02/02/2019

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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ANTI-RUGAS

A Lélé Canecas vai ao médico para fazer um tratamento revolucionário anti-rugas (mais um):
– A Sra. só terá de colocar um parafuso no topo da cabeça, escondido no couro cabeludo. Sempre que aparecerem rugas basta girar o parafuso que a sua pele é puxada para cima e as rugas desaparecem. Quer experimentar?
– Claro, Dr.! Isso é o máximo!
Seis meses depois volta para uma consulta:
– Dr. essa técnica do parafuso é óptima, mas apareceram-me estes papos por baixo dos olhos!
– Minha Sra. esses papos são as mamas… e se não deixar o parafuso quieto, daqui a 15 dias vai ter barba!!!

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IX-A HISTÓRIA 
DO SEXO
6- COMO O SEXO
MUDOU O MUNDO

6.2- REBELDES DO SEXO




* Depois de uma perspectiva histórica e global do sexo, passaremos a editar factos circunscritos a períodos mais datados, civilizações regionais ou locais.



FONTE:  Canal Historia


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Como readaptar o Currículo


FONTE: PROGRAMA "Donos Disto Tudo"  RTP/1
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12-FEMFLEX



EBONY QUEEN

* Este vídeo contém imagens de total nudez no desempenho de actividade física. É erótico e bonito, não tem obrigação de ver.

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1-SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
1.4-INERVAÇÃO DO MANGUITO
ROTADOR DO OMBRO*




TAMBÉM COIFA  ROTADORA DO OMBRO

* Uma interessante série produzida para auxiliar alunos da área de saúde mas também muito útil para quem quer que deseje aprender sobre esta matéria. Disfrute.


FONTE: Anatomia Fácil com Rogério Gozzi

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11-FEMFLEX


CORINA  UNGUREANU

* Este vídeo contém imagens de total nudez no desempenho de actividade física. É erótico e bonito, não tem obrigação de ver.

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Como melhorar a produtividade! 




FONTE: Nerdologia

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10-FEMFLEX


PRICILLA

* Este vídeo contém imagens de total nudez no desempenho de actividade física. É erótico e bonito, não tem obrigação de ver.

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RICARDO PAIS MAMEDE

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Para além de racistas

Há tempos vi um vídeo que não vou esquecer tão cedo. É de noite. Vários tipos negros, com camisolas de capuz e ténis, olham à volta agitados. De repente começam a correr, todos na mesma direcção. A câmara mostra então um homem branco já velho, sentado num automóvel, girando a chave da ignição sem sucesso. O homem olha pela janela assustado. Os negros aproximam-se, rodeiam o carro, começam a empurrá-lo. A expressão do condutor é agora de pânico. O plano alarga-se. Percebemos que o carro está parado numa passagem de nível e um comboio vem na sua direcção. Em esforço, os jovens conseguem tirar o carro da linha. O idoso está em choque e os jovens acalmam-no. O condutor sorri-lhes, agradecido.
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Não esqueço também O Gosto dos Outros, filme de Agnès Jaoui. O protagonista, um empresário de província, vive para os negócios. Por acidente, a sua vida cruza-se com a de uma atriz de teatro. Nada têm a ver um com o outro. O empresário não esconde o seu desprezo pela cultura erudita. 
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Entre os amigos da actriz, o aspecto do homem, o modo como fala, a roupa que veste, a ignorância que revela sobre arte e outros temas, são motivo de chacota. À medida que as relações se aprofundam, os sinais de pertença de classe esbatem-se, dando lugar a uma comunicação sincera entre pessoas. Entre aqueles que se dispõem a ir além do que parece.
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O filme de Jaoui nada tem a ver com racismo, mas tem tudo a ver com preconceito. Como o vídeo que descrevi mais acima. A força destes filmes não está apenas na denúncia da discriminação em geral. São marcantes porque nos confrontam com os nossos próprios preconceitos. Com os meus. Com os de quem está a ler este texto.
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À partida, um grupo de jovens negros vestidos à rapper a correr agitados no meio da noite é um bando de vândalos. Um homem engravatado que dá erros de gramática e calinadas sobre arte com pronúncia rural é um pacóvio irremediável. Os nossos preconceitos não ficam por aqui. 
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Estendem-se às tias de Cascais, a quem usa meia brancas, aos políticos e famosos, às mulheres de saias curtas, a quem mastiga de boca aberta, aos feios e gordos, aos belos e ricos, aos homens efeminados, aos ciganos e chineses. Sobre todos temos opiniões formadas. Mesmo sem os conhecer.
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O preconceito é uma característica humana e de outros animais. Classificamos tudo em categorias estanques. Construímos expectativas com base em percepções. Generalizamos a partir de experiências únicas. Muitas vezes isto é útil, dá-nos pistas para a acção quando reina a incerteza. Mas o conhecimento indutivo é falível. Se só vimos cisnes brancos, assumimos que todos os cisnes são brancos. Na verdade não são. Só não tivemos ainda a oportunidade de ver cisnes negros. Mais conhecimento, se o quisermos, leva-nos a corrigir os erros da generalização.
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Somos mais ou menos racistas, classistas, sexistas e homofóbicos por instinto. Deixamos de o ser quando a experiência nos mostra que os seres humanos são todos diferentes e todos iguais. Que perdemos mais do que ganhamos quando nos deixamos iludir por preconceitos.
Não nascemos apenas com o poder da discriminação. Também viemos preparados para a questionar. Usemos este dom.

Economista e Professor do ISCTE-IUL

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
29/01/19


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9-FEMFLEX



SALASKYNA

* Este vídeo contém imagens de total nudez no desempenho de actividade física. É erótico e bonito, não tem obrigação de ver.


