Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
14/10/2018
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Francisca Guimarães
O que está a envelhecer
a mulher moderna
A Francisca (aka Miss Kale) vem falar-nos de como podemos reverter o envelhecimento precoce.
Segunda ela, a mulher tem de perceber que é na natureza que pode ir buscar a verdadeira beleza e juventude e é objetivo que isso que consegue. Como? Alterando o estilo de vida (dieta saudável; melhorando a qualidade do tempo de descanso/sono; evitando o stress; recorrendo ao sol como fonte energética; evitando uma vida sedentária).
A Francisca vai ajudar-nos a criar ferramentas práticas, úteis e imediatas para alterarmos o nosso estilo de vida e garantirmos mais qualidade de vida e de envelhecimento.
.ANDRÉ BARATA
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** Filósofo, Universidade da Beira Interior
IN "O JORNAL ECONÓMICO"
12/10/18
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#Metoo e todos nós
Não nos libertámos ainda, homens e mulheres, nem a nós nem aos nossos filhos, de uma cultura de poder que tem na sua base uma compreensão da própria sexualidade enquanto violência.
Em Outubro de 2017, o movimento #Metoo globalizou-se com uma hashtag
que se tornou viral nas redes sociais. Um ano depois, acerta em cheio
no amor próprio do universo português. O cidadão nacional mais conhecido
da actualidade, talvez mesmo de toda a história do velho país, um ídolo
à escala global, foi alvo de uma queixa formal de violação. Em jornais,
televisões e redes sociais, irrompem reacções de grande violência,
sucedem-se invectivas de macartismo e de totalitarismo, proclama-se que a
liberdade está ameaçada.
Mas onde está o macartismo? Na mulher
que exerce o direito legal de apresentar uma queixa e levar a
julgamento um homem — com as garantias legais inegociáveis, claro, de
presunção de inocência e de que in dubio pro reo? Ou, pelo
contrário, em quem a manda calar com intimidações, degradando-a em
epítetos imorais, julgando-a sumariamente fora de qualquer tribunal?
Vociferou-se
ao longo de uma semana por não se ilibar sumariamente o ídolo enquanto
se ateava a fogueira onde se quer fazer arder as novas bruxas do nosso
tempo. Nenhuma mulher está a salvo de ser uma delas. E nem precisa de
ser uma activista do #Metoo.
Mulheres e meninas, não saiam de casa
à noite, não usem saias curtas nem decotes arrojados, não bebam copos,
não se divirtam, não conversem com homens, e sobretudo não se atrevam a
desejá-los.
Ou então sujeitem-se, sem complacência, à condição de que
tudo vos possa acontecer, porque um homem assim provocado estará sempre
só a agir de acordo com os seus instintos incontroláveis. A burca é
usada para cobrir mulheres islâmicas apenas por causa desta concepção
doentia de homem incapaz de se controlar, caso vislumbre uma nesga de
corpo feminino. Um horror, ver os homens assim representados. Mas também
entre nós persiste esta representação.
Atenção: quem defende o
direito de uma alegada vítima ser ouvida não está a querer fazer dos
homens bestas nem a colocar a liberdade sob ameaça (a liberdade de quê?
De ofender sexualmente mulheres? De prescindir do seu consentimento?).
Estas acusações, e as acusações de caça aos homens, servem bem uma nova
caça às mulheres que não se conformam, essas bruxas!
O #Metoo,
para estes que o acusam de macartismo e totalitarismo, é ameaçador não
porque alguma liberdade universalizável esteja em causa, mas porque
atinge um esquema de dominação social, histórica e geograficamente
transversal: o da dominação sexual. Não nos libertámos ainda, homens e
mulheres, nem a nós nem aos nossos filhos, de uma cultura de poder que
tem na sua base uma compreensão da própria sexualidade enquanto
violência. Assim o evidencia o calão, que expõe enquanto linguagem sem
inibições o acto da penetração como o arquétipo simbólico de violência.
