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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
02/04/2018
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FONTE: REDE GLOBO DE TELEVISÃO
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RIO DE JANEIRO
CARNAVAL DE 2018
VILA ISABEL
O desfile do Carnaval do Rio de Janeiro é um dos maiores espectáculos do mundo senão o maior. Durante algumas semanas vamos editar as Escolas de Samba que este ano se exibiram na Sapucai, não é só o desfile que importa, os imprevistos e os comentários de quem está na reportagem dão-nos melhor ideia do enorme e fabuloso trabalho que está por trás do espectáculo. Veja os quatro vídeos e disfrute.
FONTE: REDE GLOBO DE TELEVISÃO
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Casillas:
«O Benfica não me preocupa
nada nesta altura»
Casillas não escondeu o desalento pela derrota por 2-0 frente ao Belenenses mas frisou que o FC Porto vai dar a resposta.
"Preferia
ganhar o jogo e seguir no topo da tabela, mas não pôde ser assim. Vamos
com sabor negativo voltamos ao Porto com liderança perdida", começou
por dizer.
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O
espanhol lamentou que o FC Porto não tenha conseguido concretizar as
oportunidades e destacou que o guarda-redes do Belenenses "esteve bem".
"Isto acontece uma vez em 30 jogos, tocou-nos hoje, foram duas vezes à
nossa baliza e fizeram 2 golos. Quando sofres 2 golos estúpidos como
foram estes no final perdes", defendeu.
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Casillas deixou mensagem
para o balneário. "Principalmente amanhã é levantar cabeça. Os adeptos
que estiveram aqui são motivo para levantar cabeça e pensar sobretudo no
Aves. O Benfica não me preocupa nada nesta altura. Depois desta
derrota, a equipa está caída e então importa recuperar o quanto antes, o
Benfica é o menos, o Aves é agora o mais importante. Todos temos de
levantar o balneário, assumir responsabilidade e pensar já no jogo
seguinte."
* É bom Casillas falar assim para o balneário portista, a verdade é que Rui Vitória está quase a ter razão quando diz que respeita todos os adversários, que não lhe interessa o folclore noticioso e o que importa são os próximos três pontos.
A propósito não disseram que havia jogadores do Belenenses comprados para facilitarem a vitória ao FCP?
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* É bom Casillas falar assim para o balneário portista, a verdade é que Rui Vitória está quase a ter razão quando diz que respeita todos os adversários, que não lhe interessa o folclore noticioso e o que importa são os próximos três pontos.
A propósito não disseram que havia jogadores do Belenenses comprados para facilitarem a vitória ao FCP?
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Agricultura perdeu cem mil mulheres
.desde chegada da troika
.desde chegada da troika
Mecanização de trabalhos agrícolas é a razão do abandono. Em seis anos desapareceu metade da força de trabalho feminina
A
crise deu à agricultura um estatuto de boa alternativa de vida para os
desempregados. Mas a realidade é bem assim. Apesar de ter sofrido altos e
baixos desde 2011, ano da chegada da troika, a mão-de-obra agrícola
está a baixar, contrariando a melhoria dos números do emprego em
Portugal. E as mulheres estão a ser as mais penalizadas: saíram 101,4
mil mulheres (-51%) da agricultura nos últimos seis anos - são agora 96
800. É a primeira vez que a fasquia fica abaixo das cem mil.
"Com
o desenvolvimento industrial e depois dos serviços, a maior parte da
população não se encontra já no setor primário. A população empregada na
agricultura está a diminuir no nosso país; é um sinal de progresso",
explica Amarilis de Varennes, presidente do Instituto Superior de
Agronomia (ISA). O aumento do emprego dos últimos anos foi, na verdade,
feito muito à custa das contratações nos serviços, comércio, hotelaria e
restauração, à boleia do boom do turismo.