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Jesus ressuscitou?



FONTE: Razão ConsCiência

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XXXV-VIDA SELVAGEM
4- PEIXE SERRA



FONTE:  documentários sayrus  

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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8-FEMFLEX


KINKY

* Este vídeo contém imagens de total nudez no desempenho de actividade física. É erótico e bonito, não tem obrigação de ver.


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VIDEOS DE SEMPRE

Cyndi Lauper

Girls Just Want To Have Fun


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7-FEMFLEX



REGINA BLAT

* Este vídeo contém imagens de total nudez no desempenho de actividade física. É erótico e bonito, não tem obrigação de ver.

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9- A Indústria da Música Exposta

Por que Whitney Houston

  foi Assassinada?


A Indústria da Música Exposta é uma série que trata de conspiração em Hollywood, divididas em algumas partes, sem previsão de conclusão, que enfoca principalmente as situações estranhas na mídia. A primeira parte aborda o Controle Mental Monarca, que é necessário que todos entendam o conceito para poder prosseguir assistindo à série. Essa parte mostra quais seriam as possíveis vítimas monarcas e porque eles têm se comportado de uma forma "excêntrica". As vítimas monarcas são usadas para propagar a Nova ordem Mundial e é dessa forma que tem sido desde o início do projeto.


* Nesta senda de retrospectiva de "bloguices" retomada em Setembro/17 iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Escolha democrática do presidente
 da Comissão Europeia pode
 ter os dias contados

Sem se perceber muito bem qual será o desfecho das eleições europeias de maio, o processo de nomeação do presidente da Comissão Europeia, através das listas concorrentes ao Parlamento Europeu, parece ter deixado de suscitar o entusiasmo que, em 2014, Martin Schulz quis imprimir à escolha do "Spitzenkandidat"

A quatro meses das eleições europeias, o processo de nomeação do presidente da Comissão Europeia, através das listas concorrentes ao Parlamento Europeu, parece ter arrefecido.

O procedimento que gerou entusiasmo em 2014, em torno da ideia de mais democracia na escolha do presidente da Comissão Europeia, parece agora um mero vislumbre, cada vez mais vago e, essencialmente, confuso. A começar pelo número de candidatos.
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As duas principais famílias políticas do Parlamento Europeu nomearam cabeças de lista únicos. O Partido Popular Europeu (PPE) nomeou o alemão Manfred Weber. O Partido Socialista Europeu (S&D) lançou o holandês Frans Timmermans para a suposta corrida à liderança da Comissão Europeia. A partir daqui, torna-se difícil perceber quem são afinal os "Spitzenkandidat" - como lhe chamava Martin Schulz, em 2014, quando conseguiu que a ideia vingasse.

Os Verdes, por exemplo, têm dois Spitzenkandidaten. Franciska Maria Keller, e Bas Eickhout. Os liberais do ALDE surpreendem ao não nomear o candidato Guy Verhosftadt, que chegou a apresentar-se para uma corrida à liderança da Comissão, quando o português Durão Barroso foi nomeado para o segundo mandato, numa altura em que o processo seguia à letra a definição do Tratado de Lisboa, para a nomeação do chefe do executivo de Bruxelas.

Em vez disso, em novembro, numa reunião em Madrid, que contou com a presença de "mais de mil participantes, incluindo primeiros-ministros, comissários europeus, líderes partidários, delegados e membros individuais de 60 partidos membros de toda a Europa", os liberais aprovaram um manifesto, nomeando vários cabeças de lista, pela Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa.

"Os liberais europeus têm vários líderes fortes e decidimos que eles deveriam liderar a nossa campanha eleitoral como uma equipa", declarou na altura o eurodeputado do ALDE, Hans van Baalen, surpreendendo todos os que acreditavam que o ex-primeiro-ministro belga e atual negociador do Parlamento Europeu para o Brexit, Guy Verhofstadt, não desperdiçaria a nova oportunidade para tentar alcançar o topo do Berlaymont.

A Aliança dos Conservadores e Reformistas Europeus, que atualmente é o terceiro grupo do Parlamento Europeu, com 75 eurodeputados, nomeou o checo Jan Zahradil, como cabeça de lista. O grupo politico, que conta com 15 deputados polacos do partido eurocético PiS de Jaroslaw Kaczynski, pode tornar-se praticamente insignificante, uma vez que, depois do Brexit, já não contará com os seus 18 deputados britânicos do Partido Conservador (da primeira-ministra Theresa May).

O próprio cabeça de lista pela Aliança dos Conservadores e Democratas admitiu que o processo de nomeação do presidente da Comissão Europeia, pode ignorar de uma vez a ideia do "Spitzenkandidat", e a sua candidatura não é mais do que aproveitar a onda e chamar a atenção.

"Nós não inventámos o processo de 'Spitzenkandidat', mas uma vez que estamos aqui, queremos aproveitar a oportunidade para comunicar nosso programa, princípios e planos ao público", disse Jan Zahradil, quando se apresentou, em novembro, tendo frisado que os tratados da UE asseguram a responsabilidade do Conselho Europeu, para nomear o Presidente da Comissão.

"Eles podem querer indicar alguém que tenha concorrido como "Spitzenkandidat". Ou não. Mesmo que ganhássemos as próximas eleições europeias, eu respeitaria a decisão do Conselho ", afirmou, na altura, à imprensa, Jan Zahradil, demonstrando total descrédito no procedimento.

Já esta semana, na segunda-feira, a "Esquerda Europeia" nomeou a deputada eslovena Violeta Tomic e o Secretário-Geral do Sindicato dos Metalúrgicos da Bélgica Nico Cue como os seus "Spitzenkandidaten".

