dois momentos em que
se verificou uma expressiva subida da concentração. Recorde-se que, por
um lado, em 1995, verificou-se a aquisição do Banco Português do
Atlântico (BPA) pelo Banco Comercial Português (BCP), os quais passaram a
consolidar, apesar do BPA só ter sido extinto em 2000. Por outro lado,
em 2000, verificaram-se várias aquisições relevantes no setor,
nomeadamente: do Banco Pinto & Sotto Mayor (BPSM) e do Banco Mello
pelo BCP; do Banco Totta & Açores (BTA) e do Crédito Predial
Português (CPP) pelo Santander; do Banco Chemical pela Caixa Geral de
Depósitos (CGD). “Refira-se que nos anos seguintes a 1995 e 2000, esses
aumentos foram parcialmente revertidos”, explica o banco central.
“Para medir a concentração do setor bancário utilizou-se o índice de Herfindahl-Hirschman
normalizado (HH)”, refere o estudo. A existência de diversas fusões e
aquisições chama a atenção para o facto das séries estatísticas terem
quebras de estrutura que terão de ser levadas em consideração em algumas
análises efetuadas.
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Ainda que as operações ocorridas em 1995 e
2000 sejam as únicas que pareçam ter consequências mais significativas a
nível agregado, os dados mais desagregados estão influenciados por
outros episódios de fusões e aquisições.
Depois de um expressivo
crescimento desde 1990, o setor está num processo de ajustamento da
respetiva dimensão desde 2010, diz o Banco de Portugal. Esta conclusão é
comum olhando para três indicadores distintos: ativo total, número de
balcões e de trabalhadores. Mas tomando como referência os países da
área do euro, esses indicadores situam-se em níveis diferenciados. Os
ativos em percentagem do PIB situaram-se sempre abaixo da média dos
países da área do euro. Pelo contrário, no que respeita aos balcões e
empregados e atendendo à dimensão do setor, Portugal situa-se acima dos
valores médios e medianos da área do euro.
Desde 2010, o número de
balcões bancários em Portugal registou uma significativa redução, tendo
fechado cerca de duas mil agências. Mas apesar desta redução continua a
estar acima da zona euro.
No que diz respeito ao peso dos balcões
em função do total de ativos, existem apenas três países com um número
de balcões acima de Portugal: Eslovénia, Lituânia e Eslováquia.
O
Banco de Portugal reportou ainda que, nos últimos dez anos, mais de duas
mil caixas multibanco desapareceram em Portugal. Atualmente, existem no
país, um total de 11.569 caixas automáticas. Já os terminais de
pagamento automático que têm registado um aumento significativo.
Em
relação às caixas multibanco, em 2008, havia 13.637 caixas automáticas,
que passaram para 11.569 em 2018, ou seja, menos 2.068 em 10 anos. O
ano em que houve mais caixas multibanco foi em 2010, quando havia
14.614. Se as contas forem feitas face a esse ano, a queda até 2018 foi
superior a 3.000 caixas de levantamento automático (ATM).
Em
sentido contrário à queda das caixas multibanco, tem aumentado o número
de terminais de pagamento automático (POS), que eram 322.336 em 2018,
mais 40 mil do que em 2010. Já face a 2000, o número de terminais de
pagamento automáticos (que existem habitualmente nas lojas, que permitem
pagar bens e serviços com cartão bancário) triplicou, já que nesse ano
eram poucos mais do que 106 mil.
A exceção foram os anos de 2011,
2012 e 2013, em que estes terminais diminuíram, o que o Banco de
Portugal relaciona com “os efeitos da crise [que] se poderão ter feito
sentir no número de estabelecimentos comerciais”.
Segundo o banco
central, Portugal continua acima da média da zona euro tanto no número
de terminais de pagamento automático como no número de caixas
multibanco, na comparação face a um milhão de habitantes.
O Banco
de Portugal divulgou esta terça-feira as Séries Longas – Setor Bancário
Português 1990-2018, uma base de dados com informação histórica sobre o
sistema bancário português, que inclui dados sobre indicadores
financeiros, empréstimos a clientes e taxas de juro, recursos humanos,
distribuição de agências e sistemas de pagamentos.