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Amarilis
de Varennes explica que "cada vez mais a agricultura é realizada por
máquinas, por vezes sem necessitar sequer de condutor. A apanha da uva
ou azeitonas, por exemplo, pode ser hoje totalmente mecânica, para não
falar de culturas de cereais. Assim, cada vez são necessárias menos
pessoas, mas muito mais qualificadas. Vão cada vez mais controlar
máquinas através de aplicações informáticas em vez de se dedicarem a
duro trabalho manual". No caso das mulheres, o problema foi amplificado
Em 2011, as mulheres eram 40,9% dos trabalhadores agrícolas; em 2017,
representavam 31,8%.
Luís Mira,
secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal, considera
que a quebra da mão-de-obra é uma realidade comum aos países
desenvolvidos, onde a mecanização e as inovações tecnológicas estão cada
vez mais associadas à produção. "Apesar de atravessarmos um período de
recuperação da atividade, considerando que nos anos mais recentes se tem
verificado um particular desenvolvimento da maquinaria dedicada às
colheitas (olival, vinha, pomares, etc.) e que é precisamente esta a
área de atividade agrícola que emprega mais mulheres, é possível que as
estatísticas reflitam essa realidade", conclui. E o facto é que a
redução da mão-de-obra agrícola em nada tem comprometido a produção
agrícola, que até tem aumentado, bem como as exportações, que estão a
subir acima dos dois dígitos - 11,7% em 2017.
João
Dinis, dirigente da Confederação Nacional de Agricultura, assinala ter
sido determinante "o desaparecimento de milhares de pequenas explorações
agrícolas no país, de agricultura familiar, que se repercutiu em quem
nelas trabalha, que são as mulheres". Acrescenta que, no ano passado,
"houve o efeito da seca e dos incêndios que pode ter contribuído para o
afastamento da atividade".
Para o futuro não há uma tendência
definida. No ISA, 60% dos alunos são do sexo feminino. "A profissão ao
mais alto nível atraiu mulheres e temos um crescente número de alunas
com licenciatura ou mestrado a tornarem-se empresárias na área da
agricultura lato sensu, incluindo enologia, produção sem terra, etc.
Portanto, não há desinteresse das mulheres pela área, mas não querem ser
cavadoras... e não precisam de o ser", considera Amarilis de Varennes.
Ana
Paula Vale, diretora da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima,
relata uma situação diferente: "Aqui na escola, predominam os homens." E
prossegue: "A agricultura familiar, muito dependente da mulher, está a
desaparecer e, pelo contrário, estão a surgir muitas empresas, mais
inovadoras e mecanizadas, geridas por homens."
Mas
o declínio da população agrícola não se traduz necessariamente no
abandono de terras. "É mais nas zonas rurais longínquas, porque, nas
zonas periurbanas, há falta de terras", refere Ana Paula Vale. E dá o
caso de Ponte de Lima, onde foi preciso criar uma bolsa de terras, para
acudir à procura de jovens agricultores. Apesar das dificuldades, a
terra ainda é um sonho para muitos.
"Preço da carne não compensa"
Licenciada
em Engenharia Agrícola e com mestrado em Engenharia Agronómica, Teresa
Gonçalves tornou-se empresária agrícola em 2001, em Vila Pouca de
Aguiar, com produção de leite de vaca, que depois evoluiu para a criação
de vacas da raça maronesa. Neste ano, vendeu o negócio. Apesar da sua
"paixão" pela agricultura, sempre teve necessidade de ter outra
atividade: "Não consigo viver como gostaria." O que a levou a
afastar-se? "Foram as dificuldades por nunca poder ter férias nem fins
de semana, o clima terrível e esse efeito reflete-se em maiores gastos, a
burocracia com a sanidade animal e o custo das rações e dos
combustíveis - o preço da carne não compensa -, tudo isso pesou na
decisão."
"Não se vive apenas do campo"
Aos
31 anos, Sílvia Martins é produtora de mirtilos, na aldeia de São
Cristóvão, perto de Viseu, mas como a plantação só dá rendimento durante
quatro meses por ano, e "quando tudo corre bem", tem outras ocupações.