ALTOS E BAIXOS
Há menos de um ano, quando se começou a reavivar a ideia de voltar a ter um presidente da Comissão Europeia eleito nas listas ao Parlamento Europeu, o próprio presidente do Parlamento Europeu, o italiano António Tajani admitiu que ainda seria necessário "fortalecer este processo".

Porém, os contributos para dar força à ideia foram tímidos ou entraram mesmo em confronto. A Comissão Europeia distanciou-se, quando Jean-Claude Juncker assumiu que "a posição da Comissão seria neutra" e deixou mesmo entender que o nome escolhido "talvez" não possa sair "diretamente" da lista mais votada.

Entre os eurodeputados duas famílias políticas europeias, as quais teriam à partida mais probabilidade de eleger o presidente da Comissão Europeia, o socialista Carlos Zorrinho e o social-democrata Paulo Rangel são taxativos a afirmar que o Parlamento Europeu terá de ter um papel "determinante", mas não afirmam que esse papel será decisivo. Rangel defende que o escolhido deverá ser "em princípio aquele que vence". Zorrinho admite que "em democracia, pode haver nuances".

É que as próximas eleições europeias podem deixar o panorama político excessivamente fragmentado. Num caso como este, Paulo Rangel admite que "poderia ficar menos claro" qual a família política em melhores condições para escolher o presidente. Para Carlos Zorrinho "não se podem excluir" outros cenários de entendimento entre os grupos políticos para apoiara um nome para a comissão, mesmo que ele não seja o do grupo político vencedor das europeias 2019.
No Parlamento Europeu a promessa, porém a de bloquear qualquer nome proposto pelo Conselho Europeu, que não saia das listas candidatas às eleições de 2019.

CONSELHO EUROPEU DECIDE
No Conselho Europeu a ideia de perder um poder que foi exclusivo durante décadas não é bem acolhida e parece tudo a postos para a reversão do processo que levou à nomeação de Jean-Claude Juncker em 2014. O primeiro-ministro português, António Costa, não é um fã do "Spitzenkandidat" e admite que o futuro líder da Comissão "pode não ser" um dos cabeças de lista das eleições europeias.

António Costa assume que não será esse o modelo seguido. A escolha deverá "seguir aquilo que dizem os tratados", e assim "o Conselho propõe ao Parlamento Europeu um candidato a presidente da Comissão, tendo em conta o resultado das eleições" e não o contrário.

"É um poder do Conselho escolher um candidato", considerou António Costa, no final de uma cimeira europeia, há um ano, em que o assunto foi aflorado, à margem da agenda oficial. O chefe do governo admitiu ainda assim que o Conselho "tenha em conta a composição do Parlamento, para depois não escolher um candidato que não recolha a maioria no Parlamento Europeu".

António Costa admitiu porém que "no limite" o sucessor de Jean-Claude Juncker "pode não ser" um dos nomes propostos nas listas das próximas eleições europeias.

"Se cada partido europeu decide apresentar o seu candidato, é uma escolha dos partidos. Não compete ao Conselho estar a dizer o que é que os socialistas ou o PPE ou os Liberais devem ou não devem fazer. É uma escolha de cada partido europeu", afirmou, vincando que o resultado não terá reflexo ​​​​​​​direto na escolha do Conselho.

* Jogos de poder que cidadão básico europeu suporta e alimenta.

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4.000 VIDAS



Dois homens, de 51 e 54 anos, foram resgatados domingo 27/01/19 por militares da Esquadra 751 – Pumas destacados na Base das Lajes. Com este resgate, a Força Aérea ultrapassou as 4.000 vidas salvas, ao longo de 40 anos de missões de busca e salvamento, de transportes médicos urgentes e de resgates de doentes em navios.


FONTE:  Força Aérea Portuguesa

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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Jihadistas recebem 900 euros de
.rendimento de inserção em Espanha

Falha de segurança permite que estes recebam ajudas destinadas a pessoas em risco de exclusão social.

É uma falha de segurança no sistema de ajudas públicas do país que permite que jihadistas residentes em Espanha recebam 900 euros mensais de rendimento de inserção social. Poderá haver dezenas destes casos.
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SUBSIDIADOS
Segundo noticia o El Español, Redouan Bensbih, de 26 anos, que morreu na guerra da Síria, Ahmed Bouguerba, de 31 anos, que foi detido pela polícia basca Ertzainza, e Mehdi Kacem, de 26 anos, capturado pela Polícia Nacional estão envolvidos em estruturas jihadistas e beneficiam de valores atribuídos pelo estado espanhol que chegam aos 900 euros.

De acordo com o jornal, estes casos não deverão ser únicos.

Estes são exemplos de pessoas que vivem no país, sem trabalho, e que recebem ajudas sociais destinadas a pessoas em risco de exclusão social.

Fontes de segurança consultadas pelo jornal admitem que se trata de uma falha de segurança no sistema de ajudas públicas e afirmam que poderá haver "dezenas de casos deste género". Cada comunidade autónoma em Espanha dispõe de uma quantia para grupos em risco de exclusão social, através do qual é assegurado o apoio mensal.

Os jihadistas, sem revelarem quem são, obtêm esta informação através de centros culturais e sociais e espaços religiosos, como mesquitas. Confrontadas com pedidos de ajuda, estas associações explicam-lhes como podem pedir auxilio e que requisitos são exigidos em cada caso.

* Não é só Espanha, toda a UE subsídia os terroristas e trata mal os seus cidadãos.

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Chineses destroem objectos 
para aliviar stress em terapia


Em Portugal podíamos malhar nos corruptos, ele há tantos.


