Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
17/03/2019
ANA CLARA BORREGO
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A complexidade e a globalização dos negócios criaram, nas últimas décadas, por um lado, uma necessidade crescente de harmonização contabilística entre os países, de forma a permitir que a informação financeira gerada seja, cada vez mais, entendível por todos, como uma espécie de linguagem universal; por outro lado, o uso, por parte dos contribuintes, de mecanismos, cada vez mais elaborados e refinados, que visam evitar, diminuir ou diferir o pagamento de impostos, forçaram os sistemas fiscais a adaptar-se, através da criação de regras gerais e específicas anti abuso, que foram, sistematicamente, crescendo em complexidade, aumentando a quantidade e complexidade das obrigações contabilísticas e fiscais a que estes profissionais têm de te ter capacidade para dar resposta.
Todavia, na minha perceção, esta situação de quase equilíbrio entre a oferta e a procura, começa a estar ultrapassada e a oferta apresenta os primeiros sinais de incapacidade de dar resposta à procura, começando a surgir ofertas de emprego nesta área para as quais não há quaisquer candidatos. Não será, pois, exagero assumir que Contabilista Certificado, num futuro muito próximo, será uma profissão com elevada procura no mercado, para a qual, consequentemente, devido à escassez de oferta, os níveis salariais terão tendência a subir.
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Contabilistas Certificados
procuram-se…
Não será, pois, exagero assumir que Contabilista Certificado, num futuro muito próximo, será uma profissão com elevada procura no mercado, para a qual, consequentemente, devido à escassez de oferta, os níveis salariais terão tendência a subir
Numa época em que
muito se fala e escreve sobre a empregabilidade dos cursos superiores e
na sua capacidade de resposta às necessidades do mercado de trabalho no
escopo dos profissionais que formam, apraz-me escrever sobre uma
profissão cuja atividade é preponderante para o “bom caminho” das contas
públicas, pois é através dela que grande parte dos impostos, que
suportam a despesa pública, são cobrados – profissão, que, pode ter,
também, um papel de relevo em áreas como a do cumprimento fiscal, bem
como da evasão e fraude fiscal: Os Contabilistas Certificados.
A complexidade e a globalização dos negócios criaram, nas últimas décadas, por um lado, uma necessidade crescente de harmonização contabilística entre os países, de forma a permitir que a informação financeira gerada seja, cada vez mais, entendível por todos, como uma espécie de linguagem universal; por outro lado, o uso, por parte dos contribuintes, de mecanismos, cada vez mais elaborados e refinados, que visam evitar, diminuir ou diferir o pagamento de impostos, forçaram os sistemas fiscais a adaptar-se, através da criação de regras gerais e específicas anti abuso, que foram, sistematicamente, crescendo em complexidade, aumentando a quantidade e complexidade das obrigações contabilísticas e fiscais a que estes profissionais têm de te ter capacidade para dar resposta.
Assim, referindo-me,
em concreto ao caso Português, esta profissão tem atravessado, nos anos
mais recentes, grandes desafios, que têm exigido da parte dos
profissionais que se encontram no ativo uma grande capacidade de
adaptação, exigindo-se, também, às instituições de ensino superior, que
preparam os novos profissionais para o mercado de trabalho, a
flexibilidade e adaptabilidade necessárias para que os cursos acompanhem
as exigências, cada vez maiores, deste mercado de trabalho com
características tão peculiares – inevitavelmente, o nível de
complexidade e exigência do ensino desta profissão aumentou
consideravelmente nas ultimas décadas.
Assim,
o nível de exigência que, inevitavelmente, está associado aos cursos
que dão acesso à profissão de Contabilista Certificado, bem como o
obstáculo que para muitos licenciados se torna o processo de inscrição
na sua Ordem profissional, “travou”, ao longo das últimas duas décadas, o
número de entradas de novos Contabilistas Certificados no mercado de
trabalho, contribuindo para que, a pouco e pouco, os Contabilistas
Certificados se viessem a tornar uma profissão com uma população
tendencialmente envelhecida.
