16/10/2019

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Papa Francisco aceita demissão 
do chefe de segurança do Vaticano

O Papa Francisco aceitou o pedido de demissão do comandante da polícia do Vaticano, Domenico Giani, após a divulgação de informações confidenciais sobre uma investigação em curso por supostas irregularidades financeiras.
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Uma revista italiana publicou uma nota da polícia do Vaticano, assinada por Domenico Giani em 2 de outubro, exibindo as fotos e os nomes de cinco pessoas sob investigação "suspensas por precaução" das suas funções, dirigida aos funcionários da força de segurança e dos guarda suíços que vigiam os portões da cidade do Vaticano.

"Esta publicação é prejudicial à dignidade das pessoas envolvidas e à imagem da Guarda do Vaticano", indicou em comunicado a Santa Sé, anunciando que o Papa Francisco aceitou a renúncia de Domenico Giani.

Esta fuga de documentos é agora objecto de uma investigação separada, a pedido do Papa.

O chefe da Igreja Católica descreveu essa "disseminação ilícita" de "pecado mortal, uma vez que prejudica a dignidade das pessoas e o princípio da presunção de inocência", referiu no sábado o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.

"Para assegurar a devida serenidade à investigação em curso (...) Domenico Giani apresentou a sua demissão ao Santo Padre por amor à Igreja e fidelidade ao Sucessor de Pedro", indicou o gabinete de imprensa do Vaticano em comunicado.

O Papa Francisco agradeceu a "fidelidade e lealdade" de Giani, bem como o seu "profissionalismo", segundo a Santa Fé.

Em 2 de outubro, a Justiça do Vaticano apreendeu documentos e material informático na Secretaria de Estado e Autoridade de Informação Financeira (AIF), segundo a Santa Sé.

A operação foi autorizada por decreto pelo promotor de justiça do Vaticano depois de denúncias apresentadas no início do verão pelo Instituto para as Obras de Religião e pelo departamento do revisor geral, sobre transações financeiras realizadas ao longo do tempo.

A revista italiana "L'Expresso" revelou que cinco pessoas, incluindo o número dois da autoridade anti-branqueamento e um prelado, foram suspensos como parte da investigação.

O jornal publicou a nota da polícia mostrando os retratos de cinco suspeitos.

Segundo a "L'Espresso", a investigação diz respeito a "operações imobiliárias no exterior", em particular num bairro de luxo de Londres Inglaterra.

O jornal diz que os investigadores estão a analisar os movimentos financeiros de contas nas quais circulam as doações dos fiéis feitos à Igreja (como o Denário de São Pedro).

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
14/10/19

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