Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
10/07/2018
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Mulheres do mundo árabe
discutem condições e obstáculos
.da afirmação política
Dezenas de deputadas, vereadoras, altas funcionárias estatais e defensoras dos direitos da mulher no mundo árabe começaram hoje a analisar na capital marroquina os desafios culturais, legislativos e económicos que travam a sua participação política.
Estas dirigentes reúnem-se a partir de hoje em uma conferência
organizada pelo governo de Marrocos e pela Organização para a Cooperação
e o Desenvolvimento Económico (OCDE) para analisar a liderança feminina
e a participação política da mulher na Jordânia e Egito e nos
magrebinos Tunísia e Marrocos, com um foco especial na situação no mundo
rural.
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Para a diretora de programas no Centro palestiniano da
Mulher para Consultas Jurídicas e Sociais, Amal Abusrour, "a mulher
rural árabe sofre de uma discriminação dupla: a exclusão devia ao
sistema patriarcal e a habitual desigualdade de oportunidades nas zonas
rurais".
A mesma responsável acrescentou, em declarações à
agência Efe, que a cultura conservadora, a falta de incentivos legais
(como as quotas destinadas às mulheres nos órgãos eleitos) e a
instabilidade política que limitam a participação da mulher
palestiniana.
Além das defensoras dos direitos da mulher, foram também ouvidos
testemunhos de mulheres procedentes de comunidades conservadores
distantes das cidades e que a cederam a cargos políticos de relevo.
A
presidente da Câmara de Jebeniana, no leste da Tunísia, com cinco mil
habitantes, Jouda Zghidi, assegurou que chegou a ganhar as eleições
graças às disposições da legislação do seu país, que lhe permitiu
encabeçar a sua lista eleitoral.
Na Tunísia, a lei eleitoral,
recordou Zghidi, impõe aos partidos políticos que a metade das suas
listas de candidatos às diferentes eleições seja dirigida por mulheres.
Este
privilégio legislativo é contudo insuficiente para a autarca, apesar de
ser importante para ganhar a confiança da sociedade. Assim, explicou
que conseguiu ter o apoio dos eleitores devido ao seu trabalho como
professora do ensino secundário, que lhe permitiu ganhar a confiança dos
pais dos seus alunos.
Reconheceu que, como autarca, encontra
dificuldades para compatibilizar o seu cargo político, a sua profissão e
o seu papel tradicional como dona de casa, e queixou-se da falta de
meios e experiência para convencer mais mulheres a participar na gestão
dos assuntos públicos.
Sobre a presença de mulheres no poder
legislativo, por exemplo, são as tunisinas que mais lugares ocupam nos
parlamentos dos respetivos países, com 34%, seguidas pelas marroquinas
(mais de 20%), jordanas (15,4%) e egípcias, com 14,9%.
* Estas mulheres lutadoras são uma lufada de ar fresco na tromba do machismo medieval árabe em pleno século XXI.
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1-OS SAMURAIS
UMA EXCELENTE SÉRIE DO CANAL HISTÓRIA
Os Samurais existiram por quase 8 séculos (do VIII ao XV), ocupando o mais alto status social porquanto existiu o governo militar nipônico denominado xogunato.
Pessoas treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro, O samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer com honra a viver sem a mesma.
Seppuku, suicídio honrado de um samurai em que usa uma tanto (faca) e com ela enfia no estômago e puxa-a para cima eviscerando-o. Uma morte dolorosa e orgulhosa.
Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses. Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo "samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a militar.
Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai, bastando para isso adestrar-se no Kobudo (artes marciais samurais), manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta.
Assim, o título de "samurai" começou a ser passado de pai para filho. O samurai mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi (1584—1645), um guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em Edo (atual Tóquio) e venceu o grande Sasaki Kojirō, outro grande samurai.
No fim da era Tokugawa, os samurais eram burocratas aristocráticos ao serviço dos daimiô, com as suas espadas servindo para fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a classe dos samurais foi abolida e foi estabelecido um exército nacional ao estilo ocidental.
O rígido código samurai, chamado bushido, ainda sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos outros aspectos do seu modo de vida.
Os Samurais, como classe social, deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador do Japão retomou o poder do país. O seu legado continua até nossos dias, influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.
Pessoas treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro, O samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer com honra a viver sem a mesma.
Seppuku, suicídio honrado de um samurai em que usa uma tanto (faca) e com ela enfia no estômago e puxa-a para cima eviscerando-o. Uma morte dolorosa e orgulhosa.
Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses. Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo "samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a militar.
Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai, bastando para isso adestrar-se no Kobudo (artes marciais samurais), manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta.
