Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
27/02/2019
.
XXII-OS RIOS E A VIDA
5- RIO LERMA
MÉXICO
Ensayo visual y sonoro sobre el agua en la época posmoderna.
Cuestiona los antiguos preceptos de modernidad y progreso, haciendo un
recorrido del agua en el Río Lerma desde que nace, se nutre, para
después ser utilizada.
- Premio José Rovirosa 2010 como mejor documental estudiantil.
- Ariel al mejor cortometraje documental 2011 que otorga la Academia
Mexicana de Artes y Ciencias Cinematográficas.
* Sobre este rio não conseguimos encontrar um documentário de geito em língua portuguesa, mas a qualidade de informação contida no vídeo é muito boa, vale a escolha pela opção castelhana.
.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Segurança Social pagou 3,7 milhões
em pensões a mortos
Tribunal de Contas avisa que responsáveis do ISS e do CNP não desencadearam “quaisquer procedimentos” para recuperar verbas pagas indevidamente e podem ser multados. Vieira da Silva equaciona intervenção da Inspeção-Geral do Ministério.
O Instituto da Segurança Social (ISS) e o Centro Nacional de Pensões
(CNP) pagaram pensões no valor de quatro milhões euros indevidamente,
sendo que 3,7 milhões de euros foram pagos em pensões de sobrevivência
cessadas, em 2016 e 2017, mais de um ano após o óbito dos beneficiários.
.
Esta
é uma das principais conclusões de uma auditoria do Tribunal de Contas
(TdC) às prestações por morte do sistema previdencial processadas em
2016 e 2017 e que será divulgada esta quinta-feira, 28 de fevereiro.
A auditoria do TdC
detetou que dos 3,7 milhões pagos indevidamente, 1,9 milhões de euros
não foram registados como dívida quando foram cessadas as pensões, "nem
foram desencadeados quaisquer procedimentos tendentes à sua recuperação,
o que é suscetível de gerar responsabilidade financeira punível com
multa para os membros do conselho diretivo do ISS e para o diretor do
CNP".
Por outro lado, foram registados 1,8 milhões de euros como dívida quando cessaram as pensões, mas só foram recuperados 614 mil euros.
Os juízes do Tribunal concluíram ainda que "os procedimentos implementados no ISS, não asseguram a cessação do pagamento de pensões após o óbito dos beneficiários" e que "subsistem insuficiências de interconexão nas bases de dados da segurança social que continuam a constituir-se como efetivas limitações à rigorosa concessão e suspensão de prestações sociais.
Em sede de contraditório, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva revelou que "foi apresentada e aprovada uma norma na proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2019, no sentido de habilitar a interconexão dos dados necessários para o registo do óbito no Sistema de Informação da Segurança Social".
"Desta forma será possível no ano de 2019 a obtenção diária de informação atualizada relativa aos óbitos de beneficiários, garantindo uma maior celeridade na integração da informação nos sistemas de informação da segurança social, garantindo-se o aumento da qualidade e fiabilidade da informação que é registada, assim como uma maior celeridade na produção de efeitos da mesma.", acrescentou.
Dando seguimento a outra das recomendações formuladas pelo TdC no sentido de ser feita uma auditoria ao Sistema de Informação de Pensões, Vieira da Silva garantiu que "equacionará, para esse efeito, recorrer a um pedido de ação de inspeção extraordinária à Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social".
Em 2017, a despesa com prestações por morte totalizou cerca de dois mil milhões de euros, dos quais 1.903 milhões em pensões de sobrevivência. Já os encargos com o subsídio por morte e o reembolso de despesas de funeral ascenderam a 102 milhões de euros.
Neste ano estavam em pagamento 740.631 pensões de sobrevivência e foram atribuídos 39.144 subsídios por morte e realizados 48.430 reembolsos de despesas de funeral, tendo-se verificado um aumento de 616 subsídios por morte e 2.313 reembolsos de despesas de funeral, face a 2016.
O Tribunal de Contas recomendou ainda ao conselho diretivo do ISS que faça um "levantamento de todas as situações de pagamentos de pensões após o óbito dos beneficiários, por forma a assegurar-se de que não existem outros casos em que não foram acionados procedimentos de recuperação dos valores indevidamente pagos" e que implemente "procedimentos de controlo interno que assegurem a suspensão do pagamento de pensões no mês seguinte à data do óbito".
Por outro lado, foram registados 1,8 milhões de euros como dívida quando cessaram as pensões, mas só foram recuperados 614 mil euros.
Os juízes do Tribunal concluíram ainda que "os procedimentos implementados no ISS, não asseguram a cessação do pagamento de pensões após o óbito dos beneficiários" e que "subsistem insuficiências de interconexão nas bases de dados da segurança social que continuam a constituir-se como efetivas limitações à rigorosa concessão e suspensão de prestações sociais.
Em sede de contraditório, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva revelou que "foi apresentada e aprovada uma norma na proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2019, no sentido de habilitar a interconexão dos dados necessários para o registo do óbito no Sistema de Informação da Segurança Social".
"Desta forma será possível no ano de 2019 a obtenção diária de informação atualizada relativa aos óbitos de beneficiários, garantindo uma maior celeridade na integração da informação nos sistemas de informação da segurança social, garantindo-se o aumento da qualidade e fiabilidade da informação que é registada, assim como uma maior celeridade na produção de efeitos da mesma.", acrescentou.
