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HOJE NA
"SÁBADO"
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Empreiteiro amigo de Salgado recebeu empréstimo de 8,5 milhões do Montepio
Ao todo, entre Março de 2009 e Junho de 2014, o Montepio financiou José Guilherme com empréstimos pessoais na ordem dos 28,4 milhões – a maioria ainda por liquidar.
José Guilherme, construtor civil amigo de Ricardo Salgado, terá
recebido 8,5 milhões de euros através de um empréstimo à Caixa Económica
Montepio Geral. No mesmo ano, o construtor civil alegou ter "oferecido"
14 milhões de euros ao presidente do Banco Espírito Santo (BES) e 1,5
milhões ao presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia. No total, entre Março de 2009 e Junho de 2014, o Público
indica que o banco Montepio financiou José Guilherme com empréstimos
pessoais na ordem dos 28,4 milhões – a maioria ainda por liquidar.
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São
mais de dez operações de crédito directo que José Guilherme viu aceites
pelo Montepio, com entrega de letras e livranças. A dívida subiu para
mais de 12 milhões em 2012 mas o CEMG aliviou as responsabilidades do
construtor civil, passando a exposição para uma empresa de arrendamento
imobiliário, a Sintril. A acção permitiu que o banco continuasse a
financiar José Guilherme a título pessoal.
De acordo com o Público, algumas semanas antes do fim do BES, o mesmo
havia libertado 17 milhões de euros usados para liquidar uma dívida de
cerca de sete milhões à Vergui, uma empresa que recebeu mais-valias
pagas pelo Grupo Espírito Santo (GES) num negócio em Angola ainda sob
investigação. Tudo terá sido feito com o aval de Tomás Correia.
Mas
esta não terá sido a última decisão deste como presidente da Associação
Mutualista Montepio Geral. No dia 4 de Agosto de 2015 e em vésperas de
deixar o Montepio, o banqueiro alargou os prazos de pagamento da dívida
de José Guilherme.
Tal aconteceu porque, soube-se em 2015 através
do jornal Sol, Guilherme tinha empresas em falência técnica e, dadas as
dificuldades em que se encontrava para cumprir as responsabilidades, não
estaria em condições de pagar as dívidas pessoais contraídas ao
Montepio. Esses 28,4 milhões emprestados ao empreiteiro nunca viriam a
ser liquidados à Associação Mutualista na totalidade.
* Quem não gostaria de ter amigos assim...
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