Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
27/10/2018
JAQUELINE SILVA
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IN"DELAS"
OUTUBRO
2018
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Que se lixe a genética,
eu posso mudar!
A mim, ensinaram-me que aquela sequência de ADN condicionaria a minha vida para sempre.
Sou assim por causa do meu pai. É possível que venha a ter
determinada doença porque há alguém na família com o mesmo problema.
Todas as crenças que me passaram e que fazem parte de quem eu sou.
Mas, e se isto fosse mentira? Não aquela mentira premeditada, mas
aquela verdade que afinal não está escrita em pedra e a realidade fosse
um pouco mais maleável?
Existe uma nova corrente chamada Epigenética – mudanças nas funções
dos genes sem alterar o ADN – e Neuroplasticidade – capacidade de
mudança e reorganização dos neuróticos de acordo com mudanças
ambientais, experimentais e sociais.
Ou seja, no fundo sim, temos o código de barras imbuído no ADN mas
ele só fica ativo mediante o acesso ao gene. Este acesso ao gene dá-se
através da expansão dos histones. Quando estes últimos se expandem,
conseguimos aceder ao gene podendo reprograma-lo.
A Epigenética fornece-nos alguma esperança no que diz respeito a
doenças graves como é o caso do cancro. Embora os estudos não sejam
conclusivos, alguns autores, como é o caso do Dawson Church referem o
poder da gratidão, pensamento positivo, horas de sono e alimentação como
fatores fundamentais na alteração destes genes. Já imaginou ter o poder
curar algumas das suas doenças?
Adicione a esta disciplina a neuroplasticidade que refere que o
Sistema Nervoso Central pode modificar algumas das suas propriedades
morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente.
Caso queira aumentar a plasticidade de forma a fazer crescer as
conexões das sinapses deverá alterar os seus comportamentos e fazer algo
que seja mais difícil para si. Parece simples não?
A forma como experienciamos o Mundo condiciona a forma como o cérebro
se desenvolve e tendencialmente as situações negativas são aquelas que
estão mais presentes nos neurónios por questões de sobrevivência.
Para mudar isto devemos:
* Ter consciência das coisas em que nos focamos
* Manter um diário para escrever todas as coisas pelas quais somos gratos
* Visualização – o nosso cérebro reage muito bem à visualização, podemos criar os nossos filmes mentais.
Estas disciplinas permitem-lhe controlar o que lhe acontece. Pode não
querer que isto seja verdade porque implica alguma responsabilidade,
nomeadamente a de mudar, tornando-se a sua melhor versão. Mas, já viu
todas as possibilidades que desconhecia?
* Especialista em Inovação Digital e Empreendedorismo
IN"DELAS"
OUTUBRO
2018
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
«Há 25 anos que eu e os meus filhos
não tomamos fármacos. Multiplique
isto por milhões e perceberá porque
a homeopatia não reúne consenso»
A homeopatia é uma medicina alternativa com três séculos de
existência, mas muita polémica à sua volta. No Reino Unido é
comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde, mas em Portugal ainda não
está completamente regulamentada. A homeopata Cristina Pombo, que se
formou em Farmácia, trabalhou no ramo, desiludiu-se e encontrou nesta
prática a alternativa que procurava, acaba de lançar o livro Homeopatia, uma Medicina Alternativa [Partenon Edições]. Para esclarecer do que se fala quando se fala de homeopatia.
Escreve este livro numa altura em que várias vozes se
levantam contra a homeopatia. Em Espanha, a ministra da Saúde pediu que
Bruxelas revisse a regulamentação desta medicina alternativa na
sequência de diversas polémicas – nomeadamente o caso de uma mulher que
decidiu tratar um cancro de mama só com medicação homeopática e morreu
em pouco tempo. Em França, o debate também está aceso, com o anúncio de
que a Agência Nacional de Saúde Pública iria avaliar a eficácia da
homeopatia.
Quantos doentes com cancro, tratados pela medicina tradicional, morrem
em pouco tempo? Penso que as pessoas deveriam ter a hipótese de ser
tratadas como querem. Há países em que a homeopatia é uma especialidade
médica e as pessoas têm a possibilidade de ser tratadas através deste
método. Noutros países, como o Reino Unido ou a Suíça, a homeopatia é
comparticipada pelo Estado.
Sim, em última análise, a pessoa pode até decidir não ser
tratata. O que lhe pergunto é: do conhecimento que existe, a homeopatia é
uma alternativa no tratamento do cancro?
