HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Pais adotivos são sete vezes mais do
que as crianças disponíveis para adotar
Juízes
encaminharam menos 36% de crianças para adoção durante o ano passado.
Tempo de espera para os futuros pais é superior a cinco anos.
São
1919 os candidatos a pais adotivos em Portugal, segundo números de 2018
do Conselho Nacional para a Adoção (CNA). Estes candidatos são sete
vezes mais do que o número de crianças que se encontram em situação de
adotabilidade: 273.
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Esta
diferença, segundo o relatório do CNA, explica a demora na conclusão
dos processo adotivos. Em média, no curso do ano passado, mais de metade
das famílias (54%) que receberam crianças tiveram de esperar cinco ou
seis anos desde que foi iniciado o processo legal da candidatura.
Daqueles
1919 candidatos, segundo dados consultados pelo jornal "Público", 71%
pretendiam adotar bebés com idades até aos três anos, que correspondem
apenas a 20% das crianças que aguardam adoção. Em 2018, as crianças com
sete anos ou mais estava em maioria (65%), mas estas foram procuradas
por apenas 5% dos candidatos.
A
percentagem é ligeiramente inferior à dos futuros pais que desejavam
grupos de irmãos (9%), mas, ainda assim, é superior à dos que ponderavam
adotar crianças com problemas de saúde graves (0,3%) ou que sejam
portadoras de deficiência (0,5%).
Enquanto
isso, o número de crianças que os tribunais enviaram para adoção caiu
36% no espaço de um ano, acentuando a tendência dos últimos anos. Em
2017, o número de menores nesta situação era 318 e, em 2018 desceu para
273. Estes números estão reportados no relatório do CNA referente ao ano
passado.
Outro dado relevante: as
crianças mais velhas ou que têm algum problema de saúde, e que seriam
por essas razões mais dificilmente integradas, estão a aumentar.
* Não são apenas os futuros pais que esperam 5 anos, as crianças também e devia ser crime o exagero de tempo que passam institucionalizadas. Também sabemos que há pais que "devolvem" crianças às instituições, deviam ser presos.
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