Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
02/09/2019
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FONTE: mkc1
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XXXVIII- MEGA MÁQUINAS
2-PIONNERING SPIRIT
O título da rubrica MEGA MÁQUINAS não se conforma apenas com as enormes dimensões de algumas que temos exibido, abrange todas as que têm MEGA INFLUÊNCIA nas nossas vidas.
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
FONTE: mkc1
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FILIPE LUÍS
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Salazar é peça de museu?
Um museu dedicado a Salazar e ao Estado Novo é uma excelente oportunidade para pôr a nu, perante as novas gerações, os métodos e as mentalidades da ditadura e, em especial, os métodos e a mentalidade do seu tacanho protagonista. Mas mesmo que seja outra coisa: pedir a sua proibição é uma atitude salazarenta.
Em
2010, tive a oportunidade de visitar, em Joanesburgo, na África do Sul,
o formidável Museu do Apartheid. Leva-se um murro no estômago, logo à
entrada, quando nos deparamos com os letreiros a separar whites e
non-whites (brancos e não brancos). A exposição nua e crua da
iconografia do racismo, as salas interativas do centro interpretativo, o
apartheid narrado com contenção, objetividade, sobriedade e clareza,
sem julgamentos moralistas, é um extraordinário ponto de referência para
os estudiosos, escolas e público em geral. Não me consta que a fundação
de um Museu do Apartheid fosse, alguma vez, contestado no país de
Nelson Mandela, por, alegadamente, fazer a “apologia do racismo”...
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Ao
visitar aquele espaço, pensei imediatamente nas potencialidades da
ideia em Portugal, se se fizesse, entre nós, um museu e um centro
interpretativo dedicado ao Estado Novo, incluindo um amplo espaço focado
no estudo da figura de António de Oliveira Salazar. Um tal espaço teria
de incluir, como o do apartheid, quase dispensando comentários, a
iconografia do regime. Uma oportunidade para explicar a natureza da
ditadura através de uma narrativa histórico-científica, despida de
preconceitos ideológicos e firmada nos factos históricos. Espaços
interativos, com a reprodução de uma sala de interrogatório de PIDE, por
exemplo, com a presença de manequins representando as vítimas da
tortura da estátua e os torturadores, com material de apoio e informação
sobre as práticas da polícia política. Peças e fragmentos do Tarrafal e
de outras prisões da ditadura, murais com os nomes das vítimas do
regime, salas dedicadas à guerra colonial, um lápis azul usado pelos
coronéis da censura, exemplos de peças vítimas desse lápis, jornais,
obras literárias, peças de teatro, cinema. Os cinturões com o S (de
Salazar) da Mocidade Portuguesa, mostrada em vídeos comparativos com a
Juventude Hitleriana, o relato, em imagens, das consequências de tais
regimes e das práticas de tais instituições. Tal espaço, teria de
reproduzir as imagens de como se vivia “habitualmente”, a casa
portuguesa de Amália, com pão e vinho sobre a mesa, mas sem um livro,
sem um frigorífico, sem saneamento e sem uma casa de banho. O famoso
livro da 3.ª classe, claro (por onde eu próprio estudei…), não mostrado
sob o ponto de vista romântico e revivalista dos nossos dias, mas no
ângulo de como fazia, nas suas páginas, a apologia do atraso, do
conformismo, da ruralidade, do culto do chefe. (E a palmatória da sala
de aula, evidentemente). Tal espaço museológico e centro interpretativo
não deveria esconder as realizações do regime, as suas obras públicas, o
desenho da escola primária, os filmes de época com a construção dos
bairros operários, os concursos de jardins das estações de caminho de
ferro, sei lá, todo um mundo de potencialidades museológicas. Por fim,
indispensáveis, as botas de elástico usadas pelo ditador – e a
reprodução fiel da cadeira fatal de Santo António do Estoril...
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Um
museu dedicado a Salazar e à ditadura não tem de ser a apologia, mas a
denúncia. Sem complexos, porém, não deve esconder as realizações, se as
houve. Deve estar disponível, pedagogicamente, para as visitas de estudo
de alunos do básico e do secundário, deve ser um valor acrescentado
para os académicos e um espaço marcante para o público. Um murro no
estômago. Como o do apartheid, em Joanesburgo.
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Mas
mesmo que não fosse – ou que não seja. Mesmo que fosse, ou que venha a
ser, um «museu», entre aspas, que sirva de branqueamento da ditadura e
de homenagem ao ditador, mostrando apenas o folclore, os objetos
pessoais, os fragmentos dos discursos, as galinhas criadas na capoeira
de São Bento e ovos idênticos aos vendidos, na mercearia do bairro, pela
governanta D. Maria. Que fosse o deleite dos saudosistas. Que fosse a
anedota. E daí? Estaremos tão inseguros da nossa democracia que devamos
temer um tal santuário de opereta? Tão enganados por nós próprios, que
queiramos, agora, brandir as mesmas armas do ditador – e censurar o
“Museu do Salazar”?… Com que superioridade moral enfrentaríamos, depois,
os seus seguidores e saudosistas?
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É
este argumento simples que não concebo que não seja entendido pelos
subscritores (e alguns são inteligentes e bem preparados) da petição
contra o museu. Não compreendo, em primeiro lugar, por não terem parado
para pensar nas oportunidades que um tal espaço oferecerá, para pôr a
nu, perante as novas gerações, os métodos e as mentalidades da ditadura
e, em especial, os métodos e a mentalidade do seu tacanho protagonista.
Mas o que, sobretudo, não percebo, é que caiam na armadilha da
vigilância “policiesca” e no moralismo censório que sempre criticaram ao
regime salazarista. É uma contradição nos próprios termos. É uma reação
salazarenta.