Dando seguimento a outra das recomendações formuladas pelo TdC no sentido de ser feita uma auditoria ao Sistema de Informação de Pensões, Vieira da Silva garantiu que "equacionará, para esse efeito, recorrer a um pedido de ação de inspeção extraordinária à Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social".
Em 2017, a despesa com prestações por morte totalizou cerca de dois mil milhões de euros, dos quais 1.903 milhões em pensões de sobrevivência. Já os encargos com o subsídio por morte e o reembolso de despesas de funeral ascenderam a 102 milhões de euros.
Neste ano estavam em pagamento 740.631 pensões de sobrevivência e foram atribuídos 39.144 subsídios por morte e realizados 48.430 reembolsos de despesas de funeral, tendo-se verificado um aumento de 616 subsídios por morte e 2.313 reembolsos de despesas de funeral, face a 2016.
O Tribunal de Contas recomendou ainda ao conselho diretivo do ISS que faça um "levantamento de todas as situações de pagamentos de pensões após o óbito dos beneficiários, por forma a assegurar-se de que não existem outros casos em que não foram acionados procedimentos de recuperação dos valores indevidamente pagos" e que implemente "procedimentos de controlo interno que assegurem a suspensão do pagamento de pensões no mês seguinte à data do óbito".
* - Oh sr. ministro não pomos em causa a sua seriedade mas despeça os incompetentes do seu ministério, isto de dar pouco aos vivos para oferecer aos mortos não pode continuar, a história não é nova.
.
.
.
HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Partidos divididos sobre relatório europeu que propõe abolição dos 'vistos gold'
Os riscos deste tipo de programas são superiores aos eventuais benefícios económicos, alegou a comissão.
O relatório do Parlamento Europeu que recomenda o fim dos 'vistos gold' dividiu esta quarta-feira os partidos de esquerda, a favor da abolição, e da direita, que apenas defenderam um reforço da fiscalização deste mecanismo.
.
O partido do Governo, o PS, optou por não comentar o relatório da comissão especial do Parlamento Europeu sobre os crimes financeiros e a elisão e evasão fiscais aprovado esta quarta-feira, em que propõe a abolição dos 'vistos gold'.
Os riscos deste tipo de programas são superiores aos eventuais benefícios económicos, alegou a comissão. Na Assembleia da República, em Lisboa, o primeiro partido a comentar foi o BE que, há semanas, viu ser chumbado um projeto de lei a favor da eliminação deste tipo de vistos.
Aos jornalistas, o deputado do BE José Manuel Pureza considerou que, "agora, o Parlamento Europeu, põe preto no branco esta recomendação de abolição dos 'vistos gold', justamente porque considera que eventuais vantagens económicas que possam resultar para os Estados-membros da atribuição destes vistos não são de todo compensatórias daquilo que são os riscos" deste regime. "E, portanto, creio que é bom analisar aquilo que está a acontecer em Portugal", desafiou o parlamentar, considerando que no país se está "exatamente a fazer o contrário daquilo que o Parlamento Europeu agora veio recomendar". Isto é, explicou, "não apenas não há obrigações ou mecanismos de transparência acrescidos nesta matéria, como também não há vontade política da generalidade dos partidos para abolir os 'vistos gold'".
"Ainda recentemente, o regime dos 'vistos gold' veio a ser alargado por acordo entre PSD, PS, CDS e PAN", acrescentou José Manuel Pureza, lembrando que o BE propõe "há bastante tempo a abolição dos 'vistos gold'" porque está "muito convencido de que se trata de um instrumento perverso". "Por isso, o nosso compromisso é o de voltarmos a inscrever este compromisso de abolição dos 'vistos gold' como um compromisso eleitoral principal do Bloco nas próximas eleições", garantiu.
Pelo PCP, o deputado António Filipe defendeu que o relatório do Parlamento Europeu tem uma posição "coincidente" com o que tem sido o sentido de voto do partido na Assembleia da República sobre o tema. "Nós votámos contra a introdução dos 'vistos gold' na lei dos estrangeiros portuguesa e, nesta sessão legislativa, quando recentemente foi colocada a votação uma iniciativa legislativa para os extinguir, o PCP votou favoravelmente", lembrou. António Filipe defendeu ainda que o Governo deve tomar a iniciativa de eliminar os 'vistos gold' da legislação portuguesa.
"Perante esta posição do Parlamento Europeu, achamos que o Governo deverá tomar medidas coincidentes com essa posição e eliminar esta possibilidade da legislação portuguesa", insistiu. Já o deputado do PEV José Luís Ferreira reiterou que o partido defende a "eliminação nos termos e nos moldes em que os 'vistos gold' estão estabelecidos", assinalando que o regime não foi abolido porque "o PS, PSD, CDS e PAN votaram contra".
"E não só se limitaram a não eliminar os 'vistos gold', como ainda a trazer uma nova categoria de vistos a que chamam os 'vistos green' que, de certa forma com uma cobertura ambiental, se pretende fomentar ou promover a criminalização económica que normalmente estão associadas a estes vistos, desde o peculato, a corrupção, o branqueamento de capitais, a evasão fiscal - e por aí fora -, mas também estabelecer uma grande discriminação entre cidadãos de primeira e segunda", conforme se tenha ou não dinheiro para investir, apontou.
