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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Agarrados às redes:
Os perigos reais de estar sempre ligado
O movimento do detox digital tem vindo a crescer e chegou a Portugal. A VISÃO ouviu especialistas sobre os perigos de estar sempre ligado e as razões de quem decidiu afastar-se do universo virtual. Conheça os sinais de "intoxicação" e faça o teste para saber se é altura de desligar
Sempre
que publicava fotografias suas nas redes sociais, Vânia Duarte ficava
ansiosamente à espera das reações. “Era muito dependente dos ‘gostos’
dos meus seguidores”, admite a web designer de 33 anos. “Tornava-se
viciante.” Quando decidiu contabilizar o tempo consumido nas redes
sociais, concluiu que gastava, em média, cinco horas diárias no
Instagram e outras quatro no Snapchat.
Apenas fazia um par de partilhas
por dia, mas estava constantemente atenta ao que lá se passava. Seria
necessário um episódio dramático para se dar conta de que esta relação
excessiva era tóxica – e escondia outros problemas.
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Nem
sempre é essencial o confronto com uma situação-limite para que os
utilizadores decidam alterar a forma como lidam com as plataformas
tecnológicas. Muitas vezes, as razões para a desintoxicação digital são
mais simples: “As pessoas começam a sentir que, sem se darem conta,
desperdiçam horas a ver publicações nas redes sociais e querem recuperar
o controlo dessa relação”, analisa Nelson Zagalo, especialista em
Tecnologias de Comunicação.
A psicóloga clínica Ivone Patrão
avança também com a hipótese de muitos dos que optam pelo detox digital
terem sido confrontados com o desconforto do phubbing, ou seja, o gesto de ignorar os outros em benefício do telemóvel. “Podem ter praticado ou ter sido alvo de phubbing e decidem mudar”, sintetiza.
Nelson
Zagalo identifica outro motivo para o afastamento das redes: “As
notícias sobre a forma como os nossos dados são usados e rentabilizados
nestas plataformas tornaram as pessoas mais conscientes e criaram
medos”, nota o docente da Universidade de Aveiro. O paradigma é o
escândalo, revelado em 2017, da Cambridge Analytica, empresa que usou
indevidamente os dados de 50 milhões de clientes do Facebook para fins
de propaganda política.
Recuperar o controlo sobre os seus dados
e, também, sobre o seu tempo são os objetivos de uma grande fatia dos
americanos inquiridos pelo Pew Research Center. Este prestigiado centro
de estudos revelou, em setembro, que 42% dos adultos registados no
Facebook fizeram uma pausa da rede social, ao longo de várias semanas,
no último ano. Um quarto (26%) dos inquiridos apagou mesmo a aplicação
do telefone. São os mais jovens, entre os 18 e os 29 anos, aqueles que
mais optam pelo “delete” (provavelmente migrando para outras redes mais cool). Em inglês, chamam-lhe JOMO (joy of missing out), ou seja, a alegria de não saber o que se passa, por oposição ao já conhecido FOMO (fear of missing out), a ansiedade provocada por não estar conectado. Contudo, desligar não é tão fácil como possa parecer à primeira vista.
AMEAÇA À AUTOESTIMA
“Encenação” é uma das palavras de ordem no universo virtual, alerta
Vânia Duarte. Contudo, por mais próximos da perfeição que estivessem os
seus retratos, pensados ao pormenor, detestava ver-se.
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“Quando criei a
página de Instagram queria documentar a minha transformação numa pessoa
super fit e inspirar os meus seguidores.” Porém, quando lia os
comentários elogiosos não ficava a sentir-se melhor consigo. “Chorava
porque não me via daquela forma”, confessa. “Mostrava que estava
superfeliz mas, na verdade, estava a lidar com um distúrbio alimentar.”
Ivone
Patrão confirma uma grande tendência para a encenação nas redes.
“Apesar de haver exemplos de impulsividade, a maior parte das pessoas
procura transmitir algo que as valorize.” Estas plataformas podem
funcionar, assim, como instrumentos de reforço da autoestima. “Fora das
redes sociais, onde é que somos tão elogiados e tão depressa?”,
questiona a psicóloga.
