08/10/2019

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111-ARTE ARRISCADA

METAMORPHOSIS
Interpretação:
Cristina Ferratini,
Juliano Hollivier
Texto:
Juliano Hollivier
Vídeo:
Marcio Cardoso




Muito falamos sobre voos e asas, muito dissemos sobre ventos e brisas. 
Muito mostramos os trajetos traçados, as calçadas sobrevoadas. 
Porém o que é voar?Como é estar em um céu perfeito cujas imagens vistas de cima se recriam aqui em baixo, sob nossos traços? 
Voar pra mim é percorrer a pé todo caminho ao seu lado, é desbravarmos juntos cada légua trilhada. Voar pra mim é suar com seus olhos e mãos, dedos e boca. 
É desvendar todos os percursos deste mapa chamado corpo. 
Voar pra mim é falar ao vento o quanto lhe compreendo, o quanto enxergo e o quanto lhe respeito. 
É presentear o mundo com poemas e paixões que me inspirem, é perder, recuperar, cair e amar. 
Voar pra mim é desejar sempre, enfrentar sempre, aceitar sempre para poder com humildade distribuir serenidade.
 Voar é despir as mentiras, é brindar novas conquistas. 
É sentir o vento na cara quando a multidão se levanta aplaudindo suas mudanças. 
Voar é deitar ao seu lado para olhar o céu repleto de pássaros voando. Voar é junto a ti desenhar o mundo melhor, o mundo refeito, o mundo perfeito. 
Voar é morrer e nascer, respirar a arte que teus sonhos fabrica. É tentar sempre o melhor, é buscar todo azul de todo mar de tua essência. 
Voar é vê-lo rir, é vê-lo chorar, é vê-lo crescer com cada verso desenhado. Voar é estar completamente inteiro à disposição do amor ao outro, às coisas e seres. 
Ainda que se fale demais, ainda que se veja de menos e ainda que se caia no esquecimento,
 Voar é amar! Com todas as letras e repetições necessárias, voar é amar! Amar! 


FONTE:  Juliano Hollivier 
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