FONTE:  EFE BRASIL

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HOJE NO 
"O JORNAL ECONÓMICO"
Zurich recusou cobertura de seguro
 de gestores do BES

Apólice de 16 milhões de euros cobria atos de gestão de antigos executivos do BES, mas seguradora invalidou-a. Alega que sabiam de práticas ilegais.

A Zurich invalidou a apólice de seguro de responsabilidade civil profissional, contratada no final de 2013 pelo Banco Espírito Santo (BES) e que segurava os antigos administradores executivos desse banco contra perdas e danos resultantes de violação dos deveres profissionais, por erro ou omissão, de carácter negligente, nos atos de gestão. Fonte próxima ao processo revelou ao Jornal Económico que a seguradora suíça recusou cobrir os riscos decorrentes da atividade profissional dos ex-gestores dois meses após a resolução do BES, a 3 de agosto de 2014.

Esta apólice ascendia a um valor anual de 16 milhões de euros e abrangia o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, além de outros executivos do banco, como José Manuel Espírito Santo, Rui Silveira e Amílcar Morais Pires.

“A recusa da Zurich na cobertura de riscos surgiu dois meses após a resolução do BES, a 3 de agosto de 2014. A seguradora invalidou a apólice com um montante de cobertura de 15,8 milhões de euros por ano, com o argumento de que à data da assinatura da apólice os membros dos órgãos da entidade segurada sabiam das práticas desconformes que estavam a ser levadas a cabo pelo banco”, revela a mesma fonte.
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O Jornal Económico sabe que em causa estão os titulares de apólices de seguro responsabilidade civil profissional (Professional Indemnity) emitidas pela Zurich Insurance Plc – sucursal Londres, em conjunto com as subsidiárias Chubb Insurance Company of Europe SE (a maior seguradora de propriedade e responsabilidade civil de capital aberto do mundo) e a XL Insurance Company.

Oito milhões por sinistro
O montante da cobertura  da apólice de seguro da Zurich, contratada para o período entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2014, é de 7,9 milhões de euros por sinistro, com o máximo de 15,8 milhões de euros por ano. E junta-se a uma outra apólice da Zurich, referente a um seguro D&O (Directors & Officers), que tem  como objetivo segurar diretores, gerentes e administradores contra ações judiciais intentadas por terceiros, tais como órgãos oficiais de regulação, clientes ou liquidatários (ver texto em baixo). Já esta última apólice tem como limite de cobertura os 20 milhões de euros, e pode também cobrir responsabilidades criminais.

Jurisdição portuguesa
Segundo a mesma fonte, a apólice de seguro de responsabilidade civil profissional  está sujeita ao direito e à jurisdição portuguesa e a entidade corretora é a Willis Iberia SA, realçando que neste caso, em eventuais acções judiciais contra a seguradora suiça, nomeadamente por parte dos lesados do BES, aplica-se a lei portuguesa. Como a seguradora pode ser responsabilizada em Portugal, há vantagem para os lesados ao nível logístico, financeiro (mais económico), do conhecimento da lei e da sua defesa (os requisitos da lei e meios de prova são de mais fácil apreensão e os advogados podem ser portugueses).

Defesa de Salgado não comenta
O Jornal Económico confrontou o advogado de Ricardo Salgado sobre a decisão da Zurich em invalidar a apólice de seguro contra os riscos da gestão dos ex-membros executivos do BES, nomeadamente do seu presidente, mas Adriano Squilacce preferiu “não comentar”. Mas o JE sabe que é um assunto que a defesa de Salgado acompanha, considerando os seus advogados que a seguradora suíça “fez asneira” ao invalidar o contrato deste seguro, com mais de 50 páginas – apontado como “labiríntico”. A própria seguradora terá apresentado em 2014, antes da resolução do BES, uma proposta para ampliar o capital segurado.

Buraco da ESI na mira
Na recusa de cobertura do seguro de responsabilidade civil profissional, a Zurich alegou que à data da assinatura da apólice, em finais de 2013, os membros executivos do BES “sabiam das práticas desconformes” que estavam a ser levadas a cabo pelo banco que foi resolvido, na noite de 3 de agosto de 2014, pelo Banco de Portugal, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros. O BES foi separado em duas entidades: o ‘banco mau’, que ficou com os ativos tóxicos e que está em processo de liquidação, e o banco de transição Novo Banco, capitalizado com 4,9 mil milhões de euros através do Fundo de Resolução Bancária e que ficou com ativos e passivos considerados menos problemáticos.

As práticas desconformes sinalizadas pela Zurich como sendo do conhecimento dos gestores do BES à data da assinatura da apólice têm na mira a falsificação das contas da Espírito Santo International (ESI), holding do GES, após as autoridades reguladoras terem detetado  um buraco na ESI, no valor de 1,3 mil milhões de euros, no final de 2013.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES e do GES,  o ex-administrador do banco Pedro Mosqueira do Amaral revelou também que tomou consciência da gravidade do problema no final de 2013, e garantiu que ficou “assustado”.

Também Francisco Machado da Cruz, que supervisionou as contas da ESI e das holdings não financeiras do GES, já assegurou, em tribunal, que assumiu o “erro” daquela omissão do passivo para não destruir o GES. Por isso, remeteu para Ricardo Salgado uma explicação sobre os ativos imobiliários em Angola, que, disse, foram colocados para mostrar ao BdP que estavam na origem do passivo.

O que é um seguro D&O?
O seguro D&O (iniciais das palavras inglesas  Directors & Officers)  é um produto que visa segurar as responsabilidades de gestores de sociedades (administradores, gerentes, diretores, etc) por atos praticados no exercício das suas funções e dos quais possam ter resultado danos para a sociedade para os sócios ou para terceiros. É um seguro voluntário e multirriscos, que pode ainda coexistir com outras modalidades de seguro de responsabilidade civil, cobrindo prejuízos causados por alegados atos ilegítimos realizados por administradores e diretores de empresas ou bancos.