Sobre a mulher, mas também sobre o homem. A consumação sexual tomada
como um acto de consumação de poder, demonstrado por quem penetra sobre
quem é penetrado.
Uma cultura da sexualidade assim comprometida
com a violência, além de degradar a sexualidade, que devia ser uma
experiência boa e sem fantasmas, permite olhar a violência sexual como
se fosse apenas um excesso, mais ou menos inaceitável, como se fosse
apenas uma matéria de grau numa escala, na verdade toda ela viciada.
A
hipocrisia vai ao ponto de tornar o consentimento um mero passo
protocolar, congeminável de forma tácita. Se uma mulher disse que quer
fazer A, então tem de aceitar B, C, D e tudo o mais que o parceiro
queira. Se ela não consentiu em nada explicitamente, mas entrou no jogo
da sedução, então já não se pode recusar a nada. Porque, em matéria de
consideração social, ou é virgem, simbolicamente virgem para sempre, ou é
uma puta.
É claro que um casal normal não se permite entender que
consentir numa relação sexual seja consentir tudo. Porque haveria de
ser diferente com a mulher que mal se conhece? É simples e cruel: a
esposa, a filha, a mãe, a irmã de cada homem estão resgatadas de uma
categoria abstracta de mulher, porque esta está, por defeito, cultural e
socialmente identificada como devedora de satisfação sexual. Pagar-lhe
já é uma concessão. O filho/a filha da p. é ofendido/a não por a sua mãe
ser uma prostituta, mas por não ser mais do que uma mulher abstracta
que não se soube resgatar.
É esta concepção de base que explica a
simples grosseria do colunista Henrique Monteiro que diz que “uma santa
não se meteria no quarto de hotel de um homem”, ou a boçalidade do
presidente de câmara de Aveiro que fala em “dar uma esfrega nas
caloiras”, ou a brutalidade de Bolsonaro que em acalorada discussão
disse a uma deputada, cúmulo da desqualificação, que não merece ser
estuprada por ser “muito feia”. Daqui vêm também todos os anátemas que
se lançam às raparigas e às mulheres que são donas do seu comportamento,
e que usam sem constrangimentos saias e calções muito curtos em bares
nocturnos, sem o fazerem submetidas ou dispostas a submeter-se a um
homem… essas malditas provocadoras.
“Medusa no Palácio da Justiça: Uma história da violação sexual”, (Tinta
da China 2017), de Isabel Ventura, é um trabalho de fôlego que merece
ser atentamente lido. Nele se identificam os principais discursos sobre a
origem da violação e se traça uma história jurídico-legal deste crime,
recorrendo a inúmeros exemplos de acórdãos de tribunal no nosso país.
Como
uma espécie de pano de fundo cultural, a investigadora evoca o mito da
Medusa, que nalgumas versões era antes uma jovem irresistível do templo
de Atena. Ao ser violada por Poseidon, vê cair sobre si a fúria
castigadora de Atena, que a transforma em monstro, transferindo dessa
forma para a vítima a culpa. Existe uma expressão inglesa para isso: “victim blaming”.
De bela e sedutora, Medusa transforma-se em ser horrendo cuja
capacidade de petrificar os homens é uma maldição que a condena à
solidão.
Da culpabilização das vítimas vemos ecos demasiados nos
dias de hoje, em expressões como o “pôs-se a jeito”, “correu o risco”,
“provocou”, “não gritou”, “não lutou o suficiente”, etc., ou nalgumas,
demasiadas, decisões judiciais aplicadas a este crime com as
argumentações que as justificam. E é claro, toda a gente sabe que “um
homem não é feito de ferro”.
É talvez o motivo que mais explica as
baixas taxas de falsas denúncias de crimes sexuais (2,28% dos crimes
denunciados, cf. “Público” online, 28 de Setembro de 2018). O
facto de o abuso sexual ser o acto criminoso socialmente visto como mais
degradante para as vítimas favorece nelas os sentimentos de vergonha e
de autoculpabilização, os anátemas que funcionam como uma legitimação
tácita dos crimes, e que têm tornado ao longo do tempo muito difícil
quebrar silêncios.