O cancro tem vários estadios. Uma pessoa pode ter cancro e ter um estado
de saúde relativamente bom e nesse caso pode ser ajudada com
homeopatia. Se o estadio é mais avançado, pode ter valor apenas em
termos complementares, ou seja, ajudar nos efeitos secundários que os
tratamentos químicos mais agressivos têm. Depende do caso. É preciso
sensatez.
A homeopatia não trata doenças, trata pessoas, diz no seu livro. Quer explicar?
Exato. Daí não poder dizer que a homeopatia trata o cancro. Na
contracapa, estão testemunhos de pessoas com fibromialgia, artrite
reumatoide, défice de atenção, etc., que ficaram bem através da
homeopatia, mas eu não posso dizer que tratei as doenças, tratei as
pessoas.
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Como homeopata, acompanho muitas pessoas com cancro e nunca
nenhuma delas me disse que queria ser tratada só com homeopatia. Há
aqueles que já tiveram cancro e agora têm outros problemas e recorrem à
homeopatia e aqueles que estão a fazer tratamentos para o cancro e
procuram ajuda com os efeitos secundários. Há cuidados diferentes,
dependendo do que as pessoas têm.
No caso do cancro é um cuidado mais paliativo?
Sim. Em doenças agudas, a cura é geralmente rápida. Noutras, como uma
artrite reumatoide, por exemplo, pode levar algum tempo, interessa é que
a pessoa vá ficando melhor e não tenha os efeitos secundários que
tinha. No caso da senhora da contracapa que refiro, estava a tomar
imensos medicamentos químicos, com muitos efeitos secundários e não só
consegui retirar os medicamentos todos como os sintomas. Já lá vão dez
anos.
Como explica que uma medicina com tantos anos (três séculos)
e, de acordo com os dados que apresenta no seu livro, com provas dadas,
não consiga reunir consenso?
Há várias justificações. Uma delas é que há imensa gente que diz que
está a fazer homeopatia e não está e isso é um problema porque
descredibiliza a verdadeira homeopatia. É uma questão de formação e
educação. Por exemplo, em Portugal, não temos tradição de medicinas
alternativas e não houve, no passado, ninguém que deixasse essa semente.
Mas a questão mais importante tem a ver com dinheiro. Eu tenho três
filhos, sou farmacêutica de formação, e comecei a fazer homeopatia por
causa do meu filho mais velho, há 25 anos. Desde essa altura que eu e os
meus filhos não tomamos medicamentos de farmácia. Nem antipiréticos nem
analgésicos nem antibióticos nem anti-histamínicos Basta multiplicar
isto por milhões e perceberá porque a homeopatia não reúne consenso.
Como é que uma farmacêutica passa para a homeopatia? Desiludiu-se com a indústria?
Eu sempre quis muito ajudar as pessoas na área da saúde e por isso fui
para Farmácia. Mas foi uma grande desilusão, que se aprofundou quando
comecei a trabalhar na indústria e a perceber como aquilo tudo
funcionava. A dada altura, comecei a estudar homeopatia. Verifiquei que o
que existia em termos de formação em Portugal não era o suficiente e
fui fazer o curso fora. Procurei a formação adequada, porque a
verdadeira homeopatia é difícil de fazer. O que faz a medicina
convencional? Faz exames para chegar a um diagnóstico e prescreve um
fármaco para a doença. A homeopatia não. Posso ter duas pessoas com a
mesma queixa e os medicamentos aconselhados para a patologia são
completamente diferentes e eu estou cerca de uma hora com cada uma para
tentar perceber a pessoa que tenho à minha frente.
Porque é que duas pessoas com a mesma queixa fazem medicamentos diferentes?
Tem a ver com um dos princípios fundamentais da homeopatia, que é a
individualização. Tentamos perceber a pessoa holisticamente, no seu
todo. O doente chega e diz que foi diagnosticado com fibromialgia e
esteve a fazer um tratamento químico com efeitos secundários adversos e
quer experimentar um tratamento alternativo e eu faço perguntas que vão
do historial familiar a todo o percurso de saúde, pessoal, emocional,
etc. Para nós, não há nada que pense ou que sinta que os seus órgãos não
saibam e portanto quando está triste, todo o seu organismo está triste.
E como chega à melhor abordagem ou medicação para cada pessoa?