Mudou-se para Coimbra, onde estuda e trabalha, e reserva os fins de
semana para a agricultura. É técnica de segurança no trabalho, coordena a
formação da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em Coimbra, e
está a concluir a licenciatura em Agricultura Biológica. "Não há
condições para viver só da agricultura, mesmo recorrendo à mão-de-obra
familiar, como é o meu caso. Não consegui emprego em Viseu. Tenho de ser
multifunções, mas ainda acredito na agricultura."
"Só é rentável com apoios"
Dez
anos de farmacêutica, em Lisboa, não a convenceram. Um mestrado em
Empreendedo-rismo mudou-lhe o rumo da vida. Maria Milheiro regressou ao
Fundão e integrou uma empresa do pai, dedicada maioritariamente à
produção de milho. Agora, está no início de um projeto de um cerejal. Em
nome individual tem uma exploração biológica de oliveiras. Vive da
agricultura. "Sim, é possível, mas é ingrato e só é rentável com apoios,
sobretudo os cereais". Ingrato, "porque há coisas que não dependem de
nós, como o tempo". E deu o exemplo do cerejal onde, "numa das quintas,
90% não vingou, atrasando a produção num ano, com todos os custos
inerentes. Já no milho, o preço depende da bolsa".
* É histórico, a agricultura é o reduto dos servos da gleba, onde há mais exploração social.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Sindicato dos Jornalistas
denuncia “crescente ambiente
de hostilidade” no futebol
O
Sindicato dos Jornalistas denunciou hoje à Assembleia da República, à
Procuradoria-Geral da República e ao Ministério da Administração Interna
o “crescente ambiente de hostilidade” contra jornalistas que cobrem
eventos desportivos, nomeadamente futebol, após queixas de vários
órgãos.
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Em comunicado publicado na sua página na internet, o
Sindicato dos Jornalistas informa que em causa está uma exposição de
motivos, enviada também às polícias, na qual esta estrutura assinala que
“a liberdade de imprensa, pilar fundamental da democracia, está a ser
condicionada por pressões ilegítimas e ameaças graves à integridade
física e à dignidade profissional dos jornalistas”.
Por isso, o
sindicato “exorta o Estado português e as entidades responsáveis, quer
pela segurança pública, quer pela organização de eventos desportivos,
quer pela proteção dos jornalistas e do jornalismo, a tomarem uma
posição firme no sentido de garantir o livre exercício da liberdade de
imprensa, constitucionalmente consagrado”.
A exposição de motivos
hoje enviada teve por base “as principais queixas e preocupações dos
órgãos de informação nacionais que disponibilizaram relatórios”, entre
os quais a agência de notícias Lusa, os jornais A Bola, O Jogo, Público e
Record, a rádio RDP/Antena 1, o canal de televisão Sport TV e o jornal
‘online’ Mais Futebol.
“O Sindicato dos Jornalistas considera que
não são necessárias mais leis, importa é monitorizar e fiscalizar a
aplicação prática das já existentes e impor sanções aos que as
transgridem, dentro ou fora dos recintos desportivos”, argumenta a
estrutura sindical.
Ainda assim, o sindicato lembra que,
recentemente, a Assembleia da República aprovou uma alteração do Código
Penal que passa a considerar crime público as agressões a jornalistas no
exercício das suas funções ou por causa delas, pelo que exige que as
“entidades responsáveis garantam a segurança dos jornalistas” e sugere a
presença nas zonas de trabalho reservadas à imprensa.
“A
liberdade de imprensa exige condições de segurança para ser exercida e
que essas condições de segurança são de responsabilidade partilhada
entre autoridades públicas, entidades como a Liga Portuguesa de Futebol
Profissional e a Federação Portuguesa de Futebol e os clubes
desportivos”, adianta o Sindicato dos Jornalistas.
* Se não fossem os jornalistas Portugal seria um dos piores destinos do mundo.
