02/07/2019

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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Capitã do navio humanitário
 “Sea Watch 3” foi libertada

Juíza italiana diz que Carola Rackete não violou a lei e que estava apenas a fazer o seu dever. Alemã estava em prisão domiciliária desde o fim-de-semana. Salvini diz estar "indignado" com decisão.

Chegou ao fim a prisão da capitã do navio humanitário “Sea Watch 3”. Uma juíza italiana decidiu esta terça-feira que Carola Rackete não violou a lei ao atracar sem autorização na ilha italiana de Lampedusa e ter desobedecido às ordens da polícia italiana. A informação foi avançada pela agência Reuters.
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A juíza Alessandra Vella, que decidiu pela liberdade imediata de Rackete, refere que a alemã não cometeu nenhum ato de violência e que apenas estava a fazer o seu dever. No entanto, Carola Rackete pode ser ainda acusada de auxílio à imigração ilegal.

A alemã de 31 anos foi detida depois de entrar no porto de Lampedusa no sábado. Levava a bordo do navio humanitário 40 migrantes africanos. Quando entrou no porto, embateu ainda num barco da polícia marítima. Estava desde então em prisão domiciliária.

“A situação era desesperante, o meu objetivo era apenas trazer pessoas exaustas e desesperadas para o chão. Eu estava com medo”, explicou Rackete depois da detenção, que temia que os imigrantes se atirassem ao mar, o que acabaria por significar a sua morte uma vez que não sabiam nadar.

“Certamente não queria tocar na vedeta da Guarda de Finanças (polícia aduaneira italiana, a minha intenção não era colocar ninguém em perigo, eu já me desculpei e peço desculpas novamente”, continuou.

O ministro do Interior italiano diz estar “indignado” com a decisão da juíza. Num vídeo publicado no Facebook, Matteo Salvini diz que “desobedecer às leis do estado, atacar e arriscar matar militares italianos” tem de valer prisão.
Um navio que pesa centenas de toneladas tentou abalroar uma lancha da polícia com agentes a bordo, que conseguiram escapar e salvar as próprias vidas. É um ato criminoso, é um ato de guerra”, disse no sábado Salvini.
Entretanto, fonte do Ministério da Administração Interna confirmou ao Observador que cinco dos 53 migrantes salvos no Mar Mediterrâneo pelo navio Sea-Watch 3 vêm para Portugal.

* Admiramos a atitude da comandante do navio mas a coragem da juíza faz-nos pensar que a Justiça tem importância.
Quanto a Salvini é o ministro da sordidez de  Itália.

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