O feedback positivo instiga novas
partilhas. No entanto, quando é negativo ou inexistente, tem o poder de
deprimir os utilizadores. “Pode gerar stresse, sobretudo nas faixas
etárias mais jovens, e causar a oxidação e inflamação do cérebro”,
explica Ana Luísa Cardoso, investigadora do Centro de Neurociências e
Biologia Celular da Universidade de Coimbra. Forjar a sensação de
bem-estar para os amigos virtuais não é inofensivo: “Se não me sinto bem
e partilho uma publicação em que estou muito feliz, posso estar a
camuflar o problema e, até, a agravá-lo”, alerta Ivone Patrão.
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A
dieta restritiva seguida por Vânia Duarte, com o objetivo de estar em
forma e de corresponder ao ideal de beleza com o qual se confrontava nas
redes, acabou por conduzi-la a um internamento hospitalar devido a uma
anemia grave.
Depois de ter ficado doente concluiu,
finalmente, que as redes sociais eram responsáveis por estar a perder
aptidões tão simples como manter conversas pessoalmente. “Jantava com a
minha família e, ao mesmo tempo, estava na rede, via um filme e
continuava ligada, ia ao café e não desligava…”
Percebeu, também, a
ansiedade que lhe provocava pensar se as suas partilhas teriam “gostos” e
reações positivas. Tinha chegado o momento de tomar uma decisão: “Ou
escolhia a vida virtual que tinha criado ou a vida real.” Optou,
naturalmente, pela segunda.
“É a necessidade de contacto social
que torna estas plataformas tão aditivas”, começa por dizer Nelson
Zagalo. Afinal, os seres humanos são altamente gregários. E tudo está
desenhado para ativar o nosso interesse. “Procuramos socializar com as
pessoas que nos são mais próximas e com quem mais nos identificamos.
Ora, estas ferramentas potenciam ambas as coisas”, afirma. O que também
ajuda a explicar a transformação das redes sociais em caixas de
ressonância da visão do mundo de cada utilizador.
As notificações
merecem destaque como o mais eficaz mecanismo de adição. “São alertas
sobre algo que me interessa. Isso é muito difícil de ignorar”, sublinha
Nelson Zagalo. “Às vezes, o problema não é o tempo efetivo passado nas
redes, mas consultar as notificações uma centena de vezes por dia.”
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Diariamente, os utilizadores pegam no smartphone, em média, 150 vezes e
tocam no botão para ver o ecrã em 2600 ocasiões. A tentação de abrir as
aplicações para ter acesso a compensações imediatas é grande. E, uma vez
abertas, não é fácil fechá-las.
O ato de fazer scroll (deslizar
pelas partilhas nas redes sociais) é potencialmente infinito, uma vez
que a corrente de publicações é criada em tempo real. Além disso, o
próprio algoritmo vai aprendendo a mostrar apenas o que interessa ao
utilizador – se aparecer alguma coisa de que ele não gosta, o risco de
desligar é muito mais elevado. “O scroll é um dos sistemas mais viciantes porque é altamente personalizado. O meu feed não é igual ao de mais ninguém. É tudo do meu interesse”, ilustra Nelson Zagalo.
O
investigador considera que, por vezes, “as pessoas sentem a pressão de
sair das redes, mas não saem porque não há alternativa”. Não estão
dispostas a pagar o preço do isolamento digital: “Querem estar onde
estão os seus amigos.”
HÁ VIDA ALÉM DAS REDES
Quando recuperou, Vânia Duarte resolveu publicar um desabafo no blogue Lolly Taste,
que mantém há oito anos, confessando o fracasso da sua obsessão por
estar em forma. “Falhar é humano e hoje admito aqui que falhei no meu
caminho saudável”, era o título do texto partilhado em agosto de 2016.
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“Escrevi sem a mínima pretensão, mas agradeceram-me muito ter sido tão
honesta, e o artigo foi muito partilhado.” Quando menos esperava, foi
profundamente inspiradora para os seus seguidores.
Ainda hoje recebe
muitos pedidos de ajuda de quem se debate com distúrbios alimentares ou
perturbações de ansiedade, uma vez que também escreveu abertamente no
blogue sobre a depressão que atravessou aos 26 anos e o diagnóstico de
síndrome de pânico. “Motivo os outros mostrando que não sou uma
super-heroína, sou ouvinte, dou conselhos e, por vezes, reencaminho quem
me procura para profissionais de saúde”, afirma. Vânia Duarte contou
também com o apoio de uma nutricionista e de uma psicóloga, ao longo do
seu processo de recuperação. Continua a escrever com a mesma honestidade
e, agora, não mede o sucesso pelo número de seguidores, mas pelas
mensagens carinhosas que lhe enviam. E mantém o prazer do treino
desportivo, pratica crossfit e ioga, agora sem encenações.