Eu sei o que cada medicamento, quando provado, provoca. Homeopatia quer
dizer «o semelhante cura o semelhante», portanto dou o medicamento que
provoca os mesmos sintomas da doença. Ao comparar uma patologia de
alguém com a patologia que conheço dos medicamentos, dou o que é o mais
adequado a essa pessoa. Os medicamentos homeopáticos são provados em
seres humanos, de forma única – prova o medicamento e vemos os
resultados, que são apontados em livros chamados matérias médicas e são
esses resultados que temos que estudar para comparar com a patologia do
próximo doente.
A homeopatia tem um caráter preventivo?
Literalmente não, mas tem. Porque por exemplo, uma criança que está
doente de 15 em 15 dias, que acontece muito. Tratanto-o, dou o incentivo
certo ao sistema imunitário e passado uns meses ou um ano já só os vejo
uma vez por ano. É neste sentido que é preventiva, equilibra o sistema
imunitário, evitando que as doenças se tornem crónicas.
Há quem defenda que os medicamentos homeopáticos não são
diferentes de bolinhas de açúcar e não têm mais do que o efeito de
placebo.
Todas as medicinas têm efeito placebo. Mas é impossível haver efeito de
placebo em crianças pequeninas. E eu trato crianças com homeopatia.
Quanto às bolinhas de açúcar, há algum tempo, um grupo de pessoas
tomaram não sei quantos quilos de grânulos de um medicamento e não lhes
aconteceu nada. Pois claro, isso é o que se esperaria. Se numa consulta
estou mais de uma hora para saber qual o medicamento mais adequado (em
cerca de 3 mil), para começar o tratamento do doente, se der o
medicamento errado o mais provável é não acontecer nada, porque não faz
ressonância na pessoa. Os medicamentos homeopáticos só contêm um
princípio ativo e têm o nome em latim, para ser igual em todos os
países. O problema é que há muitos medicamentos «vendidos» como
homeopáticos erradamente, que são uma mistura de princípios ativos. Isso
não é homeopatia porque, como expliquei, uma das leis da homeopatia é
utilizar um medicamento de cada vez. São a falta de informação e de
formação que criam confusões em torno desta medicina.
A autorregulação não seria um dos passos para evitar isso?
Ninguém pode exercer medicina convencional se não for médico e não for
reconhecido pela Ordem dos Médicos, que regula a profissão. Se mais
ninguém, os próprios homeopatas não podem organizar-se no sentido de se
autorregularem?
Isso é muito difícil porque não têm todos a mesma formação. Nós temos
associações, mas incluem tudo e mais alguma coisa. E em Portugal a
homeopatia não está sequer regulada, é a única medicina alternativa que
falta regular. Regularam a acumpuntura, a osteopatia, a medicina
tradicional chinesa e não regularam a homeopatia. Não me pergunte
porquê. Não sei. Mas se pensar em euros, começa a perceber. Um
medicamento homeopático custa três euros, dá para muitas vezes e não é
para tomar para o resto da vida, como muitos dos fármacos convencionais.
Eu não tenho nenhum doente a fazer um medicamento de forma crónica.
A medicina convencional e a homeopatia não deveriam conviver e ser complementares?
Sem dúvida. Seria o ideal. Mas para isso são precisas duas coisas
fundamentais: informação correta e formação correta. E não existem, nem
uma nem outra. Por muitas razões. Há muitas pressões para as coisas não
andarem para a frente e o doente é que perde. Quando precisamos,
devíamos poder escolher como queremos ser ajudados. Devia haver um
conhecimento da parte dos especialistas de saúde em geral sobre o que é a
homeopatia e essa foi uma das razões por que escrevi este livro. Espero
que o leiam, para perceberem como olhamos para a saúde, a doença e a
cura. Podemos sempre integrar e conciliar.
* É nossa opinião que não há medicinas alternativas, a própria expressão faz supôr uma subalternização das mesmas. Pensamos que existem acções terapeuticas não enquadradas na medicina convencional e as pessoas recorrem àquelas porque a medicina convencional falhou ou foi negligente.
Quanto à homeopatia dizem as más línguas ser a administração de quase nada em gotas de coisa nenhuma.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Nereida recorda CR7:
"Comigo não teve sexo anal"
Dez anos depois do namoro com Cristiano Ronaldo, Nereida defende-o no caso em que é acusado de violação.
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Foi em Palma de Maiorca, onde há dez anos conheceu Cristiano Ronaldo, que Nereida Gallardo recebeu a equipa do CM e CMTV. De sorriso tímido e nervosa pelas emoções que lhe provoca este regresso ao passado, a espanhola de 34, anos mostra ser uma mulher bem diferente daquela que conquistou o jogador.
* Nós acreditamos em Nereida, CR7 não é homem para dar o rabo a ninguém.
