12/04/2019

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/DA MADEIRA"
Acção para cobrar calote de 43 milhões a Berardo entrou no tribunal do Funchal

Os bancos anunciaram no início da semana que iam avançar para os tribunais para cobrar as dívidas de Joe Berardo e não levaram muito tempo a cumprir a sua decisão. Ontem deu entrada no Juízo de Execução do Funchal uma acção da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que visa executar um calote de 43.488.232 euros ao comendador madeirense.
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O processo foi distribuído ao juiz André Teixeira dos Santos e tem como agente de execução João Correia, com escritório em Lisboa. No âmbito desta acção, o agente de execução deverá procurar bens que possam ser penhorados e vendidos para ressarcir os credores. Uma tarefa que não se afigura fácil, já que o único património que Berardo tem em seu nome é uma garagem no Funchal. Está também associado à Colecção Berardo, Quinta da Bacalhoa e Metalgest. A 3 de Abril, ao ser ouvido na Assembleia da República, na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão do banco público, o antigo presidente do conselho fiscal da CGD, Eduardo Paz Ferreira, disse achar “extremamente difícil” que o banco consiga recuperar as garantias dadas pelo empresário em empréstimos para a compra de acções do BCP. O também professor universitário afirmou que ouviu dizer que “a actual administração da Caixa se propõe desencadear uma operação ‘kamikaze’ para conseguir ir ao ‘core’ [centro] do senhor Berardo”. “Desejo-lhes [à administração da CGD] muito boa sorte”, comentou.

Segundo revelou o Correio da Manhã no início desta semana, CGD, BCP e Novo Banco querem cobrar dívidas de 980 milhões de euros ao comendador madeirense.

Já em Agosto de 2016 a CGD interpôs, no tribunal do Funchal, uma acção de execução contra Berardo, mas de valor muito inferior à que ontem deu entrada. Na altura pretendia cobrar 2,8 milhões de euros.

* Joe Berardo o "caruncho" da banca e do Estado português.

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