17/07/2019

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HOJE NO 
"A BOLA"
Edo Bosch: 
«Sou o espanhol mais português»

Entre jogadores e equipa técnica, dos 13 condecorados pelo Presidente da República na terça-feira, havia uma particularidade: um deles não era português, mas espanhol. Trata-se do antigo guarda-redes do FC Porto Edu Bosch, adjunto de Renato Garrido. O que significou receber tal distinção de Portugal depois de ter ganho um Campeonato do Mundo em Espanha?
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«É uma honra imensa. Primeiro ter sido chamado para integrar a Seleção portuguesa. Só isso já foi uma honra», começa por dizer. E surpreendeu-o ter sido convidado sendo espanhol, apesar de ter atuado tantos anos no país? «Não. A maior parte da carreira foi feita aqui em Portugal e sempre fui bem tratado. A surpresa do convite foi mais por ainda ter pouco tempo como treinador. Mas foi um orgulho imenso tê-lo recebido. Tentei ajudar ao máximo este fantástico grupo e acabámos premiados com este êxito e agora com o carinho dos portugueses. Tanto ontem à chegada como hoje com o Presidente», responde Bosch, de 43 anos, que nunca se sagrou campeão mundial pelo seu país. «Ter esta condecoração ao peito é algo incrível. Hoje foi a cereja em cima do bolo do carinho que o povo português me deu ao longo de 20 anos», acrescentou.

Mas foi estranho ter celebrado o título em Barcelona, cidade onde nasceu? «Não. Como costumo dizer, somos de onde temos a família e trabalhamos e como referiu o presidente da federação, sou o espanhol mais português que conhece e levou-me a celebrar. Sinto-me muito unido aos jogadores e equipa técnica. Além disso os meus pais ensinaram-me que se deve devolver o que se recebe e eu recebi muito dos portugueses. Estou a tentar retribuir o carinho que sempre de deram», concluiu.

Ofertas ao presidente
Entre as ofertas entregues ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa estavam as caneleiras usadas na final pelo guarda-redes Ângelo Girão, a camisola com o n.º 1 , um stick de jogo e um galhardete da Federação de Patinagem de Portugal, as últimas três devidamente autografadas.

* Um paradoxo irónico e feliz para nós portugueses.

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