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ESTA SEMANA NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Respostas Rápidas.
O que vai mudar nas faturas da energia?
Parlamento aprovou esta sexta-feira o diploma que determina novas regras para as faturas detalhadas da energia. Medida abrange eletricidade, gás natural e combustíveis.
O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, um diploma que resulta de duas
propostas de lei, do CDS-PP sobre o aumento da transparência fiscal dos
combustíveis por via de uma informação mais detalhada aos consumidores e
do PS sobre o reforço dos deveres de informação do comercializador ao
consumidor de energia.
O que diz a nova lei e a quem se aplica?
A lei
aprovada estabelece o regime de cumprimento do dever de informação do
comercializador ao consumidor de energia. Aplica-se aos
comercializadores no fornecimento e ou prestação de serviços aos
consumidores de energia elétrica, gás natural, gases de petróleo
liquefeito (GPL) e combustíveis derivados do petróleo.
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Quais os deveres de informação?
O
comercializador passa a ter de informar o consumidor das condições em
que o fornecimento e ou prestação de serviços é realizada, e prestar
todos os esclarecimentos que se justifiquem, de acordo com as
circunstâncias, de forma clara e completa.
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Em que é que se concretiza?
No
caso da energia elétrica e gás natural, o dever de informação é
cumprido através da fatura detalhada, que é preferencialmente
transmitida em suporte eletrónico (exceto se o consumidor optar por
recebê-la em suporte papel, não podendo daí decorrer qualquer acréscimo
de despesa para o mesmo). A periodicidade da fatura entre os
comercializadores e os consumidores é mensal, salvo acordo em contrário
no interesse do consumidor.
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O que passa a ter a fatura de eletricidade?
As
faturas a apresentar pelos comercializadores devem conter os elementos
necessários a uma completa e acessível compreensão dos valores totais e
desagregados faturados, tendo em conta, designadamente, os seguintes
elementos:
- potência contratada, incluindo preço;
- datas e meios para comunicação de leituras;
- consumos reais e estimados;
- preço da energia ativa;
- tarifas de energia;
- tarifa de acesso às redes, total e desagregada;
- tarifas de comercialização;
- período de faturação;
- taxas discriminadas;
- impostos discriminados;
- condições, prazos e meios de pagamento; e
- consequências pelo não pagamento.
Nos
casos em que haja lugar à tarifa social a fatura deve identificar ainda
o valor do desconto.
A fatura deve discriminar também a contribuição de
cada fonte de energia para o total de energia elétrica fornecida no
período e as emissões totais de dióxido de carbono associadas à produção
da energia elétrica faturada. Sempre que possível, os comercializadores
devem incluir na fatura a distribuição do consumo médio de energia
pelos dias da semana e horas do dia, sem prejuízo dos direitos à
privacidade.
Informações sobre o Operador Logístico de Mudança de
Comercializador “Poupa Energia”, a situação contratual, o exercício do
direito de reclamação no livro de reclamações (em suporte físico e
através do livro de reclamações eletrónico), bem como meios e formas de
resolução judicial e extrajudicial de conflitos disponíveis são também
necessárias. A lei determina ainda que o cumprimento destas regras não
poderá constituir um acréscimo do valor da fatura.
O que passa a ter a fatura de gás natural?
As
faturas a apresentar pelos comercializadores devem conter os elementos
necessários a uma completa e acessível compreensão dos valores totais e
desagregados faturados, tendo em conta, designadamente, os seguintes
elementos:
- tarifa de acesso às redes, total e desagregada;
- preço unitário dos termos faturados;
- quantidades associadas a cada um dos termos faturados;
- período de faturação;
- datas e meios para comunicação de leituras;
- consumos reais e estimados;
- tarifas de comercialização;
- taxas discriminadas, incluindo taxa de ocupação do subsolo, repercutida nos clientes de gás natural, bem como o município a que se destina e o ano a que diz respeito a taxa;
- impostos discriminados;
- condições, prazos e meios de pagamento; e
- consequências pelo não pagamento.
Nos
casos em que haja lugar à tarifa social a fatura deve identificar o
valor do desconto. A fatura deve também discriminar as fontes de energia
primária utilizadas e as emissões de CO2 e outros gases com efeito de
estufa a que corresponde o consumo da fatura. Sempre que possível, deve
incluir a distribuição do consumo médio de energia pelos dias da semana e
horas do dia, sem prejuízo dos direitos à privacidade.