Assim, o título de "samurai" começou a ser passado de pai para filho. O samurai mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi (1584—1645), um guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em Edo (atual Tóquio) e venceu o grande Sasaki Kojirō, outro grande samurai.
No fim da era Tokugawa, os samurais eram burocratas aristocráticos ao serviço dos daimiô, com as suas espadas servindo para fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a classe dos samurais foi abolida e foi estabelecido um exército nacional ao estilo ocidental.
O rígido código samurai, chamado bushido, ainda sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos outros aspectos do seu modo de vida.
Os Samurais, como classe social, deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador do Japão retomou o poder do país. O seu legado continua até nossos dias, influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
ARAE esclarece caso do arroz da marca ‘DANA’
Sobre
a informação que circula na rede social Facebook acerca dum arroz
oriundo do Paquistão com a marca ‘DANA’, a Autoridade Regional das
Actividades Económicas (ARAE) informa que não tem qualquer informação
nomeadamente no sistema internacional de alertas sobre géneros
alimentícios RASFF.
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Num comunicado enviado pelo gabinete da
vice-presidência é esclarecido o seguinte: “Dos contatos efetuados junto
dos grossistas em actividade na Região Autónoma da Madeira, o mesmo não
foi identificado. No âmbito do Plano Regional de Pesquisa de Resíduos
de Pesticidas em géneros alimentícios este produto não foi identificado.
No ano 2018 este plano abrangeu 36 amostras de várias marcas e lotes de
cada marca. Refira-se, ainda, que esta não é a primeira vez que surgem
notícias sobre este arroz. Já no ano passado, as autoridades espanholas
deram a conhecer um desmentido sobre este mesmo produto.”
* Quem quer lixar o arroz DANA? Ou não!
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Jeep vendeu no primeiro semestre
.o equivalente a quatro anos
As vendas da Jeep em Portugal totalizaram 844 veículos nos primeiros seis meses deste ano, o que corresponde quase à soma das vendas da marca nos últimos quatro anos. Novos modelos e integração na rede de concessionários da FCA foram fundamentais.
Nos primeiros seis meses deste ano, a Jeep vendeu no mercado
português 844 veículos, segundo dados da Associação Automóvel de
Portugal (ACAP). Este número equivale quase à soma das vendas da marca
do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) nos últimos quatro anos, que se
cifraram em 863 unidades.
Sérgio Martins, director de relações
externas e comunicação da FCA Portugal, disse ao Negócios que o forte
crescimento nas vendas foi largamente influenciado pela integração da
Jeep na FCA Portugal, ocorrida em Setembro do ano passado. Também os
novos modelos Compass e Renegade ajudaram ao aumento das vendas.
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"A
integração da Jeep na FCA Portugal permitiu o acesso a uma rede de
concessionários muito mais vasta. Foi feito um importante esforço de
modernização dos stands e de formação dos funcionários para a inclusão
da Jeep na oferta disponível nos concessionários do grupo", referiu o
responsável.
De acordo com Sérgio Martins, as vendas registadas
na primeira metade do ano "estão a corresponder às expectativas
traçadas". O responsável indica que foram vendidos 850 veículos entre
Janeiro e Junho, um número ligeiramente superior ao divulgado pela ACAP.
O modelo Renegade representou mais de metade das vendas, com um
total de 500 unidades. Seguiu-se o Compass, com 320 veículos vendidos. O
Wrangler registou 25 viaturas vendidas, enquanto os modelos Cherokee e
Grand Cherokee, os mais caros do catálogo da marca, venderam cinco
unidades.
Em 2014, as vendas da Jeep no mercado português foram
de 104 unidades. No ano seguinte foram vendidos 247 veículos. Em 2016 as
vendas cifraram-se em 220 viaturas e, em 2017, o total vendido foi de
292 unidades. Assim, nestes quatro anos a Jeep vendeu 863 veículos em
Portugal.
A Jeep viu assim as suas vendas aumentarem, no semestre, 2.537,5%
no mercado nacional face ao ano passado, período em que vendeu apenas
32 carros. Este ritmo de crescimento foi o mais acentuado entre as
marcas em Portugal. O número de veículos vendidos em Portugal foi de 156,4 mil, o que corresponde a um aumento de 5,4% face ao mesmo período do ano passado.
* Consta que os maiores compradores foram professores do ensino público com contratos precários com o ME. O nome do modelo, "renegade", é sugestivo.
O dinheiro não está em boas mãos.
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CARMO MACHADO
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IN "VISÃO"
05/07/18
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STOP
Parem com esta vergonha, senhores políticos! Porque nós estamos fartos de ver a educação ser tratada como uma mulher de alterne, por quem se vive uma paixão que logo desaparece na legislatura seguinte
Sim, parem. Mas parem de vez.