Dados
recolhidos para a minha tese de doutoramento em 2013, apresentados na
Figura 1, permitem verificar que, já à data, cerca de 45% dos
profissionais no ativo tinham 50 anos ou mais e só se encontravam 16%
dos profissionais no ativo no escalão de 35 anos ou menos. Importa
salientar que após a recolha destes dados já decorreram 6 anos, sendo,
na minha opinião, legítimo (não obstante não tenha dados estatísticos
que a suportem), supor que o envelhecimento associado à profissão de
Contabilista Certificado, durante este período, tenha aumentado.
O diminuto numero de
novas entradas na profissão, que não consegue compensar o numero de
“saídas” por reformas, falecimentos, ou outros motivos, tem estado, nos
últimos anos a ter um impacto positivo nos níveis de empregabilidade dos
recém-licenciados provenientes de cursos de contabilidade, com o
mercado de trabalho a absorver, nos casos que vou tendo conhecimento,
toda a oferta de jovens licenciados disponível (inclusivamente de recém
licenciados que não conseguiram aceder, ainda, à inscrição na Ordem dos
Contabilistas Certificados).
Todavia, na minha perceção, esta situação de quase equilíbrio entre a oferta e a procura, começa a estar ultrapassada e a oferta apresenta os primeiros sinais de incapacidade de dar resposta à procura, começando a surgir ofertas de emprego nesta área para as quais não há quaisquer candidatos. Não será, pois, exagero assumir que Contabilista Certificado, num futuro muito próximo, será uma profissão com elevada procura no mercado, para a qual, consequentemente, devido à escassez de oferta, os níveis salariais terão tendência a subir.
Não
posso deixar de terminar esta crónica referindo que discordo em
absoluto daqueles que profetizam a «morte» desta profissão, devido às
capacidades das novas tecnologias, mormente, no que concerne à
integração automática de um conjunto alargado de informação nos
programas de contabilidade – por exemplo, a partir do e-faturas. Só
posso classificar esse avanço como excelente, pois liberta os
Contabilistas Certificados que o fazem (acresce que esse nem deveria ser
o seu trabalho) de um trabalho moroso e rotineiro e sem valor
acrescentado, para se dedicarem a ser uma mais-valia dentro das
organizações. Neste ponto, para que melhor se compreenda o que acima
referi, vou-me socorrer das palavras da Srª Bastonária da Ordem dos
Contabilistas Certificados, a qual refere que Contabilista Certificado
se preconiza como “…uma profissão especializada e com atores dinâmico,
interventivos e qualificados…” (Paula Franco, In Editorial da Revista
«Contabilista» de Dezembro de 2018).
IN "VISÃO"
14/03/19
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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LIV- VISITA GUIADA
2- Bairro da Lapa
LISBOA - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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9-QUEM SOMOS NÓS?
* Nesta senda de "bloguices" iniciadas em Setembro/17, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
"VISÃO"
Ventura vai ao Conselho Nacional do PPM tentar salvar coligação para as europeias
Líder do movimento Chega, que não conseguirá ser formalizado a tempo das próximas eleições depois de o TC ter detetado assinaturas irregulares, falará aos conselheiros dos monárquicos para os convencer de que não é racista ou populista. Presidente do Portugal Pró-Vida também será ouvido
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SERÁ? |
É o derradeiro esforço de André Ventura para conseguir apresentar-se
às eleições europeias. Este sábado, às 16h, o líder do movimento Chega
vai ser ouvido numa reunião extraordinária do Conselho Nacional do
Partido Popular Monárquico (PPM), com o intuito de convencer os membros
daquele órgão de que "não têm motivos para recear racismos, extremismos
ou populismos" numa candidatura de coligação que ele próprio venha a
encabeçar.
A reunião dos conselheiros monárquicos surge
na sequência de uma outra em que a coligação entre PPM-Portugal
Pró-Vida/Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC) e Chega, que teve lugar
na quarta-feira, tinha sido validada, mas o nome de Ventura para
cabeça-de-lista acabou por ser vetado, uma vez que, alegaram os
elementos daquele órgão, não perfilhava os ideais do partido.
A
sessão, convocada a requerimento do presidente da Comissão da Política
Nacional, Gonçalo da Câmara Pereira, servirá também Manuel Matias, líder
do PPV/CDC, força que não abdicou de apoiar Ventura na corrida ao
Parlamento Europeu, agendada para 26 de maio. Além disso, segundo a
convocatória a que a VISÃO teve acesso, "voltará a ser apreciada a
proposta de coligação" entre PPM e PPV/CDC (ambos partidos já
constituídos) e os movimentos Chega e Democracia 21 (D21).
