22/04/2019

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HOJE  NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Quem é o grupo responsável pela matança
.no Sri Lanka?

Agências de antiterrorismo tinham avisado sobre o risco que o Sri Lanka corria de ser alvo de um ataque. Em vários relatórios, que não impediram a morte de 290 pessoas, há um nome em comum: o National Thowfeek Jamaath.

Trata-se de um grupo radical islâmico que terá ligações com o autoproclamado Estado Islâmico (EI). Todos os bombistas eram do país banhado pelo oceano Índico, mas as autoridades nacionais e internacionais acreditam que o atentado foi orquestrado em conjunto com uma rede internacional.
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O grupo que agora sai da sombra ainda não reclamou a autoria dos crimes, mas o governo, através do ministro da saúde, Rajitha Senaratne, atribui-lhes a responsabilidade pela tragédia que marcou o domingo de Páscoa.

"Não acreditamos que os ataques tenham sido cometidos por um grupo de cidadãos confinados a este país", disse, em tom de aviso, numa conferência de imprensa esta segunda-feira.

A primeira vez que o National Thowfeek Jamaath chamou a atenção das autoridades aconteceu em 2016, na sequência de uma onde de vandalismo contra estátuas budistas, naquilo que foi classificado como uma reposta ao crescimento do extremismo budista no país. Nesse mesmo ano, escreve o "The New York Times", um dos líderes do grupo, Abdul Razik, foi peso por incitar ao racismo.

No início de 2017, o grupo voltou à mira das autoridades. Desta vez, em Kattankudi, uma cidade dominada pela comunidade muçulmana. Um violento confronto entre grupos radicais, em que se insere o National Thowfeek Jamaath, provocou vários feridos e levou à detenção de dez pessoas. Segundo escreve o "Colombo Telegraph", os dias seguintes ficaram marcados por vários protestos nas ruas apelando à união da comunidade muçulmana.

Pouco mais se sabe sobre este grupo. Ainda assim, especialistas em contraterrorismo acreditam que a maioria dos elementos são jovens rapazes, saídos de escolas islâmicas. Não há sinais de grandes regras ou hierarquização entre os seus membros, o que terá facilitado a ingerência de outros grupos islâmicos extremistas, como o EI.

Autoridades tinham avisado
A polícia do Sri Lanka está a examinar os relatórios de agências de informação que tinham avisos de possíveis ataques, segundo as autoridades cingalesas. Dois ministros do Governo fizeram alusão a falhas nos serviços de informação do país.

"Alguns oficiais dos serviços de informação estavam cientes dessa incidência. Portanto, houve um atraso na ação. É preciso tomar medidas sérias, assim como saber o porquê de esses avisos terem sido ignorados", declarou o ministro das Telecomunicações, Harin Fernando, na sua conta na rede social Twitter.

Fernando disse que o seu pai também tinha ouvido falar da possibilidade de um ataque e advertiu-o para não entrar em igrejas mais populares.

Mano Ganeshan, ministro da Integração Nacional, disse que os oficiais de segurança do seu ministério foram alertados sobre a possibilidade de dois bombistas atacarem políticos.

O cardeal Malcolm Ranjith, arcebispo de Colombo, disse que os ataques poderiam ter sido evitados.
"Colocamos as nossas mãos nas nossas cabeças quando soubemos que essas mortes poderiam ter sido evitadas. Porque é que isso não foi evitado?" declarou o cardeal.

Interpol desloca equipa de investigadores para ajudar autoridades locais
"Deslocada a pedido das autoridades do Sri Lanka, a célula de crise da Interpol (IRT) inclui especialistas em investigação de cenas de crime, explosivos e antiterrorismo, bem como especialistas na análise e identificação de vítimas de catástrofes", referiu num comunicado a Interpol, cuja sede fica em Lyon, na França.

"Se necessário, especialistas adicionais no campo da medicina digital forense, biometria e análise de vídeo e foto podem ser adicionados a essa equipa no local", referiu a nota.
As investigações já estão em andamento através do banco de dados nominais da organização e sobre documentos de viagem roubados e perdidos para identificar "pistas investigativas potenciais de conexões internacionais".

* Estes assassinatos em massa têm os lobies das religiões por trás, sempre.

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