Segundo o deputado, "Os Verdes" consideram que é de necessário "repensar a eliminação dos 'vistos gold' em Portugal". Do lado dos partidos da direita, o deputado do PSD Carlos Peixoto defendeu o reforço das "capacidades de controlo do país e de fiscalização dos requerentes" dos 'vistos gold', mas rejeitou a possibilidade de o programa ser eliminado.
"Depois de serem reforçadas as capacidades de controlo, não está em causa, nem deve estar em causa, a abolição deste tipo de programa. Reforço sim, controlo sim, supervisão sim, abolição não", afirmou. Segundo o social-democrata, todos os programas têm problemas, mas o caminho deve passar por um aumento do "controlo e fiscalização". "Não é porque existem acidentes nas estradas que se acabam com os carros.
Se existem fundados indícios que os requerentes do programa pretendem branquear capitais, é preciso supervisionar e ser muito mais rigorosos no escrutínio que fazemos", frisou. Carlos Peixoto referiu que os 'vistos gold' são um programa importante para o país, explicando que desde o seu início já entraram no país cerca de mais de quatro mil milhões de euros de investimento direto.
Já o deputado centrista Pedro Mota Soares referiu que, "com todo o respeito que o CDS tem pelo Parlamento Europeu, há matérias que são dos Estados nacionais". "A existência de programas de incentivo ao investimento deve ser uma matéria de Portugal", referiu, para acrescentar que "não deve ser uma matéria decidida em Bruxelas".
"O CDS tem sido muito crítico relativamente ao fim da regra da unanimidade no lançamento de impostos, somos completamente contrários à possibilidade de Bruxelas decidir sobre matérias que devem ser decididas em Portugal", continuou Pedro Mota Soares, reiterando que "este programa foi importante para a atração de investimento".
* Palavra que não somos iluminados mas desde o início considerámos os "vistos gold" como uma porta aberta para a trafulhice, se o parlamento europeu precisar das nossas opiniões bastante mais rápidas e acertivas que não se acanhe, é tudo uma questão de preço.
.
.
.
HOJE NO
"OBSERVADOR"
Igreja portuguesa está a investigar mais duas queixas de abuso sexual, mas ainda não as comunicou à polícia
Porta-voz dos bispos diz que os casos só serão levados à polícia se tiverem "credibilidade e fundamento". Isto depois de o Papa ter insistido que os abusos sexuais têm de ser comunicados à justiça.
As dioceses católicas portuguesas estão a investigar mais
duas denúncias de abusos sexuais alegadamente cometidos por membros do
clero em Portugal, mas só as vão comunicar à polícia se as instituições da Igreja entenderem que há “credibilidade e fundamento” nas queixas. A revelação foi feita esta terça-feira pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
.
PADRE DO FUNDÃO
NÃO PARTIA UM PRATO,
QUEBRAVA BILHAS |
Isto
apesar de, na cimeira inédita da semana passada, no Vaticano, alguns
dos mais altos responsáveis da Igreja Católica terem deixado claro que a
instituição não tem “ferramentas” ou “medidas coercivas” para
investigar estes crimes, sublinhando a importância de “entregar estas
pessoas às autoridades civis”.
O padre Manuel Barbosa falava como convidado especial no programa da Antena 1 “E Deus criou o Mundo“,
programa semanal da rádio pública dedicado às religiões, que, nesta
terça-feira, abordou a cimeira dedicada aos abusos sexuais na Igreja
Católica.
Quando o moderador do programa, o jornalista Henrique
Mota, o questionou sobre quais os métodos que os bispos em Portugal
iriam utilizar para responder às exigências do Papa Francisco relativas à
transparência e à divulgação de estatísticas sobre os casos de abuso
sexual, o sacerdote não foi capaz de dar números exatos sobre o problema em Portugal.
Lembrou, por exemplo, aquilo que já tinha dito na semana anterior à
cimeira: que os dados que existem neste momento na CEP são de “dez ou
11” casos — mantendo a mesma incerteza quanto ao número certo, depois
de, há duas semanas, ter preferido falar em “cerca de uma dezena”.
Das
denúncias que apareceram, destacou o padre Manuel Barbosa, “3, ou 4, ou
5, salvo erro umas cinco não foram provadas, ficaram na investigação
prévia”. Além dessas, houve “casos de condenação também civil”,
nomeadamente “três casos que são conhecidos da sociedade e da opinião
pública”, explicou o sacerdote, referindo-se aos casos de Vila Real, Fundão e Golegã.
Na prática, isso significa que, além do tempo de investigação prévia,
as dioceses portuguesas ainda vão esperar que os casos sejam analisados
no Vaticano — que há-de decidir se, por exemplo, deve ser aberto um
processo canónico — antes de os comunicar à Polícia Judiciária ou ao
Ministério Público.
O moderador do programa ainda questionou o
padre Manuel Barbosa sobre se essa investigação prévia eclesiástica não
deverá ser feita “em paralelo” com as autoridades civis, ao que o
porta-voz dos bispos portugueses respondeu: “À partida, quando há credibilidade, essa investigação é comunicada às autoridades civis e a parte canónica continua, vai para a [Congregação para a] Doutrina da Fé”.
O padre Manuel Barbosa não explicou exatamente como é que as
instituições eclesiásticas averiguam a credibilidade de uma denúncia de
um crime. Em conferência de imprensa há duas semanas, o porta-voz da
CEP tinha defendido
que os “os tribunais eclesiásticos são juízes” com “competência
técnica” para avaliar os casos. E sublinhou também que “em certos casos a
justiça canónica é mais severa que a justiça da lei civil”.