* Uma notícia assustadora, as dívidas dos clientes aos bancos subiram em 29 anos 862%.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Hermínio Loureiro entre os 68
arguidos acusados pelo MP na
operação "Ajuste Secreto"
Operação "Ajuste Secreto" resultou de uma investigação que culminou em junho de 2017 com a detenção de sete pessoas
O Ministério Público (MP) da Feira deduziu acusação contra 68 arguidos,
incluindo dez autarcas e ex-autarcas, quatro clubes desportivos e os
seus respetivos presidentes, no âmbito da operação "Ajuste Secreto",
informou hoje a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto.
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Numa nota publicada na sua página oficial na Internet, a PGD do Porto
indica que por despacho proferido no dia 06 de novembro, o MP acusou 68
arguidos imputando-lhes crimes de corrupção passiva, corrupção ativa,
peculato, abuso de poderes, tráfico de influências, falsificação de
documentos, violação de segredo, participação económica em negócio e
prevaricação.
A operação "Ajuste Secreto" resultou de uma investigação que culminou em
junho de 2017 com a detenção de sete pessoas, incluindo o
vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol e ex-presidente da
Câmara de Oliveira de Azeméis, Hermínio Loureiro.
* O ditado popular já não inclui "melhor pano" é nódoa duma ponta a outra.
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MANUEL FALCÃO
O que é o PS? O partido que primeiro nega a palavra aos deputados eleitos pelos partidos estreantes no Parlamento?
Back to basics
"Nunca andes pelo caminho traçado. Ele conduz apenas até onde os outros já foram."
Alexander Graham Bell
Antiguidades modernas
O
que é o PS? O partido que primeiro nega a palavra aos deputados eleitos
pelos partidos estreantes no Parlamento? O partido que depois lhes quer
dar apenas um minuto como tempo para interpelarem António Costa nos
debates quinzenais? Ou o partido que defende que uma autarquia que
governa (Lisboa) tenha acesso aos dados privados das viaturas
particulares que nela circulam? Ana Catarina Mendes, a líder parlamentar
do PS, foi a voz que defendeu o silenciamento dos novos partidos no
Parlamento e depois lhes quis dar um minuto de esmola, e Vasco Móra,
assessor do vereador da Mobilidade, Segurança, Economia e Inovação da
Câmara Municipal de Lisboa, foi quem defendeu que a autarquia possa ter
acesso a dados sobre circulação na cidade dos sistemas digitais de
automóveis particulares. O PS é cada vez mais um paradoxo entre uma
organização que se afirma progressista e um feudo conservador, fechado
sobre si mesmo, disposto a tudo para segurar o poder e controlar o que
se diz e se faz. Quer queira, quer não queira, com pessoas como Mendes
ou Móra, António Costa faz o papel de guardião do Big Brother, ou, mais
prosaicamente, o papel de feirante moderno que negoceia em "gadgets" já
desactualizados nas novas feiras de velharias. António Costa é um mestre
de ilusionismo - no sentido de pretender fazer passar a ilusão pela
realidade. Como se tem visto desde que é primeiro-ministro, o país que
ele tem na cabeça faz o que ele quer, como ele quer, quando ele quer. As
atitudes destes seus dois serventuários são um reflexo da cultura
política vigente sob a batuta de Costa.
Dixit
"A própria existência humana tem impacto ambiental."
João Galamba
(Afirmação
do secretário de Estado a propósito dos receios de problemas ambientais
causados pela exploração de minas de lítio em Boticas).