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CARLOS BRANCO
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IN "EXPRESSO"
29/03/18
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O caso Skripal e as dúvidas
que ainda subsistem
Na sequência das declarações de Theresa
May, a primeira-ministra britânica, no parlamento, a 12 de março, e de
Boris Johnson, o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, sobre o alegado
envenenamento do agente duplo Sergei Skripal e de sua filha Yulia, as
relações político-diplomáticas entre os países ocidentais - nomeadamente
Estados Unidos e Reino Unido - e a Rússia deterioram-se a um ponto
nunca visto desde o fim da guerra-fria, piores mesmo do que nos anos
cinquenta do século passado. Theresa May acusou a Rússia de ser “muito
provavelmente” responsável pelo duplo envenenamento. O assassinato
“teria sido planeado diretamente pelo Kremlin”, ou a “Rússia teria
permitido que o gás tivesse caído em mãos erradas”.
Desconheço
quem possa estar por detrás deste incidente, mas estou particularmente
interessado em saber o que realmente aconteceu. A serem verdadeiras as
acusações feitas à Rússia justifica-se uma resposta firme. Contudo, a
argumentação utilizada pelas autoridades britânicas apresenta algumas
fragilidades não negligenciáveis. Mais de três semanas passadas sobre o
incidente, justificava-se a apresentação de provas inequívocas e
irrefutáveis sobre o envolvimento russo. Continua-se sem conhecer a
identidade do perpetrador, assim como as circunstâncias e o local da
ocorrência. O que se tem sabido é pela comunicação social e a informação
é contraditória. Uns falam num pub, outros num restaurante, parece que
os Skripal teriam sido encontrados moribundos num banco de jardim.
Segundo alguns relatos o polícia que os encontrou teria tido contacto
com o veneno em casa dos Skripals, segundo outros durante a prestação do
auxílio. Seria conveniente conhecer a versão oficial.
Preocupa-me
sobretudo a desastrosa gestão política do acontecimento. A falta de
evidência tem sido acompanhada por um retórica inaceitável, pouco
consentânea com aquilo que são as boas práticas da diplomacia
internacional. O assunto deveria ter sido logo encaminhado no dia 4 de
março para a OPWC, o fórum próprio onde o assunto deveria ser analisado.
A Rússia argumenta com os termos do Artigo IX da CWC, que estipula a
necessidade de se efetuar um primeiro esforço para clarificar e
resolver, através de troca de informações e consultas entre as partes,
qualquer assunto que possa colocar em dúvida o cumprimento das normas em
vigor. Por seu lado, o governo britânico recusou-se a partilhar as
alegadas evidências, assim como as amostras do produto alegadamente
utilizado. A sua publicitação seria um xeque-mate. Contudo, não o fez,
prolongando inutilmente (ou não) uma discussão.
O Reino Unido
optou por politizar o assunto e levá-lo ao Conselho de Segurança da ONU,
no dia 14. Nesse mesmo dia, já com todas as “certezas”, as autoridades
britânicas convidaram a OPWC a levar a cabo uma investigação
independente. Com a crise já instalada, a 19 de março – duas semanas
após o envenenamento - chegaram ao Reino Unido os especialistas da OPCW.
Felizmente que o tema não foi considerado ao abrigo do Artigo V pela
NATO, apesar de ser considerado um ataque a um país da Aliança. Um caso
baseado em hipóteses e não sustentado em evidências foi rapidamente
equiparado a um ato de guerra. Teria sido mais curial esperar pela
finalização das investigações. Acusar primeiro e investigar depois não
parece ser a prática mais adequada.
Esta questão assume contornos
burlescos quando o laboratório científico inglês que fez análises ao
sangue dos Stripal concluiu pela exposição a um “nerve agent or related
compound”… e as amostras indicaram a presença de um “novichok class
nerve agent or closely related agent), não se comprometendo com uma
prova irrefutável. Esperava-se que May tivesse promovido uma audição
parlamentar ao diretor do laboratório para que este fornecesse todas as
evidências e prestasse todos os esclarecimentos, nomeadamente sobre a
origem russa da substância, uma prática comum nas democracia avançadas.
