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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
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Acção para cobrar calote de 43 milhões a Berardo entrou no tribunal do Funchal
Os
bancos anunciaram no início da semana que iam avançar para os tribunais
para cobrar as dívidas de Joe Berardo e não levaram muito tempo a
cumprir a sua decisão. Ontem deu entrada no Juízo de Execução do Funchal
uma acção da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que visa executar um calote
de 43.488.232 euros ao comendador madeirense.
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O processo foi
distribuído ao juiz André Teixeira dos Santos e tem como agente de
execução João Correia, com escritório em Lisboa. No âmbito desta acção, o
agente de execução deverá procurar bens que possam ser penhorados e
vendidos para ressarcir os credores. Uma tarefa que não se afigura
fácil, já que o único património que Berardo tem em seu nome é uma
garagem no Funchal. Está também associado à Colecção Berardo, Quinta da
Bacalhoa e Metalgest. A 3 de Abril, ao ser ouvido na Assembleia da
República, na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e
gestão do banco público, o antigo presidente do conselho fiscal da CGD,
Eduardo Paz Ferreira, disse achar “extremamente difícil” que o banco
consiga recuperar as garantias dadas pelo empresário em empréstimos para
a compra de acções do BCP. O também professor universitário afirmou que
ouviu dizer que “a actual administração da Caixa se propõe desencadear
uma operação ‘kamikaze’ para conseguir ir ao ‘core’ [centro] do senhor
Berardo”. “Desejo-lhes [à administração da CGD] muito boa sorte”,
comentou.
Segundo revelou o Correio da Manhã no início desta
semana, CGD, BCP e Novo Banco querem cobrar dívidas de 980 milhões de
euros ao comendador madeirense.
Já em Agosto de 2016 a CGD
interpôs, no tribunal do Funchal, uma acção de execução contra Berardo,
mas de valor muito inferior à que ontem deu entrada. Na altura pretendia
cobrar 2,8 milhões de euros.
* Joe Berardo o "caruncho" da banca e do Estado português.
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