Este produto é apontado como um seguro fundamental  num cenário em que administradores de grandes empresas ou instituições financeiras, nomeadamente executivos, estão cada vez mais expostos aos riscos decorrentes da atividade de gestão.

O seguro D&O tem como objetivo segurar diretores, gerentes e administradores contra ações judiciais intentadas por terceiros, tais como órgãos oficiais de regulação, clientes, liquidatários ou administradores – ou até mesmo pela sua própria empresa. Cobre as despesas relacionadas com os honorários de advogados externos para a defesa de um diretor ou administrador no âmbito de tais ações judiciais, bem como as indemnizações por danos e acordos estipulados, desde que nenhum comportamento fraudulento seja estabelecido contra eles. O limite de capital varia consoante a avaliação que a seguradora faça do risco, sendo o usual um montante de até 25 milhões de euros, que podem chegar aos 50 milhões de euros em casos especiais.

Por outras palavras, um seguro D&O serve para assegurar aos gestores que as suas decisões estarão protegidas ainda que cada contrato seja único, sendo contemplados critérios que visem melhor beneficiar a empresa segurada. Este produto surge como uma ferramenta que vem reduzir significativamente os riscos a que os gestores estão sujeitos.  Isto porque protege o património pessoal dos administradores e gestores de reclamações que possam ocorrer no âmbito das suas atividades de gestão.

* Foi uma decisão lógica.

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HUMANIDADE

NARRAÇÃO DO AMOR



FONTE:  afpbr

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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Agarrados às redes: 
Os perigos reais de estar sempre ligado

O movimento do detox digital tem vindo a crescer e chegou a Portugal. A VISÃO ouviu especialistas sobre os perigos de estar sempre ligado e as razões de quem decidiu afastar-se do universo virtual. Conheça os sinais de "intoxicação" e faça o teste para saber se é altura de desligar


Sempre que publicava fotografias suas nas redes sociais, Vânia Duarte ficava ansiosamente à espera das reações. “Era muito dependente dos ‘gostos’ dos meus seguidores”, admite a web designer de 33 anos. “Tornava-se viciante.” Quando decidiu contabilizar o tempo consumido nas redes sociais, concluiu que gastava, em média, cinco horas diárias no Instagram e outras quatro no Snapchat.
Apenas fazia um par de partilhas por dia, mas estava constantemente atenta ao que lá se passava. Seria necessário um episódio dramático para se dar conta de que esta relação excessiva era tóxica – e escondia outros problemas.
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Nem sempre é essencial o confronto com uma situação-limite para que os utilizadores decidam alterar a forma como lidam com as plataformas tecnológicas. Muitas vezes, as razões para a desintoxicação digital são mais simples: “As pessoas começam a sentir que, sem se darem conta, desperdiçam horas a ver publicações nas redes sociais e querem recuperar o controlo dessa relação”, analisa Nelson Zagalo, especialista em Tecnologias de Comunicação.

A psicóloga clínica Ivone Patrão avança também com a hipótese de muitos dos que optam pelo detox digital terem sido confrontados com o desconforto do phubbing, ou seja, o gesto de ignorar os outros em benefício do telemóvel. “Podem ter praticado ou ter sido alvo de phubbing e decidem mudar”, sintetiza.

Nelson Zagalo identifica outro motivo para o afastamento das redes: “As notícias sobre a forma como os nossos dados são usados e rentabilizados nestas plataformas tornaram as pessoas mais conscientes e criaram medos”, nota o docente da Universidade de Aveiro. O paradigma é o escândalo, revelado em 2017, da Cambridge Analytica, empresa que usou indevidamente os dados de 50 milhões de clientes do Facebook para fins de propaganda política.

Recuperar o controlo sobre os seus dados e, também, sobre o seu tempo são os objetivos de uma grande fatia dos americanos inquiridos pelo Pew Research Center. Este prestigiado centro de estudos revelou, em setembro, que 42% dos adultos registados no Facebook fizeram uma pausa da rede social, ao longo de várias semanas, no último ano. Um quarto (26%) dos inquiridos apagou mesmo a aplicação do telefone. São os mais jovens, entre os 18 e os 29 anos, aqueles que mais optam pelo “delete” (provavelmente migrando para outras redes mais cool). Em inglês, chamam-lhe JOMO (joy of missing out), ou seja, a alegria de não saber o que se passa, por oposição ao já conhecido FOMO (fear of missing out), a ansiedade provocada por não estar conectado. Contudo, desligar não é tão fácil como possa parecer à primeira vista.

AMEAÇA À AUTOESTIMA
“Encenação” é uma das palavras de ordem no universo virtual, alerta Vânia Duarte. Contudo, por mais próximos da perfeição que estivessem os seus retratos, pensados ao pormenor, detestava ver-se.
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“Quando criei a página de Instagram queria documentar a minha transformação numa pessoa super fit e inspirar os meus seguidores.” Porém, quando lia os comentários elogiosos não ficava a sentir-se melhor consigo. “Chorava porque não me via daquela forma”, confessa. “Mostrava que estava superfeliz mas, na verdade, estava a lidar com um distúrbio alimentar.”

Ivone Patrão confirma uma grande tendência para a encenação nas redes. “Apesar de haver exemplos de impulsividade, a maior parte das pessoas procura transmitir algo que as valorize.” Estas plataformas podem funcionar, assim, como instrumentos de reforço da autoestima. “Fora das redes sociais, onde é que somos tão elogiados e tão depressa?”, questiona a psicóloga.