Ao
contrário do que afirmou Theresa May são muitos os possíveis
perpetradores, para além da Rússia, claro está. Naturalmente que a
Rússia não poderá ser excluída da lista dos suspeitos, assim como muitos
outros, nomeadamente os mais de 300 espiões que constavam na lista que
Skripal entregou às autoridades britânicas. Mas a lista de putativos
suspeitos não acaba aqui. São conhecidas as ligações profissionais de
Skripal a Christopher Steele, e ao seu possível envolvimento no
Russiagate. Skripal tinha-se tornado um elemento perigoso que podia
causar danos na comunidade de inteligência americana, no Partido
Democrata e por aí adiante. Existem vários precedentes similares. As
autoridades policiais britânicas, tão zelosas noutras circunstâncias,
revelaram-se particularmente descuidadas na proteção dos Skripal.
Não
podemos deixar de nos interrogar sobre o que é que objetivamente teria a
Rússia a ganhar - a alguns meses da realização do campeonato mundial de
futebol no qual investiu avultadas somas de dinheiro para fosse um
sucesso - em liquidar nesta altura um simples espião que deixara há
muito de constituir um perigo, agravando assim as já tensas relações com
o ocidente? A resposta não é evidente. Putin tem provado ser um ator
racional. Tendo tido a oportunidade para eliminar Skripal enquanto este
permaneceu nos calabouços russos, não o fez, porque o faria agora,
depois de este viver oito anos em Inglaterra? É de facto difícil
descortinar uma razão (lógica).
A argumentação de May apresenta
igualmente fragilidades quando responsabiliza Putin por ter permitido a
fuga do gás. Como se sabe, nos tempos da União Soviética, o novichok era
produzido no Uzbequistão, fábrica essa que foi desmontada com a ajuda
dos Estados Unidos em 1993. Sem salários, a venda de Nnovichok foi uma
forma que na altura muitos funcionários encontraram para sobreviver.
Dizer que se trata de um gás do “tipo desenvolvido pela Rússia”, não
prova que a substância utilizada tenha sido processada na Rússia. Ser
atropelado por um Mercedes não significa que a responsabilidade seja
“muito provavelmente” do governo alemão.
É desconcertante vir
agora o Reino Unido acusar a Rússia de não ter declarado todas as suas
capacidades, não cumprindo as suas responsabilidades no âmbito CWC. A
ser verdade – o que desconheço – sendo esta informação conhecida antes
de 27 de setembro de 2017, a data em que a OPCW declarou a total
destruição do arsenal russo, porque é que o Reino Unido não informou a
OPCW com base no seu próprio intelligence, que tanto quanto sei tinha a
obrigação de o fazer? Seria muito importante ouvir o que os responsáveis
britânicos têm a dizer sobre isto.
Para além das questões de
natureza técnica apontadas – que não se encontram esgotadas – há várias
outros aspetos a relevar. Em primeiro lugar, o rasto de fiabilidade
deixado pelos dois personagens responsáveis pela presente crise. Um,
ainda ontem fazia campanha contra o Brexit e hoje lidera o processo de
separação do Reino Unido da União Europeia, que por sinal lhe está a
correr bastante mal; o outro, liderou a campanha contra o Brexit mas
depois não quis assumir as devidas responsabilidades colocando a
responsabilidade na condução do processo no primeiro. Convém lembrar que
o partido liderado por May não tem, nem nunca teve pruridos em ser
financiado pelos pouco recomendáveis oligarcas russos que se refugiaram
em Londres, transformando a city num enorme tanque de lavagem de
dinheiro russo. De acordo com o London Times e o Daily Telegraph, o
partido da Sr.ª May terá recebido deles donativos no valor de £820,000.
