12/11/2018

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HOJE NO
"RECORD"
Rita Garcia Pereira sobre Bruno de Carvalho:
«Havia questões que deixavam antever a suspeita»

Rita Garcia Pereira, que integrou a comissão de fiscalização criada por Jaime Marta Soares que suspendeu a antiga direção do Sporting, confessou que não houve propriamente um efeito surpresa na detenção de Bruno de Carvalho.

"Para quem esteve no Sporting, não sei se posso dizer que estamos completamente surpresos. Havia já questões inerentes à segurança e à forma como o ataque a Alcochete se desencadeou que deixavam antever pelo menos a suspeita. Associar a isso diretamente a pessoas da direção era um passo que não me atrevia a dar", referiu na CMTV.
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A advogada explicou, porém, que o o processo disciplinar instaurado ao ex-presidente dos leões "não teve nada a ver com estes factos": "Não avaliámos nada que tivesse a ver com Alcochete. A partir do momento em que existem as quebras de segurança, a alteração da hora do treino e a conversa no aeroporto da Madeira, alguma coisa teria de se passar, porque se agora queremos ir à Academia, não entramos com a facilidade como entraram nesse dia. Por isso, teria de haver uma ordem superior como aparentemente teve".

Deslizes na segurança
Rita Garcia Pereira admitiu que a segurança nas instalações do Sporting nem sempre foi a melhor, do que se recorda: "Houve alguns deslizes com a segurança enquanto lá estivemos... portas que não eram fechadas em dia de jogos com equipas concorrentes, essencialmente isso. Não posso dizer que fosse deliberado. Várias vezes foram deixadas portas abertas que mediavam o acesso entre as equipas concorrentes e onde estávamos, isso aconteceu. Responsável? O responsável em último caso, na minha interpretação, é o responsável máximo pela segurança".

Eduardo Barroso:
«Tenho muita esperança que Bruno
de Carvalho não seja o mandante»

Eduardo Barroso está convicto de que Bruno de Carvalho não foi o mandante do ataque à Academia de Alcochete. Em declarações à TVI, o cirurgião recordou que conversou com o então presidente do Sporting na altura dos acontecimentos.

"Se estou com esperança de ele não ser o mandante? Claro que estou. Será para mim uma grande desilusão, uma tristeza muito grande, por ele, pela família, pelo Sporting... Tenho muita esperança que Bruno de Carvalho não seja o mandante disto. Aquilo foi uma coisa lamentável. Fui o primeiro a dizer na televisão, dois dias depois daquilo, que acreditava que Bruno de Carvalho não era o mandante. Ele classificou o crime como hediondo. O "chato" já foi depois disso. Eu disse que se ele fosse o mandante tinha de ser preso, não foi agora, foi há seis meses. E eu tenho essa esperança [que não seja] porque perguntei-lhe várias vezes e estou convicto de que me disse a verdade. Se se provar, ele vai pagar por isso e tenho pena", explicou.

Questionado sobre as eventuais consequências desta situação nos casos das rescisões, Eduardo Barroso não crê que existam: "Os jogadores aproveitaram-se daquele ato para fazer a rescisão porque pensam neles próprios, alguns voltaram atrás. Mandei mensagem ao Rui Patrício na altura... Penso que não há relação direta ou indireta com o facto de ser ou não o presidente o mandante. Ele já não está lá. Se assim fosse, era motivo para voltarem todos porque ele já não está lá. Para atacar Bruno de Carvalho, há muita gente. Ouvi muitos sportinguistas dizerem que foi o melhor dia da vida deles, o que acho inaceitável. Fez um trabalho tão bom em quatro anos que de 53 por cento passou para 93 por cento dos sócios a votar nele, o que correspondia a 88 por cento dos votos. Ele enganou todos os sportinguistas? Claro que não. O problema é que ninguém esperava. Ninguém pode criticar que eu continue a ter uma esperança que o presidente do Sporting em quem eu votei não tenha sido o mandante desse ato bárbaro".

* A dra. Rita Garcia Pereira sabe do que fala, nas suas discrição e prudência percebe-se até que ponto a suspeita era grande.
** Ao professor Eduardo Barroso, homem respeitado de ciência, lembramos que Hitler fez coisas  extraordinárias pela Alemanha e acabou na história como um dos mais hediondos assassinos de todos os tempos. Pensamos que o  ex-presidente do SCP se pudesse ser um "hitler doméstico" não hesitaria.

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