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Papa Francisco aceita demissão
do chefe de segurança do Vaticano
O Papa
Francisco aceitou o pedido de demissão do comandante da polícia do
Vaticano, Domenico Giani, após a divulgação de informações confidenciais
sobre uma investigação em curso por supostas irregularidades
financeiras.
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Uma revista
italiana publicou uma nota da polícia do Vaticano, assinada por Domenico
Giani em 2 de outubro, exibindo as fotos e os nomes de cinco pessoas
sob investigação "suspensas por precaução" das suas funções, dirigida
aos funcionários da força de segurança e dos guarda suíços que vigiam os
portões da cidade do Vaticano.
"Esta
publicação é prejudicial à dignidade das pessoas envolvidas e à imagem
da Guarda do Vaticano", indicou em comunicado a Santa Sé, anunciando que
o Papa Francisco aceitou a renúncia de Domenico Giani.
Esta fuga de documentos é agora objecto de uma investigação separada, a pedido do Papa.
O
chefe da Igreja Católica descreveu essa "disseminação ilícita" de
"pecado mortal, uma vez que prejudica a dignidade das pessoas e o
princípio da presunção de inocência", referiu no sábado o diretor da
sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.
"Para
assegurar a devida serenidade à investigação em curso (...) Domenico
Giani apresentou a sua demissão ao Santo Padre por amor à Igreja e
fidelidade ao Sucessor de Pedro", indicou o gabinete de imprensa do
Vaticano em comunicado.
O Papa Francisco agradeceu a "fidelidade e lealdade" de Giani, bem como o seu "profissionalismo", segundo a Santa Fé.
Em
2 de outubro, a Justiça do Vaticano apreendeu documentos e material
informático na Secretaria de Estado e Autoridade de Informação
Financeira (AIF), segundo a Santa Sé.
A
operação foi autorizada por decreto pelo promotor de justiça do
Vaticano depois de denúncias apresentadas no início do verão pelo
Instituto para as Obras de Religião e pelo departamento do revisor
geral, sobre transações financeiras realizadas ao longo do tempo.
A
revista italiana "L'Expresso" revelou que cinco pessoas, incluindo o
número dois da autoridade anti-branqueamento e um prelado, foram
suspensos como parte da investigação.
O jornal publicou a nota da polícia mostrando os retratos de cinco suspeitos.
Segundo
a "L'Espresso", a investigação diz respeito a "operações imobiliárias
no exterior", em particular num bairro de luxo de Londres Inglaterra.
O
jornal diz que os investigadores estão a analisar os movimentos
financeiros de contas nas quais circulam as doações dos fiéis feitos à
Igreja (como o Denário de São Pedro).
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
14/10/19
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