09/10/2019

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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Depois de frase polémica de 
Bolsonaro, líder do partido diz 
que presidente "já está afastado"

Presidente do Partido Social Liberal reagiu às frases polémicas do Presidente brasileiro ditas a um apoiante. Bolsonaro "não disse para esquecer o partido? Está esquecido", respondeu Luciano Bivar.

O líder do Partido Social Liberal (PSL) brasileiro, Luciano Bivar, respondeu esta quarta-feira às declarações de Jair Bolsonaro a dizer que o Presidente “já está afastado” do partido e que fala foi “terminal”, além de ter convocado uma reunião de emergência com participantes da cúpula e com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
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A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, disse Bivar, em declarações ao site de notícias G1.

Em causa estão as declarações de Bolsonaro feitas esta terça-feira a um apoiante que se apresentou fora do Palácio do Planalto, residência oficial da presidência, como um pré-candidato do PSL no estado de Pernambuco. Em vídeo, é possível ver o apoiante a abordar Bolsonaro e dizer: “Eu, Bolsonaro e Bivar, juntos por um novo Recife [capital do Pernambuco]”, ao que o Presidente então responde: “Esquece o PSL, tá ok? Esquece”. Logo depois, Bolsonaro ainda aconselha que o apoiante não divulgue o vídeo porque “ele [Bivar] tá queimado pra caramba. Esquece esse cara, esquece o partido”.

O que pretendemos é viabilizar o país. Não vai alterar nada se Bolsonaro sair, seguiremos apoiando medidas fundamentais. A declaração de ontem foi terminal, ele disse que está afastado. Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção“, concluiu Bivar.

O líder solicitou uma reunião com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e terá declarado que nada muda em relação aos apoios e medidas já adotados pelo Governo brasileiro, e que são apoiados pelo PSL, afirmando que o partido estará “sempre com os ministros”.
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No meio da crise nas relações com o presidente brasileiro, Bivar afirmou também ter despedido a advogada em comum entre o PSL e Bolsonaro, Karina Kufa, alegando “quebra de confiança”. Kufa já desmentiu a informação ao jornal O Globo, que declarou ter decidido previamente não renovar o contrato com o partido, justificando a decisão um conflito de interesse entre os dois clientes.

Caso a saída de Bolsonaro se venha a concretizar oficialmente, resta apenas uma opção ao Presidente do Brasil: mudar de partido. Em cima da mesa podem estar duas alternativas, o Partido Patriota (criado em 2011 e que não possui representantes na Câmara dos Deputados ou do Senado), e a União Democrática Nacional (UDN), um partido fundado em 1945 e que foi extinto com o início da ditadura militar brasileira, em 1965. A UDN está em vias de ser novamente recuperada pelos apoiantes de Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, que atualmente é deputado também pelo PSL. O seu estatuto será renovado, com o novo nome de Conservadores.

* Só nos resta dizer -"Quão bons são os mais merdosos dos políticos portugueses".

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