Ainda
esta semana, no Vaticano, durante a inédita cimeira de líderes
católicos sobre a proteção dos menores na qual participou também o
cardeal português D. Manuel Clemente, o arcebispo maltês Charles
Scicluna, principal investigador do Vaticano para os casos de abuso
sexual, tinha destacado a importância de comunicar os casos às autoridades civis, sublinhando que a jurisdição da Igreja “é espiritual”.
“Não
temos forma de aplicar medidas coercivas e não temos nostalgia do tempo
da Inquisição”, disse Scicluna. “Os Estados é que têm esta jurisdição. Nós
não temos as ferramentas para isto. Não temos medidas coercivas para
investigar. Estas pessoas têm de ser entregues às autoridades civis”, afirmou o arcebispo, que é também secretário adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé.
A comunicação das denúncias às autoridades civis foi um dos tópicos
mais abordados na cimeira da semana passada no Vaticano, com várias
figuras de topo da Igreja Católica, incluindo o próprio Papa Francisco, a defenderem esta prática.
O
Papa alertou mesmo, num dos pontos de uma lista de 21 tópicos que
entregou aos bispos e cardeais no início da reunião, para a necessidade
de “informar as autoridades civis e as autoridades
eclesiásticas
superiores em conformidade com as normas civis e canónicas”. No final da
cimeira, no discurso de encerramento, Francisco voltou ao tema,
lembrando um dos seus discursos de 2018 à Cúria Romana, garantindo que a
Igreja “não poupará esforços fazendo tudo o que for necessário para entregar à justiça toda a pessoa que tenha cometido tais delitos”.
A
questão da obrigação moral dos bispos de reportar os casos às
autoridades, que tinha sido defendida pelo padre Hans Zollner,
organizador da cimeira no Vaticano, em entrevista ao Observador, voltou a
ser salientada na cimeira pelo cardeal norte-americano Seán O’Malley,
arcebispo de Boston, que sublinhou que a dimensão da “crise
terrível” pela qual a Igreja passa neste momento se deve, em grande
parte, ao facto de, “durante muito tempo, estes crimes não terem sido
reportados” de forma apropriada.
* A igreja católica portuguesa continua a ser um feudo salarazento e sórdido.
.
A PORTEIRA
.
IN "SÁBADO"
21/02/19
.
As mulheres, os salários iguais
e o fim do mundo em cuecas
"Se as mulheres ganham menos que os homens, por algum motivo é. E eu digo-vos já qual é o motivo, que eu não sou de mandar dizer por ninguém: a verdade é que nós, as mulheres, somos muito estragadas".
Fui agora mesmo apanhada de rolos na cabeça – sim, que hoje é dia de
lavar o cabelo e dar umas tesouradas nas pontas, para não espigar – com a
notícia de que as mulheres vão ganhar tanto como os homens, desde que
façam um trabalho igual.
Olha que bonito serviço...
Isto é uma ideia sem pés nem cabeça e não há-de faltar muito tempo para verem como eu tenho razão.
Se as mulheres ganham menos que os homens, por algum motivo é. E eu digo-vos já qual é o motivo, que eu não sou de mandar dizer por ninguém: a verdade é que nós, as mulheres, somos muito estragadas. A gente, Deus me perdoe, só gastamos dinheiro em porcarias. Por isso, darem mais dinheiro à gente é mesmo estar a pedir para o torrarmos ainda mais. Qualquer dia, comemos dinheiro torrado ao pequeno-almoço, com um bocadinho de manteiga, como fazemos com os restos do bolo-rei.
Basta a gente andarmos na rua para vermos a quantidade de lixo com que a gente se vestimos: a gente não somos como os homens, que é uma calça, uma camisa, um casaco e ala Cardoso. A gente é cueca, a gente é meia, a gente é cinta, a gente é combinação, a gente é sutiã, a gente é camisola interior, a gente é saia, a gente é camiseiro, a gente é casaco de malha, a gente é casaco três-quartos. E como se ainda fosse pouco, a gente ainda é sapato, a gente ainda é mala e a gente ainda somos de atirar uma xarpe para cima disto tudo.
E o vestir ainda não é o pior. O pior é o resto!
Por um acaso, alguma vez algum homem comprou, numa aquelas lojas da televisão que passam às quatro da manhã, uma esfergona que também é vassoura e que também é piaçaba e que, em abrindo ainda é chapéu-de-chuva e que em Dezembo, com mais uma extensão, ainda é árvore de Natal?
Algum homem alguma vez deu pra cima de dez contos na moeda antiga por um boião de creme de baba de caracol? Ou de raspas de escama de sardinha? Algum homem tem um cobertor com mangas para ver televisão? Algum homem vê televisão? Algum homem gastava metade do ordenado em tamparuéres? De todos os tamanhos? E de todas as cores? E em forma de limão, para guardar as metades? Algum homem tem sete camisas de dormir? E mais três robes? Algum homem tem uma caixa com setenta e cinco matizes de sombras para os olhos? E um gel de duche para as pernas, outro para os braços, outro pró tronco, dois para a cara e sete para o cabelo? Os homens usam escovas eléctricas? E três variedades de pedra pomes prós calos? E bandas de cera prás pernas? Os homens descoloram os pêlos do nariz, e das orelhas, e do bigode?