Ainda há semanas o tão divulgado acórdão da
relação do Porto relativizava a gravidade de um crime em que a vítima
foi alvo de abuso e de penetração vaginal, por parte de dois agressores,
enquanto estava comprovadamente inconsciente e incapaz de reacção. Os
juízes invocaram um suposto “ambiente de sedução mútua”, que se traduz
numa responsabilização da vítima, porque nela está a responsabilidade de
não se ter sabido resguardar, de assegurar o seu resgate enquanto
devedora de satisfação sexual. É só neste aspecto que a vítima é vista
como sujeito, enquanto guardiã da sua própria virtude, e como tal
responsabilizável por qualquer ataque.
Quando se dá como relevante
num crime desta natureza o facto de não existirem visíveis danos
físicos, a vítima volta a ser reduzida à sua condição de mera
propriedade material que pode sair mais ou menos danificada de um
assalto. A esposa, a filha, a irmã que assim se vê maculada e cuja
desonra se estende à família. Neste mesmo acórdão, a única vez que os
juízes se referem à vítima enquanto vítima é quando lhe reconhecem esse
estatuto, com o qualificativo de “especialmente vulnerável”, por estar
inconsciente e não se ter podido guardar.
Mas o estatuto
serve-lhes apenas para lhe definirem uma indemnização pecuniária, que
aliás a própria vítima nunca terá exigido, e que aparece aqui a
objectificá-la, ao mesmo tempo que se atenua a culpa dos agressores como
se estes se tivessem limitado a fazer um uso indevido de algo que não
lhes pertencia.
Já no caso de Kathryn Mayorga, e também das
representantes do #Metoo em geral, a questão do dinheiro parece tão
sensível nas reacções de tantas e tantos que as acusam de vendidas e as
desqualificam enquanto vítimas, por supostamente o seu silêncio ter tido
um preço, quer fosse um valor fixado, quer fosse a promessa de ascensão
social.
Para esses e essas que se indignam, o #Metoo é o
sindicato de todas as bruxas, a sua encarnação socialmente diabólica,
fora de controlo, que desafia o esquema milenar de dominação, que
confundem com civilização. Elas quebraram o silêncio, e desta vez a
desgraça não recaiu sobre o marginal que pudesse eventualmente também
atentar contra a castidade inocente de mães e filhas e irmãs, mas sobre o
bem-sucedido e integrado, até rico e com glamour, o ícone, aquele que
sempre pode comprar silêncios.
Permitindo uma carreira, uma passadeira
vermelha a vítimas que tiveram de negociar a dissimulação. Mas a recusa
do silêncio é o gesto verdadeiramente libertador e emancipador do
movimento #Metoo. Houve quem lhes chamasse mulheres sem carácter. É não
perceber que é precisamente contra essa condição a que foram destinadas
que se rebelam.
Porque, a par do poder de sedução, o poder da
mulher na ordem patriarcal é um poder, ora malévolo, ora infantilizador,
da dissimulação, da mentira ou da manipulação. É o pequeno poder das
despojadas de poder. Vemo-lo levado ao extremo, por exemplo, na
magnífica história de Margaret Atwood, vertida em série televisiva,
“Alias, Grace”, ficção a partir de um episódio verídico ocorrido na
época vitoriana na colónia canadiana.
A protagonista, Grace Marks,
criada em casas de família burguesas, está e esteve sempre à mercê de
múltiplos abusos. Originária de uma família irlandesa emigrada no
Canadá, órfã de mãe, fugitiva do insuportável abuso de um pai
alcoólatra, carregando desde logo essa mácula à qual se acrescenta a
culpa de ter deixado para trás um molho de irmãos pequenos. Virá a ser
co-autora de um duplo homicídio, de um patrão e sua governanta/amante. É
condenada a prisão perpétua, conseguindo evitar a forca a que foi
condenado o seu parceiro de crime, por não se perceber se ela conserva o
seu perfeito juízo. Porque o sexo fraco também foi sempre muito atreito
a todo o tipo de histerias e perturbações mentais.