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Algumas
das mudanças que implementou há dois anos, e que perduram até hoje,
implicam, por exemplo, colocar o telefone em modo noturno a partir das
nove e meia da noite. Antigamente, passava horas a fazer scroll antes
de se deitar (e também era esse o seu primeiro gesto ao acordar).
Agora, o telefone nem sequer entra no quarto. E, garante, as suas noites
de sono melhoraram muito. Também passou a jantar sem ter o telefone em
cima da mesa, e as notificações foram todas desligadas. “Às vezes,
consigo ter um dia por semana livre de redes sociais, e dois domingos
por mês mantenho tudo desligado.” Em 2017, o ano do grande detox, leu 24
livros. No ano anterior ,não tinha lido nenhum. Atualmente, não passa
mais de duas horas por dia nas redes. “Quando não estamos agarrados ao
telefone, o tempo passa mais devagar”, sublinha. “Ao início ficava a
pensar no que estaria lá a acontecer mas, depois, torna-se libertador”,
afiança. “Agora, estou mais desperta para o que se passa à minha volta.”
Bárbara
Miranda, 37 anos, é uma das pioneiras do detox digital em território
nacional. Há três anos, cofundou o Offline Portugal, do qual faz parte
um alojamento livre de tecnologia, a Offline House, em Alzejur, Algarve,
que este ano se mudou para uma quinta. Já recebeu cerca de três mil
pessoas, mais de metade estrangeiras. À chegada, os hóspedes são
convidados a deixarem os telemóveis num cacifo. Por isso, no momento da
reserva, os clientes são alertados para levarem na bagagem todos os
objetos que habitualmente concentram no smartphone, como relógio,
livros, papel e caneta ou, claro, máquina fotográfica. “Muitos
procuravam desculpas para usarem o telefone, como precisarem do GPS;
então, passámos a pedir-lhes para trazerem mapas”, conta Bárbara
Miranda. O Offline Portugal pretende ser um movimento de
consciencialização para a importância de estar realmente presente em
todos os contextos da vida, a nível pessoal, social e profissional. Além
dos programas de férias, inclui palestras, workshops, jantares e, até,
raves, sempre fora das redes. Em setembro, irá realizar-se “o primeiro
festival sem telefones” num terreno de 21 hectares em Monchique. Bárbara
Miranda quer contrariar o desaparecimento das conversas espontâneas:
“Muitos dos hóspedes que passam por aqui ficam constrangidos no momento
de falarem com desconhecidos, porque estão habituados a refugiarem-se
atrás do ecrã.”
Quando Tiago Castro, 33 anos, ouviu falar pela
primeira vez do Offline Portugal ficou imediatamente com vontade de
agendar uma semana de férias desligadas. Nunca se viu como um viciado na
internet, mas a profissão obriga-o a estar permanentemente ao
computador e a vontade de fazer uma pausa era grande. O primeiro
impacto, quando o engenheiro eletrónico chegou à guest house, no verão
de 2017, foi a entrega do telemóvel. “Já ia mentalizado para me separar
dele, mas não foi fácil. Fazia-me falta o peso do telefone no bolso e
até o sentia vibrar sem ele estar lá”, recorda, sorridente. Depois de
deixar o contacto do alojamento aos pais, não tocou no smartphone
durante nove dias. “Tinha planeado ficar uma semana, mas por causa das
pessoas que lá fui conhecendo acabei por prolongar a estada”, conta.
“Como ninguém tem telefone, temos mesmo de conversar uns com os outros e
torna-se muito intenso”, confessa. Tal como muitos dos hóspedes da
Offline House, Tiago Castro era um viajante solitário. “Para mim, a
experiência faz mais sentido assim, sozinhos acabamos por conviver mais
com os outros.” Quando acabaram as férias, sentia-se leve e sem stresse –
“com um telemóvel por perto não teria sido possível”, assegura. As
noites bem dormidas contribuíram para o seu bem-estar: “Quando estamos
entretidos nas redes, ficamos num estado de excitação que nos impede de
dormir.”