Eu tenho pra mim que a gente sozinhas transformámos a China na segunda maior economia mundial, de tanto cangalho que a gente trazemos para casa lá das lojas deles.
Eu contra mim falo, que às vezes vou lá comprar umas molas prá roupa, ou uma colher de pau, ou um alguidar para pôr o bacalhau de molho, salvo seja, e venho de lá carregada com uma estátua de Nossa Senhora de Fátima em tamanho real e um escadote pequenino para tirar a maior da chaminé, que virado ao contrário é uma caixa de costura.
O dinheiro faz falta ao país, e em passando por as nossas mãos, é tudo mais para queimar. Já os homens, volta tudo pró Estado, no IVA dos cigarros, da cerveja e da Spór TV.
Mas a gente sermos estragadas é só o primeiro problema, porque há mais.
Em aumentando o salário às mulheres, a gente damos cabo da produtividade do país.
Por exemplos, em acertando os salários para serem iguais aos dos homens, sempre sobra mais algum para comprar lã. E deixamos a gente de fazer camisolas e passamos a fazer tapetes de Arraiolos, que é um chupador de lã. E depois entramos numa repartição qualquer e a boa da mulher, em vez de demorar dez minutos a pousar as agulhas para nos vir atender, é mais meia hora para acabar a franja. Parece que não pensam nessas coisas.
E aquela meia horinha de almoço que a gente aproveitamos para dar um salto a um centro comercial e vermos as montras, passam a ser duas horas perdidas nas filas para pagar mais um sutiã daqueles que puxam o peito para cima, ou uma tinta acobreada para o cabelo, ou um trem de cozinha com acabamentos a ouro de vinte e quatro quilates. Daqueles que ainda oferecem quatro frigideiras em vitrocerâmica temperada, daquela que não agarra nada. Para depois em casa, corrermos o marido e os filhos a arroz com atum. Mal empregado dinheiro.
E por falar em filhos, se as mulheres deixarem de receber menos vinte porcento que os homens para fazerem o mesmíssimo trabalho, qualquer dia já compensa uma mulher ir trabalhar, em vez de ficar em casa. E as mulheres, em trabalhando, começam a meter lá umas ideias na cabeça e depois vêm os divórcios, e depois os filhos drogados, e depois os filhos homossexuais e por aí fora. Ou às vezes pior, os filhos drogados e homossexuais. É isto que ainda há-de acabar com a civilização da gente, escrevam o que eu digo.
Outra coisa que isto pode trazer de muito mau é que, com salários exactamente iguais aos dos homens para trabalhos exactamente iguais, as mulheres começam a ter a mania e vão de comprar o seu carrinho, em vez que irem, como pertence, sentadas ao lado do marido. Ora, como as mulheres a conduzir é o desastre que se sabe, a gente se não morremos de uma coisa, morremos da outra.
Mas como eu não gosto de ser negativa, acabo com uma luz ao fundo do túnel: dei uma guglada (que é assim que se diz procurar na internet) e estive a ler uns estudos sobre outros países que já caíram nesta esparrela. Parece que estas legislações, apesar das intenções, não chegam para acabar mesmo com o fosso salarial, como eles dizem, entre os homens e as mulheres. Isto, entre outras coisas, porque as mulheres continuam a ser discriminadas lá nos empregos delas, a ter menos hipóteses de serem promovidas e a serem vistas como muito agressivas quando tentam conseguir um aumento de salário, o que as desmotiva a falarem com os chefes sobre estes assuntos. Por isso, nem tudo está perdido.
Dizem eles que, mais importante que a legislação, é mudar as mentalidades. Mas para isso, cá estamos nós. Para não deixar mudar, vá.
E prontos, gostei muito deste bocadinho, e agora vou voltar pra de roda do ferro. Felizmente que o meu passa tudo num instante, que tem sete caldeiras, nove saídas de vapor, e um bico prá frente, um bico pra trás, um bico prá esquerda e um bico prá direita. Comprei na TV Shop, noventa contos na moeda antiga, e ainda me mandaram uma bíblia ilustrada.
É que eu, Deus me perdoe, mas como sou mulher, não tenho nada na cabeça.
Com licença.
Se as mulheres ganham menos que os homens, por algum motivo é. E eu digo-vos já qual é o motivo, que eu não sou de mandar dizer por ninguém: a verdade é que nós, as mulheres, somos muito estragadas. A gente, Deus me perdoe, só gastamos dinheiro em porcarias. Por isso, darem mais dinheiro à gente é mesmo estar a pedir para o torrarmos ainda mais. Qualquer dia, comemos dinheiro torrado ao pequeno-almoço, com um bocadinho de manteiga, como fazemos com os restos do bolo-rei.
Basta a gente andarmos na rua para vermos a quantidade de lixo com que a gente se vestimos: a gente não somos como os homens, que é uma calça, uma camisa, um casaco e ala Cardoso. A gente é cueca, a gente é meia, a gente é cinta, a gente é combinação, a gente é sutiã, a gente é camisola interior, a gente é saia, a gente é camiseiro, a gente é casaco de malha, a gente é casaco três-quartos. E como se ainda fosse pouco, a gente ainda é sapato, a gente ainda é mala e a gente ainda somos de atirar uma xarpe para cima disto tudo.
E o vestir ainda não é o pior. O pior é o resto!
