HOJE NO
"OBSERVADOR"
Foram devolvidas 53 crianças
adotadas nos últimos três anos
Em 2018, maioria das interrupções da adoção foram feitas numa fase inicial. Mas há casos registados vários anos depois de a criança estar com a família.
Foram devolvidas 53 crianças adotadas às instituições de
onde tinham saído, nos últimos três anos, sendo que 2017 é o ano com
maiores registos, avança o Diário de Notícias. Segundo os relatórios do Conselho Nacional de Adoção e CASA, Caracterização Anual da Situação de Acolhimento, em 2016 foram interrompidas 19 adoções. No ano seguinte, 20 crianças
regressaram às instituições: 11 do sexo feminino, nove do sexo
masculino — dez eram grupos de irmãos. Os dados de 2018 ainda não foram
divulgados mas o Diário de Notícias apurou que foram devolvidas 14 crianças.
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Ainda em 2018, seis das interrupções de adoção foram feitas durante o período de transição
– que pode ir de 15 dias a um mês após a criança e a família entrarem
em contacto. Oito dos casos foram registados na fase de pré-adoção, nos
seis meses antes da tomada de decisão de adoção pelo tribunal.
Há casos em que as crianças chegam a viver anos com as famílias.
“São devolvidas quando começam a crescer e a dar problemas
comportamentais, próprios da idade de quem está na adolescência”,
explicou ao mesmo jornal a psicóloga Rute Agulhas. Por esse motivo,
destaca que “a avaliação dos candidatos à adoção é muito importante,
mas não só. O acompanhamento durante o período de transição e até
pós-adoção também. Muitas famílias alegam que se sentem sozinhas sem
saber como reagir perante algumas situações. Se tivessem mais apoio
talvez o conseguissem fazer e da forma adequada”.
* Quando as crianças nem conseguem o estatuto de animais de companhia, vergonhosamente existem adultos assim.
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