Em
segundo lugar, convém trazer à memória as conclusões do relatório
Chilcot aprovadas pelo parlamento inglês, que chamava à atenção para as
narrativas deliberadamente exageradas apoiadas em intelligence fabricado
à “medida das necessidades” para convencer e receber o apoio das
opiniões públicas. Claramente que esta possibilidade não pode nem deve
ser descartada neste caso. Terão sido as mesmas fontes - igualmente
credíveis - em que se baseiam agora May e Johnson que terão convencido
Blair da irrefutável posse de armas de destruição massiva pelo Iraque.
São conhecidas as consequências desastrosas dessas crenças sem a devida
certificação.
Recordamos ainda o papel desempenhado pelas
chamadas empresas de “Strategic Communications” como a Cambridge
Analytica e a Strategic Communication Laboratories próximas do partido
Conservador e do aparelho militar britânico, contratadas para
influenciar a opinião pública levando-a apoiar o Brexit, algo de que
apenas se conhece a ponta do iceberg. É pois na palavra destas pessoas
que estamos a colocar o nosso futuro coletivo. Fará, provavelmente,
algum sentido parar para pensar e refrear os ânimos.
Encontramo-nos
numa estrada perigosa. Assistimos a algo que se assemelha ao início de
uma guerra. As guerras, leia-se os confrontos militares generalizados,
são sempre precedidos por uma escalada que passa pela subida de tom na
retórica, a demonização do oponente, o reforço dos dispositivos
militares e a conquista da opinião pública para apoiar ações mais
assertivas contra o oponente.
Depois é necessário criar um
acontecimento, um pretexto que não tem necessariamente de ser causado
pelo oponente e que é normalmente provocado por quem pensa que vai
beneficiar com o resultado da guerra. Sabe-se hoje quem montou a
armadilha que levou à guerra do Vietnam, à guerra espanhola-americana e
muitas outras mais recentemente. Por isso, convinha que prevalecesse o
bom senso.
Começa a ser claro que o campeonato mundial de futebol
será um palco desta luta. Mas enquanto for só isso… a histeria
russofóbica faz parte da operação de moldagem das opiniões públicas,
preparando-as para o confronto. Com o clima criado poderá nem ser
necessário conceber um pretexto. Bastará um imprevisto, um erro de
cálculo para nos levar para uma situação sem retorno, fazendo com que a
crise político-militar se transforme numa confrontação militar direta.
Essa possibilidade afigura-se-nos muito elevada. A nova postura nuclear
dos Estados Unidos e a crença de que se consegue manter uma guerra ao
nível nuclear tático, sem evoluir para o patamar estratégico e para a
destruição total são mais alguns ingredientes que nos devem fazer
refletir. A presente crise – real ou fictícia – enquadra-se
perfeitamente no modelo. O que está mesmo a fazer falta é testar os
efeitos das novas armas hipersónicas.
*Major General das Forças Armadas portuguesas
IN "EXPRESSO"
29/03/18
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Ajudas à banca vale 12,3% do PIB em dívida pública
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Dívida pública aumentou 2,4 mil
milhões de euros em Fevereiro
O valor absoluto da dívida pública subiu para os 246 mil milhões de euros em Fevereiro, mais 2,4 mil milhões do que um mês antes. Em termos relativos, contudo, a dívida pública tem estado em queda.
No final do mês de Fevereiro, Portugal fechou com uma divida pública
de 246 mil milhões de euros. São mais 2,4 mil milhões de euros face a
Janeiro deste ano que ficam a dever-se essencialmente "ao acréscimo dos
títulos de dívida pública", segundo o Banco de Portugal.
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NOCTÍVAGOS DE LISBOA |
Na
sua habitual nota de informação estatística mensal, o banco central
avança esta segunda-feira, 2 de Abril, que em Fevereiro de 2018, a
dívida pública situou-se em 246 mil milhões de euros, um valor que
compara com os 243,6 mil milhões de euros registados em Janeiro.
Em termos absolutos, a dívida pública também está acima do valor
registado há um ano – em Fevereiro de 2017 – altura em que atingiu os
243.237 milhões de euros.
"Para
este aumento contribuiu essencialmente o acréscimo dos títulos de dívida
pública (2,2 mil milhões de euros)", explica o Banco de Portugal.