A narrativa
mantém-nos, a nós e a um médico que é uma espécie de psicólogo, na
incerteza de se devemos acreditar na sua loucura ingénua de se crer
possuída pelo espírito manipulador e vingativo da amiga, Mary Whitney,
também ela criada, morta na sequência das complicações provocadas por um
aborto, ou se estamos pura e simplesmente a lidar com a capacidade
encantatória digna de uma bruxa, ou de uma Xerazade, capaz de nos manter
suspensos no fio das histórias que lhe evitam a morte.
E a
questão é que a diferença entre uma e outra se calhar é quase nenhuma.
Foi Mary quem ensinou a Grace como desempenhar o seu papel de serva e
como manter-se longe do perigo que representavam os homens, ao mesmo
tempo que escarnecia com graça dos ares superiores da burguesia e
tentava insuflar esperanças de emancipação motivadas pelas rebeliões que
ocorriam nessa altura nas colónias britânicas do Canadá. Mary, que quis
ser dona do seu destino e se deu à liberdade de uma paixão, não pode
evitar ela própria a sua desgraça, engravidada por um jovem patrão.
A
dominação de género, dominação sexual, dominação de classe fazem um
triângulo que tem de ser desarmadilhado, por velho, civilizacional,
complexo que seja. As democracias que vemos ceder todos os dias, cada
vez menos liberais, apostam tudo na restauração do esquema da dominação.
Esta não é uma luta do passado. É a luta pelo futuro digno de todos
nós.
* Ensaio coescrito por Vera Tavares, Designer, de acordo com a antiga ortografia.
** Filósofo, Universidade da Beira Interior
IN "O JORNAL ECONÓMICO"
12/10/18
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VII-"PORQUE POBREZA?"
2-HE DA UH DINHEIRO AI
O mundo é autosuficiente?
Por décadas, as invenções destinavam-se ao aumento da produção de grãos. Porém, nos últimos anos, as invenções científicas estão sendo permeadas por uma corrida por terra. A China e a Arábia Saudita, nações ricas, famintas por terra, são exemplos de países que lutam para compra-las de países pobres. Esses esforços, porém, não são bem-vistos pelos camponeses, que os consideram outra manifestação do imperialismo. O filme de Hugo Berkeley e Osvalde Lewat acompanha um grupo de investidores e empreendedores, na tentativa de transformar grande parte do deserto de Mali em agronegócio. À primeira vista, Mali pode parecer remoto e atrasado, mas é aqui que o futuro se faz presente. Em cinquenta anos, enquanto a população mundial migra para as cidades, talvez, não haja mais camponeses. Muitos em Mali estão determinados a evitar que isso aconteça.
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Por décadas, as invenções destinavam-se ao aumento da produção de grãos. Porém, nos últimos anos, as invenções científicas estão sendo permeadas por uma corrida por terra. A China e a Arábia Saudita, nações ricas, famintas por terra, são exemplos de países que lutam para compra-las de países pobres. Esses esforços, porém, não são bem-vistos pelos camponeses, que os consideram outra manifestação do imperialismo. O filme de Hugo Berkeley e Osvalde Lewat acompanha um grupo de investidores e empreendedores, na tentativa de transformar grande parte do deserto de Mali em agronegócio. À primeira vista, Mali pode parecer remoto e atrasado, mas é aqui que o futuro se faz presente. Em cinquenta anos, enquanto a população mundial migra para as cidades, talvez, não haja mais camponeses. Muitos em Mali estão determinados a evitar que isso aconteça.