O feedback positivo instiga novas partilhas. No entanto, quando é negativo ou inexistente, tem o poder de deprimir os utilizadores. “Pode gerar stresse, sobretudo nas faixas etárias mais jovens, e causar a oxidação e inflamação do cérebro”, explica Ana Luísa Cardoso, investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra. Forjar a sensação de bem-estar para os amigos virtuais não é inofensivo: “Se não me sinto bem e partilho uma publicação em que estou muito feliz, posso estar a camuflar o problema e, até, a agravá-lo”, alerta Ivone Patrão.
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A dieta restritiva seguida por Vânia Duarte, com o objetivo de estar em forma e de corresponder ao ideal de beleza com o qual se confrontava nas redes, acabou por conduzi-la a um internamento hospitalar devido a uma anemia grave.

Depois de ter ficado doente concluiu, finalmente, que as redes sociais eram responsáveis por estar a perder aptidões tão simples como manter conversas pessoalmente. “Jantava com a minha família e, ao mesmo tempo, estava na rede, via um filme e continuava ligada, ia ao café e não desligava…”

Percebeu, também, a ansiedade que lhe provocava pensar se as suas partilhas teriam “gostos” e reações positivas. Tinha chegado o momento de tomar uma decisão: “Ou escolhia a vida virtual que tinha criado ou a vida real.” Optou, naturalmente, pela segunda.

“É a necessidade de contacto social que torna estas plataformas tão aditivas”, começa por dizer Nelson Zagalo. Afinal, os seres humanos são altamente gregários. E tudo está desenhado para ativar o nosso interesse. “Procuramos socializar com as pessoas que nos são mais próximas e com quem mais nos identificamos. Ora, estas ferramentas potenciam ambas as coisas”, afirma. O que também ajuda a explicar a transformação das redes sociais em caixas de ressonância da visão do mundo de cada utilizador.

As notificações merecem destaque como o mais eficaz mecanismo de adição. “São alertas sobre algo que me interessa. Isso é muito difícil de ignorar”, sublinha Nelson Zagalo. “Às vezes, o problema não é o tempo efetivo passado nas redes, mas consultar as notificações uma centena de vezes por dia.”
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Diariamente, os utilizadores pegam no smartphone, em média, 150 vezes e tocam no botão para ver o ecrã em 2600 ocasiões. A tentação de abrir as aplicações para ter acesso a compensações imediatas é grande. E, uma vez abertas, não é fácil fechá-las.

O ato de fazer scroll (deslizar pelas partilhas nas redes sociais) é potencialmente infinito, uma vez que a corrente de publicações é criada em tempo real. Além disso, o próprio algoritmo vai aprendendo a mostrar apenas o que interessa ao utilizador – se aparecer alguma coisa de que ele não gosta, o risco de desligar é muito mais elevado. “O scroll é um dos sistemas mais viciantes porque é altamente personalizado. O meu feed não é igual ao de mais ninguém. É tudo do meu interesse”, ilustra Nelson Zagalo.

O investigador considera que, por vezes, “as pessoas sentem a pressão de sair das redes, mas não saem porque não há alternativa”. Não estão dispostas a pagar o preço do isolamento digital: “Querem estar onde estão os seus amigos.”

HÁ VIDA ALÉM DAS REDES
Quando recuperou, Vânia Duarte resolveu publicar um desabafo no blogue Lolly Taste, que mantém há oito anos, confessando o fracasso da sua obsessão por estar em forma. “Falhar é humano e hoje admito aqui que falhei no meu caminho saudável”, era o título do texto partilhado em agosto de 2016.
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“Escrevi sem a mínima pretensão, mas agradeceram-me muito ter sido tão honesta, e o artigo foi muito partilhado.” Quando menos esperava, foi profundamente inspiradora para os seus seguidores.

Ainda hoje recebe muitos pedidos de ajuda de quem se debate com distúrbios alimentares ou perturbações de ansiedade, uma vez que também escreveu abertamente no blogue sobre a depressão que atravessou aos 26 anos e o diagnóstico de síndrome de pânico. “Motivo os outros mostrando que não sou uma super-heroína, sou ouvinte, dou conselhos e, por vezes, reencaminho quem me procura para profissionais de saúde”, afirma. Vânia Duarte contou também com o apoio de uma nutricionista e de uma psicóloga, ao longo do seu processo de recuperação. Continua a escrever com a mesma honestidade e, agora, não mede o sucesso pelo número de seguidores, mas pelas mensagens carinhosas que lhe enviam. E mantém o prazer do treino desportivo, pratica crossfit e ioga, agora sem encenações.
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Algumas das mudanças que implementou há dois anos, e que perduram até hoje, implicam, por exemplo, colocar o telefone em modo noturno a partir das nove e meia da noite. Antigamente, passava horas a fazer scroll antes de se deitar (e também era esse o seu primeiro gesto ao acordar).

Agora, o telefone nem sequer entra no quarto. E, garante, as suas noites de sono melhoraram muito. Também passou a jantar sem ter o telefone em cima da mesa, e as notificações foram todas desligadas. “Às vezes, consigo ter um dia por semana livre de redes sociais, e dois domingos por mês mantenho tudo desligado.” Em 2017, o ano do grande detox, leu 24 livros. No ano anterior ,não tinha lido nenhum. Atualmente, não passa mais de duas horas por dia nas redes. “Quando não estamos agarrados ao telefone, o tempo passa mais devagar”, sublinha. “Ao início ficava a pensar no que estaria lá a acontecer mas, depois, torna-se libertador”, afiança. “Agora, estou mais desperta para o que se passa à minha volta.”