Em
declarações à VISÃO, Ventura pede aos militantes monárquicos que confiem
que "não existem laivos de racismo ou populismo" nas suas propostas
políticas e assegura que não encara "os parceiros" PPM e PPV como
"barrigas de aluguer" para o sufrágio. "Estamos juntos desde o início,
tal como com o D21. Se os considerássemos barrigas de aluguer, só os
tínhamos procurado agora [que o Tribunal Constitucional detetou
irregularidades nas assinaturas recolhidas pelo Chega, praticamente
inviabilizando uma candidatura autónoma]", enfatiza o ex-vereador na
Câmara Municipal de Loures, então com as cores do PSD.
Caso
não haja entendimento e não possa avançar com uma coligação designada
Chega, Ventura deixa desde já uma garantia: "Sendo só PPV, não serei
candidato. Tem de ser Chega."
Na semana passada, recorde-se, foi
noticiado que foram "invalidadas várias assinaturas" entregues pelo
Chega no Palácio Ratton devido à presença de menores e de membros das
forças policiais entre os subscritores da iniciativa.
* Erro estratégico, afirmámos a semana passada a necessidade do sr. Ventura recolher assinaturas nos bairros ciganos de Loures. "CHEGA" de merdices.
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HOJE NO
"FOLHA 8"
"FOLHA 8"
A Luísa Damião é nojenta
A Luísa Damião, vice-presidente do MPLA, é nojenta. É necessário revelar um enorme desrespeito pelos mais elementares valores éticos para se ser oportunista ao ponto de permitir ser fotografada com uma criança órfã, porque a mãe, Juliana Jacinto Félix, pobre, foi fuzilada pela polícia ao serviço do MPLA. Este é o partido que iniciou a guerra civil em Angola e revela com uma elevada densidade populacional de ladrões e de autores de crimes contra a humanidade.
O luto merece respeito e, muitas vezes, alguma confidencialidade. O rosto de uma criança nunca deverá ser usado para tentar obter vantagens políticas ou para tentar disfarçar a falta de dignidade que o Partido governamental angolano oferece à grande maioria dos cidadãos do nosso país.
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A mãe desse menor foi fuzilada pela polícia do MPLA por, segundo dizem, querer reaver os seus bens confiscados pela polícia. A polícia, tentando lavar as mãos e meter a cabeça na areia para se esconder, aventou o argumento que, devido a esse incidente, ficaram polícias feridos… A Juliana morreu porque foi assassinada!
Os argumentos falaciosos da polícia angolana são por demais conhecidos e, na grande maioria das vezes, resultam em campanhas de relações públicas para tentar convencer matumbos ou pessoas que revelem atrasos no desenvolvimento mental. Os “sobas da polícia” são os mesmos que, no tempo do Zédu, espancaram os Revus, com o argumento de que estes pertenciam a uma organização de malfeitores e estavam a organizar um golpe de estado para derrubarem do poder o ditador cleptómano.
Os factos mostram claramente que o ditador cleptómano não foi derrubado e até foi substituído no poder pelo seu cúmplice João Lourenço.
A prepotência da polícia do MPLA é por demais conhecida. Está demasiado desmascarada aqui no Folha 8 e nas publicações do Rafael Marques. As Lundas, Cabinda e Luanda são alguns dos piores exemplos das práticas da polícia do MPLA. Esse tipo de actuação estalinista estende-se também por todas as outras províncias do nosso país.
A zunga é uma actividade ilegal nalgumas áreas da cidade de Luanda. Antes de ilegalizar a zunga, o partido governamental deveria preocupar-se em criar condições de trabalho para que as famílias pobres (dizem que são 20 milhões) garantissem um rendimento mínimo na gestão dos recursos familiares. Que alternativas criou o governo demagogo do MPLA para garantir a sustentabilidade mínima destas famílias? Os sucessivos governos do MPLA, corruptos e demagógicos, que oportunidades alternativas ofereceram às zungueiras? Onde estão os tais 500 mil empregos que o João Lourenço prometeu, durante a campanha eleitoral, quando dizia que iria “fazer mais com menos dinheiro”?
A realidade diz-nos que pediu emprestado ao estrangeiro muito mais para fazer menos As zungueiras são um exemplo muito triste dessa negligência, da bandalheira social implementada pelo MPLA durante quatro décadas.