Se não vivem o vosso dia a dia numa escola pública, se não vos passa
pela cabeça o que é ensinar alunos de escolas de territórios educativos
de intervenção prioritária ou outros, se nunca foram professores na
vossa vida ou se o foram apenas em ambientes controlados como é ensinar
no ensino universitário ou em colégios privados de elite, caros
senhores, por favor, calem-se! Posso excluir deste rol aqueles que
fizeram da sua vida e da sua carreira um estudo permanente das Ciências
de Educação mas mesmo vós, excelentíssimos doutores, peçam aos políticos
que nos consultem antes de legislar porque, de mudanças coladas com
cuspo, estamos já fartos. Eis chegada a hora de dizermos Basta!
Consultem-nos com tempo e honestidade. Consultem-nos para saber que
projeto temos nós, professores, para a Educação em Portugal. E a vós,
caríssimos diretores escolares, façam reuniões gerais para discutirmos
medidas de inovação, medidas de combate à indisciplina, estratégias de
motivação dos nossos alunos que estão, muitas vezes, tão fartos deste
sistema quanto nós... Parem de nos convocar para nos contarem novamente
quais as regras a cumprir nas vigilâncias dos exames nacionais, por amor
de Deus!
Vivemos
tempos difíceis para os professores. Como é injusta esta afirmação!
Vivem-se tempos difíceis para quase todos, exceção feita a alguns
banqueiros e a todos os corruptos, políticos ou não, com contas chorudas
adormecidas à sombra de offshores. O resto vai vivendo como
pode. E os professores carregam às costas as disfunções deste país
desgovernado, desta justiça em banho-maria, desta saúde adoentada e,
sobretudo, desta sociedade onde os atores de telenovela, os
futebolistas, os presidentes dos clubes de futebol e os participantes
nas casas dos segredos são hoje os verdadeiros heróis nacionais.
Os professores têm feito
milagres nas últimas décadas com matéria-prima de fraca qualidade e
recursos que deixam muito a desejar. Já não bastava andarmos com a casa
às costas, termos seis turmas diferentes, darmos aulas a trinta alunos
numa sala apertada, passarmos humilhações difíceis de imaginar, darmos
aulas em horário não letivo (que ninguém nos paga), sermos verdadeiros
administrativos quando deveríamos era termos tempo para pesquisar, ler e
estudar, termos a culpa pelos maus resultados dos alunos, sermos
agredidos por pais e encarregados de educação... como agora também
sermos alvo desta grande injustiça nacional: apagar nove anos, quatro
meses e dois dias de vida profissional aos docentes. Parece estar
encontrado o verdadeiro saco de boxe da sociedade portuguesa da
atualidade.
Parem
com esta vergonha, senhores políticos! Porque nós estamos fartos de ver
a educação ser tratada como uma mulher de alterne, por quem se vive uma
paixão que logo desaparece na legislatura seguinte. Não podemos,
professores, alunos, pais e encarregados de educação, continuar a
depender destas alternâncias políticas nem dos caprichos de ministros
que nunca deram uma aula na escola básica e/ou secundária e que, por
isso mesmo, não sentem nem sabem o que os livros sobre educação não lhes
podem contar. A educação tem de deixar de ser uma paixão para ser um
amor para a vida inteira.
A
sociedade mudou, meus senhores. A mobilidade social é cada vez mais
difícil de alcançar. A educação não pode ser um uniforme de tamanho
único que, nestas condições, acabamos por ser obrigados a vestir a todos
os alunos (com a tão proclamada redução, parece que iremos passar de 30
para 28 alunos, o que fará certamente toda a diferença), quer eles
caibam lá dentro quer não. Porque, meus senhores, a dinâmica das
estratégias políticas limita a implementação e o desenvolvimento dos
processo de mudança. E além disso, não há nem haverá nunca mudanças sem
os professores. Não há, os professores sabem disso, um projeto
estruturado para a Educação em Portugal. Fazem-se mudanças – geralmente
abruptas - de acordo com quem entre e quem sai dos cargos políticos,
mudanças que nos chegam desse Deus invisível que se chama Ministro da
Educação mas a quem, nós, professores, não conseguimos nunca rezar. Por
que será? Seremos todos nós descrentes e vazios de fé, esta classe de
gente perdida, estes insatisfeitos e exigentes funcionários do estado,
com a vida tão facilitada e férias a não ter fim? Ou seremos nós,
professores de Portugal, demasiado pacientes? Talvez... talvez seja
defeito profissional visto trabalharmos diariamente com crianças e
jovens - muitos deles provenientes de famílias desestruturadas - que
connosco contam como âncora ao longo de tantos anos das suas vidas.