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O sono é uma das principais vítimas do uso excessivo de
computadores, tablets ou smartphones. O ciclo circadiano implica o
aumento da produção de melatonina, a denominada hormona do sono, à
medida que a luz solar diminui ao longo do dia. Por isso, levar estes
dispositivos para o quarto não é boa ideia. “Estas tecnologias emitem
uma forte luz azul que inibe a produção de melatonina, acabando por
estar na base de muitas insónias”, alerta Ana Rita Álvaro, investigadora
do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de
Coimbra. “Esta desregulação também conduz ao aumento da probabilidade de
desenvolver doenças neurodegenerativas e metabólicas, como a obesidade
ou a diabetes”, acrescenta a especialista da área do sono. “O ideal é
reduzir a utilização dos dispositivos uma ou duas horas antes de ir para
a cama e diminuir a intensidade da luz do ecrã.”
Entretanto,
Tiago Castro já voltou mais um par de vezes ao alojamento, mas a sua
relação com o telefone mudou logo após a primeira visita. “Quando ia ver
uma notificação acabava por perder muito mais tempo do que o previsto a
fazer scroll. Por isso, desliguei todas as notificações e
passei a pegar muito menos vezes no telemóvel”, afirma, orgulhoso.
“Enquanto não estivermos offline, não percebemos o impacto que tem em
nós.” Se, por acaso, se esquece do telemóvel em casa, “está tudo bem”. O
próximo hábito que gostaria de inaugurar seria desligar o telemóvel um
dia por semana: “Adorava conseguir, mas há sempre uma mensagem que pode
estar a chegar…”
À PROCURA DA DOSE CERTA
Em Portugal, a média de utilização diária dos smartphones situa-se
entre as duas horas e meia e as três horas. Afinal, quando é que se
dedica demasiado tempo às redes sociais? “Há uma grande subjetividade,
mas se alguém deixa de fazer coisas na sua vida para estar na rede,
então temos um problema”, considera Nelson Zagalo. “A patologia surge
quando a única forma de socialização é a digital”, acrescenta a
psicóloga clínica Ivone Patrão. “Torna-se evidente para quem está à
volta que aquela pessoa não consegue estar desligada, mesmo quando
conversa com alguém presencialmente.”
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Já existem aplicações
disponíveis para limitar o tempo de utilização das redes sociais. A
Google e a Apple lançaram ferramentas deste tipo e, recentemente, esta
funcionalidade passou a integrar as definições do Facebook e do
Instagram. É possível contabilizar o tempo que se está ligado e definir o
período diário que se pretende passar em cada uma delas, recebendo um
lembrete quando o limite é atingido. Existe, igualmente, a opção de
silenciar temporariamente as notificações. Uma resposta ao movimento do
detox digital? “Creio que atravessamos um momento de reflexão sobre a
nossa relação com a tecnologia e a intencionalidade dos nossos atos, não
só no Facebook mas também em todos os dispositivos”, diz, à VISÃO, o
vice-presidente do departamento responsável pela aplicação do Facebook,
David Ginsberg. “Nós sabemos que a participação ativa na rede aumenta a
sensação de bem-estar dos utilizadores, ao contrário do consumo passivo
de conteúdos. Por isso, queremos garantir que oferecemos às pessoas
ferramentas que lhes permitam ser intencionais no tempo que passam no
Facebook”, esclarece.
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Não deixa de ser paradoxal que seja a
própria rede social a ajudar os internautas a limitarem o tempo que lá
passam… “Mark Zuckerberg [fundador do Facebook] sabe que, se os
utilizadores sentirem que estão a desperdiçar tempo na rede, vão
detestá-la e quer evitar isso”, vaticina Nelson Zagalo. No entanto,
afirma, “só uma minoria utilizará esta nova função”. Estas ferramentas
criam no utilizador a ilusão de ter autonomia e controlo sobre o seu
tempo: “Também é uma forma de as tecnológicas se desresponsabilizarem:
se as pessoas não usam estes mecanismos de controlo é porque não
querem.”
Até há bem pouco tempo era o músico Miguel Araújo quem
geria a sua página profissional no Facebook. “É uma ferramenta
fundamental de trabalho, mas dei por mim a sentir-me escravo dela”,
confessa. Decidiu, assim, passar a responsabilidade para a sua equipa.
Mantém uma página pessoal que utiliza, sobretudo, para contactar com os
amigos “de verdade” e ver notícias. “Sinto que os insultos nas redes
sociais são um dos pesadelos do nosso tempo e resolvi estar fora desse
universo.