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XLVII- VISITA GUIADA
2- PALÁCIO DA PENA
SINTRA - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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1-PROSPERAR
Num período tão conturbado como o actual FOSTER GAMBLE propõe-nos uma viagem de esperança, pensamos que nos faz bem.
FONTE: THRIVE Movement
* Nesta senda de "bloguices" iniciadas em Setembro/17, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
.FONTE:
* Nesta senda de "bloguices" iniciadas em Setembro/17, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Recordes caíram em Lisboa
Caíram
recordes este domingo nas provas de atletismo na capital portuguesa. O
etíope Limenih Getachew bateu a melhor marca na Maratona de Lisboa,
enquanto o marroquino Mustapha El Aziz e a etíope Yebrugal Arage fizeram
o mesmo na Meia Maratona.
Primeiro
foi na Maratona, com Limenih Getachew a registar 2.07,24 horas,
relegando para o segundo lugar o queniano Samuel Wanjiku, que era o
antigo recordista da prova. O queniano Justus Kimutai foi terceiro, com
recorde pessoal (2.07,58 horas). O melhor não africano foi o português
Hermano Ferreira, atleta do Benfica, que terminou no 10.º lugar, com
2.10,11 horas.
Na prova feminina, a vitória foi para a também
etíope Kuftu Dediso, com novo recorde pessoal de 2.24,56 horas. A melhor
portuguesa foi Rosa Madureira, do Penafiel, que terminou no sexto lugar
(2.47,17).
Na Meia Maratona caíram mesmo os dois recordes da
prova. O marroquino Mustapha El Aziz fez 1.00,16 horas, enquanto a
etíope Yebrugal Arage registou 1.07,18.
O melhor português foi
André Pereira, do Benfica, que acabou no 14.º posto (1.06,08 horas),
enquanto nas senhoras a melhor portuguesa foi a também benfiquista Dulce
Félix, no oitavo posto, com 1.11,50.
* Uma festa da estrada em Lisboa
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HOJE NO
"SOL"
“O futebol português é uma vergonha”, diz Capucho
Ex-jogador e atual treinador do Varzim muito contestatário com a arbitragem.
O Varzim deslocou-se este domingo ao terreno do
Estoril para empatar a duas bolas, em jogo a contar para a 7ª jornada da
2ª liga.
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DUAS RECENTES VERGONHAS |
Nuno Capucho, treinador do Varzim foi um dos grandes
críticos da arbitragem no final da partida: "Este futebol português é
uma vergonha, é a única coisa que tenho a dizer às pessoas.
Desta
maneira é impossível as pessoas virem ao futebol. Parece que está tudo
feito, tudo controlado e parece que já definiram as equipas que vão
subir. É assim que os clubes querem o futebol português, este futebol é
uma vergonha. Interprete com quiser, o futebol português é uma
vergonha", disse em declarações à Sport TV.
* Não é só o futebol português, desde Havelange como presidente da FIFA que o futebol é uma vergonha.
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HOJE NO
"EXPRESSO"
Eleições na Baviera.
Conservadores caem para 35,5%
e Verdes sobem para 18,5%
Cenário mudou no maior e mais rico estado do sul da Alemanha e vai ser preciso uma coligação para governá-lo. Dados ao encerrar das urnas
A maioria dos 9.5 milhões de votantes nas eleições estaduais da Baviera escolheu quem quer no governo e no parlamento do Land mais rico da Alemanha nos próximos cinco anos.
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A
cisão política já estava anunciada, os conservadores da União Cristã
Social (CSU), partido irmão dos democratas-cristão da CDU, perderam a
maioria absoluta com que tinham sido eleitos em 2013, 47,7%.
Mesmo
assim, a afluência às urnas neste ano foi mais intensa. Em Munique, até
às 16h já tinham votado 62,6% dos inscritos, em Augsburg 49% e em
Nuremberga 55%, cerca de mais 10% do que à mesma hora de 2013.
