22/04/2019

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HOJE  NO
"DINHEIRO VIVO"
Portugueses estão a pedir mais
 dinheiro para pagar contas 

Nos últimos seis meses, foram pedidos mais 22% do que no período equivalente há um ano.

Foram mais de 2 mil euros nos últimos seis meses. Os portugueses estão a pedir mais dinheiro emprestado para pagar as contas, revela um estudo da Intrum, que alerta para os riscos destes empréstimos. 

DE PÉSSIMA MEMÓRIA
 De acordo com o European Consumer Payment Report, o valor total pedido neste período perfaz 2 239 euros, mais 22% do que os 1839 euros de empréstimos contraídos no período equivalente do ano anterior.

Os números confirmam os dados recentemente divulgados pelo Banco de Portugal, que apontam para que os bancos e as financeiras concederam, durante o mês de fevereiro, 575 milhões de euros em empréstimos ao consumo, “verificando-se um aumento que foi suportado pelo crescimento dos créditos pessoais sem fins específicos, categoria esta que cresceu em 18 milhões de euros, para perto de 259 milhões de euros”. 
 “Não conseguimos evitar que caiam na armadilha do endividamento determinados estratos da população e que essa armadilha do endividamento se tenha deslocado da concessão de crédito para o momento da venda. E o momento da venda com crédito associado através do cartão de crédito ou através de outros mecanismos é um motivo de grande preocupação”, defendeu então o governador da instituição, Carlos Costa.

O crédito ao consumo disponibilizado em cartões de crédito e descobertos bancários aumentou 5,1% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2018, revelou o Banco de Portugal. O valor colocado à disposição dos clientes dos bancos nestes produtos foi de 92 milhões de euros no mês passado. 
 
O estudo da Intrum concluiu ainda que os inquiridos portugueses (37%) continuam a pedir dinheiro emprestado ao banco, um aumento de 12% face ao período homólogo. Uma realidade que, para Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, revela duas faces de uma mesma moeda: “A verdade é que os empréstimos podem ajudar a alcançar os nossos sonhos, mas é importante fazer uma gestão racional dos recursos e não pedir emprestado para além das nossas capacidades e possibilidades.”

* Os bancos andam a vender dinheiro para os portugueses "armarem ao fino" e o Banco de Portugal faz népia sobre o assunto.

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