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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
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Cria de lobo-marinho voltou a
aparecer no areal do Porto Santo
depois de dois dias fora
A
cria de lobo-marinho que tem feito do areal da ilha do Porto Santo o
seu local de descanso voltou a aparecer hoje, depois de ter desaparecido
desde terça-feira à noite.
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Rosa Pires, bióloga do Instituto das
Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), explicou à Lusa que depois
do desaparecimento que aconteceu na terça-feira, dia 16, a cria voltou a
aparecer hoje, facto que considera ser natural.
“Isto é o
comportamento expectável que de uma animal que começa a ganhar energia
para funcionar de acordo com a sua natureza e não limitado por alguma
questão que ele tinha quando chegou pela primeira vez ao Porto Santo”,
disse, neste caso um alegado cansaço por ter feito a travessia das ilhas
Desertas até à ilha do Porto Santo.
O primeiro avistamento desta
cria aconteceu no dia 10 de abril, uma quarta-feira quando, para
surpresa de muitos, apareceu na praia da ilha.
Os primeiros dias
foram sempre iguais para esta fêmea de seis meses de idade que tinha
como comportamento desaparecer de noite para ir caçar e alimentar-se,
voltando depois pela manhã para descansar no areal dourado da ilha do
Porto Santo, visto este retorno como um bom sinal.
“É sinal que a
cria está a recuperar e começa a não estar limitada a um espaço pelo
seu cansaço físico”, explicou, recordando que os animais nesta fase
“exploram muito” e que, normalmente, depois voltam a casa.
Este
comportamento não é considerado, de todo, uma situação ideal para o
bem-estar do animal e o IFCN equaciona, caso a cria não vá a expensas
próprias de volta às ilhas Desertas, ser o próprio IFCN a transportá-la
para o seu habitat.
“Se ela permanecer durante muito tempo no Porto Santo a decisão será levá-la para as ilhas Desertas”, disse.
A
foca-monge do Mediterrâneo ou lobo-marinho, Monachus monachus, como é
conhecida no arquipélago da Madeira, é a foca mais rara do mundo e uma
espécie considerada em perigo crítico pela União Internacional para a
Conservação da natureza. Em Portugal, ocorre unicamente no arquipélago
da Madeira, mais especificamente nas Ilhas Desertas e ilha da Madeira.
O
extinto Serviço do Parque Natural da Madeira iniciou um projeto para a
conservação do lobo-marinho e do seu habitat em 1988 o que levou à
criação da Área Protegida das Ilhas Desertas em 1990 que, entretanto,
passaram a Reserva Natural em 1995.
A proteção ‘in loco’, a
monitorização e o estudo do lobo-marinho, juntamente com a educação
ambiental, têm sido as principais estratégias utilizadas para a sua
salvaguarda.
* Felizmente a cria está sob vigilância de pessoas competentes.
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