Semanada
As queixas dos utilizadores do novo passe Navegantes resumem-se assim:
os transportes públicos não estavam preparados para receber mais
utilizadores, estão cheios, os atrasos são constantes e os equipamentos
são velhos • as autoridades detectam uma média de 20 pessoas por dia a conduzir sem carta • três em cada quatro portugueses usam o telemóvel enquanto conduzem •
10% dos portugueses não têm qualquer dente e mais de 30% dos
portugueses não vão ao dentista ou só vão em caso de urgência, alegando
não ter capacidade financeira • a pneumonia é a segunda causa de morte em Portugal • entre janeiro e junho deste ano, foram trocadas mais 246 mil seringas para drogas do que em igual período do ano passado •
até final de outubro, foram concedidas cerca de 11 mil autorizações de
residência a estrangeiros, mais 18% do que em igual período do ano
passado • entre 2005 e 2013, a Câmara Municipal de Santa Comba Dão pagou cerca de 700 mil euros por obras que não foram feitas •
as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto concentravam, em 2017,
mais de metade (52%) do poder de compra do país e representam 44% da
população portuguesa • o PAN quer estender a taxa de carbono à produção de carne • quase 600 médicos ficaram sem acesso à especialidade este ano • cerca de 53 mil toneladas de matérias perigosas, entre as quais amianto, foram importadas para Portugal entre 2016 e 2017.
A história da marquesa futurista
A
mais recente edição da revista Electra reflecte sobre o crescimento dos
movimentos em defesa dos animais, contando com várias colaborações, em
que se destaca o ensaio sobre a divisão entre o Humano e o Animal
realizado pelo professor de neurologia Massimo Filippi. Outro dos temas
deste 7.º número da revista editada pela Fundação EDP, e que a partir de
agora passa também a ser distribuída no Brasil, tem que ver com o culto
do património e o seu uso político, tendo por base a destruição parcial
da catedral de Notre-Dame, através das visões de Salvatore Settis,
arqueólogo e historiador, Carlo Pùlisci, historiador de arte, e Pedro
Levi Bismarck, arquitecto e investigador, cujos três ensaios convivem
com imagens da Catedral, do fotógrafo André Cepeda. A figura em destaque
nesta edição é Luisa Casati, a "marquesa futurista" - como lhe chamou o
poeta italiano Marinetti -, que adivinhou as atitudes artísticas e
culturais do século XX e XXI e cuja fascinante história José Manuel dos
Santos conta num belíssimo texto. O portefólio é da autoria da artista
holandesa Magali Reus, conhecida sobretudo pelo seu trabalho na área da
escultura e que aqui apresenta a sua primeira incursão pela fotografia,
com mais de uma dezena de imagens sobre o percurso das flores. A
entrevista que abre este número é com Hisham Mayet, cineasta, músico,
investigador e fundador da editora Sublime Frequencies, em conversa com
André Príncipe e José Pedro Cortes, que acompanham a narrativa com um
ensaio visual, fruto de uma semana em Tânger. Finalmente, destaque para
um bom texto da historiadora de arte Helena de Freitas sobre duas
mulheres artistas, Dora Maar e Berthe Morrison.
Arte ao fim-de-semana
De
15 a 17 decorre a primeira edição do Lisbon Art Weekend em duas dezenas
de galerias privadas e espaços públicos de exposição, que estarão
abertos todo o fim-de-semana e centrados na arte contemporânea. Nalguns
casos há programas especiais (como uma visita guiada por Filomena Molder
na exposição de Rui Sanches, na Cordoaria, sábado pelas 17h00). O
programa pode ser consultado no Facebook e em lisbonartweekend.com. Os
espaços aderentes são Balcony Gallery, Carlos Carvalho Contemporary Art,
Carpintarias de São Lázaro, 3+1 Arte Contemporânea, AZAN, Bruno Múrias,
Casa dell’Arte Lisbon, Galeria 111, Galeria Belo-Galsterer, Galeria
Cristina Guerra, Galeria Foco, Galeria Francisco Fino, Galeria Graça
Brandão, Galeria Vera Cortês, Galerias Municipais/Galeria do Torreão
Nascente da Cordoaria, Madragoa, MONITOR Lisbon, Pedro Cera e Underdogs
Gallery. Outros destaques: na Fundação Gulbenkian, duas novas exposições
merecem visita. "Art On Display, Formas de Expor 1949-1969" assinala os
50 anos do Museu Gulbenkian e tem como ponto de partida as soluções
expositivas pensadas para a sua abertura em 1969 e permite percorrer
diversas formas de olhar e de apresentar obras de arte. A outra
exposição da Gulbenkian é "Call To Action - Abril em Portugal", que
reúne peças desenhadas por Robin Fior entre as décadas de 1960 e 1980
para projectos social e politicamente comprometidos. Fior chegou a
Portugal em 1973 e por cá se manteve, desenvolvendo uma obra de designer
gráfico que agora é mostrada pela primeira vez.