Apesar
do aumento do valor da dívida pública em termos absolutos, quando
comparado com o ritmo de crescimento da economia, o rácio tem vindo a
diminuir.
Segundo dados recentes do INE, em 2017 a dívida pública terá ficado pelos 125,6% do PIB, um valor abaixo das estimativas e sem paralelo desde 2011.
Segundo dados recentes do INE, em 2017 a dívida pública terá ficado pelos 125,6% do PIB, um valor abaixo das estimativas e sem paralelo desde 2011.
Ajudas à banca vale 12,3% do PIB em dívida pública
O Banco de Portugal divulgou ainda a sua contabilidade relativamente ao impacto orçamental das ajudas à banca desde 2007.
Segundo o banco central, ao todo, no espaço de 10 anos, os montantes canalizados para o sistema financeiro tiveram um impacto equivalente a 9,1% do PIB no défice e a 12,3% do PIB na dívida pública.
Segundo o banco central, ao todo, no espaço de 10 anos, os montantes canalizados para o sistema financeiro tiveram um impacto equivalente a 9,1% do PIB no défice e a 12,3% do PIB na dívida pública.
Só
em 2017, o sistema financeiro absorveu 4,5 mil milhões de euros de
dinheiros públicos, o equivalente a 2,4% do PIB, devido essencialmente à
recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.
* Os "noctívagos" de Lisboa são as grandes vítimas desta engenharia financeira.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Monumentos com guia
para surdos e invisuais
Livro em braille explica história das igrejas de S. Victor, Senhora-a-Branca e Guadalupe.
A ideia é divulgar o património da freguesia, levando os muitos turistas que visitam a cidade de Braga a conhecer os monumentos que estão, por norma, fora dos circuitos habituais de visita.
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A esta ideia, o programa de Junta de S. Victor, ‘S. Victor de Portas Abertas’, juntou a necessidade de tornar acessível a todos a visita às três igrejas da freguesia. Por isso, foi criado um livro em braille, com a história das igrejas de S. Victor, Senhora-a-Branca e Guadalupe, para que os invisuais as possam conhecer. Em todos os templos está também disponível toda a história em linguagem gestual para a comunidade surda.
O projeto, que já está disponível, resulta de uma parceria entre a junta de freguesia e a escola profissional Profitecla. Os alunos desta instituição são os guias destas visitas, que dão a conhecer a história de cada monumento. "Temos um produto turístico de excelência, com fatores capazes de competir com o melhor do património bracarense", disse o presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, Ricardo Silva, em entrevista ao ‘Correio do Minho’.
O autarca destaca "a azulejaria barroca que pode ser vista na Igreja de S. Victor, assim como a história de valor incalculável da igreja da Senhora-a-Branca e o culto da Senhora de Guadalupe".
Para Ricardo Silva, a parceria com a escola profissional constitui "uma oportunidade de ouro" para manter de portas abertas alguns monumentos que tradicionalmente estariam fechados. Ricardo Silva adianta que, no próximo ano, as visitas acessíveis a todos serão alargadas a outros dois pontos de interesse turístico na freguesia, que é a maior da cidade de Braga. S. Victor-o-Velho e a Capela das Convertidas serão os locais que terão também visitas guiadas.
* Ideia simplesmente genial, haja quem a copie!
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Tem um pato de borracha no banho?
Por dentro tem milhões de bactérias
Há quem os tenha como companheiros de banho, mas o interior dos patos amarelos de borracha está coberto de fungos e bactérias perigosos para a saúde, como a legionella.
Um estudo do Instituto Federal Suíço das Ciências Aquáticas e Tecnologia
mostra que o interior dos patos amarelos de borracha que algumas
pessoas utilizam no banho está repleto de microrganismos que podem ser
prejudiciais para a saúde. Um brinquedo de 11 semanas pode ter entre
cinco e 75 milhões de células de bactérias ou fungos por cada
centímetros de borracha. São esses microrganismos que vemos serem
expelidos pelas linhas de junta do pato de borracha quando os apertamos.