Por um acaso, alguma vez algum homem comprou, numa aquelas lojas da televisão que passam às quatro da manhã, uma esfergona que também é vassoura e que também é piaçaba e que, em abrindo ainda é chapéu-de-chuva e que em Dezembo, com mais uma extensão, ainda é árvore de Natal?
Algum homem alguma vez deu pra cima de dez contos na moeda antiga por um boião de creme de baba de caracol? Ou de raspas de escama de sardinha? Algum homem tem um cobertor com mangas para ver televisão? Algum homem vê televisão? Algum homem gastava metade do ordenado em tamparuéres? De todos os tamanhos? E de todas as cores? E em forma de limão, para guardar as metades? Algum homem tem sete camisas de dormir? E mais três robes? Algum homem tem uma caixa com setenta e cinco matizes de sombras para os olhos? E um gel de duche para as pernas, outro para os braços, outro pró tronco, dois para a cara e sete para o cabelo? Os homens usam escovas eléctricas? E três variedades de pedra pomes prós calos? E bandas de cera prás pernas? Os homens descoloram os pêlos do nariz, e das orelhas, e do bigode?
Eu tenho pra mim que a gente sozinhas transformámos a China na segunda maior economia mundial, de tanto cangalho que a gente trazemos para casa lá das lojas deles.
Eu contra mim falo, que às vezes vou lá comprar umas molas prá roupa, ou uma colher de pau, ou um alguidar para pôr o bacalhau de molho, salvo seja, e venho de lá carregada com uma estátua de Nossa Senhora de Fátima em tamanho real e um escadote pequenino para tirar a maior da chaminé, que virado ao contrário é uma caixa de costura.
O dinheiro faz falta ao país, e em passando por as nossas mãos, é tudo mais para queimar. Já os homens, volta tudo pró Estado, no IVA dos cigarros, da cerveja e da Spór TV.
Mas a gente sermos estragadas é só o primeiro problema, porque há mais.
Em aumentando o salário às mulheres, a gente damos cabo da produtividade do país.
Por exemplos, em acertando os salários para serem iguais aos dos homens, sempre sobra mais algum para comprar lã. E deixamos a gente de fazer camisolas e passamos a fazer tapetes de Arraiolos, que é um chupador de lã. E depois entramos numa repartição qualquer e a boa da mulher, em vez de demorar dez minutos a pousar as agulhas para nos vir atender, é mais meia hora para acabar a franja. Parece que não pensam nessas coisas.
E aquela meia horinha de almoço que a gente aproveitamos para dar um salto a um centro comercial e vermos as montras, passam a ser duas horas perdidas nas filas para pagar mais um sutiã daqueles que puxam o peito para cima, ou uma tinta acobreada para o cabelo, ou um trem de cozinha com acabamentos a ouro de vinte e quatro quilates. Daqueles que ainda oferecem quatro frigideiras em vitrocerâmica temperada, daquela que não agarra nada. Para depois em casa, corrermos o marido e os filhos a arroz com atum. Mal empregado dinheiro.
E por falar em filhos, se as mulheres deixarem de receber menos vinte porcento que os homens para fazerem o mesmíssimo trabalho, qualquer dia já compensa uma mulher ir trabalhar, em vez de ficar em casa. E as mulheres, em trabalhando, começam a meter lá umas ideias na cabeça e depois vêm os divórcios, e depois os filhos drogados, e depois os filhos homossexuais e por aí fora. Ou às vezes pior, os filhos drogados e homossexuais. É isto que ainda há-de acabar com a civilização da gente, escrevam o que eu digo.
Outra coisa que isto pode trazer de muito mau é que, com salários exactamente iguais aos dos homens para trabalhos exactamente iguais, as mulheres começam a ter a mania e vão de comprar o seu carrinho, em vez que irem, como pertence, sentadas ao lado do marido. Ora, como as mulheres a conduzir é o desastre que se sabe, a gente se não morremos de uma coisa, morremos da outra.
Mas como eu não gosto de ser negativa, acabo com uma luz ao fundo do túnel: dei uma guglada (que é assim que se diz procurar na internet) e estive a ler uns estudos sobre outros países que já caíram nesta esparrela. Parece que estas legislações, apesar das intenções, não chegam para acabar mesmo com o fosso salarial, como eles dizem, entre os homens e as mulheres. Isto, entre outras coisas, porque as mulheres continuam a ser discriminadas lá nos empregos delas, a ter menos hipóteses de serem promovidas e a serem vistas como muito agressivas quando tentam conseguir um aumento de salário, o que as desmotiva a falarem com os chefes sobre estes assuntos. Por isso, nem tudo está perdido.
Dizem eles que, mais importante que a legislação, é mudar as mentalidades. Mas para isso, cá estamos nós. Para não deixar mudar, vá.
E prontos, gostei muito deste bocadinho, e agora vou voltar pra de roda do ferro. Felizmente que o meu passa tudo num instante, que tem sete caldeiras, nove saídas de vapor, e um bico prá frente, um bico pra trás, um bico prá esquerda e um bico prá direita. Comprei na TV Shop, noventa contos na moeda antiga, e ainda me mandaram uma bíblia ilustrada.
É que eu, Deus me perdoe, mas como sou mulher, não tenho nada na cabeça.
Com licença.
IN "SÁBADO"
21/02/19
.
.
.