Bárbara Miranda, 37 anos, é uma das pioneiras do detox digital em território nacional. Há três anos, cofundou o Offline Portugal, do qual faz parte um alojamento livre de tecnologia, a Offline House, em Alzejur, Algarve, que este ano se mudou para uma quinta. Já recebeu cerca de três mil pessoas, mais de metade estrangeiras. À chegada, os hóspedes são convidados a deixarem os telemóveis num cacifo. Por isso, no momento da reserva, os clientes são alertados para levarem na bagagem todos os objetos que habitualmente concentram no smartphone, como relógio, livros, papel e caneta ou, claro, máquina fotográfica. “Muitos procuravam desculpas para usarem o telefone, como precisarem do GPS; então, passámos a pedir-lhes para trazerem mapas”, conta Bárbara Miranda. O Offline Portugal pretende ser um movimento de consciencialização para a importância de estar realmente presente em todos os contextos da vida, a nível pessoal, social e profissional. Além dos programas de férias, inclui palestras, workshops, jantares e, até, raves, sempre fora das redes. Em setembro, irá realizar-se “o primeiro festival sem telefones” num terreno de 21 hectares em Monchique. Bárbara Miranda quer contrariar o desaparecimento das conversas espontâneas: “Muitos dos hóspedes que passam por aqui ficam constrangidos no momento de falarem com desconhecidos, porque estão habituados a refugiarem-se atrás do ecrã.”

Quando Tiago Castro, 33 anos, ouviu falar pela primeira vez do Offline Portugal ficou imediatamente com vontade de agendar uma semana de férias desligadas. Nunca se viu como um viciado na internet, mas a profissão obriga-o a estar permanentemente ao computador e a vontade de fazer uma pausa era grande. O primeiro impacto, quando o engenheiro eletrónico chegou à guest house, no verão de 2017, foi a entrega do telemóvel. “Já ia mentalizado para me separar dele, mas não foi fácil. Fazia-me falta o peso do telefone no bolso e até o sentia vibrar sem ele estar lá”, recorda, sorridente. Depois de deixar o contacto do alojamento aos pais, não tocou no smartphone durante nove dias. “Tinha planeado ficar uma semana, mas por causa das pessoas que lá fui conhecendo acabei por prolongar a estada”, conta. “Como ninguém tem telefone, temos mesmo de conversar uns com os outros e torna-se muito intenso”, confessa. Tal como muitos dos hóspedes da Offline House, Tiago Castro era um viajante solitário. “Para mim, a experiência faz mais sentido assim, sozinhos acabamos por conviver mais com os outros.” Quando acabaram as férias, sentia-se leve e sem stresse – “com um telemóvel por perto não teria sido possível”, assegura. As noites bem dormidas contribuíram para o seu bem-estar: “Quando estamos entretidos nas redes, ficamos num estado de excitação que nos impede de dormir.”
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O sono é uma das principais vítimas do uso excessivo de computadores, tablets ou smartphones. O ciclo circadiano implica o aumento da produção de melatonina, a denominada hormona do sono, à medida que a luz solar diminui ao longo do dia. Por isso, levar estes dispositivos para o quarto não é boa ideia. “Estas tecnologias emitem uma forte luz azul que inibe a produção de melatonina, acabando por estar na base de muitas insónias”, alerta Ana Rita Álvaro, investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra. “Esta desregulação também conduz ao aumento da probabilidade de desenvolver doenças neurodegenerativas e metabólicas, como a obesidade ou a diabetes”, acrescenta a especialista da área do sono. “O ideal é reduzir a utilização dos dispositivos uma ou duas horas antes de ir para a cama e diminuir a intensidade da luz do ecrã.”

Entretanto, Tiago Castro já voltou mais um par de vezes ao alojamento, mas a sua relação com o telefone mudou logo após a primeira visita. “Quando ia ver uma notificação acabava por perder muito mais tempo do que o previsto a fazer scroll. Por isso, desliguei todas as notificações e passei a pegar muito menos vezes no telemóvel”, afirma, orgulhoso. “Enquanto não estivermos offline, não percebemos o impacto que tem em nós.” Se, por acaso, se esquece do telemóvel em casa, “está tudo bem”. O próximo hábito que gostaria de inaugurar seria desligar o telemóvel um dia por semana: “Adorava conseguir, mas há sempre uma mensagem que pode estar a chegar…”

À PROCURA DA DOSE CERTA
Em Portugal, a média de utilização diária dos smartphones situa-se entre as duas horas e meia e as três horas. Afinal, quando é que se dedica demasiado tempo às redes sociais? “Há uma grande subjetividade, mas se alguém deixa de fazer coisas na sua vida para estar na rede, então temos um problema”, considera Nelson Zagalo. “A patologia surge quando a única forma de socialização é a digital”, acrescenta a psicóloga clínica Ivone Patrão. “Torna-se evidente para quem está à volta que aquela pessoa não consegue estar desligada, mesmo quando conversa com alguém presencialmente.”
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Já existem aplicações disponíveis para limitar o tempo de utilização das redes sociais. A Google e a Apple lançaram ferramentas deste tipo e, recentemente, esta funcionalidade passou a integrar as definições do Facebook e do Instagram. É possível contabilizar o tempo que se está ligado e definir o período diário que se pretende passar em cada uma delas, recebendo um lembrete quando o limite é atingido. Existe, igualmente, a opção de silenciar temporariamente as notificações. Uma resposta ao movimento do detox digital? “Creio que atravessamos um momento de reflexão sobre a nossa relação com a tecnologia e a intencionalidade dos nossos atos, não só no Facebook mas também em todos os dispositivos”, diz, à VISÃO, o vice-presidente do departamento responsável pela aplicação do Facebook, David Ginsberg. “Nós sabemos que a participação ativa na rede aumenta a sensação de bem-estar dos utilizadores, ao contrário do consumo passivo de conteúdos. Por isso, queremos garantir que oferecemos às pessoas ferramentas que lhes permitam ser intencionais no tempo que passam no Facebook”, esclarece.
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Não deixa de ser paradoxal que seja a própria rede social a ajudar os internautas a limitarem o tempo que lá passam… “Mark Zuckerberg [fundador do Facebook] sabe que, se os utilizadores sentirem que estão a desperdiçar tempo na rede, vão detestá-la e quer evitar isso”, vaticina Nelson Zagalo. No entanto, afirma, “só uma minoria utilizará esta nova função”. Estas ferramentas criam no utilizador a ilusão de ter autonomia e controlo sobre o seu tempo: “Também é uma forma de as tecnológicas se desresponsabilizarem: se as pessoas não usam estes mecanismos de controlo é porque não querem.”