A Luísa Damião é um clone gerado e parido dessa gestação da incompetência, nepotismo e falácia. Está formatada para vender ilusões e para tal até é capaz de desrespeitar o luto e a confidencialidade de uma criança, órfã de uma mãe que foi morta pelas atrocidades do MPLA.
Não é de admirar esta apresentação escatológica da Luísa Damião. O seu chefe, durante a campanha eleitoral, também se deixou fotografar junto de um menor, com atrasos no desenvolvimento, numa cadeira de rodas, e o Jornal de Angola teve o desplante de publicar essa fotografia, para tentar caçar votos, numa eleição, segundo se diz, com resultados muito dúbios na contagem dos votos.
Na nossa actividade, se divulgássemos o nome deste órfão, sentado no colo hipócrita da vice-presidente do MPLA Luísa Damião, ou se divulgássemos uma fotografia do mesmo, isso seria motivo mais do que suficiente para perdermos a nossa licença profissional.
Na política não vale tudo. A Luísa Damião, para além de ser hipócrita, é uma enorme nojenta! A Luísa Damião revela assim que, como mulher e como política, vale nada!
Haja um mínimo de decência e de respeito pelos direitos das crianças!
* AUTOR DO TEXTO: José Filipe Rodrigues
Terapeuta em Pediatria, Geriatria e Psiquiatria; Poeta e Contista; natural do Huambo e a residir nos EUA.
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HOJE NO
"RECORD"
Rochele Nunes
garante estar no caminho certo
rumo a Tóquio 2020:
«Estou muito feliz»
Judoca conquista primeira medalha num Grand Slam a representar Portugal
A judoca Rochele Nunes, recentemente naturalizada, manifestou-se muita
satisfeita com a segunda medalha conquistada para Portugal, e garantiu
sentir que está no caminho certo rumos aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
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"Estou muito feliz. O caminho até aos Jogos Olímpicos é longo, mas sinto
que estou no caminho certo. É minha primeira medalha num Grand Slam
representando Portugal, e fiz bons pontos para o ranking. O trabalho
continua forte, e não dá para comemorar muito porque em breve terei mais
competições", disse a judoca em declarações à sua assessoria de
imprensa este domingo.
A antiga judoca da seleção brasileira, que este ano completou o processo
de naturalização para representar Portugal, conquistou este domingo a
medalha de bronze no torneio de +78 kg do Grande Slam de Ecaterimburgo,
na Rússia.
No combate para atribuição da medalha de bronze, Rochele Nunes foi
declarada vencedora, por 'ippon', beneficiando da lesão da sua
adversária, a bósnia Larisa Ceric, segunda classificada da hierarquia
mundial.
Rochele, atleta do Benfica, estreou-se pela seleção portuguesa em 26 de
janeiro deste ano, tendo conquistado a medalha de bronze no Grande
Prémio de Telavive, Israel.
Os próximos compromissos internacionais de Rochele Nunes serão os
Grandes Prémios de Tblissi, na Geórgia, e de Antalya, na Turquia,
agendados para 29 a 31 de março e 5 a 7 de abril, respetivamente.
* Desde que assumam a nacionalidade todos são bem vindos. Parabéns Rochele!
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Macron e a sua equipa ainda visitaram os principais locais destruídos na avenida, durante a noite, depois de ter sido obrigado a interromper um fim de semana numa estância de esqui. Os parisienses, mesmo aqueles que estão contra os "coletes amarelos", não gostaram que o chefe do Estado tivesse saído da capital no dia em que se previa um recrudescimento dos protestos.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Campos Elísios
transformados num estaleiro
No dia seguinte ao 18º sábado de protestos dos "coletes amarelos", a avenida de Paris onde moram as marcas de luxo é um imenso estaleiro de limpeza e obras. Michèle viu o seu quiosque destruído: "Estão a destruir empregos."
Na manhã deste domingo, parisienses e turistas acordaram para uma
Avenida dos Campos Elísios transformada num estaleiro, depois do 18º
sábado de protestos do movimento dos "coletes amarelos" nas ruas de
Paris, França.