HOJE NO
"RECORD"
Pichardo e Inês Henriques são
os melhores portugueses
no novo ranking mundial
IAAF tenciona a médio prazo utilizar este ranking como forma de acesso aos grandes campeonatos
A marchadora Inês Henriques e o triplo saltador Pedro Pichardo são os
portugueses mais bem classificados no novo ranking mundial de atletismo,
apresentado esta terça-feira pela IAAF, e que conjuga as marcas como as
classificações obtidas.
.
A IAAF tenciona a médio prazo utilizar este ranking como forma de acesso
aos grandes campeonatos - uma situação que ainda não vai ocorrer este
ano para o Mundiais de Doha.
O sistema atribui pontos em função da classificação e marca obtidas e
também importância do evento, com um sistema que passa a ter algumas
semelhanças com o ranking de ténis.
Ao serem transformados em pontos as marcas e os lugares conseguidos, é
possível obter-se uma lista absoluta, que na ordenação agora apresentada
é comandada pela queniana Beatrice Chepkoech, recordista mundial dos
3.000 metros obstáculos.
O primeiro na tabela dos homens é o norte-americano Noah Niles, pelo que fez nos 200 metros nos últimos 12 meses.
Para o ranking, contam os cinco melhores resultados dos últimos 12 meses
(três ou mesmo dois e 18 meses para as provas de estrada, fundo e
obstáculos).
Em termos de portugueses, há cinco nomes que chegam ao top-500 absoluto,
sendo 41 os que atingem o top-100 de cada especialidade.
O triplo salto é, atualmente, o grande destaque do atletismo luso, com
Pedro Pichardo em 33.º e Nelson Évora em 176.º, em masculinos, e
Patrícia Mamona em 455.º, em femininos.
.
Inês Henriques (50 km marcha) aparece em 212.ª e Marta Pen (1.500 metros) em 273.º.
Em termos de prova, Pichardo é segundo e Évora quinto, no triplo, com
Carlos Veiga (53.º) e Tiago Pereira (68.º) também com dimensão
internacional.
Inês Henriques é a segunda do 'ranking' de 50 km marcha, sendo Sandra
Silva a 50.ª. E Marta Pen aparece em 19.ª nos 1.500 metros.
A velocidade feminina tem ainda em destaque Lorene Bazolo (81.ª nos 100
metros) e Cátia Azevedo (37.ª nos 400 metros). O fundo feminino de pista
só tem Sara Moreira (77.ª nos 5.000 e 49.ª nos 10.000) e Catarina
Ribeiro (73.ª nos 10.000).
Noutras provas, aparecem Andreia Crespo (98.ª nos 400 barreiras),
Anabela Neto (68.ª na altura), Leonor Tavares (73.ª na vara), Marta
Onofre (82.ª na vara), Evelise Veiga (19.ª no comprimento), Patrícia
Mamona (19.ª no triplo), Susana Costa (24.ª no triplo), Lecabela
Quaresma (54.ª no comprimento, 29.ª nas combinadas) e Shaina Mags (92.ª
no triplo).
Eliana Bandeira (78.ª) no peso, Irina Rodrigues (22.ª no disco), Liliana
Cá (25.ª no disco), Ana Cabecinha (sétima nos 20 km marcha), Edna
Barros (39.ª nos 20 km marcha) e Mara Ribeiro (66.ª nos 20 km marcha)
são os outros destaques femininos lusos.
Em termos masculinos, as listas incluem Carlos Nascimento (93.º nos
100), Ricardo Santos (48.º nos 400), André Pereira (86.º nos 3.000
obstáculos), Diogo Ferreira (27.º na vara), Edi Maia (73.º na vara),
Ruben Miranda (91.º na vara) e Ivo Tavares (77.º no comprimento).
Também constam Tsanko Arnaudov (26.º no peso), Francisco Belo (28.º no
peso e 84.º no disco), Edujosé Lima (79.º no disco), António Vital e
Silva (39.º no martelo), João Vieira (18.º nos 50 km marcha), Pedro
Isidro (77.º nos 50 km marcha), Pedro Santos (82.º nos 50 km marcha) e
Hélder Santos (83.º nos 50 km marcha).
* Sentimo-nos honrados por representarem o atletismo nacional.
.
.
.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Semana da Igualdade assinala
.desigualdades que afetam as mulheres
.desigualdades que afetam as mulheres
A diferença salarial, a precariedade, as doenças profissionais e a difícil conciliação das vidas profissional e familiar afetam mais as mulheres. E, por isso, na próxima semana promove-se a igualdade.
Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) emitiu 727
pareceres o ano passado, 84% relativos à intenção de recusa por parte
das entidades patronais em atribuir o horário flexível a trabalhadores
com filhos menores de 12 anos, a maioria dos quais pedidos por mães
trabalhadoras. E, em 85% dos casos, entendeu que os pedidos eram
justificados.
.
A esmagadora maioria (86,7%, segundo os Censos 2011)
das famílias monoparentais são sexo feminino. Isto num país com uma das
taxas mais elevadas de mulheres empregadas e onde se trabalha mais
horas por semana. Portugal é o quarto país com o horário mais alargado, a
seguir à Grécia, à Áustria e ao Reino Unido.
São alguns dados do
Instituto Nacional da Estatística e da CITE, destacados pela CGTP-IN,
que promove de 4 a 8 de março várias ações pelo país numa iniciativa a
que chamou Semana da Igualdade.
E, a 8 de março, Dia Internacional da Mulher, há ações de rua, com várias associações a assinalar a data.
.
.