Não,
senhor Ministro, nós não somos meros funcionários do Estado. Talvez não
saiba mas somos muito mais do que isso! E dizemos-lhe que até
funcionamos muito bem tendo em conta os contextos de mudança em que
temos vivido desde a revolução de abril. Mas, senhor Ministro, agora
chegou a hora de lhe dizermos que estamos cansados de funcionar.
Saberá
o senhor Ministro que a concretização das políticas educativas falha e
falhará sempre sem os professores? Saberá ainda, caro Ministro da
Educação, que estamos velhos e cansados, alguns até mortos já? Mas não
se iluda, caro senhor. Os professores nunca até aqui mostraram a sua
força. Estamos divididos. Contando por alto, são catorze estruturas da FNE e da Fenprof,
mais oito sindicatos independentes e o recentemente criado S.T.O.P.,
feito (segundo parece) por professores que dão aulas para professores
que dão aulas e ainda por cima, apartidário. Mas não deixa de ser
demasiada gente a decidir, ou pior, a dividir...
Senhor Ministro:
os professores precisam do respeito da sociedade, dos pais, dos alunos.
Sejam vocês a dar o exemplo ao país. Ou então, só nos resta defender um
novo caminho por onde a Educação deve seguir. Afastada dos partidos e
dos seus interesses e ligada a uma sociedade livre, pensante, preocupada
com o Presente e com o Futuro sem nunca se esquecer do seu Passado.
Utopia? Talvez, senhor Ministro! Porém, lembre-se: somos professores,
partilhamos o sonho e oferecemos criatividade. É que nem todos os
professores deste país morreram ainda, senhor Ministro da Educação.
Sindicatos:
a partir de setembro esqueçam as greves aos primeiros tempos da manha
bem como as manifestações na avenida! A partir de setembro, quando
quiserem abrir as escolas e começar as aulas, promovam a união da classe
docente! Mostrem-nos que têm coragem para promover a verdadeira união
da classe docente! Mostrem ao país que defendem a qualidade da educação.
Convoquem a verdadeira revolução: que nos vistamos todos de preto e
fiquemos às portas das escolas; que ninguém dê aulas; que os professores
mais motivados arrastem consigo os colegas adormecidos; que os
diretores se unam aos professores numa luta comum; que os pais e
encarregados de educação se juntem a nós. Sem medo, colegas! Os alunos
apoiar-nos-ão na nossa luta e os pais, que nos conhecem como bons
professores e diretores de turma, seguir-nos-ão e trarão os outros.
Porque só eles sabem que somos professores vinte e quatro horas por dia e
estamos e estivemos sempre lá, desde o primeiro dia em que nos
entregaram os seus filhos ainda pequenos... Eles sabem disso.
Colegas:
uma vez o acesso à educação está praticamente garantido em Portugal,
falta agora arregaçar as mangas e lutar pela sua qualidade. Somos nós
professores, que temos de fazer esta luta. Mais ninguém – exceto por
razões e com fins políticos - parece ter coragem ou capacidade de a
iniciar. O que ensinar? Como? Com que fins? Somos nós, colegas, que
temos de tomar içar as velas desta barca que naufraga. Os problemas da
escola são os problemas da sociedade e vice-versa mas a sociedade parece
ainda não ter entendido isto.
Chegou
a hora de pararmos de obedecer cega e estupidamente a este desnorte!
Somos profissionais pensantes. Queremos mudanças! Queremos o tempo de
serviço a que temos direito (nem sequer estamos a pedir retroativos)!
Exigimos qualidade! Exigimos respeito! Se somos nós que no terreno
lutamos diariamente contra os muitos constrangimentos do sistema,
seremos nós também que temos de mostrar aos nossos políticos que não
estamos interessados nos seus jogos de poder. Sem medo, colegas!
Pessoa, tu sim, tu tinhas razão. É hora!
*Carmo Miranda Machado é formadora profissional na área comportamental e professora de Português no ensino público há vinte e sete anos, tendo trabalhado com alunos do 7º ao 12º anos de escolaridade. Possui um Mestrado em Ciências da Educação (Orientação das Aprendizagens) pela Universidade Católica Portuguesa e tem como formação base uma Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa. Tem dedicado a sua vida às suas três grandes paixões: o ensino, a escrita e as viagens pelo mundo. Colabora na Revista Mais Alentejo desde Fevereiro de 2010 como autora da crónica Ruas do Mundo, tendo ganho o Prémio Mais Literatura atribuído por esta revista nesse mesmo ano. Publicou até ao momento, os seguintes títulos pela editora Colibri: Entre Dois Mundos, Entre Duas Línguas (2007); Eu Mulher de Mim (2009); O Homem das Violetas Roxas (2011) e Rios de Paixão (2015).
