01/11/2018

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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Chanel nº5, o clássico dos perfumes
.mudou e chega aos 28 mil euros

É uma edição limitada, mas marca a primeira mudança em quase um século. A fragrância de Coco Chanel vestiu-se de vermelho.

Foi com ele que Marilyn Monroe provocou a imaginação de quem lhe perguntava o que vestia para dormir, e ao longo das décadas tem imposto o selo último de diva às atrizes e modelos que lhe dão rosto na publicidade. O Chanel nº5, clássico quase sinónimo de perfume de mulher, já mudou algumas vezes por dentro. Mas, por fora, o famoso frasco de cantos cortados tem sido ícone imutável em quase um século.
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Agora, vai mudar. A Chanel lança esta quinta-feira, e a antecipar o Natal, uma edição limitada de luxo onde o frasco incolor da essência número 5 surge agora tingido no tom carmesim. Não é uma revolução no design. A forma retangular facetada e também a tampa mantêm-se. Mas a fragrância veste-se agora de um tom garrido, a combinar com “a cor da vida, a cor do sangue”, propõe a marca que leva aos consumidores uma garrafa de vidro e outra em cristal de Baccarat – esta uma edição extremamente exclusiva de 55 frascos de extrato do perfume apenas, marcada com o preço de 28 mil euros. O perfume em frasco de vidro custa 150 euros

Desde 1924 que o contentor da essência Chanel não mudava. Na altura, os cantos arredondados originais do frasco de perfume desenhado pelo pintor Jean Helleu foram substituídos para garantir maior resistência e facilidade no transporte. Já a tampa do frasco conheceu várias transformações até à sua atual forma retangular. E a fragrância criada pelo perfumista Ernest Beaux mudou algumas vezes, poucas, eliminando o uso de animais na produção.

Criada no início do século XX numa pequena boutique de Paris, a Chanel, de Coco Chanel, mantém cem anos depois numa posição proeminente no mercado do luxo global. Em 2017, ano em que pela primeira vez a Chanel deu a conhecer as suas contas financeiras, as vendas da marca cresceram 11%, atingindo 9,62 mil milhões de dólares. Os lucros foram de 2,69 mil milhões de dólares. O investimento em publicidade e marketing foi nesse ano de 1,46 mil milhões de dólares, 15% acima dos gastos com promoção no ano anterior.

* Os ricos não pagam a crise.

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