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Esta semana, escrevo, na edição em papel da VISÃO, o seguinte:
“O
que isto demonstra é que a simples evocação do nome de Salazar provoca
uma imediata reação pavloviana na sociedade, num ou noutro sentido – nem
sequer sabemos se os pretensos salazaristas, depois de visitarem tal
espaço, não sairiam dali tão indignados como os que neste momento o
contestam. Bastaria, para isso, que o espaço fizesse a censura do antigo
regime e a apologia do antifascismo... Ou seja: nada prova que tal
museu faça
a propaganda do que quer que seja, ou que a faça numa
direção em detrimento de outra. Hoje em dia, por exemplo, é consensual a
existência de museus e de centros interpretativos dedicados à
escravatura. As exposições com instrumentos de tortura da Idade Média
têm grande popularidade, mas ninguém faz aquilo em casa. E o antigo
campo de concentração de Auschwitz é, no fundo, um memorial mas é,
também, um espaço museológico, e ninguém se lembra de o ver como um
centro de apologia do Holocausto...”
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Depois, faço o trabalho de casa de saber mais sobre o projeto para Santa Comba Dão:
“E o que temos aqui? Segundo o site da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, o Centro Interpretativo estaria a cargo do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, da Universidade de Coimbra, envolvendo nomes como os dos académicos João Paulo Avelãs Nunes, que é professor auxiliar de História Contemporânea daquela universidade, e o lente de História, especialista em Estado Novo, Luís Reis Torgal. Parece ser garantia suficiente para afastar suspeitas – e devia ser mais do que suficiente para merecer o benefício da dúvida aos populistas indignados de serviço, que costumam disparar antes de perguntar.”
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Depois, faço o trabalho de casa de saber mais sobre o projeto para Santa Comba Dão:
“E o que temos aqui? Segundo o site da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, o Centro Interpretativo estaria a cargo do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, da Universidade de Coimbra, envolvendo nomes como os dos académicos João Paulo Avelãs Nunes, que é professor auxiliar de História Contemporânea daquela universidade, e o lente de História, especialista em Estado Novo, Luís Reis Torgal. Parece ser garantia suficiente para afastar suspeitas – e devia ser mais do que suficiente para merecer o benefício da dúvida aos populistas indignados de serviço, que costumam disparar antes de perguntar.”
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Quase me apetecia concluir com um “a bem da Nação”...
IN "VISÃO"
21/08/19
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Portugal bem português
IV-Portugal, um retrato social/7
3-UM PAÍS COMO OS OUTROS
Este é um retrato do nosso país. Um retrato da sociedade contemporânea. É
um retrato de grupo: dos portugueses e dos estrangeiros que vivem
connosco. É um retrato de Portugal e dos Portugueses de hoje, que melhor
se compreendem se olharmos para o passado, para os últimos trinta ou
quarenta anos. (...)
Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos
Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.
Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos
Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.
Um trabalho de investigação excelente de ANTÓNIO BARRETO e uma extraordinária equipa da RTP para a execução desta série.
* Esta é uma compilação de séries pelo nosso país não apenas pelas perspectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.
FONTE: universalcosmos
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18-TEATRO
FORA "D'ORAS"
IV-A VOLTA AO MUNDO
EM 80 MINUTOS
"A Volta ao Mundo em 80 Minutos" um extraordinário musical de Filipe La
Féria com João Baião à frente de um grande elenco.
"A Volta ao Mundo em 80 Minutos" foi um deslumbrante musical de Filipe
La Féria que encantou mais de 1 Milhão espectadores ao longo de 9 meses
em cena no casino Estoril, 1 mês no Teatro Politeama e na noite de
passagem de ano 2017/2018 na SIC. Este musical contou com João Baião à
frente de um extraordinário elenco de cantores, bailarinos e acrobatas.
Inspirado numa das maiores obras da literatura mundial do sec XIX, de
Júlio Verne, A Volta ao Mundo em 80 Minutos contou com a participação
especial de João Baião à frente de um jovem, talentoso e enérgico elenco
de actores-cantores, de um internacional corpo de bailarinos e
dançarinos-acrobatas.
Mais uma vez Filipe La Féria não poupou esforços e voltou
surpreender-nos com um luxuoso guarda-roupa, integralmente da sua
autoria, que fará cada espectador viajar por todo o mundo, sem sair do
seu lugar.
"A Volta ao Mundo em 80 Minutos" foi uma divertida e alucinante viagem
planetária. China, Rússia, Índia, África, Brasil, Argentina, Cuba,
Egipto, Itália, França e Espanha, são alguns dos locais por onde Sr Fogg
o clássico e bem-humorado cavalheiro inglês, extraordinariamente
representado por João Baião visitará, sempre acompanhado do seu
assistente pessoal Passepartout o fiel e divertido francês de pronúncia
acentuada.
Neste espectáculo vale tudo. Viagens em balão de ar quente, um barco
Titanic, carros antigos, comboios, banheiras com rodas, elefantes,
camelos, bicicletas, aviões planadores e tudo aquilo que faça a
imaginação voar.
Filipe La Féria já confessou que "A Volta ao Mundo em 80 Minutos" foi a
mais excitante e divertida Produção, explorando cada cultura e cada país
através do teatro, do cinema, da música, do bailado e da acrobacia.
Tudo isto envolto numa encenação e direcção artística que só La Féria
sabe fazer, proporcionando a cada espectador 2 horas inesquecíveis.
Ao fim de quase um ano em cena a SIC transmitiu este grande espetáculo
na ultima noite de 2017.