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HOJE NO
"RECORD"
Agência Mundial Antidopagem
recuperou dados de controlos
do laboratório de Moscovo
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) anunciou esta quinta-feira o sucesso
da sua missão de recuperar dados de controlos feitos pelo antigo
laboratório de Moscovo, uma semana após iniciar o processo.
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"Este é um grande avanço para o um desporto limpo. O longo impasse em
volta do acesso a estes dados chegou ao fim e isso é uma ótima notícia",
regozijou-se o presidente da AMA, Craig Reedie, em comunicado.
A AMA exigiu esses dados para concluir as suas investigações sobre o
sistema de doping institucional que vigorou na Rússia entre 2011 e 2015,
e que beneficiou cerca de 1.000 atletas de 30 modalidades, de acordo
com as investigações contidas no relatório de Richard McLaren, advogado
canadiano.
Apesar do otimismo, o dirigente alertou que agora principia uma nova
fase, "a autenticação de dados para garantir que estes estão completos e
que não foram danificados".
Os dados, que são suscetíveis de motivar novos processos contra atletas, já estão "fora da Rússia".
A AMA confia nesses registos para eventualmente estabelecer uma lista de
amostras a serem reanalisadas e depois encaminhar os arquivos para as
Federações Internacionais para que estas eventualmente abram processos
disciplinares.
Aquela agência suspendeu as sanções contra a Rússia em 20 de setembro,
com a condição de Moscovo recuperar esses dados até 31 de dezembro -- a
punição foi decretada no final de 2015.
A violação do prazo exigido pode motivar novas sanções, a decidir na
reunião do comité executivo da AMA, que vai decorrer na terça-feira.
O caso remonta ao escândalo levantado pelas revelações do relatório do
jurista canadiano Richard McLaren, que descobriu uma rede destinada a
forjar resultados de controlos que envolvia inclusivamente membros do
Estado russo.
Esta situação levou à exclusão do atletismo russo dos Jogos Olímpicos
Rio2016 e dos Mundiais de atletismo de 2017, além da participação sob
bandeira neutra nos Jogos de Inverno PyeongChang2018.
Se a AMA não tivesse acesso às amostras na posse do laboratório
moscovita, as sanções poderiam ir até à proibição de atletas russos em
novos Jogos Olímpicos, desta feita em 2020, no Japão.
* Da Rússia quase nada é claro.
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