Operários, máquinas, fumo e cheiro a
queimado, barulho de martelos pneumáticos e gruas em movimento
confundem-se na avenida onde moram as principais marcas de luxo, de
roupa, calçado e malas, joias, perfumes, de equipamento desportivo,
nomeadamente a loja do Paris Saint-Germain, e os hotéis e restaurantes
mais caros.
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Em frente ao Le Fouquet's, o restaurante onde
Emmanuel Macron gostava de se reunir com a sua equipa na campanha que o
levou ao Eliseu e cuja esplanada foi completamente destruída, Michèle
Peterllin, 71 anos, é a imagem da desilusão. Há 30 anos que explora o
quiosque de jornais defronte do restaurante, agora transformado numa
amálgama de cinzas e destroços.
"As pessoas podem manifestar-se mas não assim. Não estão a
manifestar-se pelos seus direitos e de outros. Estão a destruir empregos
de muitas pessoas, trabalhadores como eles", lamenta à reportagem do
DN. "Neste momento, sinto raiva, é raiva por quem fez isto. Estão
destruir as coisas para simples prazer dos próprios."
Michèle
soube pela televisão que o seu quiosque tinha ardido. Logo pela manhã
percebeu que estes protestos seriam mais complicados que os das últimas
semanas, em que o movimento dos "coletes amarelos" tinha perdido força. E
não saiu de frente do televisor até que se confirmou o pior.
Foi
o 18º sábado de manifestações, que se seguiu ao encerramento pelo
Presidente da República do que o prórpio Emmanuel Macron chamou de
Grande Debate Nacional.
Macron e a sua equipa ainda visitaram os principais locais destruídos na avenida, durante a noite, depois de ter sido obrigado a interromper um fim de semana numa estância de esqui. Os parisienses, mesmo aqueles que estão contra os "coletes amarelos", não gostaram que o chefe do Estado tivesse saído da capital no dia em que se previa um recrudescimento dos protestos.
Michèle tem sido apoiada
pelas autoridades, recebendo ainda a solidariedade de pessoas anónimas e
celebridades. Este domingo de manhã, o responsável da empresa que
explora quiosques em Paris, a MegaKiosk, esteve com Michèle para
perceber o que se pode fazer. Nada se aproveita dos destroços do quiosque, constata. Uma dezena de quiosques foram destruídos ao longo da avenida.
Muitas
pessoas param a ouvir as entrevistas dos jornalistas e essas
entrevistas geram debates espontâneos. Há quem justifique e fale dos
direitos das pessoas que protestam, outros contrapõem que estão a
destruir os trabalhos de pessoas que vivem pior ou com as mesmas
dificuldades que os que se manifestam.
"Eu tenho seguro, mas não é isso que me resolve o problema. Primeiro vão
ter que avaliar os estragos, depois vão dizer-me o que vão pagar e só
depois virá o dinheiro. Trabalho com mais três empregados, sete dias por semana. É o nosso emprego que está em perigo", conta Michèle ao DN. "Vou continuar a vir todos os dias, são 30 anos de trabalho."
* Ninguém nos convence que estes manifestantes gostam da França.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Tubarão-frade e baleia avistados
junto à costa algarvia
Segundo maior peixe do Mundo, de sete metros, avistado junto à ilha do Farol.
Um tubarão-frade, com cerca de sete metros, e uma baleia anã, com o mesmo tamanho, foram avistados este sábado junto à costa algarvia em locais diferentes. O tubarão foi observado junto à ilha do Farol, em Faro, durante um passeio de barco de amigos.
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MAIS INOFENSIVO QUE
VÍTOR MELÍCIAS
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O animal marinho, que é considerado o segundo maior peixe do Mundo, depois do tubarão-baleia, tinha cerca de sete metros, praticamente o mesmo tamanho do barco em que estava a pessoa que o filmou.
Segundo explicou ao CM o biólogo marinho Élio Vicente, o tubarão-frade "é uma presença natural e regular" nas águas do mar ao largo da costa algarvia. Alimenta-se de algas e pequenos crustáceos e é "totalmente inofensivo para os humanos".
O dia de sábado ficou ainda marcado por um outro avistamento surpreendente ao largo da costa algarvia. Uma baleia- -anã foi observada ao largo do farol de Alfanzina, junto a Carvoeiro, no concelho de Lagoa, quando decorria um passeio turístico a bordo da embarcação de observação de cetáceos e passeios junto à costa da empresa X-Ride.
