25/06/2019

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HOJE  NO 
"DINHEIRO VIVO"
BdP autorizou mais de 3800
.intermediários de crédito

Em perto de seis mil pedidos para atividade de crédito no ponto de venda, mais de metade foi autorizada pelo supervisor nacional.

O aumento do crédito ao consumo está a abrandar, mas o número de intermediários que atuam em nome de instituições de crédito especializado continua a proliferar. Desde a entrada em vigor do novo regime para supervisão do sector, no início do ano passado, o Banco de Portugal recebeu 5988 pedidos de autorização da atividade onde predomina a concessão de crédito em stands automóveis. 
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Destes, aprovou mais de 60%, ou 3827. Outros 995 pedidos foram indeferidos, com mais de mil a aguardarem a análise da instituição. 
Os dados foram avançados esta terça-feira pelo vice-governador do banco central, Luís Máximo dos Santos, durante a apresentação do estudo “Impacto do Crédito ao Consumo na Economia Portuguesa” na Nova SBE. O estudo, promovido pela Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFCA) e coordenado pelo economista Pedro Brinca, conclui que um aumento sustentado deste tipo de crédito pode gerar, em cinco anos, um impulso de 1,15% à atividade económica, e defende que o principal contributo para o PIB, sob a forma de investimento, é dado pelo crédito à compra de veículos.

Na apresentação, e apesar de alertas anteriores do Banco de Portugal quanto à atividade de crédito associada aos pontos de venda, o vice-governador considerou “inútil” diabolizar o crédito ao consumo. “É preciso sim regulá-lo e fiscalizá-lo de modo a proteger adequadamente os clientes bancários e também prevenir o risco sistémico. E, numa perspetiva mais ampla, evitar igualmente consequências nefastas de ordem vária para o tecido social”, defendeu. 
As novas regras de supervisão deste segmento do crédito impõem desde o ano passado a obrigação de registo de atividade aos intermediários (os que operavam antes das mudanças da lei, continuam a fazê-lo até ao final do próximo mês) e rácios de endividamento total junto de uma instituição até 50% do rendimento. Os dadores de crédito que os intermediários representam devem também ponderar impactos de aumento de taxas de juro de uma eventual quebra de rendimentos com passagem à reforma. O regime admite apesar de tudo algumas exceções. 
Luís Máximo dos Santos associou as regras mais apertadas a um abrandamento no crédito ao consumo, que cresceu no ano passado 10,1%, abaixo da subida de 12% em 2017. “Não é de todo uma má notícia, pois as anteriores taxas de crescimento eram manifestamente muito elevadas, mesmo considerando a retração ocorrida no período da recessão”, considerou. Em 2015, este tipo de crédito crescia 23,09%. 
Em 2018, foi concedido um volume de 7,4 mil milhões de euros de crédito ao consumo – 46% do qual em espaços comerciais.

* Temos muito respeito pelo vice-governador do BdP e nem contestamos o seu saber, mas temos diferente opinião sobre o assunto, sabemos que o crédito ao consumo (consumismo) mal parado, é potenciador de neuroses graves e suicídios, nós não diabolizamos nem neuroses nem suicídios.

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