04/01/2019

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HOJE NO
"RECORD"
Nélson Évora 
fala em "ataque pessoal" do Benfica: 
«Não sei porque é que deram a volta ao
.mundo para fazer esta borrada» 

Atleta do Sporting assumiu que não gostou da naturalização do cubano Pedro Pablo Pichardo

Nélson Évora assumiu esta sexta-feira que não gostou da naturalização do cubano Pedro Pablo Pichardo e acusou o Benfica de ter avançado para a mesma"com o objetivo de ataque pessoal" ao agora atleta do Sporting. Em entrevista ao jornal dos verde e brancos, o triplista voltou ainda a sublinhar que "não houve qualquer má intenção" da sua parte na mudança de um clube para o outro.
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"No início não vi com bons olhos. Foi - e continua a ser - para mim e para muitos outros algo de muita luta e um processo bastante longo. Todos têm o direito de mudar a nacionalidade. (...) Acho é que não temos de o direito de passar por cima de muitas coisas, de uma história. Por interesses clubísticos fizeram-se coisas inacreditáveis.

O Sporting é conhecido por dar a nacionalidade à Naide Gomes, que quase nasceu em Portugal, e ao Francis Obikwelu, que desertou aqui no Campeonato do Mundo de juniores. Até serem portugueses, passaram por um processo, perderam competições. Por isso, deixou-me um pouco indignado. Não só pelas madrugadas que perdi, mas também pelas pessoas que estão aqui há muitos anos a lutar pela nacionalidade e não conseguem. (...) Cheguei aqui com 6 anos. Foi nesse sentido que não achei justo.

Foi feito por questões clubísticas e com o objetivo de ataque pessoal quando não houve qualquer má intenção da minha parte na mudança de um clube para o outro. Foi o próprio clube que foi negligente com a minha pessoa. Não sei porque é que deram a volta ao mundo para fazer esta borrada. As pessoas pensaram que me indignei porque ee bateu o meu recorde nacional, mas o que eu tenho a dizer aos milhares de haters é que os recordes nacionais não me dão nada, não me dão privilégio nenhum", afirmou ao jornal do Sporting.

E prosseguiu: "Na pista não tenho qualquer tipo de problema, quem tem problemas são eles. Eu divirto-me. Não tenho nada a provar a ninguém. As medalhas e os títulos falam por si. O reconhecimento do público, a quem agradeço todos os dias, fala por si".

Nélson Évora aponta a Tóquio'2020 - "Quero dar essa alegria ao clube e ser medalhado com o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio", sublinhou - e não esconde já ter "vários projetos para avançar" quando deixar as pistas. "Não há limites", concluiu.

* Para começar declaramos grande respeito por Nelson Évora. Mas continuamos a duvidar das razões de Nelson Évora. Consideramos que a legislação sobre obtenção da nacionalidade portuguesa mudou muito desde o processo de Naíde Gomes, não percebemos a raiva contra Pedro Pablo Pichardo.

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