O marinheiro do barco, Alexandre Matos, garante que o animal tinha "sete ou oito metros de comprimento". Estava a meia milha da costa e andou muito próximo do barco, deixando os turistas que faziam o passeio "surpreendidos com o avistamento", revelou ainda Alexandre Matos.
Segundo o biólogo Élio Vicente, é normal as baleias-anãs passarem junto à costa algarvia mas "não é fácil conseguir vê-las".
* Provavelmente ainda não leram as notícias sobre o golpe do Novo Banco e de Tomás Correia, senão ter-se-iam afastado da nossa costa com medo destes predadores.
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ESTA SEMANA NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Das isenções aos subsídios.
Saiba quais os direitos dos cidadãos
com deficiência
Da compra de casa à de automóvel, a lei define um conjunto de direitos para os cidadãos com deficiência. Conheça ainda em que circunstâncias podem ter acesso a subsídios especiais da Segurança Social.
O grau de incapacidade de um cidadão com deficiência é determinado
por uma junta médica, que atribui uma percentagem segundo a Tabela
Nacional de Incapacidades. Esse valor é expresso num documento, o
atestado de incapacidade multiuso, que poderá ser temporário ou
permanente (conforme a natureza da incapacidade). Em geral, a
percentagem que abre a porta a este conjunto de direitos situa-se acima
dos 60%.
A Deco Proteste recolheu um conjunto de direitos para os cidadãos com deficiência definidos por lei:
- Carro isento de ISV
A
isenção do Imposto Sobre Veículos (ISV) só é válida para os veículos
novos, com um nível de emissão de CO2 até 160 g/km, e não pode
ultrapassar 7,800 mil euros. Se o valor for maior, é o beneficiário quem
suporta a diferença. A documentação (o atestado de incapacidade
multiuso) pode ser entregue no stand onde se pretende comprar o
automóvel.
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Nos casos em que o deficiente esteja impossibilitado de
conduzir, deve designar, no ato da compra do carro, quem será o
condutor: pode ser o cônjuge ou o unido de facto, casos em que basta
apresentar uma declaração nesse sentido à AT. Em todos estes casos, a
Autoridade Tributária e Aduaneira(AT) tem de autorizar o condutor
designado e, em regra, a pessoa com deficiência terá de estar no
automóvel quando este circula.
- Quem pode beneficiar?
Todos
os maiores de idade com uma deficiência motora igual ou superior a 60% e
que tenham grande dificuldade de se deslocar sem auxílio (amparados a
alguém próximo, ou que usem cadeira de rodas, ou que se desloquem com o
apoio de muletas ou próteses), deficientes das Forças Armadas e cidadãos
maiores de idade com problemas de visão acima dos 95%.
- Carro isento de IUC
Além
do ISV, os automóveis comprados neste regime também podem estar isentos
do Imposto Único de Circulação (IUC). A isenção é limitada a um carro
por ano, até de 240 euros. Os veículos devem ter um nível de emissões de
CO2 até 180 g/km. O pedido pode ser apresentado em qualquer serviço de
finanças ou pela net, se a informação relativa à incapacidade estiver
registada na AT. Estes veículos também têm benefícios no estacionamento.
Os proprietários podem pedir um cartão específico, que devem deixar
exposto dentro do carro sempre que ocupem um lugar. O pedido é feito ao
Instituto da Mobilidade e dos Transportes, e o cartão de estacionamento é
válido por 10 anos. Mas só pode ser usado quando a pessoa com
deficiência estiver efetivamente a usar o carro.
- Crédito à habitação
Nenhum
banco é obrigado a conceder crédito à habitação ao abrigo de um regime
especial. O que a lei determina é que o cliente tem direito à conversão
do seu empréstimo para um crédito bonificado a pessoas com deficiência
se, entretanto, passou a ter um grau de incapacidade igual ou superior a
60% depois da celebração do contrato. A taxa de juro é igual à
diferença entre a taxa de referência para o cálculo das bonificações
(uma taxa fixada pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças), ou a taxa de
juro do contrato (se for mais baixa), e 65% da taxa de referência do
Banco Central Europeu. Dito de maneira mais simples, o resultado é
vantajoso para quem compra. O montante máximo do empréstimo é de 190 mil
euros. Tem um prazo máximo de 50 anos e não pode ultrapassar 90% do
valor de avaliação da habitação pelo banco, ou ainda do custo das obras
de conservação ordinária, extraordinária ou de beneficiação.
