19/03/2019

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HOJE  NO 
"DINHEIRO VIVO"
Nova associação quer agarrar
.“nova geração de motoristas de táxi”

APMobi deverá contar com 1500 membros já nas próximas semanas e pretender salvar indústria responsável por cerca de 30 000 postos de trabalho.

É numa “corrida contra o tempo” para salvar milhares de empregos que nasce esta terça-feira a APMobi – Associação Portuguesa para a Mobilidade. É a terceira associação portuguesa que representa os taxistas e que quer agarrar “numa nova geração de motoristas”, que não se identificam com as opções tomadas pela Antral e pela Federação Portuguesa do Táxi. A plataforma Mytaxi é uma das principais promotoras desta associação.

A flexibilização das fronteiras geográficas, a simplificação e flexibilização das tarifas, a regularização das licenças de táxi e a facilitação do transporte para passageiros provenientes dos portos e aeroportos são as quatro principais bandeiras da APMobi.
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A nova associação pretende reunir-se “o mais depressa possível” com outras entidades e com o próprio Governo para mudar a legislação base do táxi, que data de 1998. Se não for feito, segundo a APMobi, “poderão estar em causa mais de metade dos 30 000 postos de trabalho gerados pela indústria do táxi”, assinalou Pedro Pinto, na qualidade de porta-voz da associação, durante a apresentação aos jornalistas, em Lisboa.
 “Queremos ser a voz de todos os motoristas que não se sentem defendidos ou representados. Algumas das críticas ao sector do táxi não são justas. Temos de criar um novo discurso para o Governo e os reguladores”, acrescentou o também diretor-geral da Mytaxi para o mercado português.

Reivindicações 
A APMobi pretende uma liberalização dos contingentes de táxis. Isto impede, por exemplo, que um motorista apanhe um passageiro no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no concelho da Maia e o deixe no centro do concelho do Porto para que depois possa transportar um outro cliente de volta ao aeroporto. “O taxista tem de voltar ao aeroporto com o carro vazio, o que gera uma situação gritante para a nossa profissão e encarece a viagem”, referiu Carlos Moreira, embaixador da associação para o distrito do Porto. 
A associação também quer alterar as tarifas de táxi, “para que possa proporcionar um serviço atraente para os clientes de hoje em dia”. Também é defendida a regularização das licenças de táxi “para que estejam ligadas à atual realidade das regiões”. 
No Algarve, por exemplo, existem 500 táxis ao serviço de uma região com 500 000 habitantes e que ao longo do ano recebe quatro milhões de turistas, o que tem levado plataformas de transportes como a Uber a conquistar terreno na zona sul do país.

A APMobi também advoga a criação de uma tarifa fixa para o transporte de passageiros vindos de portos e aeroportos “para acabar com os casos de especulação de viagens”. Embora estas viagens devam ter um preço mais baixo do que os 20 euros que chegaram a ser sugeridos pelas associações de taxistas em 2015. 
A simplificação da legislação do sector também é defendida pela APMobi. “Cada vez que é preciso alterar algum ponto na lei, é necessário consultar oito ou nove entidades”, lamentou Pedro Pinto.

Membros
 Apresentada esta terça-feira, a APMobi, no curto prazo, deverá contar com 1500 membros, que correspondem aos motoristas que trabalham para a plataforma Mytaxi. Mas Pedro Pinto assinalou que a associação “está aberta a toda a gente” e não serão pagas quotas. 
A associação foi formada depois do início da subscrição de uma petição pública em defesa do sector do táxi em Portugal. “Durante três anos ouvimos os empresários e motoristas a pedirem-nos para que a Mytaxi se mobilizasse. É isso que está a acontecer agora.” 
Depois de resolver os problemas nas grandes cidades portuguesas, a nova associação pretende cuidar dos direitos dos motoristas de táxis do interior de Portugal, “onde ainda é prestado um verdadeiro serviço público de transporte de passageiros” para hospitais e centros de saúde. 
A APMobi surge numa altura em que os partidos com assento parlamentar têm apresentado várias propostas para modernizar o sector do táxi. O PSD, no dia 11 de março, entregou um projeto-lei que defende o fim dos contingentes. Há um ano, o CDS-PP entregou um projeto-lei que defendia novos tarifários para os táxis e a revisão das taxas e licenças. 
 Só que é uma corrida contra o tempo porque com a marcação de eleições legislativas para 4 de outubro os trabalhos da Assembleia da República estarão praticamente parados na segunda metade de 2019.

* Parecem-nos propostas com bom senso e pensamos que não pretendem ter 'rambos' como associados o que é um descanso.

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