IN "VISÃO"
05/07/18
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Saiba quem são os 15 novos arguidos
do ataque à academia de Alcochete
Alano Silva, um dos alvos da operação da GNR, será um dos braços direitos do cabecilha da claque Juve Leo, Mustafá.
A GNR desencadeou, esta segunda-feira, uma operação que visou 15 suspeitos de estarem envolvidos nos incidentes em maio na academia do Sporting em Alcochete. Destes 15, quatro tinham mandados de busca, mas não de detenção. O que os levou a serem, apenas, constituídos arguidos, segundo avança a SÁBADO.
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Segundo a Procuradoria Geral da República há ainda mais dois que não deverão ser detidos. Ao contrário dos restantes nove que deverão ser acusados dos mesmos crimes de introdução de lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravado, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário e terrorismo.
Nove que devem, entretanto, seguir o mesmo caminho dos 27 suspeitos que já estão presos preventivamente.
* Será boa notícia a que informar estar o traste BdC preso, aguardamos.
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Uma amiga minha acabou de me telefonar e disse ‘vamos festejar!’. Mas eu não consigo ainda. Primeiro, há que dormir”, confessa, os olhos cansados por trás do eyeliner escuro.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Depois do sufoco, a explosão de alegria em Mae Sai: “Hoje vou conseguir dormir, pela primeira vez em semanas”
Autoridades anunciam formalmente o fim da bem sucedida operação de resgate, deixando o campo de Pong Pha em êxtase. Todos os envolvidos nas operações suspiram, agora, de alívio.
Reportagem em Mae Sai, Tailândia
“Fizemos uma coisa que nunca ninguém tinha feito. Cumprimos uma missão impossível.”
O ex-governador de província de Chiang Rai e comandante das operações
de resgate, Narongsak Osotthanakorn, falou assim aos jornalistas para
ajudar a explicar a dimensão do que ocorreu nos últimos dias no sistema
de grutas de Tham Luang. “Agora, é altura de fotografias!”, declarou no
final. Foi depois inundado por uma maré de flashes e uma série
de jornalistas, na sua maioria tailandeses, que celebraram o resgate bem
sucedido de 12 crianças e do seu treinador, utilizando o grito dos
fuzileiros que já se tornou quase o mantra desta operação: “Hooyah!”
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CORAJOSOS MERGULHADORES TAILANDESES |
Não foram dados pormenores sobre o estado de saúde do
treinador Ekkapol Chanthawong, nem dos rapazes que foram resgatados com
ele. Os responsáveis preferiram concentrar-se nos elogios às equipas de
resgate e à cobertura dos media, mas conseguiram ainda deixar
uma palavra em honra de Saman Kunan, o mergulhador que morreu na semana
passada, durante os trabalhos dentro da gruta. “Ele sim, é o herói de
Tham Luang”, disseram, explicando que uma homenagem está a ser pensada.
As
palavras do ex-governador tocam fundo no coração da maioria dos
tailandeses que aqui estão presentes, que gostam de ouvir os elogios ao
caráter do povo e os pedidos para que esta operação sirva de exemplo para o resto do mundo.
Grupos de senhoras de meia idade dançam para as câmaras de televisão,
ensaiam gritos coletivos, fazem sinais de vitória com os dedos. Os
voluntários, como o tradutor Tee, mostram-se orgulhosos. “Alguma vez
viste uma operação assim?”, pergunta ao Observador o jovem, na casa dos
20.
As pessoas aqui tratam-se como família. Conheço pessoas que abriram as
portas de sua casa para alguns estrangeiros que cá vieram e isso foi um
pequeno passo que contribuiu para este sucesso geral.”
Atrás de si, empilham-se cadeiras, arrumam-se mesas, guarda-se o pad thai que sobrou. Do campo improvisado, cada vez resta menos; os habitantes de Mae Sai preparam-se para pegar na trouxa, pelo menos por hoje.
Alguns ainda voltarão amanhã para ajudar nas operações de limpeza da
floresta, ao pé da gruta, mas, muito provavelmente, já não terão um
exército de jornalistas internacionais para alimentar e não se justifica
estarem ali tantos.
Nao Warat, de 26 anos, sorri enquanto limpa uma mesa com desinfetante. “Estou tão animada e aliviada. Pela primeira vez em três semanas, vou ter uma boa noite de sono. Graças a Buda!“,
diz, juntando as duas mãos em sinal de agradecimento, com o pano
molhado pendurado numa delas. Secretária de uma empresa de saúde, Nao
não tem qualquer experiência de cozinha ou nas limpezas, mas pouco
importa. Natural de Mae Sai, não podia deixar passar a oportunidade de
contribuir para ajudar a salvar os “Javalis Selvagens”. “Estava toda a
gente tão preocupada aqui…”, suspira.
