27/03/2019

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HOJE NO 
"A BOLA"
PSP e Liga juntos em conferência 
contra a violência no desporto

A Polícia de Segurança Pública, em parceria com a Junta de Freguesia da Estrela e o ISEG, levou a cabo esta quarta-feira a 2.ª Conferência Contra a Violência no Desporto.
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João Capela, árbitro da primeira categoria, deixou uma mensagem em vídeo, salientando: «Sendo o embaixador do plano nacional de ética desportiva, o Desporto não é violência e espero que todos possamos ter contribuído para que no futuro próximo os mais jovens, que devem ser o nosso foco, tenham massa crítica e escolher de que lado querem estar em termos desportivos.»

«Tudo o que acontece no Desporto revela aquilo que se passa na nossa sociedade. Infelizmente, naquilo que é o Desporto Rei em Portugal e se calhar no mundo não tem corrido da melhor forma. Não podemos ficar parados a assistir», apelou.

A questão das bebidas alcoólicas
Nos últimos tempos tem sido abordada a possível venda de bebidas alcoólicas nos recintos desportivos. Luís Elias, oficial da PSP, mostrou-se contra a ideia. «Creio que potencia o risco se o consumo de bebidas alcoólicas for liberalizado. Preocupa-nos essa possibilidade, porque há outras questões que não foram resolvidas, como a legalização dos grupos organizados de adeptos ou questões relacionadas com a aplicação implacável de medidas de interdição, entre outras. Ou seja, do nosso ponto de vista há outras prioridades», disse.

Por sua vez, Helena Pires, da Liga de Clubes, referiu: «Não há discordância, mas sim uma diferença de opinião. Estamos todos no sentido de convergir e encontrar soluções por forma a satisfazer quer a vontade dos clubes quer o desejo das forças de segurança. No final do dia todos vamos querer a mesma coisa: a segurança nos estádios.»

«Queremos seguir aquilo que acontece noutras realidades, como na UEFA, na Liga alemã e na Liga inglesa, onde há o consumo de baixo teor de álcool. A nossa mentalidade ainda é um pouco da cerveja e do tremoço e acreditamos que muitas vezes o atraso na entrada nos estádios se deve ao facto de não poder haver consumo. O adepto do futebol gosta de ir ver o jogo e beber a sua cerveja. Obviamente que também há uma vertente económica, mas não é isso que nos move. Trabalhamos para os adeptos.»

* Anda a filosofar-se sobre a violência no desporto como uma inevitabilidade, quando o problema é uma questão educacional familiar. Pode parecer uma treta mas a violência das claques é filha da violência doméstica que também tem muito álcool , ainda nos vão dar razão.

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