17/03/2019

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HOJE NO
"FOLHA 8"
A Luísa Damião é nojenta

A Luísa Damião, vice-presidente do MPLA, é nojenta. É necessário revelar um enorme desrespeito pelos mais elementares valores éticos para se ser oportunista ao ponto de permitir ser fotografada com uma criança órfã, porque a mãe, Juliana Jacinto Félix, pobre, foi fuzilada pela polícia ao serviço do MPLA. Este é o partido que iniciou a guerra civil em Angola e revela com uma elevada densidade populacional de ladrões e de autores de crimes contra a humanidade.

O luto merece respeito e, muitas vezes, alguma confidencialidade. O rosto de uma criança nunca deverá ser usado para tentar obter vantagens políticas ou para tentar disfarçar a falta de dignidade que o Partido governamental angolano oferece à grande maioria dos cidadãos do nosso país. 
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A mãe desse menor foi fuzilada pela polícia do MPLA por, segundo dizem, querer reaver os seus bens confiscados pela polícia. A polícia, tentando lavar as mãos e meter a cabeça na areia para se esconder, aventou o argumento que, devido a esse incidente, ficaram polícias feridos… A Juliana morreu porque foi assassinada!

Os argumentos falaciosos da polícia angolana são por demais conhecidos e, na grande maioria das vezes, resultam em campanhas de relações públicas para tentar convencer matumbos ou pessoas que revelem atrasos no desenvolvimento mental. Os “sobas da polícia” são os mesmos que, no tempo do Zédu, espancaram os Revus, com o argumento de que estes pertenciam a uma organização de malfeitores e estavam a organizar um golpe de estado para derrubarem do poder o ditador cleptómano.

Os factos mostram claramente que o ditador cleptómano não foi derrubado e até foi substituído no poder pelo seu cúmplice João Lourenço.

A prepotência da polícia do MPLA é por demais conhecida. Está demasiado desmascarada aqui no Folha 8 e nas publicações do Rafael Marques. As Lundas, Cabinda e Luanda são alguns dos piores exemplos das práticas da polícia do MPLA. Esse tipo de actuação estalinista estende-se também por todas as outras províncias do nosso país.

A zunga é uma actividade ilegal nalgumas áreas da cidade de Luanda. Antes de ilegalizar a zunga, o partido governamental deveria preocupar-se em criar condições de trabalho para que as famílias pobres (dizem que são 20 milhões) garantissem um rendimento mínimo na gestão dos recursos familiares. Que alternativas criou o governo demagogo do MPLA para garantir a sustentabilidade mínima destas famílias? Os sucessivos governos do MPLA, corruptos e demagógicos, que oportunidades alternativas ofereceram às zungueiras? Onde estão os tais 500 mil empregos que o João Lourenço prometeu, durante a campanha eleitoral, quando dizia que iria “fazer mais com menos dinheiro”?

A realidade diz-nos que pediu emprestado ao estrangeiro muito mais para fazer menos As zungueiras são um exemplo muito triste dessa negligência, da bandalheira social implementada pelo MPLA durante quatro décadas.

A Luísa Damião é um clone gerado e parido dessa gestação da incompetência, nepotismo e falácia. Está formatada para vender ilusões e para tal até é capaz de desrespeitar o luto e a confidencialidade de uma criança, órfã de uma mãe que foi morta pelas atrocidades do MPLA.

Não é de admirar esta apresentação escatológica da Luísa Damião. O seu chefe, durante a campanha eleitoral, também se deixou fotografar junto de um menor, com atrasos no desenvolvimento, numa cadeira de rodas, e o Jornal de Angola teve o desplante de publicar essa fotografia, para tentar caçar votos, numa eleição, segundo se diz, com resultados muito dúbios na contagem dos votos.

Na nossa actividade, se divulgássemos o nome deste órfão, sentado no colo hipócrita da vice-presidente do MPLA Luísa Damião, ou se divulgássemos uma fotografia do mesmo, isso seria motivo mais do que suficiente para perdermos a nossa licença profissional.

Na política não vale tudo. A Luísa Damião, para além de ser hipócrita, é uma enorme nojenta! A Luísa Damião revela assim que, como mulher e como política, vale nada!

Haja um mínimo de decência e de respeito pelos direitos das crianças!

* AUTOR DO TEXTO: José Filipe Rodrigues
Terapeuta em Pediatria, Geriatria e Psiquiatria; Poeta e Contista; natural do Huambo e a residir nos EUA.

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