A sensação de alívio
mistura-se com a alegria e deixa os corpos moles. Muitos aproveitam para
se sentar com calma pela primeira vez em dias. Os agentes da polícia, que até aqui faziam por manter o ar rígido, soltam-se finalmente e exibem os sorrisos. Mesmo assim, não aceitam ainda falar aos jornalistas — o respeito pelas “regras” definidas pelo controlo das operações mantém-se.
Os comandantes, aliás, frisaram isso na sua conferência de imprensa,
informando com orgulho que a pessoa responsável por ter filmado a área
do resgate com um drone que sobrevoou a zona já foi presente a
tribunal e condenada em apenas um dia. “Quero avisar: sigam as regras. A
todos os [jornalistas] que o fizeram , obrigado”, anunciaram — uma
frase que não é de espantar se recordarmos que a Tailândia é atualmente
governada por uma junta militar, desde o golpe de Estado levado a cabo
pelo Exército em 2014.
Mas hoje, em Pong Pha, não é dia de pensar em política. No campo, os mais velhos abraçam-se e os mais novos tiram selfies.
Os tailandeses formam pequenos grupos para comentar os acontecimentos
do dia, com aquela eletricidade de quem partilhou um momento comum
marcante sobre o qual não consegue deixar de falar. Nao, que continua
afincadamente a esfregar a mesa de plástico, promete que irá também
juntar-se às celebrações, mas não para já:
Uma amiga minha acabou de me telefonar e disse ‘vamos festejar!’. Mas eu não consigo ainda. Primeiro, há que dormir”, confessa, os olhos cansados por trás do eyeliner escuro.
Mais cansados do que Nao estarão, certamente, os mergulhadores e restantes membros das equipas de resgate,
que concluíram hoje uma missão que até há poucos dias parecia digna de
ficção científica. Foi uma prova de resistência, de dias e dias a
atravessar um sistema de grutas apertado e meio submerso, para cá e para
lá, em percursos de horas. O cansaço é muito, sim. Mas isso não
os impede de, quando passam de carro em frente ao centro de imprensa,
se unirem e gritarem, de braços no ar, uma única palavra — “Hooyah!”
* Saman Kunan é um herói cuja memória deve ser respeitada para sempre. Para nós o maior herói é sem dúvida o treinador, foi ele que ao "segurar" os miúdos conseguiu que todas as corajosas pessoas envolvidas na operação de salvamento tivessem o trabalho muito facilitado, não há nas imagens filmadas qualquer registo de pânico nos rostos dos adolescentes.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
O vídeo de despedida do Real Madrid:
«Obrigado, Cristiano»
O Real Madrid despediu-se esta terça-feira de Cristiano Ronaldo,
partilhando nas redes sociais um vídeo no qual mostra os melhores
momentos do extremo português durante os nove anos que passou na capital
espanhola. "Obrigado, Cristiano", conclui o vídeo.
* Um agradecimento formal, a carta de despedida de Ronaldo prima pela educação, respeito e afecto pelos adeptos do Real Madrid. Florentino Peres irá torcer a orelha e não pingará uma gota de sangue.
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1.VIDAS SECRETAS
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XIII-TABU
E.U.A.
1.VIDAS SECRETAS
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Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram
os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas. É natural que dada a extensão de algumas séries as mesmas se prolonguem por mais meses do ano corrente.
** As
nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma
hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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1- Carlos Santos Silva
2-Zeinal Bava
3 - Ricardo Salgado e os restantes líderes da família Espírito Santo
4 - Isabel Almeida e António Soares
5 - 18 altos funcionários do BES
** Notícia publicada no "OBSERVADOR" em 24/10/16, para que não esqueça estes novos heróis nacionais.
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NÃO PERCA A MEMÓRIA
O que já se sabe sobre a lista de
. pagamentos do ‘saco azul’ do GES
. pagamentos do ‘saco azul’ do GES
Santos Silva, Bava, Isabel Almeida, António Soares, Ricardo Salgado e os restantes quatro líderes dos clãs da família Espírito Santo são os alegados beneficiários do 'saco azul' já conhecidos.
Carlos Santos Silva (o que na ótica do Ministério Público significa dizer José Sócrates), Zeinal Bava, Isabel Almeida, António Soares, Ricardo Salgado
e os restantes quatro líderes dos clãs da família Espírito Santo são os
alegados beneficiários de pagamentos do ‘saco azul’ já conhecidos. Há
ainda 18 altos funcionários do BES que recebiam pagamentos regulares.
Desde que o Observador noticiou em exclusivo que o Ministério Público (MP) tinha em seu poder documentação que permitia reconstituir a lista de pagamentos da offshore
Espírito Santo (ES) Enterprises que muito se tem falado sobre o ‘saco
azul’ do GES.