A fatura
deve incluir informação sobre o Operador Logístico de Mudança de
Comercializador “Poupa Energia”, bem como sobre situação
contratual, exercício do direito de reclamação no livro de reclamações
(em suporte físico e através do livro de reclamações eletrónico) e meios
e formas de resolução judicial e extrajudicial de conflitos
disponíveis. O cumprimento do disposto não poderá constituir um
acréscimo do valor da fatura.
Que outros elementos pode ou não ser incluída nas faturas?
A
nova lei determina ainda que, caso solicitado pela Direcção-Geral de
Energia e Geologia (DGEG), a fatura poderá incluir informação relativa a
medidas de política, sustentabilidade e eficiência energética. A
utilização da fatura para fins promocionais de outros produtos ou
serviços que não os relacionados com o fornecimento ou a utilização da
energia deve ser objeto de aprovação prévia pela Entidade Reguladora dos
Serviços Energéticos (ERSE).
Quais as informações que os consumidores vão receber anualmente?
Os comercializadores têm de informar, de forma clara e objetiva, anualmente, até 30 de junho, os consumidores sobre o seguinte:
- preços das tarifas e preços que se propõem praticar para esse ano e sua comparação com os dois anos anteriores;
- composição das tarifas e preços aplicáveis;
- consumo de energia efetuado, incluindo o médio mensal, de acordo com as regras aprovadas pela ERSE;
- informações e recomendações relevantes à utilização eficiente da energia;
- informação relativa a medidas de política, sustentabilidade e eficiência energética propostas pela ERSE e pela DGEG;
- informação sobre tarifa social, de acordo com as regras aprovadas pela ERSE;
- contribuição de cada fonte de energia para o total da eletricidade adquirida pelo comercializador de eletricidade no ano anterior;
- emissões totais de dióxido de carbono associadas à produção da energia elétrica do consumidor no ano anterior; e
- emissões de CO2 e outros gases com efeito de estufa a que corresponde o consumo do ano anterior, no caso do gás natural.
O que diz a lei sobre a tarifa social?
A
lei determina que os comercializadores devem promover a divulgação de
informação sobre a existência da tarifa social e a sua aplicação aos
clientes finais economicamente vulneráveis, através dos meios
considerados adequados ao seu efetivo conhecimento, designadamente nas
suas páginas na Internet e em documentação que acompanhe as faturas
enviadas aos clientes.
Como funcionam as faturas de GPL e combustíveis derivados do petróleo?
Neste
caso, o dever de informação dos comercializadores é cumprido através da
afixação em local visível nos respetivos estabelecimentos comerciais e
da fatura, sem prejuízo da utilização cumulativa de outros meios
informativos. As faturas do GPL e dos combustíveis derivados do petróleo
a apresentar pelos comercializadores dos postos de abastecimento aos
consumidores devem conter:
- taxas discriminadas;
- impostos discriminados;
- quantidade e preço da incorporação de biocombustíveis.
A
fatura de deve discriminar as fontes de energia primária utilizadas e
as emissões de CO2 e outros gases com efeito de estufa a que corresponde
o consumo da fatura, bem como informação relativa aos meios e formas de
resolução judicial e extrajudicial de conflitos disponíveis, incluindo a
identificação das entidades competentes e o prazo para este efeito.
O que acontece a quem não cumprir?
As
contraordenações previstas na lei são puníveis com coimas entre mil e
3 mil euros para contraordenações leves, entre 5 mil e 15 mil euros para
contraordenações graves e entre 10 mil e 50 mil euros para
contraordenações muito graves. A negligência é punível, sendo os limites
mínimos e máximo das coimas aplicáveis reduzidos a metade.
O
valor das coimas reverte para a Entidade Reguladora dos Serviços
Energéticos e são consignadas para a sustentabilidade sistémica do setor
energético, designadamente através da contribuição para a redução da
dívida e ou pressão tarifárias.
Quem vai fiscalizar?
Até
à criação da entidade com competências de fiscalização especializada
para o setor energético, compete à Entidade Nacional para o Setor
Energético, E.P.E. (ENSE, E.P.E.), a fiscalização, instrução dos
processos e aplicação das coimas e sanções acessórias atribuídas àquela
entidade.
Quando entra em vigor?
A presente
lei entra em vigor no dia 1 do mês seguinte ao da sua publicação em
Diário da República. Os procedimentos e regras previstas na lei devem
ser divulgadas pela ERSE e pelo Operador Logístico de Mudança de
Comercializador (Poupa Energia) no prazo máximo de 60 dias, na página da
internet respetiva.
* Uma peça jornalística muito esclarecedora.
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