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O PATARECO PARTIDO AO MEIO |
Tanto quanto concluíram os cientistas, mais de 80% dos brinquedos de
borracha estudados tinham grandes quantidades de bactérias que, se
infetarem o humano, podem evoluir para infeções. É o caso de bactérias
como a Legionella ou Pseudomonas aeruginosa. Além
disso, 60% dos patos de borracha também continham espécies de fungos
que, misturados com as bactérias dos brinquedos, deixam-nos repletos de
um bolor que pode ser prejudicial à saúde.
Para uma pessoa saudável, embora esses microrganismos possam ser
perigosos para a saúde, raramente evoluem para doenças graves. No
entanto, se estas bactérias ou fungos infetarem pessoas com sistema
imunitário fragilizado, o problema pode ganhar proporções maiores. De acordo com Frederik
Hammes, autor do estudo, estar em contacto com estes microrganismos
“pode fortalecer o sistema imunitário, o que pode ser positivo, mas
também pode resultar numa infeção nos olhos, ouvidos ou doenças
gastrointestinais”.
O remédio não está em limpar os brinquedos de
cada vez que os utiliza no banho, mas antes em comprar os patos amarelos
de marcas que utilizem borracha de melhor qualidade.
* Não se lavem com a legionela....
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FONTE: Fórum Oceano
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Portugal bem português
III-Regresso ao Mar/1
5 -A ECONOMIA DO MAR
* Esta é uma compilação de séries pelo o nosso país não apenas pelas prespectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.
FONTE: Fórum Oceano
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63-CINEMA
63-CINEMA
FORA "D'ORAS"
XII-ÁGUA E SAL
(ÚLTIMO EPISÓDIO)
PRÓXIMO "FORA-DE-HORAS" a 07/04/18
*Título original:
Água e Sal
De: Teresa Villaverde
Com: Galatea Ranzi, Joaquim de Almeida, Maria de Medeiros
Género: Drama
Classificação: M/12
Ana vive numa pequena aldeia junto ao mar, com o marido e a filha. Ele decide partir por alguns dias. Esta parece ser a solução ideal, porque Ana precisa de tempo para acabar um trabalho que há muito começou. Mas em vez de a ajudarem a atingir o seu objectivo, as suas deambulações diárias pela aldeia e pela praia ameaçam a sua concentração. Ana salva um desconhecido da morte no mar, conhece Alexandre e Emília e recebe a visita da sua amiga Vera... E tudo muda na sua vida.
Na sua nota de intenções, Teresa Villaverde, a realizadora de "Três Irmãos" e "Os Mutantes", diz que este filme é sobre alguém que precisou que o tempo parasse. "A poesia sabe fazer parar o tempo, o cinema tenta", escreve a cineasta. "Água e Sal" esteve em competição no Festival de Veneza.
FONTE: TV GOLD PORTUGAL
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De: Teresa Villaverde
Com: Galatea Ranzi, Joaquim de Almeida, Maria de Medeiros
Género: Drama
Classificação: M/12
Ana vive numa pequena aldeia junto ao mar, com o marido e a filha. Ele decide partir por alguns dias. Esta parece ser a solução ideal, porque Ana precisa de tempo para acabar um trabalho que há muito começou. Mas em vez de a ajudarem a atingir o seu objectivo, as suas deambulações diárias pela aldeia e pela praia ameaçam a sua concentração. Ana salva um desconhecido da morte no mar, conhece Alexandre e Emília e recebe a visita da sua amiga Vera... E tudo muda na sua vida.
Na sua nota de intenções, Teresa Villaverde, a realizadora de "Três Irmãos" e "Os Mutantes", diz que este filme é sobre alguém que precisou que o tempo parasse. "A poesia sabe fazer parar o tempo, o cinema tenta", escreve a cineasta. "Água e Sal" esteve em competição no Festival de Veneza.
FONTE:
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