A lista de pagamentos inclui titulares de cargos políticos
e públicos, titulares de órgãos sociais de empresas participadas pelo
GES, membros da família Espírito Santo, administradores e funcionários
do BES.
O que é um saco azul?
Corresponde a fundos não declarados nas contabilidade oficial de uma empresa com o objetivo de fugir ao fisco e/ou de pagar subornos. É sinónimo de contas clandestinas (caixa 2 ou caixa b são outros sinónimos) que apenas é do conhecimento de um círculo restrito de pessoas. Contudo, e como explica o Ciberdúvidas, este termo nem sempre teve esta conotação pejorativa.
Desde então que o Observador e outros jornais, como o Expresso e o
Correio da Manhã, têm revelado diversos nomes que fazem parte dessa
lista de pagamentos, sendo igualmente certo que ainda faltam conhecer
muitos mais. O Observador continua a tentar confirmar as informações que
possui sobre a identidade dos beneficiários do ‘saco azul’ do GES. Eis a
parte da lista que já é conhecida:
1- Carlos Santos Silva
O nome do ex-primeiro-ministro surgiu pela, primeira vez, ‘pela mão’ de Hélder Bataglia. O líder da Escom e ex-homem forte da família Espírito Santo para os mercados africanos e da Venezuela é suspeito na Operação Marquês de ter transferido cerca de 20,9 milhões de euros para contas do alegado testa-de-ferro de José Sócrates: Carlos Santos Silva
Numa curta declaração ao Expresso, Bataglia afirmou que a ES Enterprises era a origem dos fundos transferidos para Carlos Santos Silva.
Nessa altura, já se sabia, por documentos enviados pelo próprio
Bataglia para a Comissão Parlamentar de Inquérito do BES, e que foram revelados pelo jornal i, que o líder da Escom tinha recebido cerca de 7,5 milhões de euros
da ES Enterprises a título de comissão pela prospeção de novos negócios
em Angola e no Congo Brazzaville nas áreas financeiras, petrolífera e
imobiliário. Tais pagamentos, segundo Bataglia declarou à CPI do BES,
tinham sido realizados com o conhecimento e o acordo de Ricardo Salgado.
A
grande novidade das declarações de Bataglia ao Expresso é que foi o
próprio a fazer a ligação entre as transferências feitas para Santos
Silva/Sócrates e a ES Enterprises – o que fez mudar toda a perspetiva
dos investigadores e a levá-los a investigar as decisões que o governo
de Sócrates tomou sobre a Portugal Telecom (PT), nomeadamente a venda da
Vivo à Telefónica e correspondente compra da Oi. Existirá proximidade
de datas entre as transferências realizadas e os momentos-chave das
decisões daqueles dossiês da PT onde José Sócrates e Lula da Silva,
ex-presidente do Brasil, tiveram influência. Aliás, diversos contactos entre estes dois políticos já constavam dos autos da Operação Marquês.
Mais
tarde, num depoimento que fez em Luanda no âmbito do cumprimento da
carta rogatória emitida pelas autoridades portuguesas, o líder da Escom
acabou por ser (bastante) mais suave, tendo mesmo afirmado que “não
fez ou teve propósito de fazer qualquer atribuição de valores ou outra
vantagem a José Sócrates Pinto de Sousa, diretamente ou por intermédio
de Carlos Santos Silva ou outros, a troco ou por causa seja do que for”.
José
Sócrates, por seu lado, continua a manter a sua defesa e a recusar a
ideia central da Operação Marquês de que Carlos Santos Silva é o seu
testa-de-ferro, refutando, portanto, quaisquer suspeitas de corrupção.
2-Zeinal Bava
É uma situação assumida pelo próprio ex-presidente executivo da PT. O Correio da Manhã noticiou que tinha recebido cerca de 8,5 milhões euros da ES Enterprises, o Expresso corrigiu o valor para 18,5 milhões de euros e o Observador acrescentou que o valor tinha sido transferido em duas tranches: uma de 8,5 milhões em 2010 e outra de cerca de 10 milhões em 2011.
Mais uma vez, a venda da Vivo e a compra da Oi será, de acordo com o MP, o que está por detrás destas transferências.
A
todas aquelas publicações, Zeinal Bava deu a mesma explicação:
tratou-se de uma aplicação fiduciária. Isto é, Zeinal limitou-se a
receber o dinheiro do GES para eventualmente aplicar, em seu nome e de
um grupo de quadros da PT (que nunca chegou a ser contactado), num
futuro aumento de capital social da PT quando esta fosse totalmente
privada (o que só aconteceu em 2014). Como tal aplicação nunca foi
realizada, Bava devolveu o capital e juros numa data nunca revelada.