- Obrigações do candidato ao crédito
O
empréstimo não se pode destinar à aquisição de imóvel propriedade de
ascendentes ou descendentes do interessado. Nenhum membro do agregado
familiar pode possuir outro empréstimo em qualquer regime de crédito
bonificado. O imóvel não pode ser alienado durante cinco anos, exceto em
caso de morte, desemprego, mobilidade profissional, ou alteração do
agregado familiar. Caso contrário, terá de devolver a bonificação, mais
10 por cento.
- Subsídios da Segurança Social
Os
subsídios da Segurança Social destinam-se a cidadãos com deficiência ou
aos filhos que tenham um grau de incapacidade superior a 60%. Em geral,
os beneficiários são de famílias de baixos rendimentos.
- Abono de família
Os
valores dependem da idade do filho e são mais elevados para as famílias
só com um progenitor. Até aos 14 anos do descendente, a família recebe
62,37 euros (ou 84,20 euros, se for monoparental), dos 14 aos 18 anos,
90,84 euros e (ou 122,63 euros , se for monoparental) e, dos 18 aos 24,
121,60 euros (ou 164,16 euros).
- Complemento por dependência para pensionistas
A Segurança
Social paga um complemento por dependência a quem está reformado e
recebe uma pensão de velhice, invalidez ou sobrevivência e,
simultaneamente, é dependente de terceiros para poder satisfazer
necessidades básicas. No regime contributivo, o seu valor é de 103,51
euros ou, para quem esteja acamado ou sofra de demência grave, de 186,31
euros. Destina-se às pessoas que precisem de cuidados permanentes
durante, pelo menos, seis horas diárias.
- Prestação social para a inclusão e complemento
As
pessoas que sofrem de deficiência e apresentam um grau de incapacidade
igual ou superior a 60% (ou 80% se receberem pensão de invalidez) podem
requerer a prestação social para a inclusão, desde que tenham uma idade
superior a 18 anos. Esta prestação é composta pela componente base, cujo
valor máximo mensal é de 269,08 euros (pessoa sem rendimentos ou com
uma incapacidade igual ou superior a 80%) e, desde outubro, pelo
complemento (montante máximo de 431,32 euros). Este destina-se a quem
vive com poucos recursos económicos.
- Subsídio de educação especial
Tem
direito a este subsídio quem tenha a seu cargo uma criança ou jovem de
idade inferior a 24 anos que sofra de deficiência e, por isso, tenha de
frequentar um estabelecimento de educação especial, como tal reconhecido
pelo Ministério da Educação e que implique o pagamento de uma
mensalidade, ou a deficiência exija apoio individual da parte de um
técnico especializado. O montante do subsídio é variável.
- Subsídio por assistência de terceira pessoa
Considera-se
assim quem, devido à sua deficiência, não possa praticar com autonomia
as necessidades básicas da vida quotidiana (alimentação, locomoção e
cuidados de higiene pessoal) e, por isso, precise de assistência
permanente de outra pessoa durante, pelo menos, seis horas diárias. A
assistência pode ser prestada por uma ou mais pessoas. No entanto, não
há direito a subsídio se a assistência for prestada em estabelecimentos
de saúde ou de apoio social, oficial ou particular sem fins lucrativos,
financiados pelo Estado ou por entidades com o estatuto de utilidade
pública. O valor do subsídio é de 108,68 euros.
- Subsídio por faltas ao trabalho
Há
licenças para faltar justificadamente ao trabalho e prestar assistência
a filhos com estas condições que podem atingir seis meses e ser
prolongadas até um máximo de quatro anos. Estas faltas, dão direito a
subsídio da Segurança Social correspondente a 65 % da remuneração de
referência.
- Financiamento de produtos de apoio
Há
ainda a hipótese de pedir financiamento para produtos de apoio, que
compensem as limitações do dia-a-dia, como cadeiras de rodas,
andarilhos, canadianas, colchões ortopédicos, entre outros.
* Parece tudo muito bonito mas é demasiado pouco, a insensibilidade dos políticos ainda é mais notória quando em períodos eleitorais fingem constrangimento pelas dificuldades dos deficientes.
HIPÓCRITAS.
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