Arco da velha
Nas
Forças Armadas há mais índios que setas: segundo o Ministério da
Defesa, em 2018, havia 11.369 praças para 8.738 sargentos e 6.905
oficiais (num total de 15.643).
Roubados e bem cantados
No
ano em que celebra 25 anos de carreira, Aldina Duarte foi buscar
repertório alheio - vários fados, mas nenhum dos fados tradicionais,
nenhum escrito por si ou para si, ao contrário do que tem sido hábito.
Aqui estão 12 temas, do "Vendaval", de Tony de Matos, a "Rosa Enjeitada"
(em dueto com António Zambujo), passando por "Senhora da Nazaré" (de
João Nobre), "Porta Maldita" (de Maria da Fé), "Ouça Lá Ó Senhor Vinho"
(de Alberto Janes), "Veio A Saudade" (de Beatriz da Conceição) ou
"Arraial" (de João Ferreira Rosa). Por isso mesmo, deu a este novo álbum
o título de "Roubados" e, para a capa, foi buscar ao baú uma fotografia
sua com 21 anos, idade em que se encantou pelo fado. Aldina Duarte
assegurou arranjos e produção musical. As doze músicas que escolheu
estão entre as que considera das mais belas de sempre na história da
música portuguesa e do fado, e a opção foi fazer versões bem diferentes
dos originais - muitas vezes, levando a sua voz até ao limite, como
acontece logo em "Vendaval", o primeiro tema do disco que tem uma
interpretação arrebatadora. Aldina é acompanhada por Paulo Parreira na
guitarra portuguesa e Rogério Ferreira na viola. O CD inclui um
portefólio fotográfico de Alfredo Cunha que mostra o trabalho efectuado
em estúdio na gravação destas versões. E, como pano de fundo, sempre a
voz de Aldina, a sua forma de cantar, a sentir cada palavra que diz.
O péssimo faz frio
Passear
hoje em dia no Príncipe Real é andar por uma feira de diversões onde a
maioria dos restaurantes são feitos para os visitantes estrangeiros, sem
preocupações de cativar clientes portugueses que queiram voltar. Alguns
destes restaurantes não aceitam reservas e estão no seu direito - não
querem correr o risco de atrasos ou faltas e querem manter as mesas
disponíveis para quem for chegando. Gostam, aliás, de ter filas à porta,
preferem clientes acidentais a clientes regulares. Mas o que nunca me
tinha acontecido foi chegar a um restaurante que não aceita reservas,
pedir uma mesa para seis pessoas, que me foi dada como disponível e
indicada, e sermos impedidos de nela nos sentarmos (estávamos duas
pessoas a aguardar a chegada das outras quatro e tínhamos ido mais cedo
para "segurar" mesa). O empregado disse que era norma do restaurante só
sentar as pessoas se estivessem pelo menos quatro. Quando protestei e
questionei o sentido de tal indicação, respondeu-me que essa é a
política do restaurante. Quando, de novo, tentei argumentar, apareceu um
ser, que soube depois ser o dono do local, que se meteu na conversa de
forma rude e malcriada, na prática a querer que nos fôssemos embora -
como bom burocrata, disse que ali era assim e não havia mais conversa -,
eu tinha a minha opinião, ele tinha a dele (e ficou a rir-se orgulhoso
do seu feito). Obviamente saí do restaurante em causa, o antigo Faz
Frio, na D. Pedro V junto ao Príncipe Real, outrora uma casa acolhedora,
hoje um lugar a evitar. Do antigo mantiveram-se as paredes, mas
perdeu-se a simplicidade e o bom acolhimento. Agora, no Faz Frio, o
cliente é gado na fila do matadouro, às ordens das regras do
proprietário, Jorge Marques, uma pessoa arrogante sem a menor
consideração pelas observações dos clientes. Uma breve nota que postei
no Facebook sobre este assunto gerou dezenas de observações e vários
comentários a denunciar a falta de qualidade da comida e o mau serviço.