Esse tribunal imediato é terrível”, acusa. “O Facebook, que
parece mais atreito a este tipo de manifestação, está a perder alguma da
clientela cool. Já é considerado fixe migrar para um muito
mais pacífico Instagram, onde é só flores, paz, amor e refeições
saudáveis de quinoa e abacate.” Por isso, o músico mantém uma presença
mais ativa nesta rede social dedicada à fotografia – “a salvo da má onda
das opiniões não solicitadas”. As notificações, essas, estão sempre
desligadas, mesmo as do email. Porém, não é só a sua relação com as
redes sociais que é controlada. Tem a função “não incomodar” do
telemóvel ativada e só aceita chamadas de familiares e amigos próximos.
“Não estar sempre disponível é um direito que temos”, justifica. “A não
resposta tem de ser aceite como uma resposta válida.”
“Hoje, o
nosso quotidiano e o nosso comportamento estão profundamente moldados
pelas novas tecnologias, desde a forma como contactamos com os outros
até à maneira como o trabalho está organizado. É difícil que haja
grandes retrocessos nessa dinâmica”, analisa a socióloga Paula Urze. No
entanto, defende, “estes movimentos de consciencialização social, que
tentam recuperar algum equilíbrio, podem contribuir para a reflexão
sobre o modelo de sociedade que queremos”. Paula Urze lembra que “é
importante ter a clarividência de que a tecnologia não se impõe: é feita
por nós e o caminho que ela toma é definido pelos atores sociais”.
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“A
quantidade faz o veneno”, lembra a investigadora Ana Luísa Cardoso.
“Não se trata de ser radical e de abolir as tecnologias, mas de perceber
a partir de que momento elas têm efeitos negativos.” E contrariá-los.
10 PASSOS PARA SE LIBERTAR
Mude comportamentos e assuma o controlo do seu tempo
1- Avalie
se precisa mesmo de pegar no telefone – as chamadas “verificações
zombie”, ou seja, consultar o telefone sem ter recebido qualquer alerta e
sem ter um objetivo definido.
2 - Use ferramentas que lhe
permitem ter noção do tempo que passa nas redes sociais (existem
aplicações como a Quality Time para Android ou a Moment para iPhone) e
defina o período que pretende dedicar-lhes.
3 - Estabeleça
horários para consultar a caixa de email, em vez de estar
permanentemente a ser interrompido, o que afeta negativamente a
produtividade.
4 - Desligue as notificações e assuma a
responsabilidade de decidir quando quer estar online, sem ser
permanentemente distraído pela rede.
5 - Limite os dispositivos nos quais consulta as redes sociais, optando, por exemplo, por lhes aceder apenas no computador.
6
- Crie momentos longe da tecnologia: da próxima vez que for passear o
cão, deixe o smartphone em casa e, durante tarefas relaxantes, como ir
ao ginásio, ponha-o em modo de voo.
7 - Para diminuir a
ansiedade, avise que estará offline durante determinado período. Pode
usar precisamente as redes sociais para passar a mensagem.
8 -
Evite utilizar o telefone uma ou duas horas antes de dormir e deixe-o
fora do quarto. Alguns dispositivos podem ser programados para
diminuírem a luminosidade a partir de determinada hora.
9 - Deixe
de andar com o telefone sempre por perto. Quando em casa, coloque-o num
local central. Se estiver acompanhado, ponha-o longe da vista e,
durante as refeições, nem pense em tê-lo em cima da mesa.
10 -
Vá aumentando o tempo que passa desligado. Pode começar por 15 minutos
diários e ir duplicando o tempo, até conseguir passar um dia inteiro
offline (ao domingo?).
SINAIS DE INTOXICAÇÃO
Esteja atento aos comportamentos que podem indiciar que precisa de se afastar das tecnologias
»Fica ansioso quando o telefone não está por perto
»Consulta as redes sociais mesmo quando está acompanhado
»Fica triste ou de mau humor depois de consultar as redes sociais
»Vai contra os móveis. O melhor é evitar caminhar a olhar para o telefone
»Tem dificuldades de concentração e não consegue ler um texto do início ao fim
»Fica com os olhos vermelhos, secos ou irritados. Faça pausas de, no mínimo, 20 segundos a cada 20 minutos diante do ecrã
* Desejamos que estejam esclarecidos.
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