Até há bem pouco tempo era o músico Miguel Araújo quem geria a sua página profissional no Facebook. “É uma ferramenta fundamental de trabalho, mas dei por mim a sentir-me escravo dela”, confessa. Decidiu, assim, passar a responsabilidade para a sua equipa. Mantém uma página pessoal que utiliza, sobretudo, para contactar com os amigos “de verdade” e ver notícias. “Sinto que os insultos nas redes sociais são um dos pesadelos do nosso tempo e resolvi estar fora desse universo.

Esse tribunal imediato é terrível”, acusa. “O Facebook, que parece mais atreito a este tipo de manifestação, está a perder alguma da clientela cool. Já é considerado fixe migrar para um muito mais pacífico Instagram, onde é só flores, paz, amor e refeições saudáveis de quinoa e abacate.” Por isso, o músico mantém uma presença mais ativa nesta rede social dedicada à fotografia – “a salvo da má onda das opiniões não solicitadas”. As notificações, essas, estão sempre desligadas, mesmo as do email. Porém, não é só a sua relação com as redes sociais que é controlada. Tem a função “não incomodar” do telemóvel ativada e só aceita chamadas de familiares e amigos próximos. “Não estar sempre disponível é um direito que temos”, justifica. “A não resposta tem de ser aceite como uma resposta válida.”

“Hoje, o nosso quotidiano e o nosso comportamento estão profundamente moldados pelas novas tecnologias, desde a forma como contactamos com os outros até à maneira como o trabalho está organizado. É difícil que haja grandes retrocessos nessa dinâmica”, analisa a socióloga Paula Urze. No entanto, defende, “estes movimentos de consciencialização social, que tentam recuperar algum equilíbrio, podem contribuir para a reflexão sobre o modelo de sociedade que queremos”. Paula Urze lembra que “é importante ter a clarividência de que a tecnologia não se impõe: é feita por nós e o caminho que ela toma é definido pelos atores sociais”.
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“A quantidade faz o veneno”, lembra a investigadora Ana Luísa Cardoso. “Não se trata de ser radical e de abolir as tecnologias, mas de perceber a partir de que momento elas têm efeitos negativos.” E contrariá-los.

10 PASSOS PARA SE LIBERTAR
Mude comportamentos e assuma o controlo do seu tempo
1- Avalie se precisa mesmo de pegar no telefone – as chamadas “verificações zombie”, ou seja, consultar o telefone sem ter recebido qualquer alerta e sem ter um objetivo definido.
2 - Use ferramentas que lhe permitem ter noção do tempo que passa nas redes sociais (existem aplicações como a Quality Time para Android ou a Moment para iPhone) e defina o período que pretende dedicar-lhes.
3 - Estabeleça horários para consultar a caixa de email, em vez de estar permanentemente a ser interrompido, o que afeta negativamente a produtividade.
4 - Desligue as notificações e assuma a responsabilidade de decidir quando quer estar online, sem ser permanentemente distraído pela rede.
5 - Limite os dispositivos nos quais consulta as redes sociais, optando, por exemplo, por lhes aceder apenas no computador.
6 - Crie momentos longe da tecnologia: da próxima vez que for passear o cão, deixe o smartphone em casa e, durante tarefas relaxantes, como ir ao ginásio, ponha-o em modo de voo.
7 - Para diminuir a ansiedade, avise que estará offline durante determinado período. Pode usar precisamente as redes sociais para passar a mensagem.
8 - Evite utilizar o telefone uma ou duas horas antes de dormir e deixe-o fora do quarto. Alguns dispositivos podem ser programados para diminuírem a luminosidade a partir de determinada hora.
9 - Deixe de andar com o telefone sempre por perto. Quando em casa, coloque-o num local central. Se estiver acompanhado, ponha-o longe da vista e, durante as refeições, nem pense em tê-lo em cima da mesa.
10 - Vá aumentando o tempo que passa desligado. Pode começar por 15 minutos diários e ir duplicando o tempo, até conseguir passar um dia inteiro offline (ao domingo?).

SINAIS DE INTOXICAÇÃO
Esteja atento aos comportamentos que podem indiciar que precisa de se afastar das tecnologias

»Fica ansioso quando o telefone não está por perto
»Consulta as redes sociais mesmo quando está acompanhado
»Fica triste ou de mau humor depois de consultar as redes sociais
»Vai contra os móveis. O melhor é evitar caminhar a olhar para o telefone
»Tem dificuldades de concentração e não consegue ler um texto do início ao fim
»Fica com os olhos vermelhos, secos ou irritados. Faça pausas de, no mínimo, 20 segundos a cada 20 minutos diante do ecrã

* Desejamos que estejam esclarecidos.


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