Evitem dar dinheiro a esta gente, o repúdio é a melhor solução. Quem não
tem competência não se devia estabelecer - é o caso de quem manda no
Faz Frio.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
15/11/19
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Sorteio da Operação Marquês.
Processo disciplinar contra
juiz Carlos Alexandre arquivado
Conselho Superior da Magistratura arquivou o processo disciplinar aberto a Carlos Alexandre depois de declarações do juiz sobre o sorteio que indicou Ivo Rosa para a instrução da Operação Marquês.
O Conselho Superior da Magistratura decidiu arquivar o processo
disciplinar relativo ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal Carlos
Alexandre por declarações sobre o sorteio da fase de instrução do
processo Operação Marquês.
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“O plenário de hoje (terça-feira) do
Conselho Superior da Magistratura decidiu, por maioria, pelo
arquivamento do processo disciplinar relativo ao juiz Carlos Alexandre
no que respeita às suas declarações em entrevista à RTP”, referiu à
agência Lusa fonte oficial do Conselho Superior da Magistratura (CSM).
O CSM abriu, em outubro do ano passado, um inquérito ao juiz do Tribunal
Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre por declarações sobre o
sorteio da fase de instrução do processo Operação Marquês, em entrevista
à RTP.
Na altura, um comunicado do CSM indicava que “dada a gravidade das
declarações prestadas foi determinado, por despacho hoje proferido pelo
vice-presidente do CSM (…) a abertura de inquérito, para cabal
esclarecimento de todas as questões suscitadas pela entrevista em causa
que sejam suscetíveis de relevar no âmbito das competências” deste órgão
de gestão e disciplina dos juízes.
Em entrevista ao programa
Linha da Frente da RTP, em outubro de 2018, Carlos Alexandre questionou o
sistema de sorteio de juízes do Tribunal Central de Instrução Criminal
(TCIC). O sorteio eletrónico do juiz de instrução da Operação Marquês
escolheu o outro juiz do TCIC, Ivo rosa.
“Há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor consoante o número
de processos de diferença que exista entre mais do que um juiz”, disse
Carlos Alexandre, lançando dúvidas sobre o sistema de sorteio.
No
comunicado sobre a abertura do processo a Carlos Alexandre era referido
que, “de acordo com todos os elementos técnicos disponíveis, a
distribuição eletrónica de processos é sempre aleatória, não
equilibrando diariamente, nem em qualquer outro período temporal
suscetível de ser conhecido antecipadamente, os processos distribuídos a
cada juiz”.
A decisão do Conselho foi tomada após a RTP ter
transmitido partes da entrevista, “as quais estão a ser interpretados em
diversos órgãos de Comunicação Social como reportados a determinado
processo concreto e dirigidos a pôr em causa o respetivo ato de
distribuição no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC)”, referia a
nota emitida na altura.
Ivo Rosa é o juiz de instrução do
processo Operação Marquês, no qual está acusado o antigo
primeiro-ministro José Sócrates. O sorteio informático deste
megaprocesso, em que estão acusados nomes conhecidos da política, da
banca e da PT resumiu-se à escolha entre Carlos Alexandre e Ivo Rosa, os
dois únicos juízes daquele tribunal.
* Ninguém é perfeito mas o Juiz Carlos Alexandre é honesto.
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HOJE NO
"RECORD"
Ex-avançado do Sporting detido
em megaoperação que apreendeu
uma tonelada de droga
Koke é um dos "cabecilhas desta rede criminosa" de acordo com fonte policial
O ex-avançado do Sporting Sérgio Contretas Pardo, conhecido como Koke,
foi detido na manhã desta terça-feira, em Málaga, Espanha, durante uma
operação da Guardia Civil de combate ao tráfico de droga e armas. Foram
detidas 20 pessoas e apanhada uma tonelada de haxixe, além de várias
armas. A informação é avançada pelo 'Correio da Manhã'.
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A
imprensa espanhola refere, citando fonte policial, que Koke é um dos
"cabecilhas desta rede criminosa". Esta operação foi desencadeada com 11
buscas simultâneas em Sevilha, Málaga e Granada, envolvendo 150
elementos policiais.