As
sondagens à boca da urna são a base dos primeiros prognósticos
avançados a nível nacional.CSU: 35,5%; Verdes: 18,5%, os dois partidos
mais votados. SPD (sociais-democratas): 10%; AfD (extrema-direita): 11%;
Eleitores Livres (liberais): 11,5%. ; FDP (liberais): 5%; A Esquerda
(socialistas): 3,5%, o que não lhe permitirá entrar no parlamento
regional onde são necessários um mínimo de 5%, à semelhança do
Parlamento federal.
A distribuição dos deputados de acordo com o
canal estatal ARD: 79 deputados para a CSU, 40 para os Verdes, SPD com
12, AfD alcança 24, os Eleitores Livres têm 24 e o FDP 11.
Cenários de coligação
CSU-Verdes:
apesar de ser uma derrota para a CSU a todos os títulos e de ser
preciso olhar com muita atenção para encontrar pontos comuns entre os
dois partidos, esta seria praticamente a única hipótese de formar uma
coligação de apenas dois partidos.
CSU-SPD (mais liberais FDP):
Esta coligação teria uma nota progressiva, mas será que o líder da CSU,
Markus Söder, a desejaria? E o SPD, caso obtenha resultado mesmo baixo,
estará disposto a coligar?
CSU-Eleitores Livres (mais FDP): Seria realizar um desejo já antigo dos Eleitores Livres que ainda não se colocou como cenário.
Verdes-SPD-Eleitores Livres-FDP: Um cenário que já teria sido possível em 2008 e que, na altura, soava mais estranho.
Os resultados definitivos do apuramento dos votos serão conhecidos ao longo da madrugada de hoje.
* Muda pouco, continua sem data a saída de cena de Angela Merkel.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Leslie destruiu casas, apoios de praia e Polícia Marítima na Praia da Vieira
Horas
depois da passagem do Furacão Leslie na Praia da Vieira, no concelho da
Marinha Grande, no distrito de Leiria, era visível o rasto da destruição
em restaurantes, casas, apoios de praia e Polícia Marítima.
Ao
percorrer a estrada que liga a Marinha Grande à Vieira de Leiria, o
cinzento do fogo, que há um ano destruiu o Pinhal de Leiria, mistura-se
com um cenário de centenas de árvores partidas ao meio, folhas, ramos e
pinhas espalhadas ao longo dos vários quilómetros de estrada.
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"Parecia
o fim do mundo. Nunca vi nada assim." As frases são de Sandra Moreira,
uma moradora com casa em frente à praia, cujos vidros foram destruídos
por objetos que voaram, e até a parede da casa apresentava buracos.
Sandra
Moreira, que limpava os estragos do Leslie durante a manhã de hoje,
contou à Lusa que durante a noite de sábado foi obrigada a segurar a
porta de casa, que quase cedeu à força do vento. A chaminé, as telhas e
vários vidros da varanda estão partidos. "Vários destroços do
restaurante da frente foram projetados contra a casa."
Uns
metros ao lado, a lota da venda de peixe está totalmente destruída. Ao
longo de toda a marginal, os destroços da fúria do vento acumulam-se.
Além
dos mirones, que acorreram logo pela manhã para presenciar a
destruição, os proprietários de casas e cafés limpavam o que podiam.
Dois apoios de praia ficaram destruídos. O mesmo se passou com
restaurantes e cafés virados para a praia.
"Estores
e telhas voaram. A esplanada foi destruída. Não saí de casa e o barulho
do vento era ensurdecedor. Foi mesmo algo fora do normal. Depois faltou
a luz toda a noite", adianta Pascoal Rodrigues, dono de um espaço
arrendado para restauração.
Uma
sapataria ficou totalmente destruída. "Os sapatos e armários estão
espalhados pela rua", conta a proprietária, explicando que os destroços
terão partido os vidros " e o "vento fez o resto".
Neste espaço, a destruição foi aproveitada para furto. "Avisaram-me que estavam pessoas a carregar o carro com mercadoria."