Piores condições laborais
As
mulheres ganham menos 14,9% do que os homens em trabalho igual ou de
valor igual considerando as remunerações-base no setor privado e no
setor empresarial do Estado, sendo a diferença maior nas empresas
privadas (22,6%) do que nas empresas públicas (13,4%), revelam os
quadros de pessoal 2017 do Ministério do Trabalho da Solidariedade e
Segurança Social e Eurostat/2016.
A precariedade atinge sobretudo o
setor feminino, com grande parte dos mais jovens (41,5% com menos de 35
anos) com vínculos precários.
Portugal é o terceiro país da União
Europeia com maior percentagem de trabalhadores com vínculos precários,
a seguir à Espanha e à Polónia e acima da média europeia: 22% em
Portugal contra 14,3% na UE (Eurostat).
Outra situação em que as
mulheres estão em desvantagem tem que ver com as doenças profissionais.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, estas doenças matam
seis vezes mais trabalhadores do que os acidentes de trabalho e deixam
incapacitados milhares de pessoas.
Em Portugal, 70% dos casos de
doenças incapacitantes são de mulheres trabalhadoras, o que tem vindo a
aumentar ao contrário do que acontece com os homens, segundo a
Autoridade para as Condições do Trabalho. A maioria das incapacidades
resulta de lesões músculo-esqueléticas.
* Todos os dias nas páginas deste blogue nós afirmamos a nossa condição de activistas pelos Direitos Humanos, consideramos a desigualdade de género uma infâmia e a igreja católica é altamente responsável na manutenção dessa infâmia.
.
.
.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Filhos de políticos madeirenses vendem negócio de canábis a grupo canadiano
O
grupo canadiano ‘Aurora Cannabis’ anunciou, ontem, a aquisição da
maioria do capital da ‘Gaia Pharm’, uma sociedade constituída no Funchal
em Março de 2018, que pretende cultivar canábis para fins terapêuticos e
medicinais e cujos sócios são filhos de políticos madeirenses.
.
Adolfo Figueira Brazão, filho do deputado Adolfo Brazão (PSD), e Tiago Saramago Matos, filho da ex-deputada e ex-vereadora Violante Saramago Matos (PS e BE) e do mandatário da última candidatura de Paulo Cafôfo, Danilo Matos, parecem ter feito uma aposta certeira neste negócio emergente. Há precisamente um ano constituíram a ‘Gaia Pharm’. O primeiro detinha 40% da empresa e o segundo 20%, sendo o restante capital dividido pelo biólogo Rui Santos Rosa e por Deodato Viegas da Silva. No passado dia 21 de Fevereiro receberam autorização do Infarmed para a construção da sua unidade de cultivo de canábis e menos de uma semana depois chegaram a acordo com o citado grupo canadiano para a venda de 51% do capital da sociedade.
De acordo com uma nota divulgada pelo investidor canadiano, a ‘Gaia Pharm’ vai agora mudar de nome para ‘Aurora Portugal Lda’. Prevê-se que a primeira fase de construção da unidade de produção de canábis fique concluída no Verão do próximo ano. No arranque, estima-se que venha a produzir 2.000 quilos de canábis por ano, sendo que numa segunda fase pode chegar aos 4.000 quilos por ano. A produção será canalizada prioritariamente para o mercado europeu, incluindo Portugal.
A ‘Aurora Cannabis’ não revelou quanto investiu na aquisição da empresa madeirense.
.
Adolfo Figueira Brazão, filho do deputado Adolfo Brazão (PSD), e Tiago Saramago Matos, filho da ex-deputada e ex-vereadora Violante Saramago Matos (PS e BE) e do mandatário da última candidatura de Paulo Cafôfo, Danilo Matos, parecem ter feito uma aposta certeira neste negócio emergente. Há precisamente um ano constituíram a ‘Gaia Pharm’. O primeiro detinha 40% da empresa e o segundo 20%, sendo o restante capital dividido pelo biólogo Rui Santos Rosa e por Deodato Viegas da Silva. No passado dia 21 de Fevereiro receberam autorização do Infarmed para a construção da sua unidade de cultivo de canábis e menos de uma semana depois chegaram a acordo com o citado grupo canadiano para a venda de 51% do capital da sociedade.
De acordo com uma nota divulgada pelo investidor canadiano, a ‘Gaia Pharm’ vai agora mudar de nome para ‘Aurora Portugal Lda’. Prevê-se que a primeira fase de construção da unidade de produção de canábis fique concluída no Verão do próximo ano. No arranque, estima-se que venha a produzir 2.000 quilos de canábis por ano, sendo que numa segunda fase pode chegar aos 4.000 quilos por ano. A produção será canalizada prioritariamente para o mercado europeu, incluindo Portugal.
A ‘Aurora Cannabis’ não revelou quanto investiu na aquisição da empresa madeirense.
* Esperemos pela 'Aurora Cocaína'.
.
-
ISLÃO/7
No que respeita a religiões cada vez temos menos consideração pelas comunidades mas, no entanto, respeitamos em absoluto a fé individual de quem as pratica.
Achamos de inteira justiça difundir um trabalho sobre o Islão, mau grado a história contemporânea registe actos criminosos em nome de suposta fé extremista.
É da sua competência, estimado visitador, comentar sobre o assunto, com inteligência, sem recorrer à calúnia.
* Nesta senda de retrospectiva de "bloguices" retomada em Setembro/17 iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
.