O 'diario Sur' refere que Koke foi detido na manhã desta terça-feira em casa situada em
Estepona. A vivenda não foi a única propriedade alvo de buscas.
Koke,
de 36 anos, vestiu a camisola do Sporting na parte final da época
2005/06, proveniente do Marselha. O antigo avançado iniciou a carreira
no Málaga, tendo passado ainda, entre outros, por Aris Salónica, entre
2006/07 e 2010/11 e no qual terminou a carreira em 2015/16, e Rayo
Vallecano.
* Uma vergonha.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
A cantiga era uma arma:
morreu José Mário Branco
O cantor, músico e compositor morreu aos 77 anos, vítima de um AVC. Um dos músicos que marcou o período revolucionário, tornou-se nas últimas décadas um importante produtor musical.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, anunciou José Mário
Branco logo no seu primeiro álbum, editado em 1971, em França, onde se
encontrava exilado. Esse disco, com poemas de Natália Correia, Alexandre
O'Neill, Luís de Camões e Sérgio Godinho, seria um marco na história da
música portuguesa.
Nascido no Porto em maio de 1942, filho de professores primários, José
Mário Branco é considerado um dos compositores portugueses mais
importantes e renovadores do século XX. Estudou História das
universidade de Coimbra e do Porto, foi militante do Partido Comunista
Português, foi perseguido pela PIDE e exilou-se em França em 1963, com 21 anos, vivendo intensamente aí os acontecimentos de 1968.
Nesse tempo de exílio, recordaria mais tarde, percorreu o país para
"divertir e dar força" aos trabalhadores que ocuparam escolas, fábricas,
bairros e pracetas, com outros cantores portugueses e artistas
franceses: "E foi aí que eu e outros artistas portugueses começámos a
sair da nossa concha de exilados, e conhecemos muitos artistas franceses
e de outras nacionalidades. E daí surgiram algumas afinidades
artísticas", relembrou o músico numa entrevista à Lusa em 2017, citando
por exemplo a criação da cooperativa artística Groupe Organon, com quem
chegou a gravar.
Foi em França que gravou, em 1967, o primeiro EP, Seis cantigas de amigo. E
foi em Paris que o conheceu Sérgio Godinho: "E imediatamente
desenvolvemos uma amizade. Começámos a fazer parcerias e letras para
aquilo que viria a ser o seu primeiro disco, e o meu primeiro disco, que
foram gravados mais ou menos ao mesmo tempo", recordou Sérgio Godinho, em declarações à Agência Lusa. José Mário Branco editou Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades em 1971 e Sérgio Godinho lançou Os Sobreviventes em 1972. Os dois álbuns incluem parcerias entre eles e do alinhamento faz parte um mesmo tema, O Charlatão.
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Permaneceram próximos e a última vez que colaboraram foi no álbum Nação Valente, de Sérgio Godinho, para o qual José Mário Branco escreveu o tema Mariana Pais, 21 anos:
"Tenho uma dor muito profunda, de repente esta morte súbita. Sempre
fomos extremamente leais. Nunca houve um desentendimento. No essencial
estivemos sempre próximos e cúmplices. [...] Somos irmãos de
armas. As nossas vidas tocaram-se muito e tocaram-se em muitas aventuras
criativas e pessoais", afirmou Sérgio Godinho, sublinhando como Branco "teve uma importância fundamental no renovar da música portuguesa".