O
presidente da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria, Álvaro Cardoso,
confirmou que a GNR foi alertada para situações de furto, de suspeitos
que terão aproveitado as montras partidas para retirarem objetos.
Os
bombeiros não têm mãos a medir. Num prédio, as varandas desapareceram
ou estão danificadas com pedaços de alumínio que terão sido arrancados
de outros locais. A fúria do vento, como muitas pessoas constataram,
também não poupou as instalações da Polícia Marítima.
O
posto, que é utilizado de forma permanente durante a época balnear para
apoio aos veraneantes, ficou sem telhado e sem algumas paredes.
No
local, o comandante da Capitania do Porto da Nazaré, Paulo Agostinho,
explicou que "dificilmente será possível recuperar o edifício", que
tinha sofrido remodelações "recentemente".
Paulo
Agostinho informou ainda que na zona de São Pedro de Moel, na Marinha
Grande, o telhado do Farol do Penedo da Saudade também voou à passagem
do furacão Leslie. "Na Praia da Vieira foi onde se verificaram maiores
estragos", frisou.
Ao lado, o hotel
Cristal também sofreu danos. "Os clientes ficaram muito assustados. Um
autocarro que transportava turistas ficou com os vidros partidos e foram
obrigados a pedir a sua substituição, para transporte das pessoas, que
hoje iriam embora", explicou a assistente da direção, Magda Trovão.
Esta
responsável revelou que o Leslie partiu "uma vidraça, a sacada de um
bar em vidro, várias estruturas de madeira", destruiu parte da piscina
coberta do hotel e provocou danos no parque aquático. "Aconteceu tudo
durante cerca de uma hora. Entre as 21:30 e 22:30 foi o período mais
crítico. Foi tudo pelo ar."
"Foi mau de
mais o que aconteceu. Estamos conscientes que o incêndio piorou a
proteção e que no verão as temperaturas vão aumentar e o inverno será
mais intenso. Sem proteção, o vento irá afetar mais a vila", afirmou o
presidente da Junta, Álvaro Cardoso (PS).
O
autarca, que confessou que a sua habitação também sofreu danos ao nível
do telhado, afirmou que o barulho do vento era "assustador".
Referindo
que ainda não tem o balanço de todos os prejuízos, Álvaro Cardoso disse
que desconhece se há pessoas deslocadas ou desalojadas.
"A
primeira intervenção que decorreu durante toda a noite com os bombeiros
foi a desobstrução das vias, prevenindo qualquer acidente. As árvores
caíram em quase todas as ruas. Criámos o gabinete de crise nos
bombeiros, para onde se deslocou uma psicóloga, que deu apoio às pessoas
que estavam mais vulneráveis e emocionalmente abatidas", revelou o
presidente.
Álvaro Cardoso afirmou ainda que a passagem do Furacão Leslie provocou "prejuízos elevadíssimos na Praia da Vieira".
"Dois
apoios de praia foram destruídos e durante a noite tivemos de ir
desobstruir a marginal porque a cobertura destes ficou depositada no
meio da via. Na Vieira é rara a rua onde não se veem pessoas a consertar
os telhados. Não estarei a exagerar se disser que mais de uma centena
de casas foram danificadas", constatou.
Segundo
Álvaro Cardoso, há vários pinheiros partidos "numa extensão ainda
considerável", "árvores caídas e casas destelhadas, com chaminés
partidas".
"As habitações que estavam
rodeadas por pinhais sofreram mais danos, com a queda de árvores para a
sua estrutura. Depois há um conjunto de casas abandonadas que estavam
sinalizadas pela Proteção Civil, cujas fachadas caíram. Tivemos de
intervir derrubando as fachadas, sobretudo as que estavam viradas para a
via pública", adiantou o presidente.
A eletricidade e a água ainda estão a ser repostas em vários pontos da freguesia.
* Não foi tragédia mas assustou muito, estejamos alerta para novas tempestades tropicais.
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