O Observador revelou igualmente que essa explicação não batia certo
com as declarações que Ricardo Salgado tinha feito na Operação Monte
Branco em 2014, quando foi detido e constituído arguido pela primeira
vez.
Nesse interrogatório, Salgado assumiu que tinha sido ele a dar as ordens das transferências para Zeinal Bava.
3 - Ricardo Salgado e os restantes líderes da família Espírito Santo
O ex-presidente executivo do BES terá um duplo papel como beneficiário do saco azul do GES:
- Terá recebido cerca de 7 milhões de euros da ES Enterprises, que o próprio Salgado classifica como um empréstimo. Parte desse montante (4 milhões de euros), segundo o MP, terá servido para comprar ações da EDP durante a última fase de privatização da elétrica nacional que decorreu em 2011.
- Terá recebido complementos salariais pela sua atividade no exterior ao serviço do Grupo Espírito Santo desde, pelo menos, a criação da ES Enterprises nos anos 90.
Neste último ponto é importante recordar
que a cúpula da família Espírito Santo decidiu nos anos 80, aquando do
seu regresso a Portugal para participar nas privatizações do setor
financeiro decididas pelo governo de Cavaco Silva, que os líderes dos
cinco clãs continuariam a ser remunerados no exterior pelos cargos que
ocupavam nas sociedades internacionais do GES. Essas remunerações
começaram por ser pagas pela offshore Espírito Santo
International (localizada nas Ilhas Virgens Britânicas e diferente da
Espírito Santo International, com sede no Luxemburgo).
Tal responsabilidade foi transferida, a partir de 1993, para a ES Enterprise, como o Observador revelou a seu tempo.
O ano de 1993 corresponde à criação do ‘saco azul’ do GES nas Ilhas
Virgens Britânicas, tal como o Expresso e a TVI noticiaram.
4 - Isabel Almeida e António Soares
São os últimos nomes a serem conhecidos e foram revelados pelo Observador na última quarta-feira.
São dois ex-altos funcionários do BES com importantes funções no banco
que foi liderado por Ricardo Salgado. Isabel Almeida era a diretora do
Departamento Financeiro, Mercados e Estudos (DFME), enquanto António
Soares foi o responsável pela sala de mercados do BES e, mais tarde, chief financial officer da seguradora BES Vida.
Estes dois altos funcionários terão recebido cerca de 1,2 milhões de euros em 2009 e 2010 através do ‘saco azul’ do GES.
Os
valores que receberam foram explicados por Ricardo Salgado ao MP como
complementos remuneratórios pela atividade que ambos terão desenvolvido
no exterior. Contudo, a equipa do procurador José Ranito, que investiga o
caso BES, suspeita que os mesmos corresponderão a uma remuneração
alegadamente ilícita pelo papel que Almeida e Soares terão tido na
implementação de um alegado esquema de financiamento fraudulento do GES,
alegadamente à custa do balanço do BES e dos próprios clientes do
banco.
Nesse esquema terão ainda participado Cláudia Boal Faria e o
seu marido Pedro Costa. Por isso mesmo, o MP constituiu estes quatro
ex-funcionários como arguidos no caso BES.
5 - 18 altos funcionários do BES
É igualmente uma novidade revelada esta quarta-feira
pelo Observador: além de Isabel Almeida e de António Soares, a lista de
pagamentos do ‘saco azul’ do GES terá, pelo menos, mais 16 altos
funcionários do BES. Do DFME e de outros departamentos relevantes do
BES.
É provável, contudo, que o número final até seja superior.
Tudo porque era uma prática comum do BES, desde pelo menos 2007,
atribuir um prémio anual aos funcionários que se tivessem destacado.
Tais prémios eram atribuídos na Suíça e no Luxemburgo através de contas
bancárias abertas no Banque Privée Espírito Santo, com fundos
transferidos de contas do ‘saco azul’ do GES. Muitas dessas contas foram
abertas em nome de familiares dos responsáveis do BES premiados, o que
configura, na ótica do MP, uma tentativa de dissimulação do destinatário
final desses fundos.
Confrontado com o pagamento de tais valores de forma regular pelo MP, Ricardo Salgado classificou as mesmas como “remunerações complementares”,
sendo que tais prémios só seriam atribuídos a funcionários que tivessem
tido uma colaboração com empresas do GES com sede no estrangeiro.
O
problema é que o MP entende que tem indícios de que tais valores estão
relacionados com atividades em Portugal, o que poderá configurar a
prática dos crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de
capitais.
** Notícia publicada no "OBSERVADOR" em 24/10/16, para que não esqueça estes novos heróis nacionais.
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