Nesse período quente, antes e depois do 25 de abril, José Mário Branco trabalhou muito com José Afonso, por exemplo, nos discos Cantigas do Maio (1971) e Venham Mais Cinco (1973). Já nessa altura, revelava-se o grande produtor:
"Há uma história gira com a Grândola,
que resulta de um erro técnico meu. O Zeca chegou a Paris com aquela
canção, tinha três quadras, era uma canção que ele dedicava a uma
coletividade de Grândola... eu de miúdo conhecia o Alentejo. Era a época
da Monda, eles iam para lá de manhã e quando voltavam ao fim do dia os
homens e mulheres vinham abraçados cantando. O passo deles era: arrasta,
pousa, arrasta, pousa. "Ó Zeca, vamos dar a isto a forma do cante
alentejano. Tens de fazer a estrutura e eu queria acrescentar os passos
dos gajos. O Zeca gostou da ideia. Há uma fotografia dele a aprender
como são esses passos. Pedi ao técnico para estender cabos de 30/40
metros, marcámos o beat numa das pistas e gravámos três ou
quatro minutos de passos como eles faziam, à volta dos quatro
microfones. Foi às quatro da manhã, para não haver ruídos. Só que na
mistura eu não estive atento e soa ao dobro da velocidade, parecem
soldados. Um dia perguntei ao Otelo: "Porque é que vocês escolheram a
Grândola, pá?" E ele: "É uma música tradicional que levantaria menos
suspeitas da censura e porque tem aqueles passos que são mesmo de marcha
militar." "
O músico foi fundador do GAC - Grupo de Acção Cultural, que
entre 1974 e 1977 realizou mais de 500 espetáculos no país e nos
estrangeiro. A sua atividade estendeu-se ao teatro e ao cinema. Fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades. No Teatro da Comuna, por exemplo, fez em 1978 a música para A Mãe e no ano seguinte para Homem Morto, Homem Posto,
ambas peças de Brecht, com encenação de João Mota, que José Mário
Branco interpretou ao lado de Carlos Paulo, Fernanda Neves, Manuela de
Freitas, Melim Teixeira e outros. No cinema, destaca-se a sua
colaboração com Paulo Rocha, tendo composto a música original para O Rio do Ouro (1998) e A Raíz do Coração (2000) - no primeiro também participava brevemente como ator.
A edição de Ser solidário, em 1982, inclui a gravação de FMI,
uma das composições mais célebres de José Mário Branco: um monólogo com
cerca de vinte minutos gravado no Teatro Aberto no qual, acompanhado
por guitarra acústica e flauta, recita e canta um texto que compôs "de
rajada", numa noite de fevereiro de 1979.
"Assumo inteiramente aquilo tudo, mas felizmente não estou no estado em
que estava na altura, amadureci. Tenho a mesma atitude radical e
orgânica, mas é uma emoção mais serena", afirmou o autor à agência Lusa,
recordando que estava a viver em casa do irmão em Lisboa, quando compôs
o tema. "Tinha acabado de ser corrido do Teatro da Comuna e vivia-se
ainda um refluxo do PREC", disse. Sobre a atuação, em 1982, recorda-se
de ter posto alguns dos espectadores a chorar. "As pessoas ficaram muito
tocadas com aquilo, passaram o mesmo processo que eu ao escrever, que
começo com um tom irónico e vou endurecendo e ficando apanhado pelo
próprio texto". "Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais
vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto",
dizia o cantor no fecho da interpretação de "FMI".
* Uma lágrima de dentro.
.
DO MAR, O LIXO
~7.7~
𝒟𝑜𝓈 ℛ𝒾𝑜𝓈 𝓅𝒶𝓇𝒶
𝒪 ℳ𝒶𝓇
Os rios são fundamentais para a distribuição dos nutrientes necessários para manutenção da vida dos ecossistemas do planeta.
O Rio Amazonas, que coabita com a Amazónia, é o maior em volume do mundo e 20% das águas que chegam aos oceanos pelos rios vêm directo dele.
Nós já falamos muito da poluição das águas dos oceanos na web série Mares Limpos, mas tudo está conectado.
Os rios ao redor do mundo já sofrem com a poluição.
Nesse episódio, vamos falar sobre eles, que desaguam 3 milhões de toneladas de plástico todos os anos para os oceanos.
FONTE: Menos 1 Lixo
O Rio Amazonas, que coabita com a Amazónia, é o maior em volume do mundo e 20% das águas que chegam aos oceanos pelos rios vêm directo dele.
Nós já falamos muito da poluição das águas dos oceanos na web série Mares Limpos, mas tudo está conectado.
Os rios ao redor do mundo já sofrem com a poluição.
Nesse episódio, vamos falar sobre eles, que desaguam 3 milhões de toneladas de plástico todos os anos para os